segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O ÊXITO NO ÊXODO

_ “Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem” (Ex 14.15).

Os vitoriosos são aqueles para quem o Senhor é e faz a diferença. Temos o exemplo de Moisés. Para ele, Deus continuava o mesmo. Era o Deus dos impossíveis. O Deus presente e atuante. O Emanuel – Deus conosco. Sua ordem continuava merecendo a absoluta confiança, sendo incontestável, ainda que incompreendida e difícil de assimilar. Não havia contestação, nem mesmo murmuração. Era crer e observar tudo quanto mandar: "Espera no Senhor, e segue o seu caminho, e ele te exaltará para herdares a terra; tu o verás quando os ímpios forem exterminados" (Sl 37.34). Como disse Abraão: "Deus proverá!” Deus tem reservado para nós planos específicos, para atingirmos a vitória. Laís Correa de Araújo, do Jornal Estado de Minas, escreveu: "Hoje todo mundo tem tanta aflição de ser feliz, que vive-se sofrendo. O jovem quer 'curtir' a vida. É esse tempo que perturba profundamente o jovem. Ele quer curtir tudo. De tanto querer ser feliz, vive infeliz."
Moisés foi o mensageiro divino para desafiar o povo de Deus a confiar inteiramente no Senhor: Não temais! – Êx 14.13-14. Este é um tempo de profundas mudanças, sociais, econômicas, políticas e, também, religiosas. Muitos estão correndo atrás das novidades pelo simples fato de ser novidade... "Porque virá tempo que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas" (2 Ts 4.3-4). Este é o tempo dos desafios de Deus para o Seu povo!

Aquietai-vos
Muitas vezes perdemos mais energia do que necessário exercendo alguma atividade, quando estamos tensos. Quando conseguimos relaxar, qualquer atividade pode tornar-se em DESAFIO ESTIMULANTE, e até divertido.
Parem de reclamar! "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra... Tende ânimo; sou eu; não temais" (Sl 46.10; Mc 6.50 b). Ainda: "Pois o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora contra a sogra; os inimigos do homem são os da própria casa. Eu, porém, confiarei no Senhor; esperarei no Deus da minha salvação. O meu Deus me ouvirá... Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; pisará aos pés as iniqüidades. Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar" (Mq 7.6-8; 18-19). Que tipo de adoração você está prestando a Deus? Eu o convido, e Deus o convoca a marchar sempre, carregando cada dia a sua cruz. Crendo no Deus de Moisés: "Não temais, estai quietos, e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará." Deus nos convida a sairmos do comodismo, do derrotismo, e marchar para atravessar o mar da vida: DIZE AOS FILHOS DE ISRAEL QUE MARCHEM! Que se disponham a obedecer, ainda que isto nos custe a própria vida!
Vede o livramento – Olhem para as alturas!

Exerçam a fé no Senhor da fé! Confiem no Deus da Promessa – EGO EI MI (EU SOU): "Se meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me acolherá... Espera tu pelo Senhor; anima-te, e fortalece o teu coração. Espera, pois, pelo Senhor... Esforçai-vos, e fortaleça-se o vosso coração, vós todos os que esperais no Senhor... Lança o teu fardo sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado" (Sl 27.10,14; 31.24; 55.22).
Marchem – obedeçam-me!
Lá no Êxodo Deus disse a Moisés: "Dize aos filhos de Israel que marchem!" Jesus acrescenta algo mais. Veja: Lc 9.23-25. Unindo os dois textos, temos a ordem divina para os nossos dias: "MARCHEM! SIGAM-ME!" Somos exortados a marchar, continuar na luta, persistir inabaláveis, enquanto carregamos a nossa cruz, na certeza de que Ele está à nossa frente, garantindo a caminhada e a vitória. Continuem caminhando... "Sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (1 Co 15.58). PROSSIGAM FIRMES, NA CERTEZA DA VITÓRIA! Sim, podemos cantar: "Ele valerá! Ele valerá! Seu amor por mim não muda, sim, me valerá" (Hino 322 C.C.).

Neguem-se a si mesmos... e marchem!
É fácil negar o que detestamos. É fácil negar alguma vez àquilo, ou a alguém a quem amamos. Difícil mesmo é negar, renunciar sempre, ao que amamos. Renunciar à própria felicidade é uma cruz pesada para ser carregada sem lágrimas, levianamente. Porque não podemos deixar de conviver conosco mesmos, a nossa cruz é pesada porque cada dia temos que nos defrontar conosco mesmos. Por isso o apóstolo Paulo escreveu: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer está em mim, mas o efetuá-lo não está." (Rm 7.18). Nosso lema há de ser sempre a vitória, ainda que andando e chorando sob o peso da cruz... Chegaremos, sem dúvida, ao fim da jornada, levando conosco os molhos da vitória em Cristo! Usem os recursos disponíveis! – Êx 14.16
_ "É prudente prestar atenção ao próximo passo enquanto se atravessa a ponte que medeia entre o presente e o futuro" (FINK, Davi – PARA NERVOSOS E ANGUSTIADOS, p. 270).
Assentados junto ao mar... Quais as lições que podemos tirar desse texto?
Vejamos:
1a – Impossibilidade de retrocesso
Eles estavam impedidos de desistir, retroceder, voltar à escravidão do Egito. Eles não podiam apostatar. Assim, podemos crer que a vontade de Deus para o Seu povo continua sendo desafiante, não podemos fugir de Sua presença e vontade: Hb 10.35-39. Precisamos descansar no Senhor, porém, continuando a caminhada, sempre. Não há retorno para o cristão. O crente tem que ser um campeão! E, para tanto, é preciso lutar sempre, sem desistir. Retroceder é expor-se ao inimigo. É ser nocauteado, beijar a lona e pedir a toalha... Isto é, sofrer um baque, ir ao chão e desistir da luta.
2a – A lição da convivência
Ninguém podia rejeitar a cooperação alheia. Como, também, não havia como deixar de estar perto, sentir junto, chorar junto, e até reclamar e protestar juntos... A convivência cristã é importante para nos ensinar a aceitar e respeitar as diferenças individuais, e vencermos os preconceitos e as barreiras culturais, sociais e sentimentais.

3a – União – interação de propósitos
Não havia possibilidade para individualismo. Isto implica em mutualidade, cooperação visando o mesmo fim.
Lembro-me que, nos tempos de criança, gostávamos de "jogar botão" (eu e meu irmão, Davi). Porém, quase sempre estávamos brigando, porque ninguém admitia perder. Até que fui compreendendo que não havia razão para ficar enfurecido por coisa tão insignificante. Então, à medida que ia crescendo em maturidade, achava cada vez mais ridícula e infantil a atitude de meu irmão (que é mais novo que eu, portanto, com razão na época de ser mais infantil) em ficar bravo por uma simples derrota. Hoje percebo que a maioria dos problemas que ocorrem nas igrejas é fruto de nossa imaturidade espiritual para vivermos em união: 1 Co 14.20; Ef 4.14-16.

4a – Mobilização dos válidos – todos por um, e um por todos.
Deus estabelecera sua liderança através de Moisés. Assim Deus age, estabelece, chama, vocaciona e prepara Seus porta-vozes. Quem não aprende a ser liderado não pode liderar.
Nas grandes dificuldades é quando reconhecemos que dinheiro, posição social ou qualquer outro tipo de privilégios que experimentamos na vida só fazem sentido quando podemos compartilhar com alguém, quando tudo o que somos e temos pode servir para proporcionar algo de bom àqueles que caminham ao nosso lado.

5a – Ação ordeira e obediente aceitando a liderança estabelecida por Deus.
Diante do povo de Deus sempre haverá este desafio. Deus quer que confiemos inteiramente nEle! Resta-nos escolher: Interpretar a Deus pelas dificuldades ou interpretar as dificuldades por Deus, e na presença de Deus! Não existe dificuldade demais para Deus. "As portas do inferno não prevalecerão ..." O nosso Deus é o Deus do IMPOSSÍVEL!
Nossa força é pequena, mas podemos crer que a vitória é certa: "Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior aquele que está em vós do que aquele que está no mundo... No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor... Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (1 Jo 4.4,18; 5.4). Leia os seguintes textos: Naum, 1.3,7; Jr 32.27; Mc 9.22b-23; 10.27; e não se deixe vencer pelo medo, ansiedade, apreensão, ou covardia: "O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio" (Sl 46.11).

O nosso Deus é o Deus Todo Poderoso, o nosso El Shadai. O Deus que faz acontecer. O Deus dos milagres. JEOVÁ-JIRÉ – O Senhor proverá (Gn 22.14). Nesse ano que estamos iniciando, pela misericórdia de Deus, lembremo-nos de que jamais estaremos abandonados diante do mar da vida. Deus, . JEOVÁ-JIRÉ, proverá. Um grande abraço pra todos e que o Senhor nos abençoe a fim de que possamos viver cada dia de 2008 na presença do Senhor, servindo-O com alegria e singeleza de coração. FELIZ ANO NOVO NA PAZ DE DEUS!

Pr. Vanderlei Faria – Um maltrapilho alcançado pela graça de Deus.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Deus Trabalha Conosco

Ele faz com que todas as coisas cooperem para o nosso bem: “Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Pv 3:11-12).
E ainda, leia Rm 8.28-32. Algumas vezes Ele nos manda sofrimentos para nos corrigir, para nos fazer voltar aos Seus santos e retos caminhos: Sl 119:67-76; Lm 3:38-44.
Algumas vezes Deus nos consola a fim de aumentar a nossa compaixão para com as outras pessoas: 2 Co 1:3-5. Outras vezes para que possamos testemunhar de Seu amor: Jó 19:6-10. Sempre, porém, com o propósito de nos abençoar.

Com o sofrimento, recebemos também a consolação. É claro que nem sempre entendemos como determinadas coisas ruins que nos acontecem podem redundar em algum tipo de benefício para nós mesmos ou para alguém. Principalmente quando se trata de perdas, enfermidades, ou mesmo de morte. Porém, se Deus diz, assim é, um dia haveremos de entender todas as coisas. Deus é soberano sobre tudo e sobre todos, nada acontece fora da vontade de Deus, mesmo os males que nos atingem. O propósito último de todas as coisas é a glória de Deus. Todas as coisas (boas ou ruins) cooperam para o nosso bem.

Assim nos diz Watchman Nee: “É coisa abençoada, ser gasto para o Senhor! Tantos que têm sido proeminentes para o mundo nada conhecem disto. Muitos de nós temos sido usados plenamente – mas sabemos o que significa sermos desperdiçados para Deus. Gostamos de estar sempre ativos: o Senhor, algumas vezes, prefere ter-nos na prisão. Penso nas viagens apostólicas. Deus ousa por em cadeias os Seus maiores embaixadores. O Senhor nos concede graça para que possamos aprender a agradar-Lhe” (Nee, Watchman – A vida Cristã Normal, P. 195 – Ed. Fiel). Ele mesmo, Watchman Nee, foi um desses grandes embaixadores que Deus ousou por em cadeias. Em 1952, feito prisioneiro, ficou vinte anos encarcerado, tendo vindo a falecer em seguida. Isto Confirma a Palavra: _ “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento” (2 Co 2.14). FELIZ 2008!

sábado, 29 de dezembro de 2007

Aba, Pai! Meu Papai do Céu!

