domingo, 27 de janeiro de 2008

Pelos Desertos da Vida

_ “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo” (Lc 4.1).

Embora tenhamos em mente o deserto da tentação, é no deserto da oração onde há maior chance de termos um profundo e significativo encontro com Deus. É quando somos confrontados no mais íntimo de nossa fé, e somos levados a crescer. Quando vencemos a tentação, sentimos que crescemos um pouco mais. É, portanto, no deserto, quando temos mais chance de sermos fortalecidos no poder do Espírito Santo.
Quantas vezes uma enfermidade persistente e dolorosa, um desemprego, aflições e abandonos familiares, nos levam a sentir solitários e carentes como se estivéssemos atravessando um longo e tenebroso deserto de aflição!

Quando Deus quer usar alguém de forma especial, extraordinária, Ele o faz, normalmente, através do deserto da vida. Verificaremos que, ao menos uma vez, fazendo-o passar por tenebrosos desertos. Ninguém faz algo grandioso para Deus sem ter que pagar um alto preço com sua própria vida, com sangue, suor e lágrimas.

As aflições de Cristo no deserto faziam parte de seu treinamento e preparo para o ministério que teria início logo ao sair dali. Assim também, o Senhor está sempre procurando nos encorajar a continuarmos suportando as aflições e perseguições no deserto desta vida, na certeza de que Deus está trabalhando em nós, porque Ele quer ser glorificado através de nós. Será que não precisaríamos de algo semelhante para desenvolver a nossa fé e maturidade cristã? Será que os nossos desertos, nossas caldeiras ou cadeiras de rodas seriam meras fatalidades do destino, acidente, incidente, acaso ou falta de sorte? Não, o Senhor está conosco sempre em meio aos desertos da vida. Aleluia!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Qual a sua escolha?

Enquanto os soldados debochavam de Jesus, dando-Lhe bofetadas, colocando-Lhe a coroa de espinhos, ferindo-Lhe cruelmente Sua cabeça; Pilatos, tímida e covardemente apresentava suas escusas, sua opinião reservada sobre a inocência do Filho de Deus: "Eis que eu vo-lo apresento, para que saibais que eu não acho nele crime algum" (v.4).

Na verdade, com estas palavras Pilatos apenas procurava se eximir de qualquer responsabilidade quanto à condenação de Jesus. Era como se lhes dissesse: "Olhe aqui, vocês podem fazer o que quiserem com Ele, desde que não me envolvam nesse processo. Não quero ser julgado como cúmplice ou conivente nesse crime. Eu lhes apresento o homem, mas, por favor, não me comprometam, não me envolvam nesse caso, estou fora dessa..." Aliás, foi isso que ele confirmou um pouco mais à frente com seu famoso gesto de levar as mãos. Era uma omissão oficial e histórica.
Qual tem sido o nosso testemunho de vida “no meio de uma geração pervertida e corrupta” como a nossa?

Temos agido como sal da terra e luz do mundo, para de alguma forma alcançarmos alguns, arrebatando-os do fogo, como escreveu Judas? Ou estamos agindo como Pilatos, tentando apenas livrar a nossa pele, ou melhor, a nossa alma das penas eternas?
Aqueles que queriam apenas agir em sua própria causa acabam nem mesmo conseguindo livra-se da própria condenação. Pilatos não se livrou da condenação pelo fato de ter se acovardado de identificar-se com Jesus. Se deixarmos de ser evangelísticos ou missionários, acabamos deixando de ser evangélicos também. Não há meio-termo com as coisas de Deus. Ou somos radicais em assumir nosso compromisso com Ele, ou nos tornamos omissos e condenáveis por amarmos mais o prêmio das trevas e da corrupção do mundo do que a Deus. Qual a sua escolha?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Eis O Homem! Creia Nele!

_ “Disse-lhes Pilatos: Eis o homem!” (Jo 19.5).

Eis o homem a quem você, quer queira quer não queira, um dia terá que prestar contas de todos os seus atos e motivos. Não tente fugir dele como se fosse possível ficar neutro diante dele. Eis o Homem! Creia nele, confie sua vida aos cuidados dele; clame a Ele agora mesmo, até que sua alma tenha paz real e segurança de vida eterna. Não perca nem mais um segundo de sua vida, correndo a trágica possibilidade de passar para a eternidade sem Cristo e sem salvação, perdido pra sempre no tormento eterno, no inferno. Não continue lutando sozinho para tentar vencer suas crise pessoais, busque nele a consolação e a direção para tudo quanto tiver de realizar. Creia, não há outra esperança, outra alternativa pra sua alma aflita e angustiada senão em Cristo Jesus.

