segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A SUFICIENTE GRAÇA DE DEUS

Recentemente assisti a uma entrevista de uma senhora, cujos filhos (dois) assassinaram um casal de classe média em São Paulo. Ela estava perplexa. Não podia entender como aqueles “meninos” de seu coração, criados com tanto amor e carinho, podiam ter cometido um crime tão bárbaro. Disse ela que ao visitá-los, eles sempre dizem que não entendem e não sabem como fizeram algo tão terrível. Dizem que, na verdade, eles não conseguiam deixar de fazê-lo. Uma força maior os impelia àquela ação macabra. Eles também não conseguem entender suas próprias ações. Essa é a real situação do homem. Não há esperança para o homem sem Deus. Seu estado é de completa desolação.

“O pecado arruinou o universo. Ele destruiu a harmonia entre as criaturas e também entre todas elas e seu Deus. No entanto, por meio do sangue da cruz o pecado, em princípio, foi vencido. A demanda da lei foi cumprida, sua maldição destruída (Rm 3.25; Gl 3.13). Assim também a harmonia foi restaurada. A paz foi estabelecida. Por meio de Cristo e sua cruz o universo é reconduzido ou restaurado ao seu correto relacionamento com Deus no sentido de que, como justa recompensa por sua obediência, Cristo foi exaltado à destra do Pai, e, desta posição de autoridade e poder, governa todo o universo para o bem da igreja e para a glória de Deus...

O estabelecimento da paz entre o coração de Deus o Pai e a alma do pecador é para este último uma volta ao estado de retidão segundo o qual Deus criara o homem originalmente. Pela graça soberana de Deus o pródigo retorna ao lar, em relação ao qual se tornara um estranho. Este é o significado de reconciliação. Pela morte expiatória de Cristo, Deus é reconciliado com o pecador e o pecador com Deus”.[1]

Há pouco tempo conheci um jovem em Camaquã – RS, recém convertido, irmão Valcionir, que muito me impressionou por sua vibração e constante admiração pelo que Deus está fazendo em sua vida. Antes, era uma pessoa rancorosa, depressiva, com cara de poucos amigos. Muitas vezes tentou o suicídio, vivia se arrastando pela vida, de forma confusa, complicada; até que foi alcançado pelo poder de Deus. Então sua vida se transformou de forma extraordinária, a ponto das pessoas se admirarem da transformação de seu semblante e comportamento. Mas, o que mais me chamou a atenção foi o fato de que ele constantemente está se perguntando “como pode ser que eu esteja agindo dessa forma? Eu que era agressivo com as pessoas, agora estou conseguindo ouvi-las. Eu que não gostava de ouvir a Palavra de Deus, agora me encanto e me delicio em ouvir as mensagens bíblicas. Enfim, eu que era tão antipático e ranzinza, agora consigo fazer amizades e ser amado pelas pessoas!”

“De fato,” diz ele, “só pode ser coisa de Deus, cara!” Essa deveria ser uma atitude comum entre os salvos. Ou seja, um constante sentimento de um tipo de espanto e admiração pelo que Deus está fazendo em nós e através de nós. Se não tivermos a devida compreensão de que a graça de Deus está agindo em nós, estaremos tristes, amuados, deprimidos e infelizes; até mesmo duvidando de nossa salvação eterna. E como podemos nos fortalecer? Exercitando-nos. Basta observarmos como trabalham duro todos os grandes atletas para superarem seus próprios índices, ou mesmo para se manterem em forma...

Precisamos nos exercitar na piedade, ou seja, na prática da oração e do estudo bíblico. Em outras palavras, nossa maior ambição não deve ser o desejo de sermos felizes, mas sim o de sermos santos. E é através da oração e da reflexão bíblica que recebemos o sustento, força, vigor e poder do Espírito Santo para vencermos as tentações e os males que nos atingem, a fim de nos santificarmos em Cristo.

Ao destacarmos muitos aspectos visíveis da atuação do poder de Deus em fatos excepcionais, ainda não falamos do mais excepcional, que é a conversão a Cristo; obra efetuada essencialmente pela manifestação do poder de Deus revelado em Cristo Jesus. Aliás, o crer em Cristo é a maior manifestação do poder de Deus na vida de cada um de nós. Como disse M. Lloyd-Jones, comentando Ef 1.19-20:

“O ensino do apóstolo é que o fato de alguém crer no evangelho é um grande milagre que só pode ser explicado adequadamente em termos da transcendente grandeza do poder de Deus; requer a energia da força do poder de Deus levar alguém a crer no evangelho cristão e a aceitar a fé cristã. Cremos em virtude deste tremendo poder” ([2]).

A graça de Deus é suficientemente capaz de nos confortar e nos dar suprimento. Não nos debandemos, desesperados, em busca do socorro espiritual dos pregoeiros de facilidades humanas. Ainda que eles sejam bem intencionados, ainda assim, são desobedientes à orientação da Palavra de Deus. Ouça novamente a voz de Deus: A minha graça te basta! Ele nos basta, ainda que chorando e gemendo. Ele é fiel, a Sua graça nos basta. Aleluia! É claro que isto não nos impede de fazer uso dos recursos médicos e de orarmos: Livra-nos do mal, porque a Tua graça nos basta!


Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com

[1] Hendriksen, William – Comentário do Novo Testamento – Colossenses, P. 106-108 – Casa Editora Presbiteriana, SP
[2] D. M. Llyd-Jones – O Supremo Propósito de Deus, p.389 – PES

domingo, 29 de novembro de 2009

A GRAÇA DA PAZ DE DEUS

PAZ (EIRENE – no grego; SHALON, no hebraico) nunca indica apenas ausência de dificuldades. Significa bem estar total da alma; ainda que em meio às lágrimas, dores e aflições. A paz tem a ver com as relações pessoais; é a integridade do EU interior.

Paz é o sorriso de Deus refletindo na alma do crente. É bonança do coração depois da tempestade do Calvário. É a firme convicção de que Ele, que não poupou nem mesmo seu próprio Filho, antes o entregou por todos nós, certamente também, livremente, nos dará com Ele todas as coisas (Rm 8.32). “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo coração é firme; porque ele confia em ti” (Is 26.3).

Esta paz sobrepuja todo entendimento... Por natureza o homem está tão completamente incapacitado pra compreender esta maravilhosa paz como um cego para apreciar um glorioso pôr-de-sol (1 Co 2.14).

Mesmo o crente jamais poderá entender plenamente a perfeição deste dom cristocêntrico que excede em valor a todos os demais dons que o homem recebe de Deus. Uma das razões por que é ela tão estimada, é que ela guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.

Os filipenses estavam acostumados a ver as sentinelas romanas a montar guarda. Assim também, se bem que num sentido muitíssimo mais profundo, a paz de Deus montará guarda à porta do coração e da mente. Ela impedirá que torturante angústia corroa o coração, que o manancial da vida (Pv 4.23), a fonte do pensamento, da vontade (1 Co 7.37) e do sentimento (Fl 1.7). Impedirá também que a mente seja invadida por pensamentos indignos”.[1]

Paz, foi o que demonstrou estar sentindo Abraão, subindo o Monte Moriá, tendo sobre seus ombros um compromisso terrível, o sacrifício de seu próprio filho. Em nenhum momento ele faz uma oração reclamando ou pedindo a Deus que mudasse a situação. Pelo contrário; sua mente se concentrava não em seu sofrimento, em sua perda pessoal, ou mesmo no sofrimento do filho, mas apenas na possibilidade de adorar a Deus. Como Jó, carregado de chagas, sofrendo afrontas de amigos e da esposa, sentindo a perda dos bens materiais e dos filhos... Ainda assim podia declarar com firmeza: “Pois eu sei que o meu redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida esta minha pele, então fora da minha carne verei a Deus; vê-lo-ei ao meu lado, e os meus olhos o contemplarão, e não mais como adversário” (Jó,19.25-27).

Como escreveu Paulo: “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus... e, por isso estou sofrendo; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2 Co 5.1; 2 Tm 1.12).

Paz foi o que demonstraram os jovens amigos de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Quando ameaçados de serem lançados na fornalha por não adorarem à estátua do rei Nabucodonozor, responderam com prontidão que permaneceriam firmes no Senhor, independente das circunstâncias: “Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste”.[2]

Paz foi a experiência de Paulo desde o início da pregação do evangelho em Filipos. Quando preso num cárcere frio e injustamente, ainda podia sentir-se tranquilo para orar e cantar: “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam” ([3]). Bruce diz: “Paz e alegria são bênçãos gêmeas do evangelho. Nas palavras de um velho pregador escocês, “paz é alegria em repouso; alegria é paz a dançar” ([4]).
Paz, portanto, é viver com o Senhor, ainda que sofrendo perseguições, dores e injustiças. Como o apóstolo Paulo havia sentido no início de seu trabalho em Filipos. Apesar de achar-se preso injustamente não se sentia amargurado e triste. Pelo contrário, regozijava-se no Senhor... Através de suas cartas, apesar de preso, demonstra ter paz em seu coração para estimular os cristãos a continuarem firmes proclamando a sua fé. É essa paz de Deus que ele deseja que seus leitores possam adquirir para que experimentem o privilégio da vida em Cristo Jesus. É dessa paz que precisamos buscar e experimentar. Amém.

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br


[1] Hendriksen, William – Comentário do Novo Testamento – Filipenses, P. 253, 254 – Casa Editora Presbiteriana, SP
[2] Dn 3:16-18
[3] At 16.25
[4] Bruce, F.F. – Romanos Introdução e comentário, p. 98 – Ed. Mundo Cristão

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A GRAÇA DA PAZ COM DEUS

_ “Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam” (Mc 5:18-20).

No texto em apreço podemos verificar como a paz que Deus conferiu àquele homem, após ser restabelecida a paz COM Deus, incomodou, surpreendeu, e até mesmo provocou revolta e confusão. Isto porque a graça de Cristo é surpreendente. O conflito consigo mesmo se evidencia pela sua loucura, o que revela uma personalidade desestruturada, em conflito íntimo. Embora o homem natural se julgue livre e senhor de suas ações, ele é escravo do pecado e de Satanás: “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8:34).

_ “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5:1-2).

Comentando este texto o Dr. Martyn Lloyd Jones diz que: A “Paz com Deus”, resulta da justificação pela fé, nos dois aspectos – para com Deus e para com o homem. A paz envolve, necessariamente, duas pessoas, é uma relação entre duas pessoas; no presente caso é paz entre o homem e Deus. Paulo havia mostrado que da parte de Deus a situação era que a ira de Deus estava sobre nós. Sem a justificação, sem o que foi feito por nós no Senhor Jesus Cristo e por meio dEle, não há paz entre Deus e o homem. Deus em paz conosco, nós em paz com Deus. A comunhão entre Deus e o homem, rompida pelo pecado e pela Queda, foi restabelecida. Você nunca terá paz verdadeira, enquanto sua mente não for satisfeita. Se você tem apenas alguma experiência emocional ou psicológica, isso poderá mantê-lo tranquilo e dar-lhe repouso por algum tempo, porém, mais cedo ou mais tarde perderá a paz. Não haverá paz verdadeira com Deus enquanto a mente não tiver assimilado esta doutrina bendita e dela tiver tomado posse, tranquilizando-se então”.[1]

Paulo não diz que temos adquirido boas maneiras através da educação, boa vontade, boa formação familiar, bons princípios, ou pela religiosidade humana. Mas, “Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. Ele é quem nos proporciona acesso ao trono da graça (Rm 5.2). Foi Jesus quem conduziu o gadareno à paz com Deus. Ele, e somente Ele é quem pode nos reconciliar com Deus. Todos nós andávamos desgarrados (Rm 3:10-18).