_ “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8.12-17).
_ “pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mt 6.13b).

Posso dizer “Aba, Pai! Meu Papai do Céu”, porque sou filho do Pai, “herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo”. A Ele toda glória e honra por minha formação e nascimento. Ele me amou desde quando me concebeu, antes dos tempos eternos.
Isto é, de fato, maravilhoso! Como é bom que Deus me amou de tal forma que enviou Seu Filho amado, Jesus Cristo, ao mundo para nascer numa estrebaria, já sofrendo desde a infância, viver, morrer e ressuscitar para me salvar. Sei que ainda que fosse só por mim, Ele teria vivido e morrido em meu lugar. Que grande amor é esse, gente! Quão grande e preciosa salvação nos foi concedida desde os tempos eternos! Que Deus maravilhoso, grandioso, poderoso (não há palavras para descrevê-Lo, até porque ainda sou muito limitado de palavras...) é esse Deus a quem servimos! A Deus, toda glória e honra por minha formação e nascimento. Se vocês me amam antes mesmo que eu nascesse, por que Ele, o Senhor, haveria de amar menos, visto que Ele me amou desde quando me concebeu, antes dos tempos eternos? E vocês acham que meus pais me amam desde quando, e até quando? Seria o amor de Deus menos intenso, ou menos fiel?

Sou, pela graça e misericórdia divina, unicamente, um eleito do Senhor, como tantos de vocês que estão lendo ou ouvindo esta minha apresentação. Alias, este é o meu principal motivo de louvor e gratidão a Deus, porque “... SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda. Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir” (Sl 139.1-6).
De fato, as obras do Senhor são “admiráveis e a minha alma o sabe muito bem”; e uma prova disso está aqui diante de seus olhos. Sou um poema de Deus, “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).

Não preciso me preocupar com os perigos da vida, doenças, infecções hospitalares, acidentes, incidentes e a morte; nem ficar ansioso pelo que comer, beber, vestir, ou pelo dia de amanhã, porque o “nosso Pai celeste sabe que necessitamos de todas essas coisas...”, conforme o Senhor nos diz em Mt 6.25-34. Em Sua providência, o próprio Senhor há de prover as condições adequadas e favoráveis para eu chegar até onde Ele quer, do jeito que Ele quer. Sei que Ele mesmo, que escolheu os meus pais, lugar e condições favoráveis para eu nascer e crescer, há cuidar de mim e me proteger através de pessoas de todas os lugares por onde eu passar. Não preciso ficar ansioso quanto ao tempo que vou viver aqui na terra, porque tenho a promessa de que todos os meus dias já estão contados, se poucos ou muitos, não sei; mas o que sei é que nenhum segundo a menos ou a mais do que aqueles que me foram determinados será acrescentado ou tirado. Esse é o Deus que me criou e me amou desde o ventre materno, ou melhor, desde os tempos eternos. Assim, “na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos e, em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador” (Tt 1.2, 3); sou abençoado antes mesmo de ser formado no ventre de minha mãe (Jr 1.5-9; Lc 1.15, 16).
Contudo, jamais posso me esquecer, e não tenho como agradecer o fato de ser um predestinado para transmitir a paz e o amor de Deus a este mundo tão carente da graça de Deus. Sei que o Senhor mesmo vai prover, a cada dia de minha vida na terra, os meios e as condições necessárias para eu chegar a cumprir os Seus santos propósitos. Isto porque, “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42.2).
Apesar de saber e reconhecer que sou fruto da graça de Deus, e que Ele me escolheu antes mesmo do meu nascimento (Jr 1.5; Lc 1.15; 2Ts 2.13-14, 14; 2Tm 1.9, etc), sou uma criança diante do Pai celeste.

Finalmente, quero convidar a todos para, juntos, rendermos um tributo de gratidão a Deus por essa tão maravilhosa graça de Deus, o dom da vida. Como disse o salmista, o Senhor me formou, me “construiu”, com carinho e dedicação no ventre de minha mãe: “Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra” (Sl 139.13-15). O Senhor me viu antes de ser formado no ventre de minha mãe: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda. Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! Se os contasse, excedem os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim” (Sl 139.16-18).

_ “Bendito és tu, SENHOR, Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome” (1Cr 29.10b-13).
_ “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera. Sais ao encontro daquele que com alegria pratica justiça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; por muito tempo temos pecado e havemos de ser salvos? Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam. Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniqüidades. Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó SENHOR, nem perpetuamente te lembres da nossa iniqüidade; olha, pois, nós te pedimos: todos nós somos o teu povo” (Is 64:4-9).
_ “pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mt 6.13b).
– “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
– “Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos... Amém!” (Ap 5.13, 14).
FELIZ ANO NOVO PRA TODOS!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Vida Bem Vivida

_ “Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Jedida e era filha de Adaías, de Bozcate. Fez ele o que era reto perante o SENHOR, andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda” (2Rs 22.1-2).

Josias viveu somente 39 anos na presença do Senhor. É algo semelhante ao que a Bíblia relata a respeito de Enoque. O qual viveu “apenas” 365 anos. Considerando que seu pai, Jarede, viveu 962 anos (Gn 5.20), e que seu filho, Matusalém, viveu 969 anos. Entre o pai e o filho novicentenários, viveu Enoque uma “ninharia” de apenas 365 anos. Porém, dos outros a Bíblia só diz que viveram e morreram, não tendo mais nada de bom a ser acrescentado à vidas deles. Entretanto, de Enoque a Bíblia diz que “andou com Deus”. Alias, se considerarmos o tempo de ministério público de Jesus e o seu tempo de vida terrena, também vamos concluir que Ele passou muito rapidamente por aqui, levando-se em consideração ao tempo médio de vida dos homens de Seus dias...

Josias viveu apenas 39 anos, apesar sua conduta de fidelidade ao Senhor, o Senhor lhe disse: “Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar o SENHOR, assim lhe direis: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, acerca das palavras que ouviste: Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o SENHOR, quando ouviste o que falei contra este lugar e contra os seus moradores, que seriam para assolação e para maldição, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o SENHOR. Pelo que, eis que eu te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido em paz à tua sepultura, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar. Então, levaram eles ao rei esta resposta” (2Rs 22.18-20).

Em outras palavras, Deus abreviou os seus dias para que ele não experimentasse o mal que viria sobre aquele povo. Logo, a morte foi um bem maior que a vida. Por isto a Bíblia diz: “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham” (Ap 14.13).

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Natal de Jesus, O Maior Milagre do Mundo

_ “De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze... Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:17,21).

As pessoas, cujos nomes constam nesta genealogia, sem dúvida alguma, são nossas representantes. Deus, em Sua infinita graça, agradou-se delas, dando-lhes a honra de terem seus nomes na genealogia de Jesus. Elas sintetizam a nossa natureza pecaminosa. E nos fazem entender porque Jesus Cristo considerava-se "O Filho do Homem". Porque Ele, assumindo a natureza humana, tornou-se nosso único e suficiente representante diante do Pai. Por isso, dizemos que Ele é nosso único Senhor, Salvador e Mediador. O milagre aconteceu na vida dessas pessoas, tanto pelo fato de que Deus as socorreu em suas tribulações, como, também, porque Deus lhes deu a honra de terem seus nomes registrados nas páginas sagradas. E todos os que lerem esta estória hão de constatar que somente um milagre poderia mudar o destino dessas vidas e dar-lhes um nome com dignidade. E foi o que aconteceu, Deus transformou a tragédia em glória! Deus transforma o lixo em luxo, através de Jesus Cristo, O Maior Milagre do Mundo! Porém, O Maior Milagre do Mundo acontece em nossas vidas, não por termos nossos nomes arrolados na Bíblia Sagrada, mas porque o nosso nome está arrolado nos céus, no Livro da Vida. Portanto, pensemos mais especificamente em que sentido podemos dizer que Jesus é O Maior Milagre do Mundo:

Jesus, o milagre da graça de Deus
_ Graça (caris), inclui a idéia de alegria e gozo; brilho e beleza, encanto. A graça está relacionada com os nossos pecados. Mas a misericórdia está associada à nossa miséria. Aponta para as miseráveis conseqüências dos nossos pecados. Misericórdia é uma simpatia interna, acompanhada de atos externos. Graça e misericórdia se relacionam:
_ A graça é Deus NOS dando aquilo que não merecemos: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós. É dom de Deus” (Ef 2.8).
_ A misericórdia é Deus NÃO nos dando aquilo que merecemos: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6.23).
Graça que se manifestou na vida do agressivo e sanguinário Saulo de Tarso, transformando-o no grande Apóstolo aos gentios... Naquela experiência fantástica de seu encontro com Jesus no caminho para Damasco, quando ouviu do próprio Senhor: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues...” (At 9.4-5). Paulo relata, em Rm 7.7-25, sua dramática experiência, ao ser confrontado com a seriedade da Lei de Deus e a sua pecaminosidade. Paulo, então, chegou ao auge do desespero ao afirmar: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Então, como que caindo em si, reconheceu a grandiosidade da graça: “Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor!” (v.25). Posteriormente ele vai confirmar esse entendimento da graça, reconhecendo-se como o principal dos pecadores (1 Tm 1.15-16).

É interessante observarmos o valor que a Bíblia dá ao crente comum. Paulo, através de suas cartas, menciona vários nomes de pessoas comuns, as quais foram sumamente importantes no exercício de seu ministério. Recentemente fui profundamente impactado com as lições que Deus me concedeu, quando refletia sobre a lista dos trabalhadores que voltaram do cativeiro babilônico com a incumbência e o propósito de reconstruírem o templo de Jerusalém. Quando lia os nomes daquela lista de Esdras, 2, associando-os com a ordem que o Senhor deu a Moisés no livro de Números – "No segundo ano após a saída do filhos de Israel do Egito, no primeiro dia do segundo mês, falou o Senhor a Moisés, no deserto do Sinai, na tenda da congregação dizendo: Levantai o censo de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, contando todos os homens, nominalmente, cabeça por cabeça..." (Nm 1.1-2) – fiquei a pensar na razão daquela referência. Lendo o rodapé da Bíblia de Estudo de Genebra sobre o referido texto, descobri três grandes lições:

1a – O Senhor conhece pessoalmente o Seu povo. A aliança do Senhor com Seu povo é um laço de amizade íntima. Por isso o Senhor falou através do profeta Oséias de maneira tão especial: "Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho. Quanto mais eu os chamava, tanto mais se iam da minha presença... Todavia, eu ensinei a andar Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinaram que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e me inclinei para dar-lhes de comer" (Os 11.1-4).

2a – Pessoas comuns são importantes na execução dos propósitos divinos. O nosso trabalho não é vão no Senhor (I Co 15.58). Não somente os líderes são importantes na obra de Deus, mas, também, as pessoas comuns, simples, são úteis e importantes para Deus.