Não continue tentando resolver tudo sozinho, não se desespere por não ver nenhuma luz no fim do túnel. Ele é a Luz do mundo. Ele é quem nos conduz na luz do evangelho da salvação, pelo Seu precioso sangue derramado na cruz do Calvário. E mais, Ele ressuscitou, está vivo e intercede por você à destra do Pai. Ele o toma pela mão como um pai faz com seu filho pequeno, e lhe diz: "Filho, estou contigo, confie em mim, entregue seus cuidados a mim. Eu cuido de você. Enxugue as lágrimas e creia em mim. Eu sou o seus salvador e Senhor! Creia, esta é a mensagem de Deus pra você nesta hora, neste exato momento. Não se deixe vencer, não perca a esperança. Ele diz-lhe agora: "Meu filho, eu estou contigo. Eu nunca te abandonarei. Você está pensando que eu te esqueci, mas eu não te esqueço, jamais. Tenho visto as tuas lágrimas. Tenho ouvido as tuas orações. Estou completando a obra que comecei a realizar em teu coração. Eu estou restaurando a tua vida. Estou começando uma nova obra em tua vida. Confie em mim, estou completando a obra em ti!"

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eis O Homem!

_ “Disse-lhes Pilatos: Eis o homem!” (Jo 19.5).

Eis o Homem! Vocês são responsáveis pelo que fizerem a Ele, lembrem-se disso! Diante deles estava a Luz do Mundo, o Filho do Deus Vivo; e Pilatos, ainda que sem querer e sem perceber, estava sendo usado por Deus como profeta e pregador do evangelho de Cristo Jesus, porquanto apresentava-lhes o próprio Deus Filho, Jesus Cristo, aquele que não tem pecado, e o único que tira o pecado do coração humano. Portanto, "Eis O Homem, Jesus!"
Não um homem qualquer, mas o Homem Jesus, aquele que assumiu a condição humana para alcançar o pecador e resgatá-lo das trevas eternas; o Salvador do Mundo!

Esta mensagem que Pilatos pregou sem querer, deve ser a mensagem a ser pregada de boa vontade por todos quantos dizem amar e servir ao Senhor Jesus, por querer. É a mensagem a ser pregada a todos que ainda estão vivendo nas trevas do pecado do ódio, da violência, da idolatria e da incredulidade. Enfim, é a mensagem de vida eterna que cada um de nós precisa passar adiante, desde a nossa vizinhança até os confins da terra. Nesse tempo de tanta injustiça, violência e ignorância espiritual, quero apresentar a mensagem de Pilatos: Eis o homem! Eis aquele que veio buscar e salvar o perdido. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!

Eis o Filho de Deus que pode resgatar e salvar a sua vida! Eis a única esperança para este mundo em crise! Eis que diante de cada um de nós está a solução e a resposta para o anseio de nossas almas! Eis aí, JESUS, O SALVADOR DO MUNDO! Se você, ainda que não seja um agressor e blasfemador como aqueles rudes soldados, mas se você se encontra confuso e desesperado diante das circunstâncias deste mundo, eis Aquele que pode dar sentido a sua vida. Eis o Homem que pode trazer paz e harmonia à sua vida atribulada e confusa.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Onde Está O Vosso Tesouro?

_ “porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12.34).

Todos nós temos um tesouro na vida. Mesmo os mais pobres têm alguém ou alguma coisa que se constitui no seu tesouro, sua preciosidade, sua razão de viver. Quando não há nada nem ninguém de fora, então a pessoa se constitui no seu próprio tesouro. Aliás, a vida que Deus nos deu, de certa forma é nosso bem maior, o dom da vida. Assim, Jesus diz que nosso coração, inevitavelmente, vai se inclinar, se apegar apaixonada e prioritariamente para aquele foco central de nossa vida.

Jesus estava dizendo algo mais ou menos assim: “Vocês não te porque viverem ansiosos, tensos, irritadiços, magoados, tristes, irados por coisa alguma. Não importa o que acontecer, eu estou no controle, estou cuidando de vocês de forma especial! Se eu cuido de um insignificante pardal, se cuido dos corvos, animal nojento e impuro pra muitos, como não haveria de cuidar daqueles que são a menina dos meus olhos? Como não haveria de amar e proteger aqueles que se constituem na coroa da minha criação? Portanto, ainda que vocês se deparem com perigosos criminosos, assassinos cruéis, não se desesperem, eles não podem fazer mais do que matar o corpo...

Portanto, não fiquem amedrontados por causa deles! Respeitem e temam acima de tudo Àquele que pode não só mandar o corpo, mas, principalmente, a alma para o inferno. Absorvam essa convicção, esta segurança! Vocês não estão vivendo como um barquinho a deriva no mar da vida; eu cuido diariamente de cada um de vocês em meio às turbulências desse tenebroso mar!Jesus quer ser o nosso TUDO porque nós somos preciosos para Ele; porque Ele fez o máximo por nós e sabe o que de fato é melhor para nós. Assim, quando ele exige que nós O consideremos como o nosso bem maior é porque de fato ele é o melhor para a nossa felicidade. Não é por ele ser egoísta, nem por ser um senhor superprotetor e egocêntrico, mas porque assim como Ele cuida de nós, Ele é o que de melhor podemos possuir e desejar também.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Não Temas o Que Hás de Padecer

_ “Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

Assim como o Senhor venceu o mundo, Ele nos assegura a mesma vitória. Isto não significa que estamos protegidos contra a possibilidade de sofrer, mas que, em vindo o sofrimento, estamos aptos a suportá-los. A nossa força e coragem para enfrentar o sofrimento deve estar firmada na certeza da companhia do Pai: Jo 16.32. Assim, também nós, podemos ter esta certeza, aconteça o que acontecer, não estaremos sós, o Pai está conosco. Você já tem esta certeza? Como disse Jó no auge de seu sofrimento: Jó, 19.25-27. Assim, também, o apóstolo Paulo exortava ao seu filho na fé, Timóteo (2 Tm 1.8,12). O sofrimento é o combustível indispensável ao cristão para o seu crescimento em entendimento. Porém, a certeza da vitória é a força que nos mantém firmes na luta: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5.4).
_ “Sede vós também pacientes; fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.8).

