sábado, 2 de maio de 2015

PALAVRAS DE VIDA ETERNA


“Para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus” (Jo 6. 68-69).

 

Elias começou sua decadência  emocional quando iniciou uma longa caminhada  através de um  deserto árido, procurando desesperadamente “salvar a sua vida” por si mesmo, com medo de Jesabel. Ainda hoje Deus continua convidando o homem a sair da caverna em que se encontra, fechado em seu medo, frustração, ou depressão. Deus quer fazer-nos ver além de nossas fronteiras, limites intelectuais, sociais e culturais; além de nossa formação cultural-religiosa.


Milhares de pessoas vivem   tentando se autojustificar, procurando a todo custo fugir do encontro com Deus. Vã tentativa, a vida do fugitivo é sempre infeliz e sem graça. Moisés tentou fugir do chamado divino, colocando vários obstáculos para  não ser usado por Deus. Porém, Deus o pressionou até não haver mais  alternativa para ele. Era Deus ou nada! Ele  ficou com Deus. Jonas tentou fugir de sua responsabilidade, Deus foi à sua  procura e o arrancou da desobediência, permitindo-lhe passar por uma experiência traumática, porém necessária, para fazê-lo obedecer.


Pedro tentou fugir de Jesus, e viveu momentos terríveis com sua  própria consciência. Para cada um desses homens Deus teve um  tratamento especial. Nenhum, porém, sentiu-se em paz e feliz estando longe de Deus. Quando Jesus proferiu um de Seus  mais duros sermões (Jo 6), houve uma debandada geral. O homem natural não suporta pensar espiritualmente. Porque isso o levaria em direção a Deus.
 
E o pensamento geral e pervertido é que  o confronto  com Deus é traumático, enfadonho e desnecessário. Esse é, precisamente, o pior erro humano. Fugir de Deus é fugir do amor, da paz e da vida plena. É ignorância e inversão dos valores, pois não há  felicidade à parte de Deus. Por isso o salmista declarou, emocionado:  “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?” (Sl 139.7).  E Pedro se dirigiu  a Jesus dizendo:   “Para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus” (Jo 6. 68-69).
 
E João acrescenta ainda: “Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus.  E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.  Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.15-19). Amém.

 

Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

 

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