domingo, 30 de março de 2008

Consolados Em Toda Tribulação

Na Segunda Carta aos Coríntios, Paulo fala exaustivamente sobre o sofrimento. Tendo a sua própria experiência como base para nos encorajar e nos confortar. E logo no primeiro capítulo (v.3-5), Paulo nos afirma que somos consolados em toda tribulação. Mas não sem um propósito definido. Deus quer que sejamos portados de bênçãos, repassando a consolação que recebemos. Logo, fica evidente que Deus nos dá o sofrimento a fim de trabalhar conosco, dando-nos o consolo. E, ao mesmo tempo, nos mostrando que precisamos repassar as bênçãos recebidas.
Paulo nos ensina, assim (especialmente ao longo dessa carta), que precisamos olhar para trás e para frente. Ou seja, olhar para trás não para ficar nos lamentando do que fizemos, ou do que fizeram conosco – culpando a Deus e o mundo, como fizeram os israelitas no deserto, murmurando contra Deus e contra Moisés.

Penso que há muitos crentes murmuradores no meio do povo de Deus. Gente que vive procurando desculpas para não servir a Deus com alegria, tentando justificar o fato de seu viver sem esperança e sem fé. Mas Paulo nos ensina a olhar para trás no sentido de confiar na promessa de Deus, como, também, atentar para os exemplos de Cristo e os do próprio Paulo. Assim, podemos considerar os sofrimentos e aflições dos que nos antecederam, e as consolações que receberam como uma forma de bênçãos que Deus nos concedeu pelos exemplos que nos foram legados. Mas precisamos, também, olhar para frente, quando sofremos, primeiro pela expectativa das confirmações das promessas divinas aos que crêem. Além disso, precisamos olhar para frente pensando nas pessoas que caminham conosco, ou aquelas que estão nos observando, ainda que à distância, bem como pensando naqueles que hão de nos suceder na propagação do evangelho de Cristo. O que eles estão tirando de exemplo de nossas vidas para lhes servir de encorajamento, consolação e edificação diante das lutas da vida? Eles precisam olhar para nós como exemplos de quem permaneceu firme até o fim da jornada (1Co 15.58).

sábado, 29 de março de 2008

Na Fornalha da Aflição

Dn 3.1-30

Três jovens ousados e destemidos, por amor a Cristo, enfrentaram um reino!
Eles não tiveram o propósito de chamar atenção para seu ato de rebeldia para com as ordens do rei. Eles não estavam infligindo as leis do país. Não fizeram publicidade pessoal para serem vistos pelos homens. Simplesmente continuaram firmes no propósito de honrar e glorificar somente ao Senhor, o Rei dos reis. Ainda que isto os levassem à uma fornalha super-aquecida... E quando lhes foi dada a oportunidade para se retratarem, ou negarem a fé no Deus vivo, eles reagiram com firmeza e determinação: “Fica sabendo, ó rei...” Eles também não afirmaram que Deus haveria de livrá-los, pelo fato de serem Seus servos. Não defendiam essa doutrina esdrúxula que diz que o cristão não pode aceitar o sofrimento, por ser servo de um Deus Todo Poderoso.
Que Deus é poderoso, não se discute. A questão é que Ele também é soberano. Ele pode nos livrar da fornalha ou NA fornalha. E muito freqüentemente ele se agrada daqueles que O honram e O glorificam NAS fornalhas da vida, nas aflições, angústias, enfermidades, carências e pobreza.

A glória é do Senhor, e a ele pertence o direito e soberania sobre nossas vidas. Esses jovens disseram, com outras palavras, que Deus haveria de continuar sendo digno de glória, acontecesse o que acontecesse com eles. A Ele, o Senhor, somente competia definir o destino de suas vidas. Se fosse para morrerem naquela fornalha, que assim fosse; se não, eles haveriam de continuar servindo ao Senhor com alegria. Eles declararam o direito soberano de Deus em dispor de suas vidas da forma que melhor Lhe conviesse e melhor honrasse o Seu nome. E, convenhamos, não teria nem graça para nós hoje se eles simplesmente tivessem sido impedidos de desfilar com Jesus no meio da fornalha incandescente! Graças a Deus por eles terem obtido esse privilégio de fazerem o desfile mais fantástico que o mundo jamais presenciou em uma passarela jamais imaginada e desejada por qualquer modelo humano.Deus é surpreendentemente fantástico! Amém.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Deus Certo!