Por maior que sejam as nossas aflições neste tempo presente, sabemos que também isso há de passar. Ainda que toda essa nossa existência seja de dores e lágrimas, se estamos em Cristo, temos a certeza de que nada pode se comparar com à glória celeste. Nossas aflições, comparadas com a glória eterna, são “leve e momentâneas”. Ou, “breve tempo” em comparação com a eternidade. Além disso, temos a consolação do Espírito Santo. Se nos fossem tiradas todas as possibilidades de sofrimentos, o Espírito Santo perderia grande parte de Sua ação neste mundo, a de Consolador. “Na minha angústia, invoquei o SENHOR, clamei a meu Deus; ele, do seu templo, ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos” (2 Sm 22.7); “Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror. Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam. Na minha angústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos” (Sl 18.4-6).

sábado, 19 de janeiro de 2008

Venha a Cristo Hoje

_ “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (Mc 10.48).

Assim como fez Bartimeu, o qual a multidão queria fazê-lo calar, faça-o você também! Bartimeu não se intimidou, nem se envergonhou com as críticas da multidão; não se entregou às conjecturas de ser ou não um dos eleitos. Ele clamou ao Senhor, e foi ouvido e curado pelo Senhor. Você não tem que entender os secretos propósitos de Deus. Ninguém entende. Eu não consigo entender porque Deus se compadeceu de mim.

Quão preciosa e sublime é a graça do Senhor Jesus! Eu não mereço, você não mercê, ninguém merece. Porque ninguém é salvo por merecer a salvação. Apenas e tão somente os méritos de Cristo Jesus nos possibilita tomar posse de nossa salvação. Ele pagou o preço com Seu próprio sangue. Portanto, confie você também, se ainda não o fez, no sacrifício de Cristo em seu favor. Achegue-se confiantemente ao Salvador, e Ele há de dizer-lhe: “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim. Não que alguém tenha visto o Pai, salvo aquele que vem de Deus; este o tem visto. Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida” (Jo 6.45-48).

E você, amado leitor, sabe o que significa ter um Pai amoroso, terno, todo poderoso, o Senhor do Universo, o Deus de misericórdia? O Pai celeste, com quem podemos falar a todo momento, apresentando-Lhe os nossos conflitos mais íntimos, nossos problemas, temores e rancores? Você conhece esse Pai?

Se você crê nEle, é, então, um amado de Deus (Rm 1.7), amado do Pai. Logo, se você é filho do Pai, através da fé em Seu Filho, Jesus Cristo, nunca será órfão. Lembre-se disso, se aproprie da consolação e da alegria da bênção de sua filiação gloriosa e eterna.
Venha a Cristo hoje mesmo, não perca mais um segundo sequer do restante de sua vida! Tome posse da vida eterna e regozije-se com a graça de Cristo Jesus! E que “O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz” (Nm 6.24-26). Amém.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Companheiros Na Perseverança

_ “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Ap 1.9).

Se você ainda não tem segurança de sua salvação eterna em Cristo Jesus, não descanse no fato de estar perto do reino; por ser membro de igreja ou de uma família de pessoas que se acham salvas. Corra agora mesmo para os braços de Cristo Jesus. Não descanse a sua alma enquanto não puder descansar no Senhor.

Não se contente com os elogios ou garantias humanas. Não se contente em agradar aos homens, seus semelhantes, pecadores, enquanto não tiver a certeza de que está agradando ao Senhor. Por outro lado, se você se sente completamente distante do Senhor, envolvido em densas trevas do pecado, sentindo-se condenado e perdido eternamente pelo fato de pensar que não é um predestinado, eleito para a salvação...

Se você vê as doutrinas bíblicas como uma impossibilidade, ou barreira para a sua busca da salvação, então, convido-o ao voltar-se para o que Jesus falou:
_ “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.37-40).

Observe as palavras de Jesus! Se Ele é quem diz ser, como de fato é, que todo aquele que for a Ele, todos que O buscarem de todo o coração com o propósito de serem salvos, todos serão acolhidos amorosamente por Ele; não importa a sua origem. Não importa a sua hereditariedade, não importa o que ou quem você foi, ou quem você é; não importa o que o diabo diga, se Jesus diz que recebe a todos quantos O buscam é porque Ele assim o faz. Não questione sobre a eleição da graça enquanto você ainda está sem Cristo e sem salvação. Deixe esta questão com Ele. Faça apenas o que Ele ordena, se achegue confiantemente ao Salvador. Clame a Ele como fez o cego Bartimeu: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (Mc 10.48).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Companheiros no Reino

_ “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Ap 1.9).