Diz-nos o texto que o homem que se dirigiu a Jesus era possesso de demônios, logo, sua vida estava em conflito com Deus. Ele não tinha comunhão com Deus, era dominado inteiramente pelos demônios... Não havia nele qualquer senso de vontade pessoal... Portanto, não lhe restava esperança alguma para achegar-se a Deus. Como, também, não há qualquer esperança humana para aquele que vive separado de Deus, sob a influência das forças do mal, dos encostos (como se diz hoje), para aqueles que estão sofrendo por estarem servindo às forças do mal. Jesus Cristo é o único meio pelo qual podemos nos achegar a Deus. O único que pode libertar e tirar das garras do diabo o pecador desamparado.

Esse homem era um escravo do diabo, como todo aquele que vive sem Deus no mundo. A Bíblia diz que ele era controlado inteiramente pelos demônios: sua mente, vontade, conversação e seu comportamento. Não havia nele qualquer possibilidade de “aceitar”, “buscar” a Jesus. Ele não podia exercer sua própria vontade para procurar a Jesus, não podia exercer o chamado “livre-arbítrio” para receber a Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor. Na verdade, ninguém pode. Não há paz em seu coração.

A Bíblia diz que éramos fracos, pecadores e inimigos de Deus (Rm 5:6-11). O homem por si mesmo não consegue deter seus maus pensamentos, sua inclinação para o mal, sua atitudes hostis contra o próximo, contra si mesmo e contra Deus na pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. É por isso que a Bíblia diz que éramos fracos (v.6), éramos pecadores (v.8), e estávamos em inimizade contra Deus. É Deus quem nos reconcilia com Ele mesmo, por meio de Jesus Cristo. É Deus quem opera em nós tanto o querer como o realizar (Fl 2:12-13).

Ninguém pode ser salvo, senão pela graça de Cristo Jesus. Você não pode, enquanto o Salvador não o alcançar. Mas, se Ele já o alcançou com Sua infinita graça, não perca tempo ouvindo as sugestões demoníacas.

Não fique solitário no deserto da vida! Faça como esse homem que estivera endemoninhado, firme-se cada vez mais com o Senhor Jesus! Podemos verificar sua reconciliação com Deus através de sua atitude desejosa de estar com Jesus e obedecer-Lle em tudo. Depois de seu encontro com Jesus, nós o vemos reconciliado com Deus, pois fora afastada a evidência de seu relacionamento anterior com as forças satânicas, o que causava seu conflito com Deus. Agora ele mesmo clamava a Jesus que o deixasse estar com Ele. Aquele que foi liberto por Cristo sente-se desejoso por estar aos Seus pés, vivendo e aprendendo com o Mestre divino. Aquele que reconhece a importância e a bênção de sua libertação das forças do mal não pode se sentir feliz longe de Jesus.

Não podemos ter dúvida quanto ao fato de que é Deus quem nos procura, antes que nós o procuremos. Quantas pessoas estão vivendo como escravas do diabo, abatidas e revoltadas em meio ao deserto da vida! Deus tem as respostas que precisamos e no Seu próprio tempo Ele nos fará saber o que está fazendo para nós e em nós... Quando, então, resolvemos obedecê-Lo, a recompensa não tarda: a eliminação dos males da alma e a paz se fazem sentir. Um dia, então, experimentaremos o prazer de saber que as barreiras foram superadas, atingimos os limites celestiais. Haveremos de contemplar o sobrenatural, fora dos limites humanos. Então, nunca mais haverá barreiras sociais, isolamento, solidão e tristeza. Nunca mais despedida: "Jamais se diz adeus ali".

Nunca mais fome, lágrimas e morte. Lembremo-nos, ainda, que fomos chamados por Deus para enfrentarmos desafios, vencer, superarmo-nos em nossas próprias limitações. Não podemos nos deixar abater, parar, entregar os pontos nos voltando para trás: "...Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus".[2] Avante, pois, olhando para frente e para o alto, na certeza de que a vitória já nos foi assegurada por Cristo Jesus!

Prezado leitor, Deus pode falar ao seu coração também, caso você esteja vivendo algum conflito semelhante, em seu trabalho, com sua família, ou em qualquer setor de sua vida. Portanto, deixe Deus falar ao seu coração também, enquanto você lê este texto. Ninguém está isento de passar tribulações, decepções e angústia. Não nos afastamos do mundo. Temos um turbilhão de problemas que exercem pressão sobre nós. Entretanto, temos sempre o conforto da Palavra de Deus: "Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou" (Rm 8.37).

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com


[1] Jones, D. M. Lloyd – Romanos – Exposição sobre Capítulo 5 – A certeza da Fé, P.27-44 – Ed. PES
[2] Lc 9.62

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A GRAÇA DE DEUS NOS CONFLITOS HUMANOS

A história humana é composta de conflitos com Deus, com o próximo, com o mundo e conosco mesmos. E todos estes conflitos estão representados no incidente narrado no texto no qual queremos refletir. Portanto, vejamos como a graça de Deus, revelada em Cristo Jesus, se manifestou na vida de um homem desgraçado e infeliz.

_ “Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou, exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem! E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. E rogou-lhe encarecidamente que os não mandasse para fora do país” (Mc 5:6-10).

Os demônios ficaram enfurecidos com a presença de Jesus, com a manifestação do poder da graça de Cristo Jesus. Eles não se surpreenderam no sentido de terem descoberto ali o poder de Deus e as consequências da presença divina, mas foram impactados com a surpreendente graça em seus domínios. Foram despertados para o fato de que seus dias estão contados (Ap 12:10-12). Por isso o diabo trabalha com tanta intensidade, porque sabe que tem pouco tempo.
Esse homem era dominado por forças incontroláveis, humanamente. Não conseguia exercer qualquer tipo de autocontrole ou domínio próprio. Não conseguia deter seus impulsos violentos, agressivos.

Mas quando o Senhor Jesus o alcançou com Sua graça, foi restaurado completamente à sua condição de sanidade mental. Mais que isso, seu estado emocional de paz interior, pessoal, paz com Deus e com a natureza, era tão acima do normal que as pessoas, quando o viram, ficaram apavoradas; temeram mais a sua sanidade do que a loucura anterior: “Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram” ( Mc 5.15).
O mundo se espanta e se escandaliza com a paz do crente. Não pode compreender a sensatez, segurança e autocontrole do salvo. Não entende, e na verdade não pode entender mesmo: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2:14).

Por isto as pessoas ficaram tão atemorizadas e confusas diante de um homem vestido da justiça de Cristo e em paz com Deus, com a natureza e consigo mesmo. Que paz é essa que assombra as pessoas?!

O fato de que ele próprio se feria com as pedras, simboliza, ou representa seu conflito com o mundo ao seu redor, com a natureza de um modo geral. Ainda que se tenha uma vida religiosa equilibrada, sem Cristo não há esperança para o homem. Não há qualquer esperança em outra parte. Seu estado é de completa desolação. A reconciliação com a natureza se verifica pelo fato de que agora ele não mais se fere com as pedras, mas delas se serve para assentar-se serenamente, enquanto conversava com Jesus...

O fato de viver sozinho, abandonado e perseguido pelos seus semelhantes, os quais “muitas vezes o prendiam com grilhões e cadeias", retratava seu conflito com o próximo. Constantemente vemos na mídia homens que são caçados e temidos como verdadeiras feras humanas. Alguns dos quais demonstrando nitidamente a influência satânica pela forma fria, cruel e bárbara como agem com suas vítimas.

Recentemente um leitor escreveu para a Revista Veja: “Não acreditava no diabo, mas, depois do olhar malicioso e frio da foto da capa da edição 1769, não tenho dúvida: é ele!” Referia-se à foto de Fernandinho-Beira-Mar, publicada pela revista. O homem dominado pelo diabo, acaba se parecendo com ele, embora saibamos que ele é um ser espiritual, sem corpo humano definido. Quando alguém se identifica tanto com ele, em suas crueldades, passa a ser o retrato falado do próprio diabo... E, é claro, torna-se uma pessoa abandonada e indesejada por todos, apesar dos seus comparsas e daqueles que procuram-no para levar alguma vantagem de sua amizade...

O homem do texto mencionado por Marcos, foi reconciliado com Deus, com o próximo e consigo mesmo. A reconciliação consigo mesmo ficou evidente quando o viram "assentado, vestido, em perfeito juízo", conversando com Jesus. A reconciliação com o próximo ficou patente no fato de o Mestre enviar-lhe de volta ao convívio de seus familiares e compatriotas. Agora ele estava em condições de viver em família, de valorizar o convívio com seus semelhantes. E, acima de tudo, não seria mais terror e ameaça à segurança das pessoas, agora ele tinha uma experiência da verdadeira vida para contar.

E tudo isto evidencia a reconciliação com Deus. A graça de Cristo proporciona paz. E a paz é fruto do Espírito Santo, ou, fruto da graça operando em nós.
Paulo diz claramente que é através das muitas tribulações que herdaremos o reino de Deus. Diz que o mundo, nós e o Espírito Santo gememos por causa das aflições.[1] Tiago chama de Bem-aventurados os que suportam as aflições.[2]

Pedro, João e Judas também falam sobre o sofrimento dos cristãos de forma até mesmo exaustiva. Cada um de nós também tem recebido algo especial para fazer e viver nesta terra. Cumpre-nos descobrir os propósitos de Deus para a nossa vida, sabendo que a vontade de Deus é sempre “boa, perfeita e agradável”. Precisamos discernir a vontade de Deus em meio aos sofrimentos e conflitos da vida.

_ “Tenho observado que, se seguirmos a Cristo, três coisas nos acontecerão: Primeiro, seremos libertos de todos os temores. Segundo, seremos absurdamente felizes. Terceiro, teremos tribulações... A única maneira de nos libertarmos desses temores é convencer-nos de que se acontecer o pior, poderá ele ser transformado no melhor. Jesus disse aos seus discípulos: ‘Não se turbe o vosso coração,’ não porque seriam protegidos contra todas as tribulações, mas porque ‘creriam em Deus.’ Quando Jesus estava na cruz, arrancaram-lhe tudo – exceto duas palavras: ‘Deus meu’. Ele uniu-se a elas; nada poderia arrebatá-las dos lábios ou do coração. Com elas venceu a morte e com essa única frase, salva das ruínas, construiu um reino eterno”.[3]

Não nos iludamos e nem nos deixemos abater com as acusações satânicas de que Deus não nos ama; ou que não temos fé suficiente para receber a bênção da cura de nossa enfermidade ou a libertação de algum conflito humano. Embora seja certo que a nossa fé precisa ser exercitada e fortalecida, que precisamos desenvolvê-la sempre. Isso não quer dizer que, pelo fato de termos uma fé robusta, não seremos atingidos por enfermidades ou calamidades, acidentes, assaltos ou crimes hediondos. Também não podemos aceitar a acusação do inimigo tentando nos fazer desconfiar do amor de Jesus por nós.

