terça-feira, 29 de julho de 2008

A Fortaleza Da Minha Vida

_ “O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (Sl 27.1).

Aqui está a base da confiança do cristão. O salmista não diz que é um homem corajoso e destemido por si mesmo. A sua confiança e coragem são fruto de uma absoluta ligação e intimidade com o Senhor. Ele não enfrenta os inimigos de peito aberto, confiando arrogantemente em sua força e capacitação. Ele olha para o Senhor e se coloca debaixo de Sua proteção. Então, uma vez assegurado da companhia e proteção divina, ele vê os inimigos como meros ajuntamentos de gafanhotos.

Quem é capaz de vencer o nosso Deus? Quem pode resistir a sua força e poder? Quem é capaz de se opor a Ele e prevalecer vitorioso?
Baseado e confiado nesta proteção sobrenatural, invisível mas real, não há o que temer, não há circunstancia ou obstáculo que possa nos amedrontar ou nos fazer calar.
Isto não significa que passaremos pela vida sem sofrer oposição, dores e aflições. Não significa que vamos viver sem problemas, sem doenças, sem sofrimentos, sem tentações. Porém, ainda que eles nos atinjam, ainda assim continuaremos seguros no fato de que “maior é o que está em nós do que o que está no mundo”.

As aflições e tribulações virão, inevitavelmente, porque estamos em guerra permanente; mas a nossa postura continua firme e resoluta. Não agimos com orgulho ou arrogância, como se fossemos super-heróis humanos. Não agimos com soberba e prepotência, querendo nos mostrar ao mundo, nos auto-promover como dignos de honra e valor. Não temos o que temer, mas também não temos o que pretender. Não queremos aparecer, nos exaltar, nos auto-promover.

Não somos nós a razão de nossa confiança. Não se trata de auto confiança, mas de confiança no Senhor. É Ele a razão de nossa esperança e confiança. Se de fato Ele está comigo como creio, por que haveria eu de temer e tremer diante das circunstancias adversas? Ainda que andando pelo vale da sombra da morte, não temerei... Vou levantar e caminhar, na certeza de que tudo posso naquele que me fortalece, não temerei mal algum. Prossigo para o alvo supremo, a vitória final! Não há o que temer. O diabo pode usar quem ele queira para me atingir, me ofender, me hostilizar; não temerei mal algum, porque Ele, o Senhor, está comigo, sempre e eternamente!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Senhor É Tudo Em Todos

_ “Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1Co 15.27, 28).
_ “no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos” (Cl 3.11).

Apesar de sabermos que é Deus quem nos expõe, ou nos conduz à tentação, Ele está no controle das ações diabólica. Ele é o Senhor de tudo e de todos. Apesar de confiarmos em Sua proteção e cuidado para conosco quando somos levados ao deserto da tentação; nada disso nos dá o direito, a liberdade, ou a desculpa para pecarmos.

Se você permanece no pecado, continuamente, precisa, urgente e seriamente, considerar o que diz a Palavra: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?... E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?... pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor...” (Rm 6.1, 2, 15, 16; 2Pe 2.19 b).
O fato de sabermos que é Deus quem tem o controle de nossas vidas, sendo Ele quem dispõe de cada um de nós, e que algumas vezes nos conduza a um deserto escaldante da tentação; não somos, por causa disso, justificados ou desculpados para entregarmo-nos, vencidos, à tentação. Pelo contrário, tudo isso deve nos fortalecer e nos encorajar a imitarmos o nosso Mestre, e, ao mesmo tempo, servirmos de exemplos para aqueles que nos rodeiam; seja nos admirando e imitando o nosso bom exemplo, ou nos censurando e imitando o nosso mal exemplo. Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Ali, orando e jejuando, venceu o inimigo. Dando-nos assim o exemplo.

Mas talvez você diga: “Mas eu não tenho como parar um longo tempo para orar e jejuar”. Observe que o texto diz que o Espírito O conduziu ao deserto. Paulo diz que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14). Logo, os filhos de Deus são conduzidos pelo Espírito Santo também para serem tentados pelo diabo. E, naturalmente, para fazerem uso dos mesmos recursos utilizados pelo Senhor, a fim de obterem, à semelhança dEle, a vitória sobre o inimigo: “Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas. Exorto-te, perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante Cristo Jesus, que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão, que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo... A ele honra e poder eterno. Amém!” (1Tm 6.12-16).

sábado, 19 de julho de 2008

Jesus Veio Buscar E Salvar Pecadores

Certa vez uma mãe aflita procurou Napoleão para interceder em favor de seu filho. Napoleão argumentou que ele deveria ser punido de acordo com a justiça.
_ “Majestade” – disse a mãe – “não é justiça que estou pedindo, é misericórdia!”
_ Mas ele não merece – respondeu Napoleão.
_ Eu sei – insistiu a mãe – se ele merecesse não seria misericórdia!