Havia o conforto de saber que, além de poder contar com um grande número de irmãos em Cristo, pessoas que compartilhavam da mesma esperança; além de poder contar com companheiros de jornada, homens, mulheres e crianças, que sofriam pelos mesmos motivos que ele... Essas pessoas não apenas viviam na expectativa do reino celestial no futuro, mas, principalmente, viviam sob a autoridade e domínio do Rei. Portanto, ainda que soubessem que a plenitude do reino ainda não fora consumada, já estavam experimentando o ante-gozo do reino aqui na terra. Nesta certeza absoluta, caminhavam resolutos, confiantes e vibrantes. Além disso, essas pessoas não eram apenas companheiros para este mundo, mas eram pessoas que tinham segurança de possuírem o reino de Deus, companheiros do Reino. E, nessa certeza, perseveravam. Mantinham-se apegados, firmados, sabendo que “a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de sua glória, segundo a sua eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (Fl 3.20-21). Portanto, quando oramos: “Pai nosso...” não podemos fazê-lo sem amor para com o próximo, porque somos ensinados que somos um todo. Não apenas o EU exclusivo. Não podemos ter a pretensão de nos achar melhores uns que os outros. Somos partícipes de uma comunidade multifacetada, onde a graça de Cristo atinge pessoas de todas as raças, culturas e posições sociais.

Quando lágrimas teimosas continuam a jorrar de nossos olhos... Somos, então, desafiados a desenvolver a nossa fé. É quando mais precisamos nos lembrar de que somos filhos do Pai celeste, e como tais, não seremos abandonados, jamais. Somos filhos do mesmo Pai. Pessoas que compartilham a gloriosa experiência e esperança da salvação efetuada na cruz por Cristo Jesus. Ainda quando as sombras da morte nos atingem, Deus continua sendo o nosso Pai amado! Ele é fiel! Portanto, é tempo de sentir junto, chorar junto, chegar junto; compartilhando o amor de Cristo uns com os outros!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Companheiros Na Tribulação

_ “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Ap 1.9).

João sentia-se encorajado a prosseguir, sabendo que seus irmãos em Cristo Jesus também tinham que enfrentar e suportar as agruras das perseguições: “....e companheiros na tribulação” (Ap 1.9b).

João não podia se dar ao direito de ficar se lamentando pelas privações a que estava submetido. Havia alguém em circunstâncias semelhantes, ou piores que a sua. Por causa disso, sentia-se no dever de repassar o conforto e consolação do Espírito Santo aos seus queridos distantes. Eles também compartilhavam da difícil e desafiadora experiência de viverem sob pressão. Assim, João sentia-se profundamente compelido a compartilhar estímulo e encorajamento àqueles que estavam testemunhando com entusiasmo e vibração, apesar das dores e aflições que lhes eram impostas. Veja o exemplo semelhante que a Bíblia relata na experiência de quatro leprosos que descobriram alimentação e foram compartilhar com seus patrícios famintos: 2 Rs 7.3-15.
João, sentia-se animado com o fato de saber que não estava só; tanto porque tinha a companhia de seu Senhor como pelo sentimento de estar em sintonia com seus irmãos e companheiros de batalha. Ao mesmo tempo, isto lhe dava estímulo para repassar aos outros o consolo que sentia.
Não sou melhor que eles, não tenho nenhum motivo para reivindicar qualquer privilégio especial, somos irmãos em Cristo. Se alguma bênção material ou espiritual é concedida a mim, é pela graça de Cristo Jesus. Eu não mereço absolutamente nada mais que os meus irmãos. Somos todos membros da família de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, pela misericordiosa graça do Senhor Jesus.

Procure desenvolver sua intimidade com o Pai, através da oração e da observação aos preceitos de Sua Palavra – A Bíblia Sagrada. Faça isso com dedicação e amor a Ele, para, assim, poder desfrutar de Sua doce e confortadora companhia. Porque Ele assim nos afirma: “Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada. Deus faz que o solitário more em família; tira os cativos para a prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril” (Sl 68.5-6). Portanto, levante a cabeça, regozije-se no Senhor, porque você nunca foi e jamais será órfão! Aleluia!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Aos Companheiros de Tribulação

Aquietai-vos e sabei que Deus é Deus! Ou seja, Ele é a nossa salvação, a resposta que mais necessitamos. Ele é, e não “foi”, ou “será”. Ele é! Portanto, aquietemo-nos em oração. Este conselho do salmista não é algo simplesmente para ser assimilado pelo entendimento teológico, religioso, doutrinário. É algo para ser posto em prática, experimentalmente, no dia a dia. Quando entregamo-nos completamente ao Senhor, consagrando a Ele o que lhe é devido, há paz em nosso coração. Deus promete, Deus cumpre. Você quer viver em paz consigo mesmo, com seus semelhantes, sua família e com Deus? Que tal começar hoje a observar estes princípios? Você já consagrou sua vida ao Senhor?