_ “Deus certo!”, disse Jêniffer, uma linda e robusta menina de nove anos, assim que cheguei à sua casa. É que dias antes ela havia pedido oração para sua “ex-amiga”. Da outra feita, assim que cheguei para o culto que seria realizado na casa da avó, Lúcia, Jeniffer, fez o seguinte pedido de oração:
­_ Pastor, quero que o senhor faça uma oração para aquela menina ali, disse ela apontando para uma menina mais forte e mais velha que ela.
Perguntei-lhe o por quê de seu pedido, e ela só disse que era uma menina muito “encrenqueira.” Depois fiquei sabendo que aquela menina, vez por outra, agredia, batia muito na Jeniffer. Surpreso e feliz por seu espírito de perdão e mansidão para com aquela sua colega-inimiga, mencionei seu pedido de oração naquele culto e oramos para que Deus atendesse o seu pedido. Antes, porém, disse para que ela mesma orasse a Deus nesse sentido, porque Deus ouve a oração das crianças também. Ela ainda acrescentou que Deus ouve mais a oração das crianças do que a dos adultos. E orou! Cerca de um mês após aquela oração, voltei à sua casa. Quando o pai dela parou o carro perto de mim, jeniffer desceu feliz e foi logo dizendo: Pastor, deu certo! Aí, disse que sua amiga fizera as pazes com ela e que agora estava tudo bem.

Que bom quando uma criança tem esta percepção de que a oração dá certo, que funciona, que Deus respondeu sua oração! Fiquei feliz pela Jeniffer, e feliz em poder compartilhar de sua alegria nessa experiência de oração. Na verdade, sempre dá certo a oração do justo. Deus ouve, Deus vê, Deus responde, Deus age. Embora saibamos que Deus é soberano e que não depende de nossa oração para agir no mundo, ainda assim Ele nos concede a graça maravilhosa de nos permitir fazer parte de Suas realizações. Esta é uma das bênçãos da oração, nos sentirmos envolvidos na atuação sobrenatural, divina. Não há explicação para tal, apenas gratidão e exaltação ao Senhor por Sua infinita graça e misericórdia. De fato o Senhor a cada dia confirma a Sua Palavra santa: ´´ Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo`` (Tg 5.16).

E quando somos procurados por alguém que nos pede perdão, não nos compete questionar os motivos e a maneira como nos é apresentado tal pedido. Cumpre-nos o dever de liberar o perdão e deixar a questão, quanto o ser ou não legítimo o pedido, com Deus e a pessoa. Não nos compete analisar as razões do coração alheio. Isto é problema de Deus com a pessoa. A nós, porém, cumpre o dever de perdoar. Foi como Jesus ensinou aos Seus discípulos (Mt 18:15-18).

terça-feira, 25 de março de 2008

Quem Nos Removerá A Pedra?

Mc 16.3

Quantas vezes nos deparamos com tal dúvida?! Quantas vezes perdemos a alegria da caminhada pela vida a fora devido à ansiedade que nos assalta diante das dificuldades que imaginamos serem intrasponíveis ou perigosas!Jesus havia ensinado aos Seus discípulos: "não andeis ansiosos pela vida...” Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal" (Mt 6.25a, 34).

O desafio ao qual se deparavam aquelas ilustres mulheres naquela madrugada escura e fria era, primeiramente, chegar ao sepulcro de Jesus; aproveitar a caminhada para respirar o ar puro da manhã e refletir nas palavras do divino Mestre... A pedra era algo distante, posterior, como "o amanhã" ensinado por Jesus. Mas, como nos é comum, a ansiedade nos leva a antecipar os fatos, pelo menos mentalmente. Por isso sofremos hoje o que haveríamos de experimentar ou não no amanhã. Nossa mente fica sobrecarregada com a possibilidade do fracasso e de que o pior possa vir a acontecer. O texto, porém, nos diz:"E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande" (Mc 16.4).