3a – O Senhor deseja que Seu povo trabalhe em comunidade, em harmonia de propósito. Deus quer que vivamos em união. Da mesma forma, podemos perceber, através da genealogia de Jesus, a revelação do infinito amor de Deus manifestado através de gente comum como todos nós. Sem méritos humanos, cheias de conflitos pessoais. Gente injustiçada, desprezada, abandonada, derrotada e humilhada. Gente simples, humilde, transformada pelo MAIOR MILAGRE DO MUNDO. Em Cristo, todos nos tornamos válidos, úteis. Ninguém é inferior, inválido ou desprezível aos olhos de Deus. Somos importantes para Deus, porque Ele mesmo nos fez à Sua imagem e semelhança. E nada que Deus criou é inútil, ou sem importância. Nem mesmo uma lista com nomes de pessoas insignificantes, aos olhos humanos, como nessa genealogia, é desprezada e desvalorizada na Palavra de Deus.

Todos nós somos úteis para a execução da obra de Deus. Ninguém deve considerar-se inútil, sem valor. Porque Deus mesmo nos concede dons para o exercício do Seu ministério. Deus tem propósitos específicos para cada um de nós. Ninguém precisa sentir-se rejeitado, discriminado, porque Deus cuida de cada um de nós com amor eterno. Nenhum dos eleitos de Deus é inválido, ou descartável, para Ele. Porque Ele tem cuidado de nós. Esse texto nos mostra que pessoas comuns também fazem parte do plano de Deus. Deus trabalha com gente comum, como eu e você! Deus nos conhece intimamente. Ninguém é desconhecido, desprezado, ou está escondido de Deus – DEUS É O NOSSO PAI. Deus conhece a cada um de nós, intimamente, todos nós estamos diante dEle: O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam" (Naum, 1.7). Fazemos parte do grande plano de Deus. Só nos resta receber, pela fé em Cristo Jesus, a garantia de nossa herança celestial. Se você ainda não tomou posse da salvação eterna, eu o convido a que se renda agora mesmo ao Salvador. Garantindo assim a sua eterna salvação. Por outro lado, se você se acha desprezado, marginalizado, sem coragem de encarar as pessoas pelo que elas pensam ou dizem a seu respeito; saiba, creia, Jesus quer alcançá-lo com Seu grande e sublime amor.

Jesus, o milagre da unidade na diversidade
O milagre da fraternidade cristã, evidenciada através da Igreja de Cristo na terra. Deus faz com que haja UNIDADE NA DIVERSIDADE. Através das genealogias, Deus nos mostra que, desde o princípio, a Igreja, como corpo de Cristo, já estava estabelecida na mente de Deus. Por isso, Deus quer que vivamos unidos, em família. Porque pertencemos a Ele, somos, todos nós, interdependentes. Ninguém é uma ilha. Ninguém se basta a si mesmo. Todos nós somos dependentes uns dos outros, somos membros do corpo de Cristo – A IGREJA.
Religião significa RELIGAR, UNIR, JUNTAR o que foi separado pelo pecado, pela queda do homem. E só Deus pode nos fazer voltar ao Seu aprisco, quando nos atinge com Seu grande amor. O homem precisa de ajuda para conseguir o verdadeiro arrependimento. Deus precisa começar (Lc 5.21). Não há esperança em outra parte senão em Deus, por meio de Jesus Cristo. E a nossa união, através do Corpo de Cristo, a Igreja do Senhor Jesus, é indispensável para a nossa edificação e crescimento espiritual. Os filhos de Corá assim se expressaram:

_ “O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, Senhor dos exércitos, Rei meu e Deus meu!... Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva" (Sl 84.3, 5, 6).

Jesus, o milagre da soberania divina
Deus é soberano sobre tudo e sobre todos:
_ "De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze" (Mt 1.17).

O número sete na Bíblia caracteriza a perfeição divina. Com o número catorze poderíamos pensar em Alguém duplamente Perfeito e Santo. Três vezes catorze, dá-nos a idéia da Trindade de nosso Deus: Santo, Santo, Santo! Ele é o nosso Único Mediador e Salvador. "Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!" (Fl 4.20). O texto nos mostra que Jesus Cristo é o Senhor da história, é Senhor sobre a natureza física, e sobre a natureza humana. Ele é soberano sobre tudo e sobre todos. Nada escapa ao Seu controle. Todas as gerações, passada, presente e futura, fazem parte de um plano perfeito, estabelecido desde a eternidade pela Trindade divina (14>14<14). Como a Palavra de Deus nos confirma:

_ "Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade , as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade... Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei" (Is 46.9,10,11 b).

Toda a história humana está sob o controle divino. Nada escapa ao Seu decreto. Nada acontece por acaso, ou mesmo por "acidente". Deus jamais é surpreendido pela ação da natureza, ou pela atitude humana. Ele é quem determina a existência do bem e do mal: "Eu forma a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas" (Is 45.7). Deus é Senhor. Jesus é Senhor. O Espírito Santo é Senhor!

_ "Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim" (Ap 21.6 a).

À medida em que conhecemos um pouco mais ao Senhor, começamos a entender e aceitar os Seus propósitos. Passamos a entender melhor que nossas vidas, também, estão subordinadas à soberania de Deus. Só então, podemos dizer como Jó: "Bei sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado" (Jó 42.2). A compreensão da doutrina da soberania da graça de Deus, que adquirimos através da reflexão sincera de Sua Palavra, nos proporciona um profundo conforto: passamos a perceber, através da nossa própria vivência, que somos parte ativa do grande propósito de Deus. E que jamais o Senhor permitirá que alguém interfira em Seus planos. Sua vida, amado irmão, faz parte dos decretos divinos. Isto é um milagre da graça de Deus! Fazemos parte dos planos eternos que Deus mesmo estabeleceu em Sua majestade e sabedoria. Que o Senhor, portanto, o abençoe ricamente. FELIZ NATAL! Amém.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Natal é Deus Conosco!

– "E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer” (Lc 2:15).
– "Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles... e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer Deus conosco)” (Mt 1:21, 23b).

Natal, tempo de recebermos o ´´que o Senhor nos deu a conhecer.” A finalidade de toda a revelação bíblica é levar-nos a conhecer a Deus, culminando na palavra de Jesus: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).
E somente o Espírito Santo pode nos conduzir a esse conhecimento. Daí porque vez por outra somos surpreendidos pela sabedoria divina manifestada através de pessoas simples e comuns; algumas vezes de forma muito mais evidente e poderosa do que através de pastores e líderes cultos e famosos. Porque, “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e escolheu as coisas humildes do mundo e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1.27-29). Por que a maioria das pessoas não consegue orar? Porque não conhece a Deus, não tem intimidade e comunhão com Ele. Não conseguimos falar por muito tempo com alguém com quem não temos intimidade. Por isto Paulo diz: “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação” (1Co 1.21).

Ninguém pode chegar ao conhecimento de Deus por si mesmo, por sua própria instrução.
É o conhecimento da glória de Deus que precisamos, e este se acha na pessoa de Cristo. Esse conhecimento só nos é propício através da revelação operada pelo Espírito Santo, pelos méritos de Cristo Jesus.
_ “Por isso, também eu, tendo ouvido da fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” (Ef 1.15-17).

É interessante que Paulo não orou apenas em favor dos pastores e líderes, para que eles obtenham tal sabedoria e conhecimento de Deus. Mas ele ora em favor de todos os salvos que estiverem vivos, enquanto podem se apropriar dessa graça, a fim de que conheçamos a Deus por experiência própria. Aqueles cristãos, para quem Paulo escreveu, eram pessoas simples e comuns, como eu e você. Alguns até estavam vivendo em precárias condições, por serem pobres, sem instrução colegial, escravos, etc. Porém, ainda assim, eles deveriam e precisavam adquirir, cada vez mais, o conhecimento de Deus na prática diária. É conhecimento não apenas de ouvir falar, mas por experiência íntima e profunda, como disse Jó (Jó 42.2-6).

Esse é o tipo de conhecimento mais completo possível, intimo, de Deus; ao qual devemos almejar, e para o qual devemos orar incessantemente a Deus. Pouco adianta sabermos muito sobre Deus; o fundamental é que conhecê-Lo pessoalmente, e não apenas sobre Ele. Não conhecimento intelectual, embora seja importante sabermos cada vez mais sobre os atributos e fatos a respeito de Deus; sobre suas bênçãos, etc. Ainda assim, esse conhecimento teórico não é o que Paulo faz menção em sua oração; porque de fato este não é o conhecimento fundamental para o qual devemos atentar. Ele está orando para que aquelas pessoas, e todos nós, os que cremos, conheçamos a Deus de um modo especial, pleno e constante. Ter uma comunhão verdadeira e plena com Deus é o objeto da oração de Paulo em nosso favor. Chegar a esse conhecimento deve ser o alvo principal de todo cristão. Foi o que os samaritanos experimentaram, após terem ouvido a respeito de Jesus pela mulher samaritana. Até então o conhecimento deles se restringia ao que ouviram através daquela mulher; mas, quando tiveram um encontro pessoal com Jesus, eles já podiam falar de experiência própria:
_ “Quando os samaritanos chegaram ao lugar onde Jesus estava, pediram a ele que ficasse com eles, e Jesus ficou ali dois dias. E muitos outros creram por causa da mensagem dele. Eles diziam à mulher:
—Agora não é mais por causa do que você disse que nós cremos, mas porque nós mesmos o ouvimos falar. E sabemos que ele é, de fato, o Salvador do mundo” (Jo 4.40-42).
– "Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles... e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer Deus conosco)” (Mt 1:21, 23b).
JESUS – Emanuel, Deus conosco! Aleluia, é Natal, Deus está conosco!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Natal, Tempo De Decisão

Milan Kundera assim se expressou: “Só se tem uma vida e não se pode nem compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-la nas vidas posteriores.”
Daí porque é tão difícil tomar-se decisões. Principalmente quando estas decisões podem mudar completamente o rumo de nossa vida. Nossas decisões são, quase sempre, irreversíveis, definitivas, principalmente quando diz respeito à eternidade. Porque não podemos viver a mesma experiência outra vez. Apenas vivemos experiências semelhantes, nunca AS MESMAS.
Toda experiência será sempre outra diferente, porque nós não seremos os mesmos. Este dia é especial em sua vida, único. A oportunidade desta hora é uma janela que não se abrirá jamais. Seguir a Jesus é viver com Ele. Não significa apenas uma declaração verbal; é aceitar Sua proposta de compromisso, amizade, companheirismo e intimidade com Deus:
- “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz. Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo. O sal é certamente bom; caso, porém, se torne insípido, como restaurar-lhe o sabor? Nem presta para a terra, nem mesmo para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14:26-35).