É justamente porque Ele nos ama que somos portadores de Sua glória, instrumentos da operação divina do Seu poder para a salvação e edificação de outras vidas. Antes de saber e querer exigir a libertação dos sofrimentos, precisamos desenvolver a nossa fé, para que, independente do que nos aconteça, o Senhor transforme nossa tristeza, lágrimas e dores, em alegria, conforme Ele nos afirma ([4]). E que, de alguma forma (que agora não conseguimos nem imaginar), o Senhor vai fazer com que tudo isso coopere, ou concorra, para o nosso bem. Ou seja, quando perseveramos em oração, estamos dizendo ao Senhor que cremos em Sua Palavra.

Talvez possamos, de algum modo, contribuir para a edificação e salvação de pessoas queridas, as quais de outra forma não seriam atingidas em sua sensibilidade. Além disso, precisamos saber que o nosso sofrimento está estimulando alguém a orar e a falar sobre o evangelho de Cristo. Além de sermos encorajados “pela provisão do Espírito de Jesus Cristo” ([5]); estamos certos de que “segundo a minha ardente expectativa e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a ousadia, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” ([6]).

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com


[1] Rm 8:22-26
[2] Tg 5:7-11
[3] Jones, Stanley – CRISTO E O SOFRIMENTO HUMANO – Pg.s: 108, 177
[4] Jo 16.20
[5] Fl 1.19
[6] Fl 1.20-21

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A MAIOR VITÓRIA DO MUNDO

Vez por outra, ao sentir-me abatido, entristecido ou angustiado diante das adversidades do dia a dia, sou confortado e encorajado à perseverança na fé através da meditação no texto de 2 Co 12.1-10.

Penso na sublime consolação do Espírito Santo em tempos de crises, decepções e dissabores; quando não recebemos de Deus a resposta que almejamos para a solução de um problema que nos aflige física e emocionalmente. Contudo, acima do que pensamos que seria o melhor para nós nesses momentos conturbados, o Senhor nos concede a superabundante graça. E isto quando aparentemente experimentamos um grande fracasso de nossa oração.

Antes, o apostolo havia experimentado uma fantástica visão do céu na qual Deus lhe permitiu “ouvir palavras inefáveis”. Ou seja, algo tão sublime e majestoso que não podia ser “decodificado”, explicado de forma inteligível ao ser humano. Ele estava “pronto” para proclamar o evangelho vitorioso...

Eu o imagino vibrando, ansioso com a possibilidade de pregar seu próximo sermão compartilhando sua fantástica experiência sobre a visão do céu. Talvez já tivesse em mente um título retumbante e sugestivo para atrair uma grande multidão para ouvi-lo e declará-lo vitorioso, um poderoso homem de Deus! E para surpresa dele mesmo e de quem acompanha o relato bíblico, algo devastador aconteceu para esfriar e esvaziar todo o rompante humano, toda ostentação de superioridade espiritual e toda pompa de uma publicidade sem precedente, um verdadeiro show da fé.

Parece incrível, mas Deus não o deixou fazer aquele marketing evangelístico! Antes de pensar e cogitar sobre a glória e o poder de Deus no céu, Paulo, e todos nós somos desafiados a confiar e experimentar a graça de Deus aqui na terra, em meio às dores e lágrimas, doenças e perseguições, perdas e luto. Tudo por amor a Cristo: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, na perseguições, nas angústias, por amor a Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Co 12.10).

Essa é a fé dos bastidores quando homens e mulheres de Deus saem por esse mundo a fora “andando e chorando”, enquanto semeiam a semente santa do genuíno evangelho de Cristo e o poder que “se aperfeiçoa na fraqueza”.

Esse é o tipo de fé que persevera, a despeito do sofrimento, e não pelo fato de apresentar muitas bênçãos e curas físicas. Sim, esse é o tipo de fé que mantém firme os cristãos pertencentes à igreja perseguida, a qual subsiste, literalmente, no submundo social em muitos países do mundo. Cristãos anônimos e, muitas vezes, agonizantes devido às afrontas, escárnios, zombaria e todo tipo de “espinhos na carne”, por amor a Cristo.

Positivamente, essa fé incomoda a religião de shows, não faz o gosto da maioria, não produz adeptos interesseiros, não agrada aos admiradores dos shows da fé. Essa é a fé autêntica dos bastidores do cristianismo popular. É a fé daqueles que, a despeito da humilhação que o próprio Deus lhes permite suportar, são fortalecidos sobremaneira, a ponto de até mesmo sentirem alegria e contentamento nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições e angústias. Esta é a fé no Autor da fé, o qual nasceu numa estrebaria, completamente distante e alheio aos holofotes e badalações da mídia religiosa; o qual viveu a maior parte de Sua vida em completo anonimato e morreu longe dos aplausos e honrarias populares.

A única vez que foi aclamado pela multidão (Lc 19.28-40), foi motivo de censura e perseguição da parte dos religiosos de Seu tempo. Mas o Senhor não Se intimidou por suas críticas e ameaças, como também não Se deixou envolver com os aplausos populares. Ao contrário, diz a Bíblia que Jesus chorou ao chegar á cidade de Jerusalém e proferiu uma pungente profecia sobre ela (v.41-44).

No deserto, uma das tentações do diabo ao Senhor Jesus foi exatamente sobre a possibilidade de produzir um show especial a fim de divulgar a Sua pessoa e obra: “Se és Filho de Deus, atira-te abaixo” (Mt 4.6). Sem dúvida essa seria uma excelente jogada de marketing, elaborada pelo maior estrategista de shows da fé. Porém, Jesus mostrou que Sua obra e missão era e é de outra categoria: a excelência da glória de Deus. O Seu reino não é deste mundo, a Sua glória é celestial, e não humana. Ele não precisa dar show para atrair pecadores a Si, tampouco deseja o nosso elogio. Ele exige a nossa adoração e o nosso louvor. Para isto foi à cruz, verteu Seu sangue precioso, “o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rm 4.25).

Gosto de pensar sobre isto, principalmente quando oro por aqueles que, a despeito de sua fé e santidade ao Senhor, estão sofrendo algum desses tipos de sofrimentos mencionados pelo apóstolo por esse mundo a fora. Oro por aqueles cristãos sinceros que estão enfermos nos hospitais; por aqueles que estão chorando a perda de seus queridos que se foram. Oro por aquela viúva pobre que, apesar de sua fé em Cristo Jesus, passa privações e humilhações; principalmente quando ouve alguém dizer que basta ter fé e “repreender” o mal para obter fartura e prosperidade, como se ela fosse uma cristã de segunda classe. Oro para que Deus a fortaleça com a força do Seu poder, dando-lhe a convicção de que vale a pena ser fiel ao Senhor na certeza de que a Sua graça é o que lhe basta.

Neste momento, curvo-me em oração de gratidão a Deus pelos exemplos de fé e amor a Jesus deixados ao longo da história cristã por esses homens e mulheres espalhados por toda a parte do Brasil e do mundo, vivendo nos bastidores, anônimos, sem os aplausos e holofotes da mídia popular, porém honrando e glorificando o nome do Senhor, apesar das lagrimas copiosas. “Esta é a vitória que vence o mundo: a vossa fé” (1Jo 5.4). Oro para que a graça de Cristo os alcance de forma abundante a fim de serem consolados. Oro para que o “poder de Deus, que se aperfeiçoa na fraqueza” os alcance, suprindo-lhes cada uma de suas necessidades, em Cristo Jesus, conforme Fl 4.19.

Acima de tudo, esse texto me conforta e me anima a continuar crendo nesse Deus grandioso e poderoso, o Senhor do universo; o qual controla não só os grandes astros e estrelas, mas também as coisas pequenas e insignificantes, as que “não são”, como eu, e tantos outros filhos de Deus por esse mundo a fora. Este Deus que governa e controla todas as coisas, e tudo quanto nos acontece, por isso Ele tem o direito sobre as nossas vidas em todos os sentidos; mesmo que algumas vezes nos decepcione e nos humilhe em nossas pretensões de grandeza e popularidade a fim de nos fazer experimentar algo mais excelente, a Sua maravilhosa graça. Paulo não era um masoquista; quando disse que se alegrava com aquele espinho na carne ele estava refletindo a atitude e visão do próprio Senhor, o qual suportou a cruz tendo em vista a glória que lhe estava proposta (Hb 12.1-3).

Portanto, minha firme esperança é que o Senhor conforte e fortaleça a fé de todos os meus queridos leitores com essas simples palavras. E que todos nós possamos nos manter seguros e firmes na fé em Cristo Jesus, em todas as circunstâncias, até chegarmos junto ao Pai. Então, essa será, sem dúvida alguma, A MAIOR VITÓRIA DO MUNDO, a vitória da fé perseverante.
“Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra” (2Ts 2.17). “Ora, o nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (Fl 4.20).

Pr. Vanderlei Faria
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O MAIOR PRESENTE DO MUNDO

Há mais de dois mil anos nasceu Jesus, na cidade de Belém da Judéia. Em cumprimento das profecias do Antigo Testamento, houve um período de silêncio. Quatrocentos anos sem qualquer revelação especial de Deus. Tempo suficiente para os incrédulos imaginarem que, realmente, Deus era um Ser distante, transcendente apenas.

Por certo, muitos morreram dizendo que a Bíblia não era verdadeira, ou que as profecias caducaram. Como muitos posteriormente, nos tempos do apóstolo Pedro, iriam duvidar e fazer chacota com a segunda vinda de Cristo (2 Pe 3.1-12). Para o ímpio, sempre houve, e sempre haverá motivos suficientes para continuar no pecado. "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça" (2 Pe 3.13).

Na plenitude dos tempos, ou seja, quando o mundo estava devidamente preparado, nas condições adequadas para recebê-Lo, nasceu Jesus. Findou-se o grande silêncio, a longa espera, nasceu o Salvador, o nosso Redentor!

Hoje comemoramos este grande e sublime acontecimento. Mas isso é apenas importante; o essencial mesmo é que Jesus Cristo nasça e habite em cada coração hoje. Deixemos os cuidados temporais, festejos, presentes, comidas e bebidas em segundo plano. Busquemos a Jesus, com humildade e singeleza de coração. Há um silêncio profundo, uma ausência sentida, um tremendo vazio de Deus na alma humana... Uma longa espera. Talvez desejada inconscientemente. Talvez esteja acontecendo algo semelhante em sua vida, amigo leitor. Hoje, porém, pode ser a plenitude do tempo para você, Quando Deus está comunicando-lhe a Sua Palavra.

O Natal nos faz pensar nos vários motivos que Deus nos dá para nos regozijarmos. Você também pode começar hoje mesmo a experimentar viver a alegria de Cristo em seu coração. Para tanto, comece a exercitar-se na prática da vida cristã. É tempo de alegria, tempo de festa...