A graça não se limita a um simples mudança de condição, mas, também opera uma transformação no caráter, sem a qual a pessoa não poderia desfrutar das
bênçãos celestiais... A graça produz a transformação moral na pessoa. O corpo permanece o mesmo, e a identidade mental não é destruída. A regeneração, ou novo nascimento, é a produção do amor no coração pelo Espírito Santo, pois “todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 Jo 4.7). Jesus veio buscar e salvar os pecadores que confiam nEle, arrependendo-se dos seus pecados:
_ “Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:20-23).

Não é pelo nosso valor ou merecimento que o Senhor nos alcança com Sua infinita graça. Somos todos inteiramente dependentes dEle, como filhos atraídos pelo amor do Pai. É esse amor que levou Jesus a sofrer a maldição da cruz, passando como criminoso e malfeitor, a fim de que você e eu sejamos salvos da condenação eterna. Bendito amor de Jesus! Foi esse amor sublime de Deus que entregou Seu Amado Filho, Jesus, à morte de cruz, para nos resgatar da condenação eterna: "Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios... Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.6, 8).

Finalmente, este texto nos faz lembrar, ainda, do que nos diz a Palavra de Deus: "Nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça... Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (Jo 1.16; 1 Pe 4.10).

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Sozinha, Mas Bem Acompanhada

Gn 16.7-15

É interessante que o texto anterior a este fala, exatamente, do encontro de Deus com Abraão e da aliança estabelecida por Deus com ele sobre a sua descendência. Deus lhe falara, deu-lhe uma visão completa até mesmo quanto aos sofrimentos pelos quais haveria de passar a sua posteridade, durante quatrocentos anos. Enfim, justamente quando Deus lhe falara, de forma clara e objetiva, sobre tudo quanto haveria de suceder-lhe... Logo depois, foi Abraão convencido por Sara de que a única forma para eles alcançarem seus objetivos (que eram o mesmos de Deus – como ele fora informado) seria fazendo uso de um atalho humano, um jeito mais fácil e mais rápido de se obter os resultados pretendidos; mesmo que estes já estivessem determinados previamente por Deus. Aqui temos um exemplo do fracasso dos métodos humanos quando eles não se coadunam com os princípios bíblicos.

A mesma pessoa que até então fora importante (na ótica de Sara) para se alcançar a solução de um problema “insolúvel”, de repente passava a ser descartada por se constituir em uma ameaça à paz e à harmonia familiar. Agar, sem mesmo querer, constituíra-se numa personificação constante do desprezo, afronta e humilhação para Sara.

É sempre assim, a felicidade alheia provoca ressentimento e amargura para alguns. Assim, a alegria de Agar proporcionava um sentimento de inveja, amargura e humilhação em Sara; ainda que a outra não lhe dissesse nada. Apenas a sua presença feliz já era o suficiente para provocar todo o tipo de constrangimento e contrariedade na outra. Além disso, provavelmente, Sara estava remoendo um sentimento de arrependimento tardio. Talvez já começasse a pensar na tremenda mancada que dera com aquela fatídica sugestão. Ela mesma havia sugerido e aprovado a ruptura dos laços conjugais, entregando seu marido “de bandeja” para outra mulher; exposto sua intimidade conjugal. Ela que planejara apenas ter uma barriga de aluguel, constituíra e alojara dentro de sua própria casa uma concorrente fértil, jovial, e, quem sabe, mais atraente para seu marido. Qual a lição que poderíamos tirar desse episódio? Quantas vezes ouvimos história de jovens casais que agem imprudentemente expondo-se às tentações uns aos outros, por motivos os mais variados e banais!

domingo, 13 de julho de 2008

Deus Que Conforta

Deus continua falando e confortando o Seu povo. Acompanhe comigo o encontro de Jesus, o Deus da vida, com uma caravana da morte: Lc 7.14.