Carlos Drumond de Andrade, em CONTOS PLAUSÍVEIS, apresenta um historiazinha muito sugestiva, com o título: BOM TEMPO, SEM TEMPO:
_ "Não chovia, meses a fio, ou chovia demais. As plantas secavam, os animais morriam, os moradores emigravam. As plantas submergiam, os animais morriam, as pessoas não tinham tempo de emigrar. Assim era a vida naquele lugar privilegiado, onde medrava tudo para todos, havendo bom tempo. Mas não havia bom tempo. Havia o exagero dos elementos. O mágico chegou para reorganizar a vida, e mandou que as chuvas cessassem. Cessaram. Ordenou que a seca findasse. Findou. Sobreveio um tempo temperado, ameno, bom para tudo, e os moradores estranharam. Assim também não é possível, diziam. Podemos fazer tantas coisas boas ao mesmo tempo que não há tempo para faze-las. Antes, quando estiava ou chovia um pouco – isto é, no intervalo das grandes enchentes ou das grandes secas – a gente aproveitava para fazer alguma coisa. Se o Sol abrasava, podíamos fugir. Se a água vinha em catadupa, os que escapavam tinham o que contar. Quem voltasse do êxodo vinha de alma nova. Quem sobrevivesse à enchente era proclamado herói. Mas agora, tudo normal, como aproveitar tantas condições estupendas, se não temos capacidade para isto? Queriam linchar o mágico, mas ele fugiu à toda" (Andrade, Carlos Drumond – CONTOS PLAUSÍVEIS, p. 56 Ed. José Olympio, RJ).

A Palavra de Deus nos fala de um bom tempo. Tempo oportuno, conveniente para nos achegarmos ao Trono da Graça: “Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno” (Hb 4.16). Tempo oportuno, bom tempo, apesar das crises, ou mesmo por causa delas. Só podemos viver esta vida, enquanto aqui na terra. Não podemos simplesmente esperar que se esgotem as oportunidades para, então, tomarmos consciência de que perdemos o tempo, quando as portas das oportunidades forem se fechando: “Porque diz: No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (2 Co 6.2). Este é o nosso BOM TEMPO! O tempo está favorável, nesses dias quando muitos perderam toda a esperança. Este é o nosso tempo. Ou melhor, o tempo de Deus para nós. Bom tempo, e que haja tempo! Que o Senhor, portanto, nos conceda graça suficiente para podermos experimentar e desfrutar desse tempo magistral, sempre. Feliz Natal! Amém.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Natal, Tempo de Ação, Proclamação

_ "Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino” (Lc 2:16-17).

Vamos até Belém! Vamos já! Foram, "e vendo-O, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita" (Lc 2.17). E os que ouviram se admiraram, se emocionaram, se convenceram, se converteram a Cristo como Senhor e Salvador! Assim também hoje, ninguém pode ficar indiferente quando tem um encontro real com Jesus Cristo, o Senhor da Glória! Não se pode deixar de falar dessa maravilhosa dádiva do céu, quando se tem o inaudito privilégio de conhecer pessoalmente a Jesus, a plenitude da glória celestial.

Os pastores do campo foram inflamados, impactados poderosamente com aquele memorável encontro. Inesquecível encontro, sublime encontro! "E vendo-o divulgaram!" Divulgaram a gloriosa mensagem da presença viva de Jesus entre os homens. Não podemos esconder a felicidade e o prazer de conhecer a Jesus por experiência pessoal. Não se admite um cristão omisso, covarde, camuflado. Quem esteve com Jesus pessoalmente jamais será o mesmo. As provisões divinas, então, nos são asseguradas em quaisquer circunstâncias. Temos a garantia das riquezas da bondade: "Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao arrependimento?" (Rm 2.4). Temos a garantia de riqueza da sabedoria: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus" (Rm 11.33). E todas as bênçãos espirituais: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo" (Ef 1.3).

Quando proclamamos o evangelho de Jesus Cristo, no poder do Espírito Santo, irrompe de nossos lábios hinos de louvor e adoração, como cheiro suave e agradável ao Senhor da glória. Seguir a Jesus é viver com Ele. Não significa apenas uma declaração verbal; é aceitar Sua proposta de compromisso, amizade, companheirismo e intimidade com Deus: "Se alguém quer vir a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também a própria vida, não pode ser meu discípulo... Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo. Bom é o sal; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Não presta nem para a terra, nem para o adubo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Lc 14.26, 33-35).

Eu aprendi, e experimentei, que Jesus Cristo nasceu para mudar as circunstâncias. Não importam mais as condições externas, Jesus está entronizado em meu coração. Assim como os pastores do campo que voltaram às suas lides, para as lutas diárias, transformados, divulgando, "glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido como lhes fora dito"... FELIZ NATAL!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Natal, Tempo de Humildade e Fidelidade

_ “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt 1:18-23).

Este texto fortalece a nossa convicção de que "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações... O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio" (Sl 46.1,11). Podemos confiar em Sua soberania sobre nossas vidas, e nos manter confiantes, "sempre firmes e constantes, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor" (1 Co 15.58). Maria representa o cumprimento das promessas divinas (Is 7.14; 9.6-7; Mt 1.21-23; Gl 4.4-5). Promessas para todo aquele que se encontra discriminado, incompreendido e maltratado pelo mundo hostil. Aquele que reconhece, humildemente, que o Senhor Jesus é Deus conosco: "Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas" (Lc 1.37). Promessas as quais nos apropriamos, tomamos posse, quando agimos como Maria. Reconhecendo o senhorio de Jesus Cristo, arrependidos e contritos, nos entregamos submissos à Sua vontade: "Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra" (Lc 1.38).

Quando o anjo lhe comunica que seria gerado nela um filho, sendo ela ainda virgem, Maria expressa a humildade necessária àqueles que almejam experimentar a manifestação da graça divina. Não protesta contra os desígnios divinos. Nem mesmo procura defender sua reputação social. Apenas se queda humildemente diante da soberania do Senhor Jesus: "Eis aqui a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua vontade" (Lc 1.38). Mais tarde ela apontaria para a suficiência do Senhor Jesus na solução dos nossos problemas: "fazei tudo o que ele vos disser" (Jo 2.5 b). Humildade demonstrada 33 anos depois, diante da humilhação da cruz. Aos pés de Jesus ela recebia os dardos inflamados do maligno, compartilhando das aflições e zombaria que seu filho padecia ali na cruz. Identificava-se com Ele, na certeza de que aquela cruz não era dEle. Mas ela, Maria, era também alcançada pela graça divina por causa daquele sacrifício inocente. Padecia com Ele, como escreveu o apóstolo Paulo: "E, se somos filhos (de Deus), somos logo herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados" (Rm 8.17).

Maria não só acompanhou a Jesus na Sua glória, como nas Bodas de Caná, mas seguiu-O até à Cruz. Quando até o fato de ser "um deles" já era temeroso, o que afugentou a muitos dos seus companheiros de jornada. Jamais achou-se imaculada, santa. Pelo contrário, reconheceu sua condição humilde de serva (escrava) do Senhor Jesus: "A minha alma engrandece ao Senhor... porque contemplou na humildade da sua serva" (Lc 1.48). Diante do perigo e das ameaças, ela, por certo, se lembrava das palavras de Jesus: "E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo... Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus" (Mt 10.28;33). Junto à cruz, Maria não disfarça, não simula, não fica indiferente. Assim como em nossa prática diária, conhecemos os verdadeiros amigos nos momentos mais difíceis de nossa vida; os amigos do Senhor Jesus se revelam quando se achegam a Ele sem hesitação, sem constrangimentos. Junto à cruz do Senhor, na alegria ou na tristeza; em dia de festa ou do luto. Junto à cruz com humildade, submissão e coragem para testemunhar de Seu infinito amor por nós. Portanto, Maria, nos lembra JESUS, EMANUEL: DEUS CONOSCO; mas, também, a nossa urgente necessidade de buscá-Lo com humildade e fidelidade como nosso Senhor, Deus conosco. Que o Senhor nos abençoe a fim de que possamos tirar preciosas lições para o nosso viver diário desses exemplos.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Natal, Tempo de Compreensão

– "E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer” (Lc 2:15).

Inesquecível Natal! Faz-me pensar e considerar que preciso continuar lutando, e crendo sempre. Preciso enfrentar a vida. Lutar muito, continuar a caminhada, sabendo que não estou sozinho. Jamais estarei só. Porque Jesus, o Rei dos reis, o Filho do Deus Altíssimo está comigo, sempre e eternamente. Ainda que venham as tempestades e calamidades, Ele comigo estará, sempre. Posso confiar em Suas palavras: "Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós" (Jo 14.18). Caminhando com sapatos novos que dilaceram os pés, ou com chinelos velhos que entristecem a alma, causando vergonha, humilhação e tristeza; Natal sempre há de proporcionar-me a certeza de que o Menino pobre da Manjedoura de Belém tornou-se o meu Senhor e Salvador amado. Eu sei que o meu Redentor vive! Sei que Ele tem cuidado de nós, porque "Ele sabe o que é padecer". Foi o Senhor Jesus que assumiu na Cruz do Calvário as nossas dores, culpas, enfermidades e pecados. Ele é real. NEle eu posso confiar. NEle você também pode confiar, ainda que seja de pés descalços, cansados da longa e estafante caminhada. Ele está conosco, enxugando nossas lágrimas e estimulando-nos a prosseguir.

Hoje, aquela cena inesquecível de minha infância, faz-me compreender melhor a grande e preciosa experiência dos pastores de Belém. Homens simples do campo que foram agraciados com a extraordinária notícia do Primeiro Natal. Mais que isso, eles fizeram parte ativa, experimental, vibrante, da própria história natalina. Sem dúvida alguma, a mensagem do nascimento do Filho de Deus na Terra, estaria para sempre impregnada indelevelmente naqueles corações humildes e cansados: Jesus nascera em Belém, e eles haveriam de ser as primeiras testemunhas oculares do maior milagre ocorrido no mundo: Deus na Terra, Paz conosco!

Natal seria, desde então, e para todo o sempre, a maior e mais vibrante notícia a ser proclamada. Um grito altissonante de Missões Mundiais: Jesus está vivo, Jesus nasceu, chegou ao mundo, "porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt 1.21). Agora posso entender o verdadeiro sentido do Natal de Jesus: É a verdadeira Vida Abundante, para todos quantos nEle crêem. Amém.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Natal, Tempo De Consolação

– "E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer” (Lc 2:15).

O texto acima faz-me lembrar de um Natal de minha infância; o que poderia chamar de Meu Natal Inesquecível. Eu tinha cerca de nove anos apenas. Nossa família, apesar de pobre, era unida, alegre e bem equilibrada de um modo geral. Meu pai era agricultor; um pequeno sitiante que saíra da cidade grande (Volta Redonda, RJ), fugindo da poluição e da agitação comercial. Meus irmãos e eu (cinco até então) pouco fazíamos para ajudar na manutenção da casa. Minha mãe, ao contrário, trabalhava duro lavando roupas para ajudar no suprimento do orçamento doméstico. Mas vivíamos tranqüilos, sem grandes preocupações, pelo menos nós, os menores. Naturalmente que os “velhos” tinham lá as suas preocupações e ansiedades, como todos os pais responsáveis, pela alimentação e educação daquelas vidas preciosas, como são todos os filhos. Mas creio que não eram tantas as preocupações da família, considerando-se as condições em que vivíamos.