É Natal, os sinos tocam. As vitrinas reluzentes e a magnífica ornamentação da cidade evidenciam a maior festa da cristandade. Os presentes suntuosos são trocados. Compra-se roupas, sapatos, comidas e bebidas. Tudo de alto luxo, quando há recursos suficientes. Mas o Natal de Jesus, do Jesus humilde e pobre, o qual não teve sequer um lugar para nascer; Natal da mansidão, bondade e paz; a paz que os homens almejam e em nome da qual surgem as guerras e pelejas, a paz real, profunda, paz interior, paz do coração; essa é a dádiva maior de Deus ao mundo, O MAIOR PRESENTE AO MUNDO: JESUS! E foi Ele mesmo quem afirmou: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Jo 14.27).

Quando o Senhor Jesus se dirigia para o Calvário, onde seria consumada a obra redentora do Seu amor por nós, e onde os nossos pecados seriam cancelados para sempre, através do Seu sangue precioso, em meio ao sofrimento físico, mental, moral e espiritual, Jesus cantou com Seus discípulos: "E tendo cantado um hino, saíram para o Monte das Oliveiras" (Mt 26.30). Quando, mais tarde, os Seus discípulos saíram a pregar, procuraram seguir esse costume de Jesus de cantar louvores a Deus, mesmo em circunstâncias tristes, desconfortáveis e humilhantes. Depois de serem presos injustamente, espancados e jogados no cárcere frio e asqueroso, "Pela meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os outros presos os escutavam..." (At 16.25).

Talvez a sua vida também tenha sido dura e você está enfrentando problemas aparentemente insolúveis. Você não encontra apoio das pessoas ao seu redor, nem mesmo da própria família. Seu desespero é esmagador, cruel.

Lembre-se, ALGUÉM se importa com você, o entende, o ama profundamente e pode libertá-lo desse desagradável sentimento de rejeição. Sim, JESUS é o presente de Deus para as nossas vidas. E somente Ele tem as respostas para as inquietações de nossa alma:

_ Para os famintos: "Eu sou o pão da vida" (Jo 6.48).
_ Para os que estão sem vida: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância" (Jo 10.10).

_ Para os abatidos: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas... Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas... As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um" (Jo 10.11, 14, 27-30).

_ Para quem está tenso, preocupado: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim" (Jo 14.1).
_ Para quem tem dúvida quanto à vida além túmulo: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (Jo 14.3).
_ Para quem está sem paz: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (Jo 14.27).
_ Para quem está nervoso, medroso e desanimado: "Tende ânimo; sou eu, não temais..." (Mc 6.50).

_ Para o jovem que não está vencendo a tentação sexual: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar... É porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo” ( 1Co 10:13; 2Pe 2:9).
_ Para quem está sendo perseguido: "Porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (1 Jo 4.4).

_ Para quem chora, desanimado e triste: “Pois com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí... Assim diz o Senhor: reprime a tua vos de choro, e das lágrimas os teus olhos... E há esperança para o teu futuro, diz o Senhor” ( Jr 31.3, 16, 17) .
_ Para quem está caminhando sem Jesus, sem salvação: “Aquele que anda em trevas, e não tem luz, confie no nome do Senhor, e firme sobre o seu Deus” ( Is 49.10 b).

Amigo, hoje mesmo o Senhor Jesus pode entrar em sua casa, em sua vida, e mudar as circunstâncias, mudar seu coração. Receba a luz gloriosa da presença divina em seu coração. E, pela fé, receba o maior presente do mundo: vida eterna, salvação. Se você ainda não o recebeu, clame ao Senhor para que lhe conceda esse sublime e inigualável presente, hoje mesmo! Portanto, confie sua vida nas mãos daquele que tudo pode, como disse o salmista: “Mas eu confio, ó Senhor; e digo: tu és o meu Deus. Os meus dias estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem” (Sl 31.14-15).

Jesus Cristo nasceu, glória a Deus nas maiores alturas, porque nós também podemos dizer: Não importam as circunstâncias, louvaremos ao Senhor, O Maior Presente Do Mundo! Amém.

Pr. Vanderlei Faria
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sábado, 21 de novembro de 2009

O MAIOR MILAGRE DO MUNDO

Og Mandino escreveu um excelente livro com este título, O Maior Milagre do Mundo. De uma maneira cativante e agradável o autor procura estimular as pessoas a reconhecerem seu grande potencial e valor pessoal. E, com isso, valorizar a vida, viver com mais alegria e otimismo. O escritor trabalha o assunto com tanta maestria e elegância que leva o leitor a concluir que, realmente, ele é o maior milagre do mundo.

Não há dúvida de que somos um milagre operado pelas potentes mãos divinas. Somente um Deus Todo Poderoso e soberano poderia criar algo tão complexo e especial como o ser humano. Só os loucos e os pseudocientistas ousam atribuir a criação humana ao acaso. Porém, apesar de sermos um milagre nas mãos de Deus, não somos o maior milagre do mundo, mas sim a graça de Cristo Jesus sendo revelada aos pecadores. Esta é, sem dúvida alguma, O Maior Milagre do Mundo, a manifestação da graça divina no coração humano. Ou seja, Deus revelando-Se e proporcionando ao pecador uma transformação a partir do seu interior.

A Bíblia, especialmente o Novo Testamento, apresenta-nos a história completa desse milagre de Deus, a começar pelo relato de Mateus sobre a genealogia de Jesus; o qual recebeu este título: A genealogia de Jesus Cristo. "Livro de Genealogia", esta era uma frase conhecida entre os judeus, significando o registro da ascendência de um homem. Entre os judeus não era comum aparecer nomes de mulheres em genealogias.

A mulher não exercia direitos legais, era considerada apenas como "coisa", e não como pessoa. Era propriedade de pais e maridos. Para a religião oficial, não havia muita coisa para as mulheres aspirarem, para se envolver, serem úteis. Os rabinos, por exemplo, viviam se questionando quanto à possibilidade das mulheres possuírem alma ou não. Na sociedade judaica era proibido a um homem falar com qualquer mulher em lugares públicos.

Apesar disso, temos a menção de cinco mulheres que, mesmo sem o saberem, foram agraciadas sobremaneira com o Maior Milagre do Mundo. O evangelho de Jesus produz quebras de preconceitos, aproximando pessoas até então separadas pela segregação racial, pelo preconceito social, etc. Mais que isto, Ele mesmo Se identifica conosco: "A saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação".[1]

Antes que o homem aprendesse a reciclar o lixo, Deus proporcionou a reciclagem do homem! Em Cristo não há barreira humana; seja de raça, cultura, ou de sexo. Não há maldição hereditária, encosto, demônio, ou qualquer outra criatura, que possa nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus... Ele, o Santo de Deus, puro e perfeito em Sua essência, fez-se pecado por nós, para fazermos parte da grande família dos remidos do Senhor.

Jesus veio quebrar os tabus e preconceitos, repudiando toda forma de discriminação. Jamais se esquivou dos doentes, das meretrizes, dos pecadores discriminados pela sociedade hipócrita e farisaica. Ao contrário, Ele entrava em suas casas, se achegava até eles, comia com eles. Havia compaixão genuína em seu coração para com os seres humanos, independente de suas posições sociais e religiosas. Havia em Seu coração um propósito maior em tocar-lhes: Ele desejava restaurar-lhes em todos os sentidos, física, mental, moral, emocional e espiritualmente. E o Senhor continua alcançando vidas destroçadas pelo pecado e sobrecarregadas pelas mazelas da vida. Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido. Ele é o único que pode realmente conduzir-nos ao céu. Esse é de fato o grande milagre que todos precisamos, a graça de Deus.

"A graça fala de bênçãos proporcionadas a quem nada merece, aos desqualificados. A graça é magnificada quando compreendemos que o homem não é apenas "sem merecimento", mas "merecedor de castigo". Nosso pecado é de tal maneira grave que, antes da nossa conversão, com justiça somos declarados como objetos da ira de Deus (Jo 3.16; Rm 1.18; Ef 2.3)... A graça aparece em oposição a obras ou méritos (Rm 3.24). A graça nada tem a ver com aquilo que o pecador é capaz de fazer..." ([2])

Graça – Atração, encanto (Lc 4.22), gentileza, boa vontade, graciosidade. Como bem escreveu John F. MacArthur, Jr., a conversão do próprio Mateus aparece entre milagres. Nos capítulos 8 e 9 ele apresenta uma série de milagres de Jesus. São alistados nove milagres que mostram o poder de Jesus sobre as enfermidades (8.1-17), a natureza (8.23-27), os demônios (8.28-34), a morte (9.18-26), a cegueira (9.27-31) e sobre a mudez (9.32-34).

Após a narrativa do milagre da cura de um paralítico e o perdão de seus pecados (9.1-8), o versículo 9 relata-nos o chamado e conversão de Mateus. Um extraordinário milagre da graça divina. "A salvação é uma transformação sobrenatural e divina – nada menos que um milagre ocorre na alma. É verdadeira obra de Deus, tem de operar mudança na vida daquele cujos olhos foram abertos. Tal pessoa verá a Jesus como Ele é – soberano Senhor de todos – e essa revelação, feita a quem antes nem podia ver, irá produzir, inevitavelmente, adoração e um coração desejoso de fazer a vontade de Deus. É obra do Espírito de Deus no coração do salvo" ([3]).

Foi o que aconteceu com John Newton, no séc. XVIII. Criado num lar cristão até os seis anos, quando ficou órfão de pai e mãe. A partir de então, passou a viver com uma família não cristã, onde era muito maltratado... Fugiu para o mar... Tornou-se traficante de escravos... Fugiu outra vez... Então arrumou emprego em um navio, onde tornou-se IMEDIATO. Certa feita roubou todo o estoque de hum, distribuiu com os colegas, e todos entraram na bebedeira. Nessas condições, caiu no mar, de onde foi salvo milagrosamente. Até então, não percebia que era alvo da graça de Deus.

Porém, houve um dia em que Deus manifestou a Sua graça de uma forma absolutamente marcante na vida daquele marinheiro: uma tempestade levou-o a sentir-se completamente dominado pelo medo... No auge de seu desespero, começou a recordar os versículos bíblicos que aprendera na infância, e Deus falou de maneira inconfundível ao seu coração. Mais tarde imortalizou sua experiência escrevendo o hino intitulado “Maravilhosa Graça”[4]:

“Maravilhosa graça!... Graça de Deus sem par! Como poder contá-la? Como hei de começar?... Graça! Que maravilhosa graça! É imensurável e sem fim. É maravilhosa, é tão grandiosa, é suficiente a mim. É maior que a minha iniquidade, é revelação do amor do Pai...”[5]

É suficiente a mim e a ti também! Graça, portanto, é a suficiência do amor de Deus revelado em Cristo Jesus nosso Senhor para conosco; é a maior demonstração de bondade e amor da parte de Deus ao pecador. O homem não tinha qualquer possibilidade de exercer sua própria vontade e procurar a salvação em Jesus Cristo. Ele era um escravo de Satanás. Ele não podia ser atingido pelo apelo dos homens à sua vontade. Ele não tinha qualquer domínio sobre si mesmo. Estava morto em seus delitos e pecados. Ele não podia buscar a salvação, como a Bíblia mesmo diz que por nós mesmos não há qualquer esperança de salvação. Só a graça de Cristo pode nos alcançar em nosso triste estado de pecado.