Quando olhamos para o Senhor Jesus, problemas, como as pedras do caminho, são superados, antes que tenhamos que despender esforços para afastá-los.
Sempre que assumimos o compromisso de nos aproximar mais de Deus, de fazer algo para agradá-Lo, pedras gigantescas, acima de nossas forças, se interpõem em nossa caminhada. Quando o diabo não coloca obstáculos para nos impedir de cumprir nossa missão, nós mesmos, devido a nossa incredulidade, nos encarregamos de dificultar a jornada empreendida. Sentimo-nos como gafanhotos diante dos "gigantes" do mundo; como disseram os espias mandados por Moisés para espiar a terra de Canaã: "Também vimos ali gigantes... e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos" (Nm 33.33).
Foi a mesma atitude demonstrada pela viúva de Serepta nos dias de Elias. Elias pediu que lhe desse água para beber. Quando ela se virou para buscar a água, ele acrescentou: "Traze-me também um bocado de pão na tua mão". Ela, então, não viu nenhuma possibilidade de atender ao profeta, ao contrário, viu apenas o fim do linha, a miséria que lhe esperava: "nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija... vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho. Comê-lo-emos e morreremos" (1 Rs 17,12).

Em suas expectativas não havia nenhuma esperança diante das circunstâncias que enfrentava. Nem mesmo alguma intervenção divina poderia solucionar ou alterar as circunstâncias desalentadoras. Apenas a miséria e a morte irreversível. Quem de nós já não perdeu uma noite de sono, rolando de um lado pra outro na cama, tentando imaginar um meio para resolver o problema do dia seguinte? Entretanto, o ensino bíblico para os filhos de Deus é: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Fl 4.6-7).

Portanto, se você está vivendo sob pressão da ansiedade quanto às pedras que precisam ser removidas em sua jornada terrena; se os problemas lhe causam a auto-imagem de gafanhoto; ou se a miséria e a morte são as únicas perspectivas que lhe restam; confie sua vida, seu amanhã, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós... Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará" (Ef 4.20; Sl 37. 4-5). Creia nessa palavra, viva com Deus e seja feliz. Hoje e sempre. Amém.

domingo, 23 de março de 2008

Primeiro o Reino de Deus

_ "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6.33).

Quando Deus nos leva ao entendimento de que precisamos estar sempre focados em nosso objetivo, no alvo maior, Jesus Cristo, buscando prioritariamente o Reino de Deus e a sua justiça, não só todas as demais coisas nos são acrescentadas, mas, também, como nos diz Paulo, ele, o Senhor faz em nós, ou através de nós, "infinitamente mais além daquilo que pedimos ou pensamos conforme o Seu poder que opera em nós" (Ef 3.20).

Isto quer dizer que, quando há um grupo de servos do Senhor procurando obedecê-Lo, agradá-Lo e servi-Lo em tudo, acontece uma verdadeira revolução espiritual entre as pessoas, como nos grandes avivamentos ocorridos ao longo da história eclesiástica de todos os tempos. Nessas ocasiões, quase sempre Deus começa uma grande obra transformando algumas pessoas, e estas vão influenciando as demais até que o fogo se espalha como num grande incêndio, o qual geralmente começa com uma fagulha, uma pequena faísca. Assim também acontece com os grandes avivamentos. Nem sempre os grandes incêndios acontecem em virtude de poderosos artefatos explosivos e incendiários. Assim também, os avivamentos normalmente começam a partir de uma ou duas pessoas que se dispõem a buscar intensivamente a Deus, através da oração e da observância da Sua Palavra.

Entretanto, essa chama do avivamento não pode parar após ter-se ouvido ou sentido o mover do Espírito Santo e a voz de Deus. Mas, quando se está completamente envolvido, absorvido, cheio do Espírito Santo, completamente focado no Reino de Deus, então o Espírito Santo faz maravilhas no meio do povo de Deus.

Podemos e devemos nos envolver de corpo e alma na obra de pregação do evangelho de Cristo Jesus. Então haverá alegria plena em nossos corações, como se diz atualmente, "adrenalina pura". E, acima de tudo, desfrutaremos da verdadeira paz que o mundo tanto fala, mas que não pode dar, como o próprio Senhor mesmo afirmou (João 10.27-29). Amém.

sexta-feira, 21 de março de 2008

A Lei Áurea

_ “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12).