Naquele fim de semana, porém, as circunstâncias eram por demais desalentadoras, sombrias. A lavoura de meu pai fora totalmente dizimada por uma forte geada. O pequeno cafezal era a esperança de fartura e novos investimentos. Sua colheita era esperada com profunda expectativa, ansiedade e muito entusiasmo. De repente, drasticamente, em apenas uma noite de geada, toda a economia e esforços de anos de trabalho duro e honesto se desfizera. Na noite de Natal haveria, como de costume, a programação festiva em nossa casa, onde se reunia a congregação da Igreja. Meu pai era o exemplo de resignação e fé. Minha mãe redobrava seus esforços para minimizar as dificuldades, lavando roupas aos montões. Eu, que não entendia praticamente nada quanto à gravidade da situação, brincava tranqüilamente com os demais meninos de minha idade. Enquanto aguardávamos o início do culto especial de Natal, um coleguinha pôs-se a choramingar e resmungar ao meu lado. Procurei saber o motivo do seu descontentamento. E ele então começou a maldizer suas botas novas, por estarem apertando-lhe os pés. Com toda humildade própria de uma criança, perguntei-lhe: "Quer trocar com os meus sapatos? Eles não machucam!" Imediatamente ele parou de chorar. Enxugou as lágrimas, e, verificando as péssimas condições das minhas sandálias (Alpargatas Rodas), velhas, rasgadas, furadas e desfiguradas, disse-me sem pestanejar: "Não precisa, já parou de doer!" Desde então, muitos natais já se passaram, porém, não posso esquecer daquele Natal de minha infância. Sempre que sou tentado a lamentar e angustiar-me, devido aos "sapatos velhos" que a vida me proporciona, lembro-me daquele inesquecível Natal.

Na vida sempre somos tentados a viver lamentando a nossa "triste sorte" pelos apertos dos "sapatos velhos"; ou lamentando profundamente pelo desconforto que nos causam as novidades que ostentamos. Quando reconhecemos o quanto somos ingratos e mesquinhos, então percebemos que ainda estamos em vantagem. Nossa dor e sofrimento são amenizados e suportados com mais entendimento, resignação e coragem, quando percebemos que há sempre alguém em pior situação que a nossa. E nem por isso estão a lamentar e a maldizer-se.
Naquele Natal de minha infância, apesar dos meus sapatos velhos, rotos, eu era feliz. Sentia-me feliz. Estava envolvido, impregnado, do verdadeiro sentimento natalino: paz no coração e alegria na alma! Havia entre nós uma preocupação maior e mais vibrante do que comer, beber e vestir roupas novas: Jesus Cristo, Paz na Terra entre os homens que de boa vontade O recebem em seus corações. Eu queria saber, conhecer melhor a fascinante história do Menino pobre que se tornara Rei dos reis. Queria saber o significado mais profundo de toda aquela linda história. E, mais ainda, o que isso tudo tinha a ver com todos os meninos pobres e rejeitados de minha terra. Aprendi, então, que Natal é Paz real. É sentir paz mesmo! E que isso não quer dizer apenas ausência dos problemas externos. É não temer o presente de secas e enchentes, geadas, furacões ou vendavais. Não temer o futuro certo ou incerto. Não temer a morte e a eternidade. E isso sim é que significa VIDA MAGISTRAL! É viver em paz aqui na Terra e continuar em paz para a eternidade. Amém.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Natal, Tempo de Comprovação, Esclarecimento

"E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer” (Lc 2:15).
Em outras palavras, vamos comprovar os fatos e nos apropriar dessas maravilhas celestiais, conhecer a Jesus pessoalmente e sair do engano humano!

Raquel é uma linda e inteligente menina de pouco mais de dois aninhos. Um dia desses (10/07/2007) tivemos a grata satisfação de recebê-la em nossa casa, juntamente com seu irmãozinho, Gustavo, e seus pais, Fabiano e Lílian.
A certa altura da conversa ela deu o ar da graça, subiu num sofá e, ameaçando pular, cantou baixinho: ´´Dá vontade de pular...`` - um cântico que ela está acostumada a ouvir e repetir em sua classe da EBD. Só não efetuou sua proeza porque foi contida pela mãe, que lhe disse: Não dá vontade coisa nenhuma. Fica quietinha aí!
Foi então que Lílian nos contou que em casa, quando é surpreendida fazendo alguma arte, antes que a mãe a corrija, Raquel se antecipa cantando: ´´Tudo que eu faço, sou abençoada, yeh, yeh, yeh...``

Domingo (16/12/07), o programa Fantástico, da TV GLOBO, apresentou uma matéria patética, porém, ao mesmo tempo um alerta para todos nós que manejamos a Palavra de Deus, para não incorrermos em erros semelhantes.
Um cidadão brasileiro, dizendo-se pastor evangélico, contou que ´´Deus lhe deu`` uma visão, ou revelação, para adulterar com uma mulher de seu ´´rebanho`` para gerar um filho com ela. O infeliz, demonstrando um total analfabetismo bíblico, tentava de todas as formas encontrar respaldo na Bíblia para justificar sua transgressão aos mandamentos divinos. Disse que na Bíblia havia um caso semelhante desse tipo de ´´revelação divina``, quando Deus ´´disse`` para Oséias dessa forma: ´´Disse-me o SENHOR: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adultera com ela...``
Veja como o profeta disse no referido texto sagrado: ´´Disse-me o SENHOR: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera, como o SENHOR ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e amem bolos de passas`` (Os 3.1).
Por acaso isso não nos lembra lá do passado, no Éden?
Usando o texto como pretexto, disse ele que, assim como ´´Deus mandou o profeta tomar uma mulher casada e adulterar com ela``, assim também o Senhor estava lhe dando essa ´´missão`` – adulterar com uma mulher de um membro de ´´sua`` igreja e gerar um filho com ela. E o pior é que o marido traído estava demonstrando total apoio àquela cachorrada religiosa, acreditando ser, realmente, uma determinação divina... Que cena deprimente e patética! Quanta safadeza e corrupção da Palavra de Deus de forma tão grosseira e vexatória! Aonde chegamos, e o que ainda vamos ter que suportar?!

Esse tipo de religiosidade é propaganda enganosa. E quem se apóia nisso corre o risco de sofrer a maior e pior decepção de sua vida, e de forma irreversível, no dia final.
A atitude de Raquelzinha provoca riso e alegria por sua inteligência em tentar justificar suas artes cantando o que lhe foi ensinado. Se ela tem consciência de que é de fato real ou não sua justificativa, ou se simplesmente está de desculpando para safar-se sorrateiramente de um possível castigo, não sabemos. Mas o fato é que esta mentira do diabo fica no inconsciente dos crentes. E o diabo se utiliza dessa argumentação para convencer o crente de que está tudo sob a aprovação e a bênção divina, não importa o que ele faça. Então não é necessário estar-se buscando santificação, purificação e uma constante auto-avaliação de vida, como nos ensina a palavra de Deus (1Co 11.28; 2Co 13.3). A Bíblia ensina assim, mas o que interessa é o que eu canto, mesmo que este seja um argumento do inferno...
Ora, esse é exatamente o engano da religiosidade humana à qual o Senhor Jesus se referiu em Mateus, 7. 21-23. Tudo o que eles dizem ter praticado tinha o respaldo de sua tradição religiosa; e eles acreditavam no que faziam. Pelo que lemos no texto, podemos perceber que havia sinceridade no que diziam. Ou seja, eles acreditavam que estavam cobertos de razão em tudo que faziam e que apoiavam em fatos reais. Apesar disso, Jesus deixa claro que sinceridade religiosa e tradicionalismo apenas não resolve o problema espiritual do homem.

Precisamos atentar para o fato de que o diabo foi o primeiro ´´intérprete`` da palavra do Senhor; o primeiro teólogo. Isto nos faz pensar que não podemos entender ou interpretar a Palavra de Deus, A Bíblia Sagrada, por nós mesmos, sem a iluminação e direção do Espírito Santo: ´´sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade`` (2Pe 1.20, 21; 2.1,2).
Por acaso não foi isto que presenciamos nesse domingo?
Você ouve determinadas coisas tantas vezes que acaba assimilando aquilo como sendo verdadeiro. É como aqueles que se habituam com a mentira. Vão repetindo uma mentira tantas vezes até que, por fim, eles mesmos passam a acreditar na mentira proferida, com toda a sinceridade de seus corações. Enganando e sendo enganados, como nos diz o apóstolo Paulo: ´´Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados`` (2Tm 3.13).
Sinceros, porém, mentirosos, filhos do pai da mentira, o diabo: ´´Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos, recebendo injustiça por salário da injustiça que praticam. Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos... Esses tais são como fonte sem água, como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a negridão das trevas... prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor`` (2Pe 2.12-14, 17, 19).
Rimos quando ouvimos uma criança inteligente procurando justificar suas artes cantando algo assim. Contudo, se considerarmos a atitude infantil de quem canta tais canções irrefletidamente, então percebemos que a coisa é mais séria do que se imagina. Podemos até mesmo agradecer a Raquel por ela nos alertar quanto à nossa infantilidade e ignorância na adoração a Deus. Agradecer-lhe pela alerta que ela nos dá quanto à nossa responsabilidade pessoal diante de Deus pelos nossos atos; para que não descansemos em bases falsas e nos certifiquemos, de fato, se estamos sendo aprovados por Deus no que fazemos, para não sofrermos um decepção no dia final. Deus pode fazer com que sua vida se torne plena, abundante de graça e realizações. Viva com Ele e para Ele, e experimente a plenitude do Espírito Santo!

– ´´Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!`` (Jd 24-25).

domingo, 16 de dezembro de 2007

Natal, Tempo de Aprender

Através da observação dos homens e mulheres cristãs, tenho observado que, infelizmente, muitas vezes nossas igrejas estão repletas de talentos escondidos... Homens com qualidades especiais, alguns já convictos do chamado de Deus para o exercício do ministério pastoral, com um extraordinário potencial e facilidade para comunicar a Palavra de Deus ainda não explorado. Conteúdo e elegância na comunicação. Que Deus lhes conceda a graça de serem poderosamente usados para a propagação do evangelho de Cristo Jesus. Mais do que já produziram!

Aprendi com algumas mulheres “espalhafatosas” e brincalhonas que se pode sorrir e falar pelos cotovelos, e ainda assim saber ouvir com atenção, carinho, consideração e admiração. A arte de ouvir não é a arte de ficar calado. Há muitos que se mantêm calados o tempo todo quando lhes falamos e que, no entanto, nos dão a nítida certeza de que estamos falando sozinhos, para as paredes. Porém, ouvindo aquelas amadas irmãs, sentimo-nos a pessoa mais importante do mundo, falando-lhe de algo mais importante e interessante possível.
Com os empresários e alguns crentes de destaque na sociedade, aprendi que o crente pode possuir muitos bens materiais sem perder a ternura, a simplicidade, a alegria, a cordialidade e a hospitalidade. Somos irmãos em Cristo, não há barreiras entre nós, não deve haver. Nada nos separa do amor de Cristo, nem a vida, nem a morte. Aprendi como devemos desempenhar nosso trabalho ou profissão com seriedade e responsabilidade, mas também com alegria e vibração. Procurando viver o que fazemos, na certeza de que esta é a vontade de Deus para conosco.