Ainda que nem sempre entendamos a maneira de Deus agir, foi esse incrível e obstinado amor de Deus que permitiu ao Senhor Jesus nascer numa manjedoura, tendo sua origem humana de uma linhagem humilde, e até problemática. Deixando claro para cada um de nós, os que O recebemos como nosso único e suficiente Salvador e Senhor, que Ele cuida de nós e nos tem em Suas potentes mãos.[6]
Esta surpreendente graça de Deu
s, revelada em Cristo Jesus, é o maior milagre jamais conhecido do mundo e ao mundo. Todos os demais milagres são decorrência deste. Que Deus, portanto, nos capacite a conhecer e experimentar um pouco mais desta infinita graça, O Maior Milagre do Mundo. Amém.


Pr. Vanderlei Faria
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[1] 2Co 5.19
[2] Selph, Robert B. – Os Batistas e a Doutrina da Eleição – p.86. Ed. Fiel
[3] J. MacArthur Jr. – O Evangelho Segundo Jesus, p. 87
[4] R. Shedd
[5] Hino Nº 193 – HCC
[6] Ml 3.16-18; Rm 5.1

ELE PAGOU A PENA

"Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um sedesviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele ainiq&utrema;idade de todos nós" (Isaías 53:6).

Conta-se a história de um homem que foi levado a umtribunal, para ser julgado, sendo considerado culpado. Ojuiz, por coincidência, era um amigo dos tempos de juventudedo acusado, embora não tivessem se encontrado por muitosanos. Mantendo-se imparcial o juiz condenou o homem edeterminou que pagasse a pena apropriada para seu caso. OValor era tão grande que o homem não podia pagar.

A única alternativa era a prisão. O juiz, então, fez algo muitoincomum. Deixando a sua cadeira, aproximou-se do condenado,apertou-lhe a mão e anunciou: "Eu estou pagando a pena porvocê."Esta história nos lembra do amor de Deus e de como Ele pagoua pena dos nossos pecados.

Éramos culpados, merecíamos acondenação, e a sentença deveria ser viver longe do nossoSenhor. Mas Cristo pagou o preço, morreu em uma cruz,derramou Seu sangue puro para que pudéssemos ser livres dacondenação e ter direito à vida abundante e eterna.Aqueles que abrem o coração para o Salvador não precisamviver em uma prisão espiritual. As grades da aflição, dodesespero, da solidão e da depressão foram abertas. Estão livres!

Livres para cantar, para sorrir, para amar, par ater esperanças, para sonhar, para ultrapassar obstáculos,para ter coragem de lutar e vencer, para viver a felicidadepara sempre.E o que tivemos de pagar para isso? Nada! Apenas aceitamos opagamento feito pelo Senhor. Apenas desfrutamos de Seu amor.Apenas deixamos Sua luz brilhar em nós. Apenas dizemos:"Eis-me aqui".

Como é bom saber que estamos livres, que fomos perdoados,que temos um Senhor de braços abertos para nos receber enunca mais permitir a nossa condenação.

Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O BOM TEMPO

O BOM TEMPO

Em um de seus livros,[1] Carlos Drumond de Andrade conta uma historiazinha muito sugestiva:

_ "Não chovia, meses a fio, ou chovia demais. As plantas secavam, os animais morriam, os moradores emigravam. As plantas submergiam, os animais morriam, as pessoas não tinham tempo de emigrar. Assim era a vida naquele lugar privilegiado, onde medrava tudo para todos, havendo bom tempo. Mas não havia bom tempo. Havia o exagero dos elementos.
O mágico chegou para reorganizar a vida, e mandou que as chuvas cessassem. Cessaram. Ordenou que a seca findasse. Findou. Sobreveio um tempo temperado, ameno, bom para tudo, e os moradores estranharam. Assim também não é possível, diziam. Podemos fazer tantas coisas boas ao mesmo tempo que não há tempo para fazê-las. Antes, quando estiava ou chovia um pouco – isto é, no intervalo das grandes enchentes ou das grandes secas – a gente aproveitava para fazer alguma coisa. Se o Sol abrasava, podíamos fugir. Se a água vinha em catadupa, os que escapavam tinham o que contar. Quem voltasse do êxodo vinha de alma nova. Quem sobrevivesse à enchente era proclamado herói. Mas agora, tudo normal, como aproveitar tantas condições estupendas, se não temos capacidade para isto? Queriam linchar o mágico, mas ele fugiu à toda."

Lucas cita o caso em que alguém procurou a Jesus para tirar-lhes uma importante dúvida: “E alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos?” (Lc 13.23). Ao que Jesus respondeu-lhes (não só para quem perguntou, pás todos que ouviram e para quantos hão de ouvi-Lo): “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lc 13.24). Desta forma Jesus mostrou-lhes que este não é um assunto para uma simples e leviana especulação intelectual. É algo para nos apegarmos com determinação e seriedade, como nos diz o autor de Hebreus (Hb 2.1-3).

Este assunto é algo para o qual precisamos dedicar a nossa mais profunda e sincera atenção e consideração. Não deveríamos dormir sossegados enquanto não nos apropriássemos da paz e da segurança da obtenção de nossa salvação em Cristo Jesus. Afinal, esta é uma questão primordial porque diz respeito ao destino eterno de cada um de nós. E não podemos deixar esta questão para depois da morte, para que outros intercedam por nós. Nosso tempo é hoje.

A Bíblia apresenta apenas duas classes de pessoas, apenas dois caminhos: salvação ou perdição eterna. Não há meio termo diante de Deus; não há, segundo as Escrituras, qualquer possibilidade de alguém mudar seu destino eterno depois da morte: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem um só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9.27).

Portanto, a questão mais crucial para a qual precisamos atentar é esta: Estamos salvos ou perdidos? A conversão a Cristo para a salvação é a grande e mais urgente mudança de que precisamos. Não uma simples mudança de hábitos e costumes. Não uma mera filiação a uma igreja ou religião. Não significa ajustar a nossa vida aos nossos desejos e alvos de retidão e amadurecimento. Mas é preciso ajustar a nossa vida a Deus e aos Seus propósitos a fim de obtermos a segurança da vida eterna, ou a certeza da salvação.

Se você ainda não tem segurança de sua salvação eterna em Cristo Jesus, não descanse no fato de estar perto do reino; por ser membro de igreja ou de uma família de pessoas que se acham salvas. Corra agora mesmo para os braços de Cristo Jesus. Jesus disse: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.37-38).

Todos que O buscarem de todo o coração com o propósito de serem salvos, todos serão acolhidos amorosamente por Ele; não importa a sua origem. Se Jesus diz que recebe a todos quantos O buscam é porque Ele assim o faz. Não questione sobre a eleição da graça enquanto você ainda está sem Cristo e sem salvação. Deixe esta questão com Ele. Faça apenas o que Ele ordena, se achegue confiantemente ao Salvador. Clame a Ele como fez o cego Bartimeu (Mc 10.46.48). Ele não se intimidou, nem se envergonhou com as críticas da multidão. Ele clamou ao Senhor, e foi ouvido e curado pelo Senhor.

Você tem certeza de que vai para o céu quando morrer? Se tem, então você é desafiado a continuar firme em na fé. Mas, se você ainda está vivendo fora do reino de Deus, sem segurança de sua salvação eterna, então é tempo de buscar a Deus, através de Jesus Cristo, com toda intensidade de sua alma. Agora mesmo, sem mais demora. Porque esse é o principal problema do ser humano, acertar sua vida com Deus. Veja que o autor de Hebreus, instruído e inspirado pelo Espírito Santo, repete várias vezes a exortação divina a esse respeito: Hb 3.7-8, 13-15; 4.7.

Se alguém lhe sussurra aos ouvidos para protelar essa situação, saiba que não é o Espírito de Deus, mas sim o espírito do diabo. Porque o Espírito Santo nos exorta a buscarmos a salvação no tempo que se chama hoje, agora, no tempo oportuno.

Quando o Espírito Santo nos manda recorrermos a Deus para sermos salvos? Hoje, agora, urgentemente, sem qualquer delonga. Portanto, atente mais uma vez para a Palavra de Deus: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.... Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (At 3.19; 17.30). Portanto, “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram” (Hb 2.3).

Eis o convite do divino Mestre: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei...“ (Mt 11.28). E para todos quantos o receberem há uma promessa infalível: “Então dirá o rei aos que estiverem à direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo“ (Mt 25.34). Amém.

Pr. Vanderlei Faria
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[1] Andrade, Carlos Drumond – CONTOS PLAUSÍVEIS, p. 56 Ed. José Olympio, RJ

QUAL LADO ESCOLHEMOS?

"Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado,mas vivos para Deus, em Cristo Jesus" (Romanos 6:11).

Quando uma pessoa viaja, nos Estados Unidos, pela estradaInterestadual 77, através de West Virginia, Virginia e Carolina do Norte, não pode evitar de ver a mensagem dastrês cruzes silenciosas.

Aquelas cruzes nos fazem lembrar dealgo que aconteceu no Monte Calvário. Lá estavam, também,três cruzes. Em uma havia um ladrão morrendo em pecado e emoutra um ladrão morrendo para o pecado. A cruz do centrofala do Redentor que morre pelo pecado. A cruz centraldivide toda a humanidade em duas categorias -- aqueles querejeitam Cristo e morre em pecado e aqueles que recebemCristo e podem morrer para o pecado.

De que lado da cruz central nos encontramos? Qual tem sido anossa opção em relação ao pecado e o que temos feito após anossa decisão? Se decidimos continuar em nossa vida depecados, longe do Senhor, já nos arrependemos e buscamos ocaminho que nos leve para o outro lado? Se decidimos ficarjunto do Senhor, abandonando os enganos do mundo, temos nosesforçado em buscar mais e mais a Sua presença e ser umabênção em suas mãos?

Quando escolhemos permanecer do lado da cruz que nos conduzà morte em pecado, deixamos de gozar da alegria da salvação,do amor incomparável de nosso Deus, do regozijo que têmaqueles que caminham nos átrios do Senhor, da bênção de tero nome escrito no Livro da Vida.Quando escolhemos ficar junto à cruz que nos permite morrerpara o pecado, passamos a viver uma vida mais abundante, aexperimentar o calor espiritual do Sol da Justiça, a ter fée esperança na realização de cada um de nossos sonhos, a nãotemer a morte, pela certeza de que estaremos eternamente aolado de nosso amado Deus.Qual lado você escolheu?

Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!
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PALAVRA DO SENHOR

1. Leia o Salmo 1.1-2 e 19:7-11
2. George Muller disse certa vez acerca da Bíblia, a Palavra de Deus:

"O vigor de nossa vida espiritual está na proporção exata do lugar que a Bíblia ocupa em nossas vidas e em nossos pensamentos. Faço esta declaração solenemente, baseado na experiência de cinqüenta e quatro anos. Nos primeiros três anos após minha conversão, negligenciei a Palavra de Deus. Mas desde comecei a pesquisá-la diligentemente tenho sido maravilhosamente abençoado. Já li a Bíblia todas cem vezes, e sempre com maior deleite. Cada vez se me apresenta um livro novo. Grande tem sido a bênção recebida do seu estudo seguido, diligente e cotidiano. Considero perdido o dia em que não me detive a meditá-la".