Na introdução do Livro do Apocalipse, João nos informa sobre sua situação de isolamento e de sua apresentação da palavra profética do Senhor: Ap 1.9-20. No v.9, João diz que se encontrava ilhado; impossibilitado de ter comunhão mais íntima com seus leitores. Porém, sentia-se sustentado e consolado por alguns motivos especiais:
_ “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Ap 1.9).
Ele sentia-se confortado pela certeza de que tinha amigos e companheiros de jornada, os quais, certamente, estariam unidos com ele em oração: “Eu, João, irmão vosso...” (v.9 a).
João sentia-se fortalecido em saber que não estava só em sua firmeza de fé. Ele tinha irmãos em Cristo Jesus... Eles compartilhavam da mesma esperança, tinham o mesmo Salvador. Assim como Deus havia informado a Elias que ele não estava só em sua fé: “Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou” (1 Rs 19.18). Elias precisava saber que não estava só em sua fé. Ele tinha companheiros de jornada para o céu, e não sabia. João, ao contrário, era fortalecido com essa certeza. E, mais que isso, sentia-se animado em poder compartilhar com eles através de uma carta.Você já pensou em fazer uso de seu tempo ocioso, e talvez até tedioso, para glorificar a Deus e abençoar alguém transmitindo-lhe palavras de esperança em Cristo Jesus? Ou, quem sabe, como João, refletir e considerar o que Deus está lhe falando através do silêncio e solidão?!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Temos O Pai Conosco

Não precisamos temer, ainda que os “montes” de problemas nos lancem para o meio do mar da vida. Podemos ter a certeza (não apenas a certeza intelectual, mas uma certeza forjada e respaldada na própria experiência e vivência com Deus) de que, ainda que haja tremores de todos os lados, e em todos os nossos relacionamentos; ainda que falte-nos as coisas que reputamos como essenciais para a nossa sobrevivência física, temos o Pai conosco. Ainda que estejamos enfrentando perigo de morte, ou mesmo que a morte se nos avizinhe, projetando em nós sua tenebrosa e assustadora sombra, como escreveu o salmista Davi (Sl 23), ainda assim, temos esse conforto inaudito e sublime da companhia do Altíssimo.

Esse é, no meu entendimento, o refúgio e fortaleza ao qual precisamos nos dirigir. Creio que aí se encontra a grande necessidade e importância da oração. Não há como sentir o efeito, ação poderosa e sustentadora de Deus, sem que nos voltemos para Ele. E isso só é possível através da oração e da reflexão na Palavra de Deus. A oração é o meio que Deus estabeleceu para termos acesso a Ele. Não que Ele esteja limitado em Suas ações às nossas orações. Deus não se limita em Seu poder soberano. Ele nos protege e nos guia, mesmo quando não oramos. Porém, a oração nos proporciona senti-Lo. É como a criança que, aconchegada nos braços do pai, bem junto ao seu coração, pode até sentir o bater do coração do pai. Quando oramos, em momentos de angústia e decepção, sentimo-nos como que junto do coração do Pai. Sentimos o pulsar do Seu grande amor envolvendo a nossa alma, enxugando, carinhosamente, os nossos olhos. Trazendo alívio e conforto ao nosso coração.

_ “O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Vinde, contemplai as obras do SENHOR, que assolações efetuou na terra. Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra” (Sl 46.7-10)Precisamos ter esta confiança para orarmos ao nosso Pai. Sabendo que esse Deus grandioso quer que nos acheguemos a Ele na condição de filhos queridos e amigos. Portanto, ainda que... aquietemo-nos em oração, a fim de nos abrigar no esconderijo do Altíssimo. Amém.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Preparação Para a Batalha

Comecei a refletir sobre esse assunto justamente quando meu neto encontrava-se hospitalizado; mal acabara de nascer e já começando a experimentar e provocar alguns dias de profunda expectativa da parte da família e dos demais amigos e irmãos em Cristo Jesus. Creio que ele teve seu batismo de fogo, ou com fogo, logo a partir do segundo dia de sua vida, quando foi levado às pressas de Camaquã para P. Alegre – RS, ficando sob cuidados médicos durante onze dias. Creio que Deus começou a prepará-lo desde já para usá-lo de forma poderosa na propagação do evangelho de Cristo. Imagino que, juntamente com a unção do Espírito Santo, pela qual eu orei o tempo todo de sua gestação para que o Senhor cumprisse nele a promessa feita a João Batista (Lc 1.15, 16); o Senhor vai também prepará-lo através do torvelinho da aflição, para cumprir os Seus santos propósitos na vida de nosso Samuel.

Não que eu deseje o mal, ou o sofrimento para o meu neto; mas entendo que o treinamento espiritual, cristão – assim como no treinamento militar ou mesmo o treinamento para se exercer algumas profissões importantes e especiais – implica necessariamente no enfrentamento de desafios, dificuldades, dores, suor e lágrimas. Muitas lágrimas. Como afirma o apóstolo Paulo, baseado em sua própria experiência:
_ “Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida. Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos, sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco. Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus.6 Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2Co 4.11-18).
_ “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Co 12.9-10).