Aprendi que, mesmo as pessoas tímidas e caladas podem e desejam expressar sua simpatia, cordialidade e carinho com outras pessoas. Particularmente, sinto-me muito feliz e grato a você por sua comunicação afetuosa e cordial, mesmo com poucas palavras. Seu gesto de amor cristão não precisa de muitas palavras para ser demonstrado.
Aprendi que mesmo as pessoas mais tímidas e caladas também podem ser criativas e bem humoradas, como de fato são. Aprendi que pais cristãos podem ser meigos e carinhosos com os filhos, mas, ainda assim, manter a disciplina e os limites na formação e educação dos mesmos. Educação firme e dura, sem perder a ternura.
Todos nós somos úteis para a execução da obra de Deus. Ninguém deve considerar-se inútil, sem valor. Porque Deus mesmo nos concede dons para o exercício do Seu ministério. Deus tem propósitos específicos para cada um de nós. Ninguém precisa sentir-se rejeitado, discriminado, porque Deus cuida de cada um de nós com amor eterno. Nenhum dos eleitos de Deus é inválido, ou descartável, para Ele. Porque Ele tem cuidado de nós. Esse texto nos mostra que pessoas comuns também fazem parte do plano de Deus. Deus trabalha com gente comum, como eu e você!
Deus nos conhece intimamente. Ninguém é desconhecido, desprezado, ou está escondido de Deus – DEUS É O NOSSO PAI.
Deus conhece a cada um de nós, intimamente, todos nós estamos diante dEle: “O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam" (Naum, 1.7).

Fazemos parte do grande plano de Deus. Só nos resta receber, pela fé em Cristo Jesus, a garantia de nossa herança celestial. Porém, Deus tem algo mais a nos acrescentar diariamente. E isto não diz respeito, necessariamente, às coisas materiais, curas físicas e sucesso financeiro ou social.
Precisamos nos exercitar em ouvir a voz de Deus mais que os conceitos humanos. Deixar Deus nos falar, ainda que contrariando os nossos pressupostos teológicos, nossos pré-conceitos doutrinários, denominacionais. Quando assim buscarmos a Deus, sem reservas, sem barreiras, Ele há de derramar, abundantemente, o Seu poder sobre nós. E a glória será do Senhor, e não nossa, ou de nossa denominação, ou grupo eclesiástico. Ele há de aparecer, Seu Reino crescer, ainda que tenhamos que diminuir, descer, desaparecer... Portanto, precisamos rogar a Deus que nos encha do verdadeiro poder de Deus para anunciarmos com intrepidez e ousadia “todo o conselho de Deus”, como fez o apóstolo Paulo, orando em favor dos efésios (Ef 3.14-21).
Finalmente, aprendi que ainda tenho muito a aprender, e que cada pessoa com quem eu tive a honra e alegria de conversar e conviver em minha vida, todas, sem exceção, têm e tiveram algo a me ensinar, muito mais do aprenderam comigo. Portanto, eu aprendi a aprender.

_ “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. FELIZ NATAL!

Natal, Tempo De Adoração




Ao longo dos séculos, em circunstâncias as mais diversas, o povo de Deus tem expressado sua fé e esperança através dos cânticos de louvor e adoração. Os exemplos bíblicos são tantos que não podemos sequer mencionar a todos. Porém, voltemos ao texto em apreço: As circunstâncias religiosas, espirituais, também eram desfavoráveis para cultuar, adorar, conforme a compreensão vigente. Os judeus só admitiam haver um lugar de culto, de adoração: no templo em Jerusalém. Os pastores estavam no campo, distantes, portanto, do local consagrado para a adoração ao Deus vivo, verdadeiro. Não podiam dizer: "Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor!"

No campo, longe dos escribas, dos sacerdotes divinos, dos mensageiros do Deus Altíssimo, sem o texto sagrado. Não, não havia motivações estimulantes, favoráveis, para se cultuar, adorar, vibrar: "Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade" (Lc 2.13-14).

Quais seriam nossas reações em tais circunstâncias? Em meio às crises e decepções, os filhos de Deus cantavam e proclamavam sua fé. E o Senhor Jesus era adorado com profunda reverência e sinceridade. Deus era exaltado, e a fé divulgada de maneira bonita, atraente e convincente. É preciso que se diga o que se crê quando se canta, e que cantemos de maneira tal que o nosso canto evidencie, com clareza absoluta, a nossa fé. Não podemos jamais nos esquecer que o povo de Deus sempre cantou aquilo que sentia, ou melhor, aquilo que representava o sentimento vivido na época aos pés de Cristo, aliado às suas convicções doutrinárias.
Há mais de dois mil anos nasceu Jesus, na cidade de Belém da Judéia. Em cumprimento das profecias do Antigo Testamento, houve um período de silêncio. Quatrocentos anos sem qualquer revelação especial de Deus. Tempo suficiente para os incrédulos imaginarem que, realmente, Deus era um Ser distante, transcendente apenas. Por certo, muitos morreram dizendo que a Bíblia não era verdadeira, ou que as profecias caducaram. Como muitos posteriormente, nos tempos do apóstolo Pedro, iriam duvidar e fazer chacota com a segunda vinda de Cristo (2 Pe 3.1-12). Para o ímpio, sempre houve, e sempre haverá motivos suficientes para continuar-se no pecado. "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça" (2 Pe 3.13).

Na plenitude dos tempos, ou seja, quando o mundo estava devidamente preparado, nas condições adequadas para recebê-Lo, nasceu Jesus. Findou-se o grande silêncio, a longa espera, nasceu o Salvador, o nosso Redentor! Hoje comemoramos este grande e sublime acontecimento. Mas isso é apenas importante; o essencial mesmo é que Jesus Cristo nasça e habite em cada coração hoje. Deixemos os cuidados temporais, festejos, presentes, comidas e bebidas em segundo plano. Busquemos a Jesus, com humildade e singeleza de coração. Há um silêncio profundo, uma ausência sentida, um tremendo vazio de Deus na alma humana... Uma longa espera. Talvez desejada inconscientemente. Talvez esteja acontecendo algo semelhante em sua vida, amigo leitor. Hoje, porém, pode ser a plenitude do tempo para você. Deus está comunicando-lhe a Sua Palavra, de maneira audível.

Quando o Senhor Jesus se dirigia para o Calvário, onde seria consumada a obra redentora do Seu amor por nós, e onde os nossos pecados seriam cancelados para sempre, através do Seu sangue precioso, em meio ao sofrimento físico, mental, moral e espiritual, Jesus cantou com Seus discípulos: "E tendo cantado um hino, saíram para o Monte das Oliveiras" (Mt 26.30). Quando, mais tarde, os Seus discípulos saíram a pregar, procuraram seguir esse costume de Jesus de cantar louvores a Deus, mesmo em circunstâncias tristes, desconfortáveis e humilhantes. Depois de serem presos injustamente, espancados e jogados no cárcere frio e asqueroso, "Pela meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os outros presos os escutavam..." (At 16.25).

Talvez haja tristeza em seu coração. Você está triste devido às circunstâncias desalentadoras... Mas, principalmente, você está triste pela longa ausência do Consolador em seu coração. Triste por verificar que o Natal dos festejos e guloseimas não o satisfaz completamente. Natal que torna mais pobre o menino pobre. Quando o humilde é ainda mais humilhado. O menino descalço, sem teto, sem agasalho, é a mais ridícula e pejorativa paródia do Natal. Natal de glutonarias, bebedices, fantoches... Natal sem Jesus, sem paz, sem gratidão, amor... Não, este não é o Natal de Jesus. E por isso você chora, esperando a consolação do Senhor. Deixe agora as preocupações com as coisas temporais, acidentais. Pense nas coisas celestiais. Nasceu Jesus! Este é o momento para rendermos-Lhe graças e louvor. Podemos cantar com os anjos: "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade... Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra; servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cânticos... Um cântico haverá entre vós... e alegria de coração..." (Lc 2.14; Sl 100.1; Is 30.29).
Portanto, há razão para se viver, cantar, sorrir e bendizer ao Salvador. Uma emoção maior, razão para romper-se com as lamúrias e lágrimas. Esta razão é a presença viva de Jesus Cristo conosco. FELIZ NATAL!

sábado, 15 de dezembro de 2007

Natal, Tempo De Alegria

Conta-nos a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, a maravilhosa experiência dos pastores do campo, conforme Lc 2.8-20. Humanamente falando, não havia ocasião menos favorável para se experimentar alegria do que naquela noite, entre aqueles pobres e rudes trabalhadores do campo. Não havia ambiente favorável, nem clima emocional para regozijo, alegria, louvor e cânticos de júbilo. Positivamente, aqueles homens tinham tudo para se constituírem no próprio retrato da desolação, abatimento, amargura e até ressentimento. Menos para exaltação e alegria. As circunstâncias em que estavam vivendo eram por demais sombrias e desalentadoras. Condições completamente desfavoráveis a comemorações ou quaisquer vestígios de manifestações festivas, alvissareiras. As circunstâncias ambientais, físicas, eram desfavoráveis. Ali estavam os vigias dos rebanhos "pelas vigílias da noite". Era noite. E que noite! A friagem natural, a exaustiva fadiga provocada pela intensa labuta do dia que findara. A falta de alimentação adequada e substancial; a necessidade de se manterem acordados e atentos... eram motivos suficientes para provocar-lhes tensão, preocupações e angústia. Mas o anúncio do nascimento de Jesus, a mensagem da presença divina conosco, transformou completamente as circunstâncias ambientais desfavoráveis numa atmosfera de gozo e paz.

Ao contrário de Judas, que numa noite escura e fria se distanciou definitivamente de Jesus, aqueles homens simples e rudes do campo conheceram a glória celestial numa noite de Natal. E a alegria verdadeira, permanente e profundamente gloriosa, inundou os seus corações. Assim, também, a presença de Jesus no coração humano, ainda hoje, proporciona a verdadeira consolação. Hoje podemos nos alegrar também, ainda que ao nosso redor todas as circunstâncias sejam desfavoráveis. Jesus Cristo é a nossa alegria real e permanente! Sim, podemos, também nós, permitir que o Salvador transforme nossos vales sombrios e nebulosos em momentos de júbilo e adoração.

Jesus é o Maior Milagre para os humildes, para aqueles que reconhecem o Senhor Jesus como Único Senhor e Salvador de suas vidas. De repente, aqueles corações, até então entristecidos e amargurados, foram completamente transformados, pela manifestação da glória de Deus; dando um novo sentido às suas vidas e aformoseando seus semblantes. Como escreveu Salomão: "O coração alegre aformoseia o rosto" (Pv 15.13).