3. Também Moody disse:

"Orei pedindo fé, e pensei que algum dia ela cairia e me atingiria como um raio. Mas parecia que a fé não vinha. Um dia li, no capítulo 10 de Romanos que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus. Tinha fechado a minha Bíblia e orara pedindo fé. Mas então abri a minha Bíblia e comecei a estudá-la. Desde então a minha fé vem sempre aumentando".

4. Estes dois homens, dentre muitos outros são grandes exemplos de quão verdadeiramente felizes são os que meditam na Palavra de Deus, os que nela têm prazer.
5. Davi, no Salmo 19, descreve a Palavra de Deus de seis formas:
a. LEI – Isto é, a vontade de Deus revelada. Esta é perfeita e tem o poder de restaurar a alma.
b. TESTEMUNHO – O mesmo que verdade. Este é fiel e traz sabedoria.
c. PRECEITOS – Isto é, ordens específicas. Estes são retos e não trazem tristeza, antes, alegram o coração.
d. MANDAMENTO – Instruções imbuídas de autoridade. São instruções puras e que iluminam os nossos olhos, ou abrem as nossas menmtes para o que é bom.
e. TEMOR – Isto é, confiança reverente que a Palavra de Deus produz no seu povo. É um temor límpido, ou seja, puro, nítido, transparente.
f. JUÏZOS – Decisões relacionadas a situações específicas da vida humana. Estes são verdadeiros e justos.
6. Estas coisas, para o salmista eram mais desejáveis do que o mais puro ouro; mais doces que o puro mel; e é por elas que ele era admoestado, e se considerava recompensado quando os guardava.
7. Precisamos estudar a Bíblia. Ela é magnífica! Afinal, ela é a Palavra de Deus!
8. Conta-se que certa vez, em Londres, houve um encontro de grandes psicólogos, e um dos palestrantes disse sobre a Bíblia: "Se a nossa clientela vivesse os princípios normativos e formadores da Bíblia, nós, psicólogos, poderíamos ir pescar".
9. Infelizmente, mesmo entre nós cristãos, não são todos os que estudam e fazem o que está na Bíblia.
10. Conclamo aos irmãos a que sejamos diligentes no estudo da Palavra do Senhor; e não apenas diligentes no estudo, mas também diligentes em cumprir o que ela nos diz.

Pr. Walmir Vigo Gonçalves
Porto Meira – Novembro

terça-feira, 17 de novembro de 2009

ARREDA, SATANÁS!

Mt 16.21-28 nos apresenta uma situação em que o Senhor Jesus expulsa o espírito da Teologia da Prosperidade, ou hedonismo cristão. O Senhor acabara de compartilhar com Seus discípulos o que o Pai havia determinado para se cumprir em Sua vida. Tudo estava predestinado de acordo com a soberana vontade de Deus. E ninguém poderia alterar os fatos previamente conhecidos do Pai. Diante do Filho de Deus restava apenas a condição de obedecer e confiar na provisão do Pai ou rebelar-Se egoisticamente. Ele entregou-Se à morte de cruz, submetendo-Se à condição de condenado e transgressor, para nos resgatar da escravidão do pecado e para a glória do Pai. Para o mundo, para a filosofia hedonista materialista (que busca acima de tudo o prazer), e para todos os adeptos da teologia da prosperidade, era uma atitude completamente absurda e fora de propósito.

Pedro, inspirado por Satanás, como o próprio Senhor deixou claro, apelou para o sentimentalismo, autoestima, orgulho humano e autocomiseração: “Tem compaixão de ti, Senhor!” Se o Senhor Se compadecesse de Si mesmo a ponto de negar-Se a cumprir a vontade do Pai, estaria deixando de compadecer-Se de toda a humanidade caída no pecado para livrar a Sua própria pele. Seria a vitória da prosperidade pessoal em detrimento da misericórdia e do amor para com a raça humana perdida e condenada eternamente. E todos nós estaríamos definitivamente condenados à morte eterna no inferno. E a nossa derrota eterna seria consumada na vida de Jesus. Mas, “Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57). “...o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rm 4.25).

Glória a Deus porque nosso Senhor submeteu-Se ao que Lhe estava predestinado. Ele não permitiu que Satanás O dissuadisse de Sua missão redentora! E quanto a nós? Qual tem sido nossa atitude diante do sofrimento e das sombras da morte? Sentimo-nos apavorados e com autocompaixão? Buscamos a Deus para nos livrar do sofrimento e da morte, sem considerarmos a possibilidade de que a vontade determinada e predestinada para cada um de nós por Deus possa ser passar por tais aflições a fim de que o Senhor seja glorificado em nós e através de nossas vidas?! Como o próprio Pedro haveria de glorificar a Deus em sua morte: “Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus” (Jo 21.19).

Ora, se o tipo de morte que Pedro haveria de glorificar a Deus estava determinada por Deus, por que a nossa morte, com os sofrimentos inerentes a ela, não estaria predeterminada também? Por ventura, podemos fugir da soberania de Deus? Qual é a nossa reação diante do sofrimento? Queremos que o Senhor seja glorificado em tudo que nos aconteça ou preferimos seguir os conselhos da chamada teologia da prosperidade, ou da comodidade?

É claro que isto não significa que vamos agir como masoquistas, buscando o sofrimento. Nem que devamos recusar o socorro, ajuda e orientação médica no sentido de viabilizar uma cura. E muito menos que devamos desprezar e negligenciar a oração da fé em favor de nossa cura ou da cura de algum dos nossos entes queridos. Porém, não podemos nos esquecer de que acima de tudo está a vontade soberana de Deus. Como o Senhor Jesus deu o exemplo: “Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade” (Mt 26.42b).

Esta também precisa ser a atitude daquele que se diz discípulo e seguidor do divino Mestre. O que passa disso tem que ser expulso em nome de Jesus: “Arreda, Satanás!”

Pr. Vanderlei Faria
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MEU PAI É O. K.

"Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação"(Salmos 89:26).

"Eu gostaria que você conhecesse meu pai. Ele é um sujeito espetacular! Eu não o trocaria por nada neste mundo, e vou lhe dizer a razão: sempre que eu tenho problemas, dúvidas e questões em geral, nós conversamos sobre tudo, papai e eu, e resolvemos o que de melhor podemos fazer sobre cada coisa.Ele me ajuda nos treinos do futebol, me dá coisas úteis eaté me deixa ir com ele quando vai pescar! Meu pai também é um cristão. Nós frequentemente nos ajoelhamos para orar. Ele me incentiva e me ajuda a viver como Jesus ensinou. Sim, senhor, meu pai é o. k."

Muito mais felizes do que aquele menino, somos, quando mantemos um íntimo relacionamento com o Pai celestial. Caminhar junto a Ele, ouvir Seus conselhos, sentir o toque de Sua mão nos guiando por caminhos de bênçãos, tudo nosleva a uma vida de regozijo e satisfação.Com Ele podemos sair para pescar, jogar futebol, ir à praia,sair com os amigos, namorar, passear com a esposa e filhos.

Sim, saímos com Ele e Ele sai conosco. Não fazemos nada enem vamos a parte alguma sem que esteja ao nosso lado.Se estamos gozando de perfeita saúde, cantamos de alegria eEle canta conosco. Se estamos enfermos e necessitamos decuidados, Ele está ao lado de nossa cama, velando pelo nossobem-estar.

Se estamos preocupados com o problema de algumapessoa da família ou de um amigo, falamos com Ele e sabemosque fará o melhor naquela situação. Se enfrentamos umproblema pessoal, quer seja material ou espiritual, sabemosque podemos contar com Sua intervenção.Ele nos ensina a amar, a dizer a verdade, a viverhonestamente, a ser uma bênção em nossa casa e fora dela.Ele é o nosso companheiro em todas as situações. Nós Oamamos, O adoramos, não sabemos viver sem Ele.

Meu Pai é O. K. Não O trocaria por nada neste mundo. E você?

Paulo Roberto Barbosa.
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Escuro Iluminado

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

UMA TÃO GRANDE SALVAÇÃO

A conversão a Cristo para a salvação é a grande e mais urgente mudança de que precisamos. Não uma simples mudança de hábitos e costumes. Não uma mera filiação a uma igreja ou religião. Não significa ajustar a nossa vida aos nossos desejos e alvos de retidão e amadurecimento. Mas é preciso ajustar a nossa vida a Deus e aos Seus propósitos a fim de obtermos a segurança da vida eterna, ou a certeza da salvação.

Se você ainda não tem segurança de sua salvação eterna em Cristo Jesus, não descanse no fato de estar perto do reino; por ser membro de igreja ou de uma família de pessoas que se acham salvas. Corra agora mesmo para os braços de Cristo Jesus.

Jesus disse: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.37-38).

Todos que O buscarem de todo o coração com o propósito de serem salvos, todos serão acolhidos amorosamente por Ele; não importa a sua origem. Se Jesus diz que recebe a todos quantos O buscam é porque Ele assim o faz.

Não questione sobre a eleição da graça enquanto você ainda está sem Cristo e sem salvação. Deixe esta questão com Ele. Faça apenas o que Ele ordena, se achegue confiantemente ao Salvador. Clame a Ele como fez o cego Bartimeu (Mc 10.46.48). Ele não se intimidou, nem se envergonhou com as críticas da multidão. Ele clamou ao Senhor, e foi ouvido e curado pelo Senhor.

Você tem certeza de que vai para o céu quando morrer? Se tem, então você é desafiado a continuar firme em na fé. Mas, se ainda não tem segurança de sua salvação eterna, então é tempo de buscar a Deus, através de Jesus Cristo, com toda intensidade de sua alma. Agora mesmo, sem mais demora. Porque esse é o principal problema do ser humano, acertar sua vida com Deus. Veja que o autor de Hebreus, instruído pelo Espírito Santo, repete várias vezes a exortação divina a esse respeito: Hb 3.7-8, 13-15; 4.7.

O Espírito Santo nos exorta a buscarmos a salvação no tempo que se chama hoje, agora, no tempo oportuno, como Ele nos fala através de Paulo: “Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” (2Co 6.2).

Quando o Espírito Santo nos manda recorrermos a Deus para sermos salvos? Hoje, agora, urgentemente, sem qualquer delonga. Portanto, atente mais uma vez para a Palavra de Deus: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.... Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (At 3.19; 17.30).

Portanto, “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram” (Hb 2.3). Eis o convite do divino Mestre: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei...“ (Mt 11.28).

E para todos quantos o receberem há uma promessa infalível: “Então dirá o rei aos que estiverem à direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo“ (Mt 25.34). Amém.

Ps.: Se você desejar receber esta mensagem completa, queira, por favor, responder o mais breve possível.
Um grande abraço.

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

OLHAI PARA MIM

Esta é a ordem de Deus para todos os que crêem na suficiência dEle (Is 45.22).

Foi ouvindo este verso numa noite fria de Londres que Charles Haddon Spurgeon, considerado o príncipe dos pregadores, se converteu. Creio que todos nós tivemos uma forte experiência com a suficiente Palavra de Deus. Ela é alimento, direção e segurança. Jesus determinou que a examinássemos (João 5.39).

A Palavra de Deus tem poder para confrontar o pecador com a justiça e o juízo de Deus em Cristo Jesus. O eunuco, administrador da rainha de Candace, na Etiópia, estava lendo Isaias 53 quando Deus ordenou a Filipe, o evangelista, que se aproximasse dele e expusesse o texto (At 8.26-40).

