_ “Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At 16:31).
Alguns anos  atrás houve um grande incêndio num prédio no centro da cidade do Rio de Janeiro. As pessoas, desesperadas, buscavam socorro. Tudo faziam para sair rapidamente daquele inferno terrível. Em dado  momento a televisão focalizou dois homens assentados no parapeito de uma janela do edifício. Um deles, sufocado pelo fogo, fumaça e desespero, lançou-se abruptamente da janela para a morte. Uma cena  horripilante e dramática. O outro homem da janela, um pouco mais resistente e esperançoso, continuou aguardando o socorro. Ainda que, naquela circunstância, parecesse impossível.  Poucos minutos depois –  parecia uma eternidade – o socorro “impossível” chegou. Os bombeiros elevaram o braço mecânico da  Escada Margirus até à janela. E, com muito cuidado, tomaram nos braços aquela vida preciosa, como você e eu. Tirando-o da janela da morte para os braços  da vida e esperança. Aquela cena dramática nos faz lembrar, de uma forma clara e eloqüente, o que aconteceu no Monte do Calvário.
Quando Jesus foi à cruz e ali verteu  Seu precioso sangue, selou definitivamente o nosso resgate. Ali na cruz abriu os  Seus braços ternos e firmes para nos dar a libertação. E,  hoje, milhões de pessoas que se encontram nas janelas da morte são convidadas a se entregar aos benditos braços do Salvador. Os discípulos de Jesus foram a extensão dos braços da Escada Margirus do amor de Deus para o  carcereiro de Filipos.  Hoje, cada um de nós, os filhos de Deus, precisa ser um  instrumento vivo nas mãos do Senhor, para  arrebatar da morte os que  jazem  confusos e desesperados nas janelas da vida. Não podemos perder tempo com lamentações. Por outro lado, quem ainda não está salvo, sentindo o desespero batendo à porta, não precisa precipitar-se para a morte.
No texto acima, verificamos que o carcereiro ouviu a palavra do Senhor; recebeu-a no coração, sentiu que Deus o salvara. Diante dele estava a solução, a porta da esperança, o caminho da salvação de sua alma. E, como prova disso,  levou os pregadores até à sua casa para demonstrar-lhes toda sua gratidão pela salvação que Deus lhe comunicara, através daqueles dois presidiários. Além disso, ele queria que Deus falasse também aos seus queridos  familiares sobre a  gloriosa salvação de Cristo Jesus.  Uma atitude que caracteriza o verdadeiro salvo por Jesus Cristo E ainda, diz o texto  que houve uma profunda manifestação de alegria, como é próprio  na vida de quantos experimentam a salvação: “E alegrou-se muito com toda a sua casa, por ter crido em Deus” (At 16.34 b).
Quantos efeitos extraordinários da atuação positiva daquelas dois servos de Deus através das adversidades! Porém, não pararam  ali as graciosas manifestações do testemunho vivo e vibrante daqueles homens. Ainda hoje Deus continua salvando muitas vidas através  desse maravilhoso testemunho.  Agora pense no seguinte: Se Deus falou através do louvor e adoração daqueles dois servos do passado, em circunstâncias totalmente desfavoráveis, sem os recursos musicais (tanto no que diz  respeito ao potencial humano, quanto técnico) esmerado de nosso povo atualmente, o que Ele não pode fazer através de homens e mulheres inteiramente consagrados a Ele no ministério da música?!  Infelizmente, porém, a maioria dos cantores evangélicos, atualmente, está mais  preocupada com os aplausos populares do que com a comunicação da palavra de Deus através da adoração e louvor. Mas, você, amado irmão (a), que  tem o dom musical, seja com sua voz ou através de instrumentos musicais,  consagre inteiramente ao Senhor o seu dom, a fim de que Deus fale profundamente através de seus louvores! Mesmo em tempo de crises e aflições, na dor ou tristeza, o Senhor é digno de nossa adoração e louvor.
Quando lemos esse texto  somos quase sempre  levados  a pensar também que, no lugar  do apóstolo Paulo, não saberíamos o que fazer. Porém, precisamos entender que Paulo não suportou esses problemas  por ser melhor do que eu e você. Não foi por ele ser  melhor crente, mais espiritual. Não foi por  sua  resistência física, emocional e espiritual. Não foi  por sua capacidade intelectual além da média geral.   Tampouco por sua maturidade espiritual. Não. Foi Deus, pela Sua graça, quem o fortaleceu. Não podemos atribuir as vitórias cristãs aos personagens que as  experimentam. Foi a graça de Cristo nele, Paulo, que operou o poder de Deus. Então, ao analisarmos a experiência do apóstolo Paulo, deixemos de lado a  idéia ou a tendência de exaltação do homem. Deus quer nos mostrar não um ídolo (Paulo), mas a Sua maravilhosa graça. Paulo é apenas e tão somente um exemplo de como a  graça de Deus nos alcança e o que o Senhor também  faz em  nossas vidas.  Portanto, o alvo  de nossa observação nesse texto, como em qualquer  estudo bíblico sério, não deve ser a pessoa humana, mas o Deus desse homem ou mulher.  O Deus de Abraão, Isaque e Jacó. O Deus de Elias e de Jó. O Deus de Pedro e de  Paulo. O nosso Deus!
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