“Para quem iremos nós? Tu tens as palavras de
vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus” (Jo 6. 68-69).
Elias começou sua decadência
emocional quando iniciou uma longa caminhada através de um
deserto árido, procurando desesperadamente “salvar a sua vida” por si
mesmo, com medo de Jesabel. Ainda hoje Deus continua convidando o homem a sair
da caverna em que se encontra, fechado em seu medo, frustração, ou depressão.
Deus quer fazer-nos ver além de nossas fronteiras, limites intelectuais,
sociais e culturais; além de nossa formação cultural-religiosa.
Milhares de pessoas vivem
tentando se autojustificar, procurando a todo custo fugir do encontro
com Deus. Vã tentativa, a vida do fugitivo é sempre infeliz e sem graça. Moisés
tentou fugir do chamado divino, colocando vários obstáculos para não ser usado por Deus. Porém, Deus o
pressionou até não haver mais
alternativa para ele. Era Deus ou nada! Ele ficou com Deus. Jonas tentou fugir de sua
responsabilidade, Deus foi à sua procura
e o arrancou da desobediência, permitindo-lhe passar por uma experiência
traumática, porém necessária, para fazê-lo obedecer.
Pedro tentou fugir de Jesus, e viveu momentos terríveis com
sua própria consciência. Para cada um
desses homens Deus teve um tratamento
especial. Nenhum, porém, sentiu-se em paz e feliz estando longe de Deus. Quando
Jesus proferiu um de Seus mais duros
sermões (Jo 6), houve uma debandada geral. O homem natural não suporta pensar
espiritualmente. Porque isso o levaria em direção a Deus.
E o pensamento geral
e pervertido é que o confronto com Deus é traumático, enfadonho e
desnecessário. Esse é, precisamente, o pior erro humano. Fugir de Deus é fugir
do amor, da paz e da vida plena. É ignorância e inversão dos valores, pois não
há felicidade à parte de Deus. Por isso
o salmista declarou, emocionado: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para
onde fugirei da tua presença?” (Sl 139.7).
E Pedro se dirigiu a Jesus
dizendo: “Para quem iremos nós? Tu tens
as palavras de vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o
Filho de Deus” (Jo 6. 68-69).
E João acrescenta ainda:
“Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele,
em Deus. E nós conhecemos e cremos no
amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor
permanece em Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que,
no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos
neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.
Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no
amor. Nós amamos porque ele nos amou
primeiro” (1Jo 4.15-19). Amém.
Vanderlei Faria
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