Aquele homem se converteu e foi batizado, voltando jubiloso para a sua terra. O Senhor ordena ‘olhai para mim’ – para o meu amor, minha graça, meu perdão, minha justiça, minha misericórdia e minha santidade. A promessa é “sereis salvos”. A Sua promessa sempre se cumpre de forma plena, absoluta.

A salvação está no amor do Pai por meio do Filho na operação do Espírito Santo. Ela opera no coração enganoso e perverso (Jr 17.9,10).
Pedro e João ordenaram ao paralitico, que diariamente pedia esmolas na porta do templo chamada formosa, que olhasse para eles (At 3.4). Mais adiante eles disseram: “Nós não temos prata e nem ouro, mas o que temos nós te damos, em nome de Jesus, o Nazareno, levanta e anda.

Aquele homem se levantou e andou. Eles invocaram o poder do Salvador Jesus. O paralitico creu na Pessoa e na Obra de Cristo, o Senhor. O homem só pode ser salvo quando olha para o Senhor pela fé. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). O justo – aquele que é perdoado pela obra de Cristo na cruz – viverá pela fé (Rm 1.17).

Você quer ser salvo? Então, olhe para o Senhor. Antes de você olhar para Ele pode ter a certeza de que Ele já olhou para você. Antes de Natanael ser chamado por Filipe para ver a Cristo, este já o havia visto. “Vendo Natanael aproximar-se, Jesus referiu-se a ele, dizendo: Este é um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento! E Natanael perguntou-lhe: De onde me conheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes que Filipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira. Natanael respondeu: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel” (João 1.47-49).

O olhar dEle é profundo, sondador, confrontador, libertador e vocacional. Quando Pedro negou o Senhor Jesus, este fixou os olhos nele e houve um copioso choro daquele que disse que não o negaria. O olhar de Jesus foi fundamental na vida de Pedro. Nunca mais ele foi o mesmo. Foi um olhar essencial. Um olhar para a mudança.

Para uma transformação radical. Basta olhar para o Senhor. Basta confiar nEle. Ele diz com amor: “Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, não há outro” (Is 45.22). Este é o recado curto, objetivo para o seu coração.

Oswaldo Luiz Gomes Jacob, pastor
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EXULTANDO DE ALEGRIA

"Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e omeu espírito exulta em Deus meu Salvador" (Lucas 1:46, 47).


O Exército da Salvação promoveu vários encontros emBirmningham, Inglaterra. Em uma dessas reuniões, um dos piores homens do lugar abriu o coração para Jesus, mostrandologo os frutos de uma vida transformada. Não demorou muito eseus velhos amigos, companheiros do mal, começaram aescarnecer dele.

Um dia, o homem foi cercado pelos amigos ehouve a seguinte conversa: "Você diz que agora é um cristão,certo? Então nos diga quem era o pai de Jesus Cristo?" "Eunão sei". "Quem era Sua mãe?" "Eu não sei". "Quando Eleviveu?" "Eu não sei". "Quantos anos Ele tinha quandomorreu?" "Eu não sei". "Como Ele morreu ?" "eu não sei"."Bem, você é um belo cristão; você não sabe quem era o paide Jesus, ou quem era sua mãe, ou quando Ele viveu, ouquando Ele morreu, ou como Ele morreu. O que você sabe?"

Então, o inculto mas, genuíno homem cristão, ergueu suacabeça e, olhando no rosto daqueles que o insultavam,respondeu: "eu sei que Ele me salvou."Como é maravilhoso podermos dizer: "Ele me salvou". O nossoamado Senhor dos senhores, Rei dos reis, Leão da tribo de Judá, Príncipe da paz, Deus Todo Poderoso... Ele nos amou epagou o preço de nosso pecado. Ele nos deu nova vida, nosdeu perdão, nos deu uma nova razão de viver. Seu amor excedetodo entendimento, Suas misericórdias duram para sempre, Suafidelidade jamais deixará de existir.Sabemos que Ele tirou o ódio de nossos corações e colocouali a plenitude de Seu amor.

Sabemos que Ele tirou toda aangústia e aflição de nossas almas e colocou no lugar aesperança que jamais será abalada. Sabemos que Ele tirou o"eu não posso" e colocou o "Tudo é possível ao que crê".Aquele homem, na Inglaterra, sabia o que era mais importantepara sua vida naquele momento. Maria, a mãe do Senhor,também sabia. Nós, que hoje abrimos o coração para o Senhor,também sabemos -- Jesus Cristo é o nosso Salvador. Glóriassejam dadas ao Seu nome.

Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

APAGÃO É A TREVA!

No atual governo Lula, já tivemos três tipos de apagões e estamos diante de um terceiro. O primeiro foi o apagão da energia elétrica. No início do seu primeiro mandato houve uma intensa campanha no sentido de se economizar ao máximo no consumo energia. Todos nós, de um modo geral, nos empenhamos para atender à solicitação governamental, principalmente pelos incentivos que foram oferecidos para quem fizesse algum tipo de economia. Assim nos engajamos num autentico mutirão nacional para economizar energia elétrica, possibilitando, assim, a continuidade do fornecimento de energia e impedindo que houvesse o tão temido apagão elétrico.

Em segundo lugar, houve o apagão aéreo. Este começou com a queda do avião da Gol, no ano de 2006, e continuou até o final do ano seguinte. Tendo se acentuado mais ainda com o acidente ocorrido em julho/07, com o Aerbus da Tam, em Cumbica, SP. Houve um período prolongado de caos aéreo desde então. As pessoas tinham que dormir no chão dos aeroportos. Não havia informações precisas sobre horários e cancelamentos de vôos. Foi terrível!

O governo teve que se mexer, que se mobilizar no sentido de minimizar os problemas. Enfim, houve uma concentração de esforços para acalmar as pessoas. E gradativamente as coisas foram se ajustando. Mas não sem muito sofrimento de pessoas anônimas, e muitas perdas irreparáveis de vidas humanas. Somente no início de 2008 conseguimos superar também a esse apagão; isto porque “somos brasileiros e não desistimos nunca!”

Em terceiro lugar, houve e continuamos em pleno apagão moral e espiritual.
Desde o meado do primeiro mandato de Lula até sempre, estamos, a cada dia, sendo surpreendidos pelos escândalos proporcionados pelos políticos, especialmente daqueles que compõem a bancada governista. Esse foi o apagão moral; e, ao que tudo indica, é permanente, histórico.

Na verdade, já não nos surpreendemos mais, apenas somos diariamente informados de novas falcatruas e desvios de verbas públicas da parte de gente que foi eleita justamente para cuidar e zelar pelo bem público. Uma verdadeira vergonha nacional. Enquanto centenas e milhares de brasileiros morrem nas filas e nas enfermarias hospitalares devido ao descaso, ao desmando e à corrupção do dinheiro público; enquanto alguns se locupletam de forma vergonhosa e descarada na opulência e esbanjamento.

Esse apagão moral é, como eles mesmos dizem, endêmico, histórico; faz parte de nossa cultura, desde o Brasil Império. Na verdade, a raiz desse apagão é bem mais antiga, está no Éden, desde Adão. Está no coração humano não regenerado, como escreveu Jeremias:
_ “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações” (Jr 17. 9-10).

Agora (10/11/09), tivemos mais um apagão de energia elétrica, o qual causou grandes transtornos e um prejuízo incalculável em várias cidades de nosso país. Contudo, a Bíblia nos fala de um apagão mais trágico para o ser humano: O apagão espiritual, a treva eterna:
_ “Dai glória ao SENHOR, vosso Deus, antes que ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão” (Jr 13.16).

Este apagão é o que poderíamos dizer como aquela personagem da novela: É A TREVA!
Esse apagão só tem fim na vida humana pela graça de Cristo. Não há esperança na troca de governo, na reforma política, nem nas reformas das instituições, com propagandas bem elaboradas, nem com a educação, etc. Não há como mudar essa situação através dos esforços humanos: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr 13.23).

Só através do poder do Espírito Santo, regenerando e transformando vidas, a começar dos pastores, lideres e demais membros de igrejas, poderemos nos livrar desse maldito apagão moral brasileiro. Esse apagão só será erradicado de forma acentuada e eficaz com um avivamento espiritual de norte a sul de nossa pátria. E isso precisa começar conosco, o povo de Deus, os cristãos verdadeiros.

Precisamos começar nos lembrando do desafio que Jesus nos confiou: “Vós sois a luz do mundo” ([1]). Que tremenda responsabilidade, considerando-se que estas palavras refletem outra afirmativa de Jesus: “Eu sou a luz do mundo; quem, me segue, de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida” ([2])!

Quando Jesus diz que somos a luz do mundo, compara-nos a verdadeiros espelhos luminosos, refletindo a Sua própria imagem. E a transparência deve ser tão perfeita que os mensageiros sejam identificados perfeitamente com a Fonte da verdadeira Luz, o Senhor Jesus Cristo. Somos, assim, luz que resplandece a Luz.

Se não houver a manifestação da luz através de nós, os luzeiros, o mundo torna-se tenebroso. Você já imaginou o que seria deste mundo sem a presença e atuação do evangelho de Cristo? Seria o caos, um verdadeiro inferno na terra, A TREVA!

Em Mt 5.13-16, Jesus se referiu à possibilidade de um viver aparente, fora do propósito para o qual fomos chamados. Assim como o sal que perdeu sua utilidade em salgar, dar sabor, influenciar. Ou como a luz que foi escondida de maneira a não clarear o caminho, brilhar; assim os crentes nominais. Ainda que conceituados, são vidas inúteis, desprovidas de sentido, sem atingir o propósito de Deus em Cristo Jesus: viver para Ele, por Ele e nEle ([3]).

Em Mt 6.22-23, Jesus faz esta exortação: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!” Agostinho acrescenta: “Quão grande é a cegueira dos homens que até da cegueira se gloriam!” ([4]).

Ou seja, nossas vidas precisam refletir a Verdadeira Luz, que é o Senhor Jesus. Caso contrário, além de não cumprir o propósito para o qual vivemos, ainda propagamos, com mais intensidade, as densas e tenebrosas trevas: “Se portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!”

Ao deixarmos de transmitir a luz do evangelho, não ficamos simplesmente apagados. Mas o desânimo, a frieza espiritual e a falta de obediência à Palavra, têm efeito contagiante e desabonador. Leva-nos a viver como se estivéssemos pregando um outro evangelho: o evangelho do fracasso, da discórdia, da infidelidade, da insegurança e da incredulidade.

Lucas procura destacar ainda esta exortação do Senhor: “Ninguém, depois de acender uma candeia, a põe em lugar escondido, nem debaixo do alqueire, mas no velador, a fim de que os que entram vejam a luz. São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas. Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas. Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz” ([5]).

Não espere que chegue o caos total em sua vida, em sua família, em sua cidade ou sociedade, para agir, reagir e apresentar sua parcela de contribuição. Antes que seja tarde demais para reações positivas; antes que venha um apagão em sua vida, a treva definitiva e eterna, quando a morte selar definitivamente sua sorte, glorifique ao Senhor!