A alegria brotou em suas vidas como uma fonte de água fria. O Natal nos faz pensar nos vários motivos que Deus nos dá para nos regozijarmos. Você também pode começar hoje mesmo a experimentar viver a alegria de Cristo em seu coração. Para tanto, comece a exercitar-se na prática da vida cristã. É tempo de alegria, tempo de festa...
É Natal, os sinos tocam. As vitrinas reluzentes e a magnífica ornamentação da cidade evidenciam a maior festa da cristandade. Os presentes suntuosos são trocados. Compra-se roupas, sapatos, comidas e bebidas. Tudo de alto luxo, quando há recursos suficientes. Mas o Natal de Jesus, do Jesus humilde e pobre, o qual não teve sequer um lugar para nascer... Natal da mansidão, bondade, paz, pureza e compreensão... A paz que os homens almejam, em nome da qual surgem as guerras e pelejas. A paz real, profunda. A paz interior; paz do coração. Essa é a dádiva maior de Deus ao mundo: Jesus. E foi Ele mesmo quem afirmou: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Jo 14.27).

Natal de gratidão, louvor e exaltação à majestade celestial... O Natal de Jesus nos faz pensar e dizer como os salmistas: "Louvar-te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores... "Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade" (Sl 9.1-2; Sl 100.1-5). E o apóstolo Paulo nos conclama a viver com este profundo sentimento de gratidão e adoração ao Senhor, alegrando-nos nEle por tudo, e em tudo: "Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas... Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Fl 3.1; 4.4).
Jesus Cristo nasceu, glória a Deus nas maiores alturas, porque nós também podemos dizer: Não importam as circunstâncias, louvaremos ao Senhor!

As circunstâncias sentimentais também eram desfavoráveis e desalentadoras. Os pastores de Belém de Judá eram homens solitários, sofridos. Viviam distantes dos amigos mais achegados, mais íntimos. Longe da família, do aconchego do lar. Não tinham com quem compartilhar suas emoções, sentimentos, frustrações, esperanças, temores e rancores. Era noite. Que noite aquela! Não havia companheirismo, festa, comida nem bebidas. Apenas o vento gélido e o balido das ovelhas do campo. Desconforto físico e emocional. Não havia razão para sorrir, cantar e regozijar-se. Lágrimas e nada mais. Eles estavam longe do convívio social e cultural, longe do calor humano. Mas eis que "a glória do Senhor os cercou de resplendor". Então ouviram as "novas de grande alegria": Nasceu o Redentor! Jesus chegou! O céu se abriu. É Natal! A tristeza e o abandono dá lugar ao louvor e adoração: Nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor!! Natal de pés descalços, rostos macilentos, tristes, cansados e sobrecarregados, transformou-se em momento de grande júbilo, porque Jesus nasceu. Grande alegria inundou os corações! Aleluia!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

NATAL, TEMPO DE CANTAR

Convivendo com os adolescentes entre o povo de Deus, o Senhor tem me falado que alguém pode passar pela adolescência sem se tornarem ABORRECENTES. Podem produzir bons frutos, podem honrar, adorar e glorificar a Deus com sua simplicidade, jovialidade, com os dons espirituais que Deus lhes têm concedido. Deus falou-me através dos jovens na peça “O Natal no Sítio do Pica Pau Amarelo”. Falou-me através do coral da Igreja e através de vários irmãos e irmãs na Festa dos Talentos, através do coral infantil, através dos adolescentes, jovens e adultos.

No meu contato com os pequeninos, aprendi que podemos ser dóceis e amáveis até com pessoas mais velhas, ou chatas. Elas poderiam ter assim me considerado, embora eu não me sinta dessa forma. Mas as pessoas com quem eu convivo também não se consideram dessa forma, embora eu as vezes possa tê-las tratado assim... Aprendi com essas crianças que podemos ser amigos até de quem não conhecemos e não temos muita confiança. Podemos nos divertir juntos, ainda que haja uma grande diferença de idade, ou qualquer outro tipo de diferença, opiniões, crenças e até de preferências esportivas diversificadas...
Porém, aprouve ao Senhor falar-me de uma forma especial através de um menino especial, Gustavo. Ele tinha, na época, seis anos; cego e com sérios problemas neurológicos. Mas ele gosta de participar dos louvores da igreja, especialmente quando minha filha, Vanice, dirige o coral infantil. Na programação de Natal apresentada pelas crianças (Igreja Batista Pioneira de Camaquã – RS), Gustavo emocionou a todos os presentes naquele culto.
Como não consegue falar, ele se expressa pulando e vibrando enquanto os demais cantam. Um perfeito louvor ao Senhor!

_ Gustavo, você ensinou-me muito a respeito do verdadeiro louvor e adoração a Deus! Tenho absoluta certeza de que muitos ainda serão desafiados e encorajados a louvar a Deus em quaisquer circunstâncias, tendo Gustavo como exemplo e referência. Um dia desses, antes do culto, quando fui cumprimentar e abraçar o Gustavo, fiquei profundamente emocionado pela maneira como ele demonstrou sua amizade e carinho para comigo. Ele segurou-me pela mão e puxou-me para caminhar ao seu lado. Senti como se ele estivesse dizendo que aceitava minha amizade e companheirismo. Era como se ele estivesse selando a nossa amizade com aquele gesto.

Aprendi com ele que amizade se faz com afeto e não apenas com palavras. Mas, principalmente, eu aprendi com ele a glorificar a Deus “com todo o ser”, como cantamos. Ele se alegra no Senhor quando tantos estão vivendo a reclamar e resmungar pela sua “triste sorte”; quando muitas vezes estamos “chorando de barriga cheia”. Temos todas as condições para render graças ao Senhor e ficamos reclamando por causa dos detalhes de percurso. Agimos como o estudante que, ao invés de se alegrar com um 9,5, fica se lamentando pelos pontinhos não conquistados. Não se alegra pelo que conquistou, não agradece a Deus pela capacidade que lhe deu, pela conquista alcançada. Assim, perde o tempo do regozijo da alegria em lamentações e reclamações pelo que não conseguiu.

_ Irmão, não fale para seus filhos que eles serão felizes quando conseguirem alguma coisa material, ou que são felizes porque têm. Mas que são felizes, bem-aventurados, porque choram, porque são humildes de coração, porque são pobres de espírito, porque têm fome e sede de Justiça, porque são mansos, porque são pacificadores, porque são misericordiosos, e, principalmente, quando sofrem e são perseguidos por causa da justiça! Digam para seus filhos que ostras feridas que sofrem, choram e têm problemas, também podem ser ostras felizes. E que ostras felizes também produzem PÉROLAS DE GRANDE VALOR!
_ Cantem e contem que Deus ainda fala hoje através de ostras feridas felizes, como eu e você!Os pastores do campo nos dias do nascimento de Jesus também eram ostras feridas, no meio do nada. Mas Deus se agradou em revelar-Se primeiramente a eles, ostras feridas. Deus se agradou em falar-lhes ao coração de forma majestosa e sublime, revelando a Sua glória celestial. Mas eles não se contiveram em sua alegria, não ficaram parados com suas próprias cogitações. Saíram apressadamente para adorarem a Jesus. E depois de tê-Lo visto e adorado, saíram saltitantes, exultantes, louvando a Deus e compartilhando com amigos, vizinhos e parentes tudo quanto Deus lhes tinham revelado.

_ Contem e cantem pra eles a história desta ostra ferida feliz, chamada GUSTAVO! Mas, acima de tudo, cantem e contem pra eles a linda história daquele que foi a nossa ostra ferida feliz suprema, chamado JESUS CRISTO, o Filho do Deus vivo! Contem pra eles que a nossa ostra maior, foi ferida e moída na cruz por causa dos nossos pecados! Contem que a nossa ostra ferida ressuscitou, assim como nós também haveremos de ressuscitar, e assim, Ele tornou-se a nossa ostra feliz, reproduzindo pérolas de grande valor! Aleluia. Amém!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Natal, Tempo De Revelação Para Pessoas Comuns

Observando a vida de vários jovens, aprendi que é possível viver em santidade e pureza de vida, apesar da juventude e da influência da cultura global. O jovem crente não precisa viver enclausurado para fugir do pecado. Não precisa viver em pecado para ser feliz e desfrutar da verdadeira alegria.

Aprendi com eles que talento musical não é razão para ostentação, orgulho, prepotência ou vaidade pessoal. Que Deus nos usa muito mais quando fazemos uso de nossos dons com simplicidade e singeleza de coração. Com os novos crentes pude observar que a alegria da nova vida em Cristo deveria ser preservada e cultivada por todos nós.

Deus tem me falado que minha filha, Vanice, e meu genro podem ser felizes, e de fato o são, mesmo distante dos demais familiares. Sua identificação e alegria com o povo do lugar em que atualmente moram (Camaquã – RS) é prova de que Deus está trabalhando, primeiramente com eles, e depois através deles. A nossa alegria não é devida às circunstâncias e o lugar em que vivemos, mas devido ao Senhor da alegria e da paz.

Os pastores no campo também não tinham o conforto e o carinho de seus familiares ao seu redor na noite em que foram agraciados com a revelação de Deus, mas quando a glória de Deus se manifestou entre eles houve uma verdadeira explosão de júbilo e contentamento em seus corações. Era noite, havia solidão e desconforto entre eles, mas quando Deus se manifestou para eles, não havia mais qualquer motivo para lamentações e mágoas. Jesus Cristo é a razão de sua alegria. Assim como seu amor nós, seus familiares mais próximos, não pode ser maior do que o amor que devemos ao Senhor de nossas vidas. Vanice não seria mais feliz do que é, cercada do carinho dos amigos antigos e da família, mas longe do centro da vontade de Deus para sua vida. Não seria feliz perto da família e amigos, porém longe da vontade de Deus. Assim, não devo esperar dela maior dedicação e consideração a mim e aos demais familiares do que ela deve ao Senhor. Dedicação e submissão que excedem até mesmo às que são dividas a seu marido.
Vale a pena servir, obedecer e honrar ao Senhor com alegria e singeleza de coração. Ninguém é infeliz servindo ao Senhor de todo o coração. Ninguém pode caminhar alegre e feliz sendo rebelde e desobediente ao Senhor. Pode até demonstrar uma certa vantagem em viver segundo sua própria vontade, mas no fundo não se tem paz e a verdadeira alegria. Não se conhece a verdadeira paz no coração vivendo na contra mão da vontade divina. Pelo contrário, não há gente mais infeliz e problemática do que o crente que tem a plena certeza da vontade de Deus para sua vida e ainda assim insiste em se rebelar contra a vontade do Senhor.

Natal, Tempo De Revelação Para Os Ignorantes

_ “Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo” (Mt 2:7-8).

Mesmo sem querer, o rei contribuiu para que os magos tivessem êxito em suas intenções. Herodes, o grande, mencionado na Bíblia, era um homem cruel, o qual matara sua primeira mulher, Mariana. Ao final de sua vida mandou matar o próprio filho, Antípatre. Posteriormente os escribas e sacerdotes foram úteis na interpretação da profecia bíblica para lhes conduzirem até Jesus.

