Quando as marcas ainda estão tão presentes, quando as lágrimas persistem, mesmo que se esforce tanto para repeli-las, gostaria de ser ou ter algo significativo, relevante e consolador para comunicar. Mas, infelizmente, faltam-me palavras!
Espero que um dia tenhamos condições de olhar pra traz lembrando-nos, saudosos, porém alegres de tudo de bom que foi realizado por aquela  saudosa pessoa enquanto esteve conosco. Porém, esta lembrança, aumenta a nossa responsabilidade. Principalmente quando nos lembramos de que todos nós somos  marcadores de vidas, construtores de pontes! Não podemos  nos esquecer  disso, jamais. Seja para o bem ou para o mal. 
Se você também está passando por experiência semelhante, creia, Deus há de confortá-lo e enxugar suas lágrimas, mesmo ainda nesta vida! E quando eu for também, espero deixar na memória das pessoas mais queridas algumas boas e saudosas marcas, apesar das más, as quais não posso apagar. E que  possamos voltar a sorrir ainda um dia, todos nós!  Sorrir não significa banalizar o que se viveu, ou o que se esteja sentindo. Mas, sim, uma olhada em outra direção. Você não concorda que algumas vezes estamos chorando, mas, de repente uma criança passa, dá-nos um adeusinho, abrindo aquele sorriso desdentado mais lindo do mundo... Então, enxugamos as lágrimas e sorrimos de volta, compartilhamos com ela, pelo menos naquele momento, a sua alegria.
Jesus disse  que veio  trazer vida abundante (Jo 10.10).
Como o Senhor não se contradiz, visto que Ele fala  que no mundo teremos aflições;  como conciliar esses dois  conceitos, aparentemente contraditórios? Uma coisa não exclui a outra. Ter a vida abundante que Jesus prometeu não impede que passemos por tribulações. Jesus não disse que  teríamos a vida  abundante em  toda a sua plenitude aqui na terra  – o que só ocorrerá no céu, onde não haverá a contaminação do pecado. Ele não disse, mas a própria  realidade nos dá o entendimento de que o sofrimento é um componente  importante e indispensável para podermos experimentar e valorizar a  verdadeira e suprema  alegria e felicidade.
Talvez você rejeite com desdém  e ironia tais considerações; prefira ser apanhado de surpresa e de repente  se veja diante  do trono de Deus. Sem jamais  se preocupar com esta possibilidade. Se esta é a sua atitude, lamento por sua alma! Entretanto,  quero encorajá-lo e desafiá-lo a pensar  com mais intensidade e seriedade neste assunto.  Pois isto pode fazer  toda a diferença tanto em sua forma de viver quanto em sua postura diante da morte.  Pense nisto!
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