É interessante que sempre que se fala nesse texto, considerado como a “Lei Áurea” da ética cristã, jamais se faz menção ao fato de que o mesmo está diretamente atrelado ao ensino de Jesus sobre a oração. Parece até que o texto está completamente desvinculado do contexto anterior. Porém, podemos entender que Jesus está nos ensinando a praticar a oração a Deus, o nosso Pai celestial, confiantes na Sua grandeza e poder, mas sem nos esquecermos de que somos parte da comunidade dos remidos do Senhor. E que não podemos pedir as coisas boas a Deus e desejarmos ou praticarmos o mal aos que convivem conosco.

Se pedimos boas coisas a Deus para nós e nossos filhos, não podemos querer o mal para o nosso próximo, seja vizinho, parente ou amigo. Em outras palavras, se você quer receber as bênçãos divinas, comece a abençoar o seu próximo na mesma proporção e presteza com que espera ser atendido em suas orações. Ou ainda, que tal compartilharmos com outras pessoas as dádivas que pedimos ao Senhor em oração? Amém.

O Bem Maior

_ “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11.13).

Lucas descreve uma palavra surpreendente de Jesus: “quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Ora, Jesus não estava falando para quem ainda não tinha o Espírito Santo na condição de salvo; Ele se dirigia especialmente aos Seus discípulos. Logo, não se trata de uma palavra evangelística. Assim, creio que Jesus está se referindo propriamente à plenitude, ou ao batismo do Espírito Santo. O que Mateus diz, referindo-se às “boas dádivas”, está diretamente relacionado com o que Lucas diz ser o próprio Espírito Santo que nos seria concedido em resposta à oração.

Assim como Jesus fez a distinção entre atitudes boas humanas da atitude divina; creio que não há como comparar qualquer “boa dádiva” materialmente com a boa dádiva divina, o próprio Espírito Santo. Aliás, Tiago também afirma: “Não vos enganeis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas” (Tg 1.16-18).

Logo, se fazemos alguma coisa boa, não é por nós mesmos, nem vem de nós o que é bom. É o Senhor quem nos proporciona, “segundo o seu querer”, as boas dádivas. Porém, o Espírito Santo é incomparável, Ele não é uma boa dádiva, Ele é A BOA DÁDIVA, ou O Dom precioso de Deus para nós.Quando pedimos o Espírito Santo, pedimos o que há de melhor – a plenitude do Espírito Santo. Certamente há de ser a plenitude, ou o preenchimento de todas as nossas necessidades, tanto materiais como espirituais. Ele preenche toda a nossa necessidade. Ele é Deus presente em nós, é o Consolador que Jesus nos deixou. A plenitude do Espírito Santo é a nossa maior carência. Deveria ser a nossa maior ambição, nosso pedido mais constante e veemente. Só Ele pode nos bastar, nos completar e nos consolar realmente.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Amor humano e o amor de Deus

_ “Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mt 7.9-11).

Lembro-me de quando criança, algumas vezes não havia carne ou outros alimentos na panela. Outras vezes, quando havia pouca coisa para comermos, meus pais sempre ficavam por último na hora da refeição. Algumas vezes minha mãe se contentava em colocar farinha com um pouco de feijão na panela; fazendo bolinhos de feijão com farinha de mandioca com as mãos, comia com tranqüilidade e alegria.

A princípio eu achava estranho que minha mãe gostasse daquele tipo de alimentação. Só quando cresci um pouco mais é que percebi que, na verdade, ela estava apenas ficando com as sobras para que nós nos alimentássemos convenientemente. Isso forjou em mim uma profunda aversão a qualquer tipo de desperdício. Ora, qual pai ou mãe que nunca se privou de alguma coisa importante, até mesmo fundamental, para poder satisfazer e alegrar um filho? Assim, Deus, o nosso Pai celestial, se privou da companhia de Seu Filho amado, Se Unigênito, para entregá-Lo para ser o nosso Salvador. Se Ele nos deu Seu Filho, o bem maior, como não nos daria as coisas inferiores de que precisamos? Além disso, e é o que Jesus enfatiza no texto, não há como comparar a bondade humana com a grandeza da bondade divina. Se nós, que somos maus por natureza, temos gestos tão nobres e tão plenos de ternura, como imaginar a incomensurável graça da misericórdia e do amor divino?