Precisamos continuar crendo e “sabendo que, no Senhor, o nosso trabalho não é vão”. É a fé que nos mantém firmes e resolutos. Sim, podemos confiar no Deus da Aliança, o Deus das promessas. O Deus que não é homem pra mentir. Podemos confiar, ainda que as lágrimas possam toldar nossos horizontes; ainda que a dor lancinante da perda e da saudade de um ente-querido possa nos deixar confusos, entristecidos e deprimidos... Ainda que as lágrimas causadas pela dor de uma doença cruel nos leve a perder a vontade de viver... Ainda que as lágrimas em conseqüência da ingratidão, injustiça, humilhação e todos os males que as hostes do inferno possam nos causar... Ainda assim, podemos dizer como Jó e Habacuque :
_ “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim” (Jó 19:25-27).
_ “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente” (Hc 3.17-19).

Há um cântico muito bonito e muito conhecido pelo povo de Deus, o qual precisa ser considerado dentro deste contexto aqui exposto:
_ “És Tu única razão da minha adoração, oh Jesus!
És Tu única esperança que anelo ter, oh Jesus!
Confiei em Ti, fui ajudado.
Tua salvação tem me alegrado.
Hoje há gozo em meu coração;
com meu canto Te louvarei!
Eu Te louvarei; Te glorificarei.
Eu Te louvarei, meu bom Jesus!
Em todo tempo Te louvarei; em todo tempo Te adorarei!

Eu Te louvarei; Te glorificarei.
Eu Te louvarei, meu bom Jesus!”
Sem dúvida esta deve ser a nossa expressão de amor a Jesus, em todo tempo. Resta, porém, uma pergunta para nossa reflexão: “Estamos nós, realmente, dispostos a adorar, glorificar e servir ao Deus vivo, que é revelado em Jesus Cristo, mesmo se ficarmos desempregados, abandonados pelos amigos, vendo a morte se aproximar?” Este foi o desafio que Jó, João Batista, Paulo, apóstolo, e tantos outros servos de Deus através dos séculos, têm enfrentado. E é o desafio para todos nós. Amém.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Deus é Nosso Refúgio

“Deus é nosso refúgio” significa muito mais do que dizer que Ele é o nosso remédio, nosso escape. É algo que nos faz sentir em companhia de alguém atencioso e confortador.
Penso que com essa oração “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”, como os demais textos mencionados, o Senhor nos ensina que a oração, esse ato de nos lançar nos braços do Pai de maneira franca e sem reservas ou rodeios, proporciona-nos um conforto semelhante ao que ocorre às crianças de colo, quando estas se vêem amedrontadas diante dos fatos, ou circunstâncias, que lhes são aterradores, desconhecidos e grandes demais para sua capacidade de compreensão e reação. Quando, de repente, chega o pai e a toma nos braços, envolvendo-a com carinho e afeto, a criança sente-se completamente fora de perigo e sem qualquer temor. O pai a tomou em seus braços fortes e suficientes para protegê-la dos perigos que se manifestavam, então a criança se emociona e se regozija nos braços do pai, ou da mãe. Foi-se a angústia, o pavor.

Quando o Brasil sagrou-se pentacampeão de futebol, houve jogador que só participou de algumas partidas. Outros só participaram alguns minutos. E outros, ainda, nem sequer entraram em campo para disputar uma partida. Porém, todos são considerados campeões, independente do que cada um fez em prol das vitórias do grupo. Todos que faziam parte da equipe, da seleção, foram recebidos com festa em nosso país, como verdadeiros campeões do mundo, heróis nacionais... Assim também, quando nos tornamos parte do Corpo de Cristo, a Igreja de Cristo Jesus, pela fé nEle, passamos a contribuir, de uma forma ou de outra, para o sucesso ou para o fracasso da obra do Senhor.

A Bíblia assim nos diz: “Cantai, ó céus, e exulta, ó terra, e vós, montes, estalai de júbilo, porque o Senhor consolou o seu povo, e se compadeceu dos seus aflitos. Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o meu Senhor se esqueceu de mim. Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim” (Is 49.13-16). Amém.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Não Estou Só

Um pastor foi visitar um colega enfermo. Encontrou-o aflito e agitado, querendo desobedecer as recomendações médicas para guardar repouso absoluto. Haviam muitas coisas para serem feitas... Então, o visitante leu o Sl 23.1-2. Numa breve reflexão disse: “Deus sabe que você precisa trabalhar, visitar suas ovelhas, consolar os abatidos e ministrar a Palavra de salvação aos pecadores. Por causa disso Ele requer de você uma preparação adequada”. Ele nos faz descansar, repousar, porque Ele quer nos usar de maneira plena. Ele nos faz repousar, mesmo contra a nossa vontade, ou até mesmo contra a nossa teimosia e falta de mordomia no cuidado de nossa saúde...

Quando Jesus estava preparando seus discípulos com relação à Sua paixão, Ele disse: “Não estou só, o Pai está comigo” (Jo 16.32).
Também nós, podemos descansar no Senhor, sabendo que não seremos abandonados à nossa própria sorte, em meio às nossas dores e sofrimentos. O Pai está continuamente conosco. E Jesus prometeu estar conosco “todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). Por isso o salmista acrescentou: “Não temerás os terrores da noite, nem seta de dia” (Sl 91.5). E Jesus ainda nos diz sobre isto: “O que vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que escutais ao ouvido, dos eirados pregai-o. E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.26.28).

