_ “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). 
Quando a Bíblia  se refere ao Israel de Deus, ela o faz para caracterizar os salvos de todos os tempos e de todos os lugares, e não apenas o povo  hebreu  (Rm 9.6-18; 11.25-32). Assim como ninguém pode  ficar tranqüilo simplesmente pelo fato  de ser filho de crente, achando que isso é suficiente  para garantir  a sua salvação. Ao mesmo tempo, reconheço que, se sofro ou deixo de sofrer, se consigo ajudar alguém, pensando suas feridas,  enxugando suas lágrimas, amenizando suas dores; não o faço por ser melhor do que alguém, ou por quaisquer méritos pessoais. Não fora  a graça  de Cristo, nada eu seria, e nada conseguiria. Além disso,  sou forçado pelas circunstâncias, e pela revelação divina,  a admitir  que tudo, absolutamente tudo que me acontece está dentro  dos secretos propósitos  divinos.
Tudo que me acontece (todas as coisas) concorrem para o meu bem (não sei como, nem quando – mas não duvido da Palavra de Deus) e para a glória de Deus (Rm 8.28-30). Posso não entender como isso ocorre, posso até mesmo não aceitar, me rebelar, me revoltar; mas, ainda assim, estou debaixo do controle soberano do Senhor.
É claro que essa dependência e confiança na soberania  divina sobre tudo e sobre todos, principalmente na minha vida, não me torna  fatalista e insensível. Nem tão pouco, deve tornar-me  inerte e passivo. Não, o mesmo Deus que determina os fins também determina  os meios.  Daí porque a Bíblia é tão farta de estímulos à perseverança e à busca das bênçãos através da oração e da reflexão séria da Palavra do Senhor. Esses são os meios que Deus mesmo estabeleceu  para alcançarmos e confirmarmos os fins, os quais Ele, o Senhor, de antemão já predeterminou para cada um de nós (2 Ts 2.13-16;  2 Tm 1.7-9, 12; Tt 1.1-3).
Minha única esperança é que o Senhor, nosso Pai, possa fazer uso dessa singela reflexão para edificar a sua vida, e tenha misericórdia de nós (Mq 7.18-19).
O Senhor  nos assegura e nos desperta com  estas palavras confortadoras: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). 
Ainda que em meio às lágrimas copiosas, Deus não nos desampara. Pelo contrário, somos encorajados a testemunhar ainda mais do amor de Deus em nosso favor. Deus é fiel! Aleluia! Amém.
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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