“No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16.33).
Jesus nos prometeu a
paz em meio aos sofrimentos, mas não que ficaríamos livres dos mesmos. A
solução não é fugir do sofrimento, mas, sim, usar o sofrimento para nos
aproximar de Deus.
Foi isto que Jesus
fez. Foi o que fez Jó, ainda que chorando e se maldizendo. Ele abriu sua alma
com Deus, expôs a sua decepção e tristeza diante do sofrimento. Enfim,
conversou com Deus. E Deus lhe fez entender que
havia um propósito para o seu sofrimento: conhecer a Deus.
Stanley Jones, em seu
livro intitulado “Cristo e o sofrimento humano”, disse: “Deus raramente usa
qualquer pessoa sem submetê-la à prova do sofrimento. Jesus começou seu
ministério no deserto e o terminou na cruz...”
O nosso sofrimento não
nos dá a salvação, mas é o melhor meio de compreendermos que a nossa salvação
vem através do sofrimento de Cristo. E quando nos tornamos servos de Cristo,
nos tornamos, também, participantes de Seus sofrimentos: Rm 8:16-18; 2 Tm 3.12.
Cristo Jesus enfrentou o sofrimento com
a oração. Ele sofreu e morreu para que não soframos eternamente; e nos ensinou
a enfrentar o sofrimento com oração, superando-o através da fé e confiança na
soberania de Deus.
Para melhor
entendermos este assunto, gostaria de mencionar o texto seguinte: “Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é
para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e
reis, bem como perante os filhos de Israel;
pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At
9:15-16).
Aqui o Senhor fala
claramente sobre o chamado eficaz de Paulo, acrescentando a forma como ele
(Paulo) haveria de glorificar a Deus: através de seu próprio sofrimento. Enfim,
o que iria acontecer-lhe não seria mera
coincidência, acaso, ou fatalidade. Era a ação de Deus determinando previamente
o sofrimento de seu