É interessante destacarmos isto, muitos ímpios foram instrumentos de Deus para conduzir aqueles peregrinos até Jesus. Deus pode se utilizar até mesmo de uma mula, como no VT, para revelar-nos a Sua vontade. O rei Herodes não se deu conta de que fora agraciado com bênção inaudita: A ele foi dada a oportunidade de conhecer O Maior Milagre do Mundo, e receber o maior presente do mundo. Porém, ele não quis experimentar este grande privilégio. Há muitas pessoas que passam a vida tendo informações a respeito do maior presente do mundo, mas eles não querem se apropriar dessa dádiva divina. Vão para a eternidade, confiando em seus próprios meios de alcançar a salvação, perdidos eternamente. Precisamos nos questionar: estamos procurando conhecer a Jesus com a finalidade de adorá-Lo e servi-Lo, ou somos apenas instrumento de Deus para conduzir outros a Cristo, sem que experimentemos deste conhecimento para o nosso próprio bem? Você sabe como encontrar o Senhor Jesus? Tem procurado ensinar O caminho para os outros? Isto é maravilhoso e emocionante! Porém, mais importante do que dizer aos outros como conhecer a Cristo, é conhecer a Cristo pessoalmente. Você O conhece?

Já vimos que, quando alguém busca a Deus com sinceridade e inteireza de coração, Ele revela Seus propósitos, através dos meios os mais variados possíveis. Vimos que Deus se utilizou tanto dos ímpios, como da natureza para revelar a Sua verdadeira Luz. Mas, precisamos nos dar conta de que Deus quer que sejamos portadores de Sua revelação. Jesus disse: "Vós sois a luz do mundo... Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está em nos céus" (Mt 5.14, 16).

Paulo assim escreveu: "Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo" (Fl 2.14-15). Tudo isso deve nos levar a pensar: Tivemos nós um encontro pessoal com Jesus? Quais são as evidências de que nos encontramos com Jesus em nossa maneira de viver? Temos adorado a Jesus com a mesma alegria e intensidade de coração? Temos apresentado a Ele as ofertas voluntárias, fruto de corações quebrantados pelo Senhor? Em nosso viver diário, há evidência de que estamos no caminho certo para o céu? Portanto, que o Senhor nos ajude, a fim de que possamos nos apropriar de Sua Revelação maior: Jesus Cristo, O MAIOR MILAGRE DO MUNDO.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Natal, Tempo De Revelação Para Os Sábios

_ "Os magos não eram reis, mas sacerdotes, ou conselheiros de corte, tais como José e Daniel. Eram, provavelmente da Mesopotâmia, região da Antiga Babilônia" (Comentário de roda pé da Bíblia de Estudo de Genebra, Mt 2.1; Ed. Cultura Cristã).

Na tradição cristã há várias sugestões, ou opiniões quanto à quantidade e atividades desses homens: Alguns diziam que eram doze – número que representa os patriarcas, e, também, a multiplicidade dos salvos; como os cento e quarenta e quatro mil do Apocalipse (Ap 7.4). Outros diziam que eram onze – número que representaria os fiéis seguidores de Cristo. Outros, ainda, diziam que teriam sido dois – número que representa companheirismo, irmandade. Representando, assim, a Igreja que seria constituída por Jesus, a qual deveria servir em amor e união.

Fato é que os magos eram sábios que se destacavam na matemática, astronomia, religião, etc. A Bíblia não diz quantos faziam parte desta comitiva. O que sabemos, realmente, é que esses homens saíram de sua comodidade para estarem com Jesus. Certamente houve muita dificuldade para chegarem até ali. Eles tiveram que pagar um alto preço para se deslocarem de sua terra até Belém, e, assim, se tornarem verdadeiramente sábios. Muitos obstáculos tiveram que superar. Foi, sem dúvida alguma, uma longa caminhada de sacrifícios e vitórias, até completarem o alvo. Depois de se encontrarem com Jesus, foram eles impelidos a voltar por outro caminho. Ensinando-nos, assim, o Senhor que, para nos achegarmos ao Salvador, há que se enfrentar desafios, correr riscos, pagar o preço do discipulado. E sempre haverá mudança em nosso caminho, em nossa maneira de viver. Jamais podemos voltar a trilhar pelo caminho da incerteza, incredulidade e pecado.

É interessante ressaltarmos o fato de que todos aqueles que, desde o princípio, se propuseram a conhecer Jesus o fizeram com muito esforço e desprendimento. Sempre há uma inevitável necessidade de se empreender uma verdadeira caminhada até que se tenha um contato pessoal, íntimo e prazeroso com Jesus. E aqueles que estiveram com Jesus sem se desprenderem de seus interesses mais íntimos, foram os que não O valorizaram e não O receberam em seus corações como Senhor e Salvador.

Os magos entregaram seus presentes, porque, antes, receberam o maior presente: conheceram a Jesus! Então tiveram seus corações inundados da alegria do Espírito Santo. Quando viram a Jesus, foram quebrantados profundamente em seus corações. Como conseqüência desse encontro, eles foram levados a fazer três coisas:
1a) Eles adoraram a Jesus – "Prostrando-se o adoraram..." v.11a.
2a) Eles ofertaram – "...e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra" (v.11b).
3a) Mudaram de caminho – "...regressaram por outro caminho a sua terra" v.12 b. Assim, pois, é preciso haver boa vontade, desprendimento, renúncia, para buscarmos o essencial: Jesus.
_ "O mais importante é fazer da coisa importante a coisa importante" (Pr. Tomaz Áquins).

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Deus Nos Esconde

_ “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio. Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo. Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa de dia, nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia” (Sl 91.1-6).

Precisamos ter a certeza de que é Deus quem nos esconde, e nos proporciona viver em triunfo, através da oração da fé. Por tudo isso, mais do que nunca, precisamos estar sempre diante do Senhor em oração, a fim de fugirmos dos laços do pecado Quando as lágrimas teimosas continuam a jorrar de nossos olhos, o mundo e o diabo procuram nos levar para baixo para vivermos deprimidos e revoltados, lembremo-nos de que Deus nos criou para vivermos nas alturas. E, quando Ele nos faz descer, é para sermos abençoados e para abençoarmos aos que nos cercam.

Mesmo quando não entendemos as circunstâncias nas quais Deus nos conduz, precisamos crer no que a Palavra nos diz: “Graças, porém, a Deus, em Cristo, que sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para a morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?” (2 Co 2.14-16). Problemas, impossibilidade ou oportunidade para servir?

A perseverança do crente no sofrimento tem a ver com a obediência à vontade soberana de Deus, a fim de que Ele cumpra em nós, ou para nós, os Seus propósitos eternos (Sl 23.1-2; Hc 2.1-3). Assim, Deus atingirá o propósito para o qual Ele nos criou e determinou todas as coisas que nos acontecem. Quem sabe Deus está nos proporcionando uma rara oportunidade para nos aproximar mais dEle, abrindo, assim, nosso coração e nosso entendimento para as verdades eternas. Além disso, talvez seja esse o meio através do qual Deus vai salvar alguma vida, através de nosso sofrimento. Não podemos nos esquecer do caso de Estêvão. Deus permitiu, determinou, que ele morresse de forma cruel com o propósito de sensibilizar o coração do então sanguinário Saulo de Tarso e para a glória de Deus. Pense nisto!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Deus Nos Oferece Consolação

_ “Houve uma jovem cujo pai falecera. Era crente, mas amara tanto ao pai que ficou amargurada, não querendo aceitar a vontade de Deus. Seu pastor, visitando-a, encontrou-a a trabalhar num lindo bordado. Enquanto conversavam, ela observou:
_ ‘Pastor, não compreendo por que Deus leva um homem como meu pai, tão bom crente, tão bondoso para a família, tão útil à igreja e a todo o mundo, e deixa tanta gente que não presta para nada, que é uma vergonha e desgraça para todos’. O ministro não respondeu logo, mas continuou a conversar sobre outros assuntos. Daí a pouco pediu para ver o bordado em que a moça trabalhava. Quando ela lho entregou, ele, de propósito virou-o do avesso e, olhando esse lado, disse: ‘Não compreendo por que uma moça inteligente como você gasta seu tempo a fazer uma coisa tão feia: um alinhavo aqui, outro ali, sem um plano ou harmonia. Que coisa feia!’ A moça atalhou de pronto: “Mas, pastor, o senhor está vendo o lado avesso do bordado; está vendo o lado errado.” Então o pastor viu o bordado e fixou a vista no lado direito. Como era lindo o desenho! E disse: “Minha jovem, o que fiz com seu bordado é o que fazemos com o plano de Deus. Olhamos de baixo. Vemos somente, por assim dizer, o lado avesso, de modo que não podemos compreender a sua beleza, perfeição e sabedoria. Se pudéssemos vê-lo de cima, do ponto de observação de Deus, seríamos capazes de compreender, de ver a harmonia de suas várias partes. Seríamos capazes de compreender como cada acontecimento se ajusta ao plano divino, até aqueles que nos perturbam e fazem sofrer muito” (Falcão, Samuel – Escolhidos em Cristo, p.64).

Pelo que podemos perceber, tanto em Efésios como, principalmente, em Filipenses, as prisões de Paulo provocava sempre a reação dos demais crentes no sentido de levá-los a pregar o evangelho de Cristo: Fl 1.12-21.Deus permite que alguns de nós enfrentem dificuldades, para que todos sejam desafiados e motivados a orar. Precisamos atentar para essa lição: Antes de ficarmos procurando culpados pelo que sofremos, precisamos agradecer a Deus por nos conceder o privilégio de sermos instrumentos vivos de estímulo à oração do povo de Deus.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Não Temas!

A Bíblia faz mais de quinhentas referências ao medo, dizendo geralmente: “Não temas!” como Jesus disse em Mt 10.28.
Ouvi recentemente uma frase que bem caracteriza essa segurança e paz da presença divina conosco: “Quando a ave pousa sobre o filhote, quando a tempestade ameaça arremessá-la... Ela fica firme como que a dizer: Pode derrubar-me, ainda tenho asas para voar...”

Se vivemos com Cristo aqui na terra, a morte não nos assusta, ou pelo menos, não nos causa pavor... O salmista assim se expressou: “Compadece-te de mim, SENHOR, porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem. Tornei-me opróbrio para todos os meus adversários, espanto para os meus vizinhos e horror para os meus conhecidos; os que me vêem na rua fogem de mim. Estou esquecido no coração deles, como morto; sou como vaso quebrado. Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida. Quanto a mim, confio em ti, SENHOR. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores” (Sl 31:9-15). E Paulo acrescenta: “Antes, com toda ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fl 1.20 b).

Os quatro relatos dos evangelhos estão repletos de ricas promessas de nosso Senhor Jesus Cristo. Promessas das mais diferentes bênçãos. Bênçãos materiais, poder de curar enfermidades, de expulsar demônios, repouso para os oprimidos, saúde para uma infinidade de doenças....etc. Porém, a mais gloriosa de todas as promessas é a de vida eterna: “É esta a promessa que ele nos fez: a vida eterna” (I Jo 2.25). É a promessa que o Senhor mais repetiu. O evangelista João a registrou dezesseis vezes.
_ “Quando irei para o céu? Como será ele?” Essas eram, certamente, as perguntas em que Paulo estava pensando quando escreveu Fl 3.20-21. E qual tem sido a nossa maior preocupação quando nos deparamos com as sombras da morte?