O texto nos conta a história de um milagre realizado por Jesus. Os que presenciaram tal fato ficaram estupefatos, e, unânimes, glorificaram a Deus pelo ocorrido. Entretanto, milhões de pessoas já experimentaram milagres semelhantes a este, e todos os dias Deus está efetuando a obra de ressurreição de mortos. A Bíblia diz que Ele, o Senhor, é quem nos deu vida, nos tirou e nos libertou de entres os mortos: Ef 2.1-10. E mais à frente Paulo lança um desafio aos efésios que se achavam como que num estado de letargia mental e espiritual: Ef 5.14-21.

A maioria dos crentes hoje em dia está vivendo como se o viver cristão se constituísse na busca de bênçãos materiais, riquezas e prosperidade. Por outro lado, há aqueles que acham que a Igreja de Jesus só é importante e relevante nos momentos de dificuldades e aflições. Cabe a nós alertarmos aos crentes acomodados e aos não crentes, que só procuram a igreja na aflição, que ser crente envolve o sofrimento, perseguição; mas, com os sofrimentos vem também a consolação do amor de Deus por nós.

Deus o Espírito Santo foi concedido à Igreja com um propósito específico: a fim de sermos testemunhas. No livro de Atos vemos a igreja crescendo explosivamente na comunhão, na perseverança, etc. Mas, enquanto não veio a perseguição sobre o povo de Deus (At 8), a igreja não se deu conta de sua missão no mundo, qual seja a de fazer discípulos. Vindo a perseguição, os crentes foram obrigados a sair de sua comodidade pelo mundo a fora, pregando e testemunhando de Cristo Jesus.

A igreja de Cristo não pode se acomodar no seu status quo, não pode se contentar em buscar os seus próprios interesses, sua própria realização; não pode apenas contentar-se com o bem estar pessoal de seus filiados, com a prosperidade material daqueles que são seus.
Infelizmente, a maioria das pessoas que se dizem cristãs está vivendo acomodada pelo simples fato de um dia ter experimentado uma grande emoção ou sentimento de arrependimento e fé... Mas, durante a semana vive a sua vida "normal" como qualquer incrédulo, sem ler e refletir na Palavra de Deus, sem oração e sem relacionar suas decisões e atitudes com os ensinos bíblicos. Contentando-se com com um tipo de reza, ou uma oração formal na hora das refeições e quando vão dormir. Isso não significa vida cristã real, é vida religiosa apenas. Daí o fato de tantos ficarem sendo levados pelos ventos de doutrina que surgem a cada dia; pelos enganos de doutrinas triunfalistas e superficial sobre o que seja de fato a vida abundante.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

É Tempo De Vitória!

Jr 1.9-11; 4:9, 19

Jeremias estava convicto de que a obra para a qual Deus o vocacionara era superior a qualquer trabalho ou atividade humana de todos os tempos. E que todos os dias de sua vida seriam poucos para completar sua missão (6.2-30; 12.1-4). Nós também estamos diante de uma obra desafiante e preciosa, sublime! Mas, quantos estão vivendo sem vibração, sem emoção e encanto neste mundo em crise!? Se não tivermos a compreensão semelhante à que Jeremias teve, nossas atividades cristãs não passarão de ativismo enfadonho. Quando consideramos a importância da influência cristã no campo social, político, cultural e espiritual, sentimo-nos extasiados e plenamente motivados. Não podemos nos dar por vencidos. Fugir à luta, jamais. Este é o tempo oportuno para atuação do povo de Deus. Não há possibilidade para retrocessos, desânimo ou esmorecimento. É tempo de vitória!

Uma das coisas mais emocionantes que podemos observar, entre os profetas de Israel é a tremenda responsabilidade que demonstravam pelo fato de serem os intermediários entre Deus e a nação eleita. Culminando com a consciência plena em Jesus Cristo, O PROFETA por excelência. Certa vez o povo veio consultar a Jeremias sobre a vontade de Deus. Seus líderes diziam que tudo fariam segundo o que Deus determinasse através do profeta, ainda que essa orientação fosse ruim do ponto de vista deles. O compromisso estava firmado perante muitas testemunhas (Jr 42:1-3).

Jeremias não se precipitou em dar-lhes uma resposta. Não foi prepotente, nem imprudente. Orou durante dez dias até certificar-se completamente sobre a vontade divina: Jr 42:4-7.
Que responsabilidade em dizer algo da parte de Deus! Mas, ainda assim, quando comunicou a mensagem, acusaram-no de falsidade e traição “e não quiseram obedecer à vontade do Senhor, para ficarem na terra de Judá” (42.4). Nem por isso, entretanto, deixou Jeremias de manifestar a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” A qual também seria para eles boa, perfeita e agradável, na medida em que a recebessem.

