Quando verificamos
a história dos heróis da fé, percebemos que cada um passou pelo
torvelinho da aflição, pelo seu "Vau de Jaboque", seu "Monte
Moriá", sua fornalha incadecente, para em seguida ter o conforto de Jeová
Jiré (o Senhor proverá) e para servir de testemunho para a salvação de muitos.
É claro que isso
não deve ser motivo para deixarmos de buscar o socorro e as
possíveis soluções humanas. Se estivermos doentes em condições de
buscarmos tratamentos médicos, não podemos negligenciar qualquer
possibilidade de solucionar tais problemas. Até porque Deus pode agir com ou
sem a intervenção humana. Todavia, ainda assim, não podemos
permitir que isto venha nos prostrar em depressão, mágoa, revolta
ou ressentimentos contra Deus ou contra quem quer que seja.
A Bíblia diz que
aqueles que são guiados pelo Espírito Santo, estes são os filhos de Deus
(Rm 8.14). Ora, se Jesus foi guiado pelo Espírito ao deserto, por
que haveria de nos conduzir só para sermos abençoados
materialmente? E quem diz que o deserto não significa também uma extraordinária
oportunidade para a aprendizagem com Deus na intimidade da oração e meditação,
além de usufruirmos da poderosa manifestação da majestade divina em nós,
em nosso favor, ou através de nós para abençoar aos outros? N o caso de nosso
Senhor, foi para nos abençoar, nos fortalecer na fé, nos ensinar a enfrentar a
tentação e para nos encorajar nos momentos de desalento e solidão.
Vanderlei Faria
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