Deus quer que confiemos nEle como nosso Pai. Quer nos aconchegar, nos abrigar, e nos consolar. Como Soberano, Ele move o nosso coração e inclina nossa alma e nosso entendimento para que tenhamos disposição de buscá-Lo, sem que Ele venha a nós de forma autoritária e independente da nossa própria vontade. Por isso, os textos nos ensinam e nos encorajam a buscá-Lo em sincera oração nos momentos de necessidade.

O nosso pouco só é pouco quando é retido egoisticamente em nossas próprias mãos. Quando, porém, confiamos ao Senhor o nosso pouco, e o colocamos a serviço do Mestre, recebemos a honra do todo... NEle somos introduzidos na família de Deus. Como irmãos em Cristo, fazemos parte da mesma família. Independentemente de nossa origem, de nosso passado, em Cristo somos um!

Discernindo a Vontade do Senhor

_ “Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” (Ef 5.17).

Passamos a maior parte de nossas vidas atrofiados como portadores da Palavra de Deus. Isto porque, quase sempre há quem pregue, pessoas devidamente preparadas e qualificadas para o exercício do ministério da pregação pública. Quando, porém, esses crentes vão viver em lugares distantes do convívio com suas igrejas, sem a companhia de pessoas que exerçam esse ministério, então se vêem compelidas pelo Espírito Santo a falar das grandezas do amor de Deus. E são abençoados, abençoando a muitos. Foi assim com a igreja primitiva, quando os apóstolos ficaram em Jerusalém e os demais crentes saíram por toda parte levando o evangelho de Cristo. Foi assim nos dias de Paulo. E continua em nossos dias.

Tenho este exemplo em minha própria família. Meus pais tinham uma vida tranqüila e segura financeiramente, morando em Volta Redonda. Meu pai era funcionário da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em seus bons tempos. Com todas as regalias e privilégios dos primeiros operários da mesma. De repente, pediu demissão do emprego. Ajuntou os filhos, alguns recursos, e levou-nos para o sertão do Paraná. Seu propósito era plantar café e ficar rico. Mas o propósito de Deus que ficou evidente, anos depois, era para ele plantar a semente santa do evangelho de Cristo. Lá, meu pai começou a trabalhar a terra. Com muita dificuldade, desmatou o sítio, plantou e colheu café, algodão, milho, etc. Não enriqueceu, como pensava; muito pelo contrário, passamos aperto e tristeza; porém, ali o Senhor nos abençoou. E, de um modo muito especial, Deus usou meu pai (semi-analfabeto) para pregar o evangelho a muitas pessoas. Tendo como resultado desse trabalho a formação de uma nova igreja, nascida em nossa própria casa, a Primeira Igreja Batista em S. João do Caiuá. É sempre assim, na ausência de pregadores, pastores ou missionários, Deus levanta obreiros (muitas vezes os assim chamados “leigos”), e os habilita para levarem a palavra de salvação aos pecadores.
Assim, pois, creio que em tudo precisamos discernir a vontade do Senhor. Mesmo quando somos alvo de dificuldades, apertos e tristezas, Deus pode estar querendo despertar vidas, fazendo uso das nossas tribulações. Amém.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Deixo-vos a Paz

O Senhor nos assegura e nos desperta com estas palavras confortadoras: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).

Quando a nossa fé deixa de ser apenas um tipo de religiosidade nominal, e passamos a nos envolver com a realidade plena da glória de Deus através da oração e da ação, começamos a desfrutar do gozo da vitória em Cristo. Começamos a frutificar, realmente. Isto não depende das circunstâncias. A vitória não será medida e sentida por causa daquilo que nos aconteça aqui, mas, devido à uma nova dimensão da compreensão da própria vida cristã. Isto parece complicado, até que deixemos de ser meros espectadores diante dos heróis da fé e nos coloquemos no palco das realizações espirituais. Sentindo cada dia o desafio de depender de Deus em oração. Até que, como disse Tiago, deixemos de nos contentar em sermos apenas “ouvintes da palavra” e nos tornemos praticantes ativos, vibrantes, da palavra viva! É preciso, pois, que os salvos não se contentem em viver imobilizados espiritualmente, infrutíferos e derrotados. É preciso entender que servir a Jesus, amar a Sua palavra, buscar a Deus em oração constante e fervorosa, não é tortura, nem atividade enfadonha. Mas é algo prazeroso, quando experimentado de todo o coração e segundo a vontade de Deus. O Senhor Jesus jamais desampara os que são Seus.