Daí a exortação de Tiago: “Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor. Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg 5:10-11).

terça-feira, 18 de março de 2008

A perseverarmos na oração

_ “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mt 7.7-8).

Referindo-se ao cuidado e à oração perseverante de Mônica por seu filho, Agostinho, Ambrósio disse assim: "Nenhum filho de tantas lágrimas pode ser finalmente perdido".
É fácil exercitar e proclamar a fé em tempos de fartura e prosperidade. Até mesmo não chega a ser difícil ter fé num momento ruim, porém, passageiro, ou diante de pequenos problemas. Entretanto, quando o tempo vai passando... e as coisas piorando, as dificuldades aumentando, a enfermidade se agravando, as contas vencendo e as provisões materiais se extinguindo... Então, normalmente, é quando a fé vacila, nos fragiliza e nos abate. Porém, a fé se expressa pela absoluta confiança de que ainda que não possamos prever os fatos, Deus estará lá para receber a nossa adoração, quando exercemos confiança em Cristo. Atitude esta que traz salvação e justificação ao pecador que confia no Senhor Jesus como seu único Salvador e Remidor. É a capacidade dada por Deus para confiarmos nEle: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; e dom de Deus" (Ef 2.8).

Jesus nos ensina a orar como quem se envolve numa frenética, persistente e desafiante jornada de trabalho. Quando alguém se dedica com afinco e determinação em busca de um objetivo superior, divino. Sabendo de antemão que essa tarefa implica num envolvimento que requer dedicação absoluta. Sendo que, algumas vezes, isso resulta em muita luta, suor e lágrimas. Porém, o Senhor nos assegura o êxito da empreitada. Portanto, temos aqui um ardoroso argumento para fazermos da oração um hábito permanente. Somos encorajados a continuar crendo, orando, “Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á”; ainda quando as aparências e o tempo nos dêem a impressão de que não há esperança. Vale a pena continuar crendo e buscando, com determinação e perseverança, ao Senhor.

domingo, 16 de março de 2008

Senhor, socorre-me!

A Palavra de Deus nos fala em Mt 15.21-28 a respeito de uma mãe aflita que assumiu o compromisso pessoal de levar a filha a Jesus. E ela o fez com uma fé determinada. Uma mulher corajosa, disposta a correr riscos, sofrer humilhações, pagar o preço. Menos aceitar passivamente a destruição total daquela vida amada. Ela estava impregnada de fome e sede da justiça e amava demais para aceitar a ação diabólica na vida da filha.

Quantos crentes descuidados, não percebem a ação demoníaca da vida de seus filhos! Não sentem fome e sede de justiça... É impossível vencer a corrida sem se aventurar a correr. Impossível vencer, a menos que se ouse batalhar com garra e determinação, acreditando que é possível a vitória. Uma mulher que aproveitou a grande oportunidade de sua vida. Será que Jesus voltaria à região de Tiro e Sidom? Você pode transformar uma crise numa oportunidade criativa, vibrante; derrota em sucesso, frustração em satisfação. Jesus disse: “Eu sou o que abre e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre...” (Ap 3.7).

Os apaixonados se tornam apaixonantes! Uma mulher apaixonada, perseverante, tornou-se uma pessoa marcante e apaixonante. Com ela, prevaleceu a vontade da fé. E Jesus lhe disse: “Seja-te feito como queres.” Talvez agora você entenda porque não acontecem milagres, libertação, transformações em sua vida... Talvez porque falte vontade, determinação, fé e oração persistente, responsável.
_ “Entusiasmo > possuído por Deus.” A filha estava possuída pelos demônios, mas ela, a mãe, estava possuída por Deus!

Você está possuído por Deus ou pelos demônios? Não desista da luta, porque a vitória já nos está assegurada em Cristo Jesus! Mande parar a contagem REGRESSIVA, você está de pé outra vez! Ainda que nem mesmo você esteja satisfeito com seu rendimento, sua performance. Você vai à luta outra vez! Amém.

sábado, 15 de março de 2008

Quem Há De Ser Salvo?

_ “Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos?” (Lc 13.22-23).