_ “Dai glória ao SENHOR, vosso Deus, antes que ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão” (Jr 13.16). Amém.


Pr. Vanderlei Faria
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[1] Mt 5.14
[2] Jo 8.12
[3] Rm 11.36
[4] Agostinho, Santo – CONFISSÕES – Livraria Apostolado da Imprensa, p.73
[5] Lc 11:33-36

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A DISTINÇÃO DO AMOR DE DEUS

_ “Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mt 7.9-11).

Jesus enfatiza a distinção entre o nosso amor como pais humanos e o amor de Deus, o nosso Pai celestial.

Lembro-me de quando criança, algumas vezes não havia carne ou outros alimentos na panela. Outras vezes, quando havia pouca coisa para comermos, meus pais sempre ficavam por último na hora da refeição. Algumas vezes minha mãe se contentava em colocar farinha com um pouco de feijão na panela; fazendo bolinhos de feijão com farinha de mandioca com as mãos, comia com tranqüilidade e alegria.

A princípio eu achava estranho que minha mãe gostasse daquele tipo de alimentação. Só quando cresci um pouco mais é que percebi que, na verdade, ela estava apenas ficando com as sobras para que nós nos alimentássemos convenientemente. Isso forjou em mim uma profunda aversão a qualquer tipo de desperdício.

Ora, qual pai ou mãe que nunca se privou de alguma coisa importante, até mesmo fundamental, para poder satisfazer e alegrar um filho? Assim, Deus, o nosso Pai celestial, se privou da companhia de Seu Filho amado, Se Unigênito, para entregá-Lo para ser o nosso Salvador.

Se Ele nos deu Seu Filho, o bem maior, como não nos daria as coisas inferiores de que precisamos? Além disso, e é o que Jesus enfatiza no texto, não há como comparar a bondade humana com a grandeza da bondade divina. Se nós, que somos maus por natureza, temos gestos tão nobres e tão plenos de ternura, como imaginar a incomensurável graça da misericórdia e do amor divino?

Daí a exortação de Tiago: “Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor. Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg 5:10-11).

Ainda que a exortação da Palavra de Deus nos cause grande temor e tremor: “O Senhor é Deus zeloso, o Senhor é vingador e cheio de ira; o Senhor toma vingança contra seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos. O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta ao culpado; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés” (Naum 1.2-3). Porém, não posso esquecer-me de que a mesma Palavra acrescenta: “O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam” (Naum 1.7).

Pr. Vanderlei Faria
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COMO O SAL

"Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido,com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada maispresta, senão para ser lançado fora, e ser pisado peloshomens" (Mateus 5:13).

Um jovem advogado, incrédulo, proclamava com alarido queestava rumando para o oeste, a fim de encontrar um lugaronde não houvesse nenhuma igreja, nem escola bíblica, nemBíblias. Antes do final do ano, ele escreveu a um advogadoamigo, um jovem ministro, implorando que fosse ao seuencontro para começar uma classe de Escola Bíblica e umlocal de pregação. Pediu também que não esquecesse de levarmuitas Bíblias.

Ao encerrar sua carta, o advogado disse: "euestou agora seguro de que um lugar sem cristãos, sem igrejase escolas bíblicas e sem Bíblias, é como um inferno paraqualquer pessoa que ali viva."Como sal espiritual, a igreja de Cristo preserva a sociedadedo avanço da decadência moral.

Onde falta este sal, oambiente social se torna cada vez mais semelhante àpopulação do inferno.Estamos nós conscientes da importância de nossa presença nomundo? Temos compreendido que o nosso testemunho éprimordial para o bem-estar de todos que estejam ao nossoredor, sejam religiosos ou não? Temos nos preocupado emglorificar o nome santo do Senhor em tudo o que fazemos?

O Senhor nos colocou neste mundo como Seus representantespara que o lugar seja agradável de se viver. Crendo ou nãono Senhor Jesus, todos aqueles que conosco convivem gozam doprivilégio de ter uma vida muito mais atrativa e abençoada.E mais do que uma luz para iluminar o dia de todos, devemosnos esforçar para que o nome de nosso Salvador seja exaltadoe para que aqueles que andam sem rumo encontrem o verdadeiroCaminho para a vida abundante e eterna.

Temos sido como sal neste mundo? Ou já perdemos todo osabor?

Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ABA-PAI

_ “Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus...”[1]

O nome Pai, em referência a Deus, é muito caro a nós. É um nome extremamente carinhoso que nos traz muito conforto. Jesus nos ensinou a chamar Deus de “nosso Pai”. Todavia, o uso que fazemos desse nome não tem a mesma conotação que tem para Jesus. Para Ele é uma questão de essência, pois o Filho é da mesma natureza do Pai. É ímpar o uso que Jesus faz desse nome, pois Deus é nosso Pai numa conotação bem diferente. Por causa da nossa salvação é que podemos chamar Deus de Pai. Em amor, Deus nos adotou como Seus filhos. Todavia, Jesus fez questão de dizer que Deus era “meu Pai e vosso Pai”... Precisamos destacar três coisas importantes na palavra Pai, no texto que estamos examinando.

Primeiramente, é necessário orar na certeza de que Deus é de fato o nosso Pai amado, que cuida de nós com terno e profundo amor. E para tanto, precisamos nos certificar de que já nos tornamos filhos de Deus através da fé em Cristo Jesus.[2] Este é o amor do Pai, que nos permite ter acesso ao Seu trono de graça, dizendo: “Pai nosso que estás nos céus”. E a certeza de nossa filiação nos proporciona maior alegria do que o da paternidade humana.

Quando ouvimos fatos como o brutal assassinato de um casal, sendo a própria filha a mentora do crime, ficamos estarrecidos e perplexos. Todavia, milhões de filhos e filhas, todos os dias, estão procurando executar seus próprios pais, através das rebeldias, tristezas e decepções que lhes causam. E isto no sentido humano. E quanto a Deus, o nosso Pai? Quantos que se dizem filhos de Deus, os quais fazem declarações emocionadas aos domingos, como filhos do Deus vivo; porém, passam o resto da semana ofendendo-O com suas atitudes! Mesmo quando sofremos, muitas vezes pecamos contra o nosso Pai, ao nos sentirmos amargurados e revoltados.

Demonstramos, assim, a nossa inconformação e rebelião para com Ele no que diz respeito à Sua disciplina e vontade para conosco. Aquela filha assassina tramou a morte dos pais por discordar da forma como era disciplinada. E os fatos só comprovaram que eles estavam certos. Também nós, demonstramos nossa rebelião para com o nosso Pai do céu quando ficamos amargurados e revoltados diante das circunstâncias adversas que enfrentamos. Se Ele é de fato o nosso Pai, é Ele quem determina todas as coisas que nos acontecem visando o nosso bem maior. Essas coisas a princípio nos parecem “injustas” e cruéis da parte de Deus.

Entretanto, a Bíblia nos ensina que tudo isso no leva a crescer na graça do fortalecimento de nossa fé: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”.[3]

Mas como podemos nos fortalecer? Exercitando-nos. Basta observarmos como trabalham duro todos os grandes atletas para superarem seus próprios índices, ou mesmo para se manterem em forma... Deus, pela Sua graça, vem ao nosso encontro para fazer-nos herdeiros Seus: "Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados... De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus".[4]

Ainda que o céu desabe sobre nós, podemos nos achegar confiantemente aos braços ternos e meigos de nosso amado Pai. Em Seus braços estamos seguros em meio às intempéries deste mundo. Podemos descansar, na certeza absoluta de que temos um Papai amigo a nos proteger e guardar, todos os dias, em todo o tempo. Ou seja, devemos manter afinidade com o nosso Pai celeste através das nossas orações, em todas as circunstâncias. E este é o nosso grande desafio: Orar sem cessar! Temos um Pai no céu, Ele é digno de nossa inteira confiança! Deus, na pessoa de Jesus Cristo, cuida de nós como amigo: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando”.[5] Por isso o nosso relacionamento com Ele se torna familiar, íntimo, como um pai amigo. Deus é nosso Pai, o nosso “papai amigo”.

Em segundo lugar, precisamos saber que somos filhos de Deus por adoção. E a Bíblia diz que é o Espírito Santo que nos dá esta certeza, quando cremos em Deus através de Cristo Jesus. Somos avisados, informados, sobre o tesouro da salvação garantido na cruz do Calvário. Através da fé tomamos posse da riqueza celestial em Cristo Jesus. Deus, pela Sua graça, vem ao nosso encontro para fazer-nos herdeiros Seus. Pela adoção em Cristo Jesus nos tornamos participantes da família de Deus. Fomos criados para sermos "parentes", amigos de Deus.

Você sabe o que significa ter um Pai Todo Poderoso, o Senhor do universo, o Deus de misericórdia, que se compadece de nós e nos perdoa? Que nos ama e nos protege; que nos toma pela mão e nos guia; um Pai com o qual podemos falar a cada instante, apresentar-Lhe nossos problemas mais íntimos, nossos temores e rancores; a quem podemos confiar a nossa alma, nossa eternidade? Você conhece esse Pai? É dEle de quem muitos continuam fugindo, abandonando a casa paterna. Alguns, ainda em tempo, regressam contritos e arrependidos. Outros, porém, se distanciam cada vez mais, vivendo uma vida infeliz aqui na terra e uma eternidade completamente desgraçada. Que não seja este o seu caso, caro leitor!
Em terceiro lugar, quando oramos o Pai Nosso, precisamos entender que, através de Cristo Jesus, somos herdeiros do reino celestial.

_ “a saber, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho”.[6]

A maior herança que temos não se resume aos bens materiais, alcançados às duras penas, nem ao poder efêmero do mundo. Mas, sim, aos bens morais e espirituais, os quais permanecem para sempre. Você não precisa passar para a eternidade sem Jesus, sem salvação, sem segurança de fazer parte do reino eterno. Clame ao Senhor Jesus, o Rei eterno, em seu coração agora mesmo, se ainda não o fez. Viva com Ele e para Ele! Creia nEle! Não despreze a herança eterna! Tome posse agora mesmo de sua filiação no reino celeste!

Se você que está vivendo confuso e longe do Rei Eterno, pare um pouco! Pense na eternidade sem Deus. Pense no futuro, com Deus ou sem Deus? Há um convite especial para o seu coração: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei...“ (Mt 11.28). E, para os que aceitam o convite divino, há uma promessa infalível: “Então dirá o rei aos que estiverem à direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo“ (Mt 25.34).

“Porque este mandamento, que eu hoje te ordeno, não te é difícil demais, nem tampouco está longe de ti. Não está no céu para dizeres: Quem subirá por nós ao céu, e no-lo trará, e no-lo fará ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, e no-la trará, e no-la fará ouvir, para que o cumpramos? Mas a palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprir. Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte o mal... O céu e a terra, tomo hoje como testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz, e te apegando a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias...” (Dt 30.11-15; 19-20a). “converte-te a teu Deus, guarda o amor e o juízo e no teu Deus espera sempre” (Oséias 12:6). Amém.

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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[1] Mt 6.9a
[2] Jo 1.12-13; 1Jo 3.1-3
[3] Rm 8.18
[4] Rm 8.17; Gl 4.7
[5] Jo 15.13-14
[6] Efésios 3:6 RA