Como cristãos num mundo em crise, somos desafiados e convocados por Deus para sermos intérpretes da vontade divina. Temos o sagrado dever de transmitir a vontade de Deus, sem distorções, sem acréscimos ou adulterações à Sua Palavra. Por isto, Spurgeon dizia a seus alunos: “Nunca devemos ver a face do povo, antes de ver a face de Deus.” Como sal da terra e luz do mundo, temos a dura responsabilidade de dizer a verdade. Precisamos dizer a verdade que Deus colocou em nossos corações, se é que, realmente, temos certeza de que foi Deus quem nos iluminou.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

O Mestre Te Chama

_ “Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama” (Jo 11.28).

Há duas classes de pessoas que caminham a passos largos para o inferno: As que são muito más e as que se acham muito boas. Umas, por acharem que nem Deus pode perdoar e transformar seus corações maldosos e perversos; são ruins demais para obterem qualquer manifestação da graça e do amor divino... Outras, por acharem que nem Deus consegue acusá-las de pecados; são boas demais aos seus próprios olhos; são boas demais para serem salvas por Cristo. Porém, a Bíblia nos mostra nesta genealogia que ninguém é tão insignificante e mau, que não possa ser alvo da graça e do amor de Deus. Como, também, ninguém é tão importante a ponto de salvar-se por seus próprios méritos. Todos somos dependentes da graça de Cristo. Todos nós! Veja outros textos que nos ajudam a compreender melhor sobre o tema exposto:
_ “Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama” (Jo 11.28).

_ “E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!” (Jo 11:43).
O mesmo Deus que escolhe, também determina os meios pelos quais a pessoa vai ser conduzida a Cristo: oração e comunicação do evangelho da parte dos evangelistas, bem como a fé e o arrependimento da parte dos pecadores eleitos para serem salvos. Deus mesmo quebranta o coração humano, convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo, de maneira tal que o próprio pecador não é coagido a fazê-lo contra a sua própria vontade. Mas, por sua livre e espontânea vontade, seu coração é inclinado a responder favoravelmente ao convite divino. É Deus "quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Fl 2.13).

Este é o chamado eficaz, compreendido também como “a graça irresistível de Deus”. Porque é o Espírito Santo quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Irresistível porque o Espírito Santo é persuasivo. Ele é quem quebranta o coração mais endurecido possível, e o sensibiliza pelo amor de Jesus revelado na cruz do Calvário.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Olhando Para Jesus

Hb 12.1-6

_ “Olhando firmemente para Jesus”. Mas, como fazê-lo? O autor nos convida a vivermos sob a perspectiva divina, e nos desafia a um comprometimento ético e espiritual, confiando na soberania de Deus. Ele compara nossa vida cristã a uma maratona esportiva, uma corrida. E ele nos faz pensar em algumas lições importantes e fundamentais; as quais, na verdade, refletem de forma clara, as doutrinas fundamentais da fé cristã: “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas...”
Primeiramente, consideremos a quem se destina este encorajamento: “Portanto, também nós...” (Hb 12.1a). Para entendermos esta expressão precisamos considerar o contexto. De quem falava o autor, e quais as circunstâncias em que viviam?

Se voltarmos ao final do capítulo 10, vamos perceber a quem se referia o autor, e a quem se aplica a mensagem: Hb 10:19-39. Portanto, o desafio e encorajamento se destinava, primeiramente, aos irmãos sofridos, escravizados e espoliados no tempo dos apóstolos. E, claro, se aplica a todos os cristãos que sofrem perseguições e maus tratos em todos os tempos. Como vimos, o autor procurava despertar o ânimo daqueles servos de Deus a fim de que perseverassem e se ajudassem mutuamente na caminhada cristã, vivendo acima das circunstâncias.

No capítulo 11 o autor procura encorajar seus leitores a perseverarem firmes na fé cristã através de exemplos práticos do Antigo Testamento, continuando no capítulo 12.
Dessa forma, podemos entender que a mensagem encorajadora do Espírito Santo nesse texto se aplica a todos os salvos por Cristo Jesus, os quais fazem parte dessa grande família de redimidos pelo sangue de Jesus: “Portanto, nós também...” somos, pela graça de Cristo, parte dessa comunidade dos remidos, a Igreja invisível de Cristo Jesus! Porém, antes de prosseguir, é importante que nos re-avaliemos: Fazemos parte desse “nós também”? Se não, precisamos buscar a Deus, através de Jesus Cristo, com urgência e determinação: Hb 10.32-39.