Assim escreveu Philip Yancey: Que bondade há num Deus que não controla o sofrimento do seu filho? Que bem pode fazer à humanidade? Todavia, pode-se ouvir um som mais alto: o som de um Deus gritando ao homem: Eu o amo! Porque Deus nos ama de tal maneira, que mandou o seu único Filho morrer por nós” (Yancey, Philip – Deus Sabe Que Sofremos, Pg. 188,189 – Ed. Vida). Daí porque o Senhor nos assegura e nos desperta com estas palavras confortadoras: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Ainda que em meio às lágrimas copiosas, Deus não nos desampara. Pelo contrário, somos encorajados a testemunhar ainda mais do amor de Deus em nosso favor. Deus é fiel! Aleluia!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Voltarei Para Vós Outros!

_ “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14.18).

Como? No contexto (Jo 14.16-27), Jesus esclarece essa gloriosa promessa. Diz Ele que o Pai enviaria o Espírito Santo para ficar conosco para sempre. E não apenas conosco, mas em nós. E essa orfandade seria suprimida, ou eliminada, à medida que mantivéssemos comunhão com Ele, Jesus, através do Espírito Santo que estaria conosco. Então haveríamos de guardar os seus mandamentos como expressão do nosso amor por Ele, e não apenas por subserviência a Ele. E o Senhor, então, nos garante que o Pai haveria de corresponder a esse amor que nós expressamos por Ele. Além disso, Jesus nos assegura o Seu próprio amor, o qual será percebido, expresso, através de Sua manifestação para conosco. Jesus enfatiza, ainda: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (v.23).

Ou seja, se alguém realmente amá-Lo, demonstrando esse amor de forma concreta através da observação à Sua palavra, então o Pai também o amará e fará daquela pessoa uma habitação, ou morada do Altíssimo. E mais, o Espírito Santo, o outro Consolador que o Pai enviaria, há de nos ensinar e nos fazer lembrar de tudo quanto o Senhor Jesus nos ensinou. Baseado em todas essas promessas, Jesus nos conforta, nos convida a deixarmos o sentimento de orfandade, depressão e ansiedade, na certeza de que ninguém é órfão em tais companhias: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo; os quais se fazem presentes conosco e em nós. Ninguém é órfão, se está tão bem acompanhado! Como escreveu Philip Yancey: “Que consolo para o problema da dor e do sofrimento poderia vir de uma religião baseada num acontecimento como a crucificação? Foi na cruz que o próprio Deus sucumbiu à dor. Acontece, porém, que não estamos abandonados... Porque Deus esteve entre nós, ele entende perfeitamente. O conceito da cruz deixado por Jesus no mundo, o conceito universal da religião cristã, é prova de que Deus muito se importa com o nosso sofrimento, com a nossa dor. Ele morreu de dor... O cristianismo tem um Deus que se preocupa com o homem de tal maneira que se tornou homem e morreu”.
O Senhor Jesus jamais desampara os que são Seus.
_ “porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hb 13:5-6). Amém.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Não Vos Deixarei Órfãos

“Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14.18).
Você já experimentou o sentimento de orfandade? Não me refiro apenas aos órfãos de pais e/ou mães; ou aos órfãos de pais vivos, distantes, irresponsáveis; mas, sim, ao sentimento de não ter com quem dividir, compartilhar as nossas emoções, dúvidas, tristezas, frustrações, expectativas e mágoas. Quando nos sentimos solitários e abandonados, ainda que cercados por muitos. Muitos que estão mais preocupados com suas próprias necessidades; ou em ostentar vitórias, bênçãos espirituais e materiais, suas realizações e conquistas...

Dorothy Sayers disse: “Seja qual for o motivo pelo qual Deus resolveu fazer o homem como ele é, limitado, sofredor e sujeito a tristezas e morte, ele teve a honestidade e a coragem de tornar-se também homem. Seja qual for o seu plano para com a sua criação, ele cumpriu as suas próprias regras e foi justo. Nada exigirá do homem, que não tenha exigido de si mesmo. Ele próprio sofreu toda a gama da experiência humana, desde as irritações triviais da vida em família, desde as restrições constrangedoras do trabalho pesado, desde a falta de dinheiro até os piores horrores da dor e da humilhação, derrota, desespero e morte. Quando ele foi homem, agiu como homem. Ele nasceu na pobreza e morreu na desgraça, e achou que valeu a pena”.

Sentimo-nos órfãos quando nos achamos cercados de pessoas (mesmo entre familiares ou amigos mais chegados) que apenas conseguem entender e dialogar sobre trivialidades, futilidades do dia a dia. Coisas formais, fatos corriqueiros, bisbilhotices da vida alheia, amenidades que não requerem reflexão. Sentimo-nos órfãos quando nos tornamos dependentes daqueles que nos cercam, e, de repente, eles nos faltam, nos abandonam, se vão inexoravelmente. Quando não sabemos o que fazer, o que pensar, quando ficamos a sós. Enfim, sentimo-nos órfãos quando nos tornamos descartáveis, inúteis, sem serventia, como um produto de validade vencida. Principalmente quando reconhecemos nosso valor e potencial e percebemos que ninguém ao nosso redor consegue ver em nós qualquer importância ou valor. Sentimo-nos nulos, insignificantes e indesejáveis; como um cão morto em porta de restaurante. Mas, para os que confiam no Senhor Jesus, e em Sua Palavra santa, há, sim, uma boa notícia, uma nova esperança: “voltarei para vós outros”! Amém.