segunda-feira, 24 de agosto de 2015

DEUS É NOSSO REFÚGIO


“Deus é nosso refúgio”  significa muito mais do que dizer que Ele é o nosso remédio, nosso escape. É algo  que nos faz  sentir  em companhia de alguém atencioso e confortador. Esse ato de nos lançar nos braços do Pai de maneira franca e sem reservas ou rodeios,  proporciona-nos um conforto semelhante  ao que ocorre às crianças de colo, quando estas  se vêem  amedrontadas diante dos fatos, ou circunstâncias, que lhes são aterradores, desconhecidos e grandes demais para sua capacidade de compreensão e reação. Quando, de repente, chega o pai e a toma  nos braços, envolvendo-a com carinho e afeto, a criança sente-se  completamente fora de perigo e sem qualquer temor. O pai a tomou em seus braços  fortes e suficientes para protegê-la  dos perigos  que se manifestavam, então a criança  se emociona e se regozija nos braços do pai, ou da mãe. Foi-se a angústia, o pavor.
 
A oração nos proporciona experimentar algo semelhante. Então,  não precisamos temer, ainda que  os “montes”  de problemas nos lancem para  o meio do mar da vida.  Podemos ter a certeza (não apenas a certeza  intelectual, mas uma certeza forjada e respaldada na própria experiência e vivência com Deus)  de que, ainda que haja  tremores de todos os lados, e em todos os nossos relacionamentos; ainda que falte-nos  as coisas que  reputamos  como essenciais para a nossa sobrevivência física, temos o Pai conosco. 
 
Ainda que estejamos enfrentando  perigo de morte, ou mesmo que a morte se nos avizinhe, projetando em nós  sua tenebrosa e assustadora sombra, como escreveu o salmista Davi,[1]  ainda assim, temos  esse conforto inaudito  e sublime da companhia do Altíssimo. Esse é, no meu entendimento,  o refúgio e fortaleza ao qual precisamos nos dirigir. Creio que aí se encontra a grande  necessidade  e importância da  oração. 

 

Pr. Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br



[1] Sl 23

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