Natal de gratidão, louvor, adoração e exaltação à
majestade celestial... O Natal de Jesus nos faz pensar e dizer como os salmistas (Sl 9.1-2; Sl 100.1-5). E o
apóstolo Paulo nos conclama a viver
com este profundo sentimento de
gratidão e adoração ao Senhor,
alegrando-nos nEle por tudo, e em
tudo: "Quanto ao mais, irmãos meus,
alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que
eu escreva as mesmas coisas... Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo:
alegrai-vos" (Fl 3.1; 4.4).
Ao longo dos séculos,
em circunstâncias as mais diversas, o povo de Deus tem expressado sua fé e
esperança através dos cânticos de louvor e adoração. Os exemplos bíblicos são
tantos que não podemos sequer
mencionar a todos. Porém, voltemos ao texto em apreço: As circunstâncias religiosas, espirituais,
também eram desfavoráveis para cultuar, adorar, conforme a compreensão vigente.
Os judeus só admitiam haver um lugar de culto, de adoração: no templo em Jerusalém.
Os pastores estavam no campo, distantes, portanto, do local consagrado para a adoração ao Deus vivo, verdadeiro. Não
podiam dizer: "Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do
Senhor!"
No campo, longe dos
escribas, dos sacerdotes divinos, dos mensageiros do Deus Altíssimo, sem o texto sagrado. Não, não havia motivações
estimulantes, favoráveis, para se cultuar, adorar, vibrar: "Então, de repente, apareceu junto ao
anjo grande multidão da milícia
celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores
alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade" (Lc
2.13-14).
Quais seriam nossas
reações em tais circunstâncias? Em meio às crises e decepções, os filhos de
Deus cantavam e proclamavam sua fé. E o
Senhor Jesus era adorado com profunda reverência e sinceridade. Deus era
exaltado, e a fé divulgada de maneira bonita, atraente e convincente.
É preciso
que se diga o que se crê quando se canta, e que cantemos de maneira tal que o nosso canto evidencie, com clareza
absoluta, a nossa fé. Não podemos jamais nos esquecer que o povo de Deus sempre cantou aquilo que sentia,
ou melhor, aquilo que representava o sentimento vivido na época aos pés de
Cristo, aliado às suas convicções doutrinárias.
Jesus Cristo nasceu,
glória a Deus nas maiores alturas, porque nós também podemos dizer: Não
importam as circunstâncias, louvaremos ao Senhor!
As circunstâncias
sentimentais também eram desfavoráveis e desalentadoras. Os pastores de Belém
de Judá eram homens solitários,
sofridos. Viviam distantes dos amigos mais achegados, mais íntimos. Longe da
família, do aconchego do lar. Não tinham com quem compartilhar suas emoções,
sentimentos, frustrações, esperanças, temores e
rancores. Era noite.
Que noite aquela! Não
havia companheirismo, festa, comida nem bebidas. Apenas o vento gélido e o
balido das ovelhas do campo. Desconforto físico e emocional. Não havia razão
para sorrir, cantar e regozijar-se. Lágrimas e nada mais. Eles estavam longe do convívio social e cultural, longe do
calor humano. Mas eis que "a glória do Senhor os cercou de resplendor".
Então ouviram as "novas de grande alegria": Nasceu o Redentor! Jesus chegou! O céu se abriu. É
Natal! A
tristeza e o abandono dá lugar ao louvor e adoração: Nasceu o Salvador
que é Cristo, o Senhor!!
Natal de pés descalços, rostos
macilentos, tristes, cansados e sobrecarregados, transformou-se em momento de
grande júbilo, porque Jesus nasceu. Grande alegria inundou os corações! Aleluia!
Pr.
Vanderlei Faria
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