A crise é uma situação conflitiva, real e inevitável, na experiência humana. Desde o nascimento até  à morte enfrentamos conflitos internos e externos à  nossa pessoa. A vida em si mesma já se constitui numa verdadeira e prolongada crise para quase todos nós. Ao nascer nos deparamos com a primeira grande crise: a saída do aconchego do útero  materno, a brusca mudança de ambiente; o desligamento do cordão umbilical. Enfim, o trauma da mudança de comportamento que o meio extra uterino exige. Daí  pra  frente as crises vão se sucedendo, numa constante até à morte. São fases comuns a todos os seres humanos. Diferenciando apenas as reações e atitudes de quem as enfrenta.
Há, porém, uma crise intensa e particular que é marcante e inesquecível:  a conversão  a Cristo. Esta é mais profunda, porquanto implica  em mudança de natureza; mudança de atitudes, de orientação e do destino além túmulo. Começa com o despertamento operado pelo Espírito Santo  de forma intensa, convencendo-nos da necessidade de  relacionarmo-nos  com o  Ser Supremo, por meio de Jesus Cristo, nosso único mediador. Envolve a ação  positiva e penetrante do Espírito, aliada  à disponibilidade humana como resposta.O mundo  em que vivemos hoje  está em permanente crise. Em todos  os continentes, do Norte  ao Sul, de Leste a Oeste, pululam revoluções, guerras e transformações de proporções  assustadoras. Algumas até  mesmo com aspectos  catastróficos.  E isso em todas as áreas, sociais, políticas, científicas e religiosas.  Até mesmo o povo  de Deus, os salvos  por Cristo Jesus, estão vivendo sobressaltados, aturdidos e confusos. As mudanças são por demais  bruscas, repentinas, profundas e radicais. Algumas gigantescas e assustadoras, inimagináveis   em  outros tempos. Alguns estão perplexos: O que fazer? 
Na verdade, não temos muito a fazer se não aproveitarmos  diligentemente, de forma positiva,  a situação  crítica. Sem dúvida alguma, esse é o tempo de Deus para nós. Ou seja, é o  tempo  de atentarmos  com mais  interesse para o chamado especial de Deus, a vocação para a salvação, ou eleição: “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos.  Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo,  como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;  dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade” (Hb 2:1-4).
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