A pergunta que os fariseus fizeram ao Senhor estava relacionada com a quantidade dos que haveriam de ser salvos: “Senhor, são poucos os que são salvos?”
Esta curiosidade ainda é muito comum nos dias de hoje? Contudo, Jesus não se deixou levar por tais especulações. Ao contrário, procurou direcionar a resposta para o que de fato é essencial. Ou seja, para a responsabilidade individual de se buscar tomar posse dessa segurança eterna, enquanto se pode achar, enquanto houver oportunidade. Que consolação há para quem perde um ente querido em um grave acidente ou atentado terrorista o fato de que a maioria saiu ilesa? Qualquer outra informação se torna irrelevante para os familiares das vítimas. Não há qualquer importância ou atenuante para a aflição e tristeza destes, simplesmente por saberem que muitos foram poupados, se os seus queridos se perderam. Assim também, Jesus demonstrou considerar aquela pergunta. Qual o consolo que uma alma poderá ter no inferno por ficar sabendo que toda a sua família e amigos foram salvos, menos ele, o único condenado eternamente de toda uma imensa multidão? Só ele! Não se contente com as especulações, com as filigranas, as meticulosidades teológicas e doutrinarias. Atente ardorosamente para o essencial, tanto para você mesmo e sua família como para aqueles que estão ao seu alcance, bem como para aqueles que jazem nas trevas em paises ou lugares distantes e desconhecidos. O que fazer, ou o que Deus pode fazer através de você para alcançar o mundo perdido? Precisamos nos preocupar mais com o detalhe fundamental: vida eterna em Cristo Jesus! Falando nisso, você já está salvo? Se não, o que está esperando? Isso é o que de fato é relevante, importante, essencial e urgente. Pense nisto! Pense já! Amém.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Infinitamente Mais

Paulo estava orando em favor dos efésios: "para que segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior" (Ef 3.16).
Quer dizer, que o Espírito Santo habite em nosso íntimo, nosso coração, em todo o nosso ser. E continua:"e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé estando vós arraigados e alicerçados em amor" (v.17).

Observe que Paulo começa falando a respeito do enchimento do Espírito Santo, continua já na segunda Pessoa da Trindade divina, o Senhor Jesus, como o centro da vida do crente, e continua orando a Deus pai: "e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus" (v.19).
Veja, Paulo ora a Deus no sentido de que a presença divina, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, habite plenamente nos corações dos salvos. Essa é a plenitude divina, ou a plenitude do Espírito que tanto necessitamos. É viver sob o controle do Espírito, inteiramente consagrados a Deus, cheios do Espírito. Não apenas uma experiência marcante no passado, mas algo permanente, a continuidade na busca do enchimento do Espírito, como o apóstolo vai dizer mais à frente nessa carta (Ef 5.14-21).

Um detalhe importante a ser observado no texto em apreço é que em momento algum (nem aqui nem em qualquer outro texto bíblico, como nenhum outro escritor bíblico menciona), o apóstolo faz menção de Maria ou de qualquer outro santo do passado. Isto porque devido ao fato de que a idolatria é profundamente combatida nas páginas sagradas, porque desvia o foco da adoração que é devida unicamente a Deus. O Senhor abomina a idolatria, daí porque Ele colocou dois de Seus mandamentos proibindo não só a adoração às imagens de escultura, mas também até o fabricar tais imagens com este propósito. Porque Deus não divide a Sua glória. No texto no qual estamos refletindo, Paulo ora para que os crentes "sejam cheios, ou tomados de toda a plenitude de Deus". Que toda a nossa adoração, o nosso amor e afeto sejam consagrados inteiramente ao Senhor da glória, o único digno de nossa adoração e louvor.
Quando o adorador intercede a Maria, ou a outro personagem qualquer, está dizendo para Deus que Ele não merece a sua confiança, que Ele não é suficientemente capaz e poderoso para suprir suas necessidades. Conseqüentemente está negando-O, trocando o Senhor supremo por intermediários humanos, falhos, pecadores como todos nós, porquanto a própria Bíblia diz que "não há nenhum justo, nenhum sequer"; nem Paulo, Pedro, Bartolomeu ou Maria. Portanto, quando alguém assim procede, está afrontando e desprezando a santidade e o poder de Deus. Por isso Paulo conclui sua oração, dizendo:
"e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sajais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós" (V.19, 20).

Experimente pedir a Deus algo que lhe pareça impossível, porém justo, honesto, algo que não seja contrário aos propósitos santos de Deus. Agora pense ainda em algo infinitamente mais impossível para você. Imagine que Deus vai além, infinitamente mais do que você possa pedir ou pensar. Tudo isso Ele é capaz de fazer por nós ou em nós, segundo o Seu poder que opera em nós. Então por que ficar pelo meio do caminho, entregando seus cuidados nas mãos de quem não pode resolver eficazmente o seu problema. Por isso o profeta Jeremias chorava, lamentando a situação de seu povo desta forma: "Os nossos olhos desfaleciam esperando vão socorro. Olhávamos atentamente para gente que não pode livrar" (Lm 4.17).
Faltava-lhes esse entendimento:
_ "e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós" (V.19, 20).

Que Deus fantástico nós temos! Por que continuar ainda mendigando bênçãos de ídolos humanos, inertes, imagens de escultura, pedaços de ouro, prata, broze ou barro, sem nenhum poder para curar a ferida do coração humano? Sendo que muitos dos personagens invocados sequer sabemos se de fato estão no céu com Deus. Daí porque afirmamos que a idolatria, além de ser abominável a Deus, é uma tremenda ingenuidade ou ignorância. Deus é suficientemente capaz de responder e fazer o que nós reputamos como algo impossível. Só Ele pode de fato responder as nossas orações, enxugar as nossas lágrimas e trazer conforto e paz ao coração humano.
Portanto, "a Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por toda as gerações, para todo sempre. Amém" (Ef 3.21).

quarta-feira, 5 de março de 2008

Eu Sei Que O Meu Redentor Vive

_ “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim” (Jó 19:25-27).

Em meio à tribulação, Jó expressa sua convicção na soberania de Deus, seu louvor e adoração a Deus.
Antes de saber e querer exigir a libertação dos sofrimentos, precisamos desenvolver a nossa fé, para que, independente do que nos aconteça, o Senhor transforme nossa tristeza, lágrimas e dores, em alegria, conforme Ele nos afirma: “Em verdade, em verdade, vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós estareis tristes, porém a vossa tristeza se converterá em alegria” (Jo 16.20). E que, de alguma forma (que agora não conseguimos nem imaginar), o Senhor vai fazer com que tudo isso coopere, ou concorra, para o nosso bem: Rm 8.28-31.

Ou seja, quando perseveramos em oração, estamos dizendo ao Senhor que cremos em Sua Palavra. Talvez possa, de algum modo, contribuir para a edificação e salvação de pessoas queridas, as quais de outra forma não seriam atingidas em sua sensibilidade. Além disso, precisamos saber que o nosso sofrimento está estimulando alguém a orar e a falar sobre o evangelho de Cristo: Fl 1:14-19. Além de sermos encorajados “pela provisão do Espírito de Jesus Cristo” (Fl 1.19); estamos certos de que “segundo a minha ardente expectativa e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fl 1.20-21). Amém.

sábado, 1 de março de 2008

Não Temas

_ “Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno... Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá” (Ap1:17-18; 3:7).

Nestes versos, o Senhor declara enfaticamente a Sua soberania tanto no abrir como no fechar portas. E isto deixa claro que os homens, apesar de toda a arrogância em achar que podem determinar seus próprios caminhos, bem como os caminhos dos outros, Deus é soberano absoluto em tudo. Assim, os meios e as condições, as circunstancias que nos cercam, são apenas e tão somente os agentes através dos quais o Senhor executa os Seus propósitos.
É claro que ficamos magoados e tristes com pessoas que poderiam ser bênçãos em nosso caminho, e, no entanto, se constituem em maldição para fechar, broquear, as portas. Mas não podemos perder de vista que, em última instância, é o Senhor quem se utiliza de homens bons ou maus para broquear ou para abrir os nossos caminhos. Na verdade, eles não merecem nem a nossa excessiva admiração e reverência, nem a nossa ira e desprezo. Simplesmente, Deus é o Senhor e nos conduz em meio às circunstâncias: _ "...Para os homens é impossível, mas não para Deus; porque para Deus tudo é possível... Se podes! – Tudo é possível ao que crê" (Mc 10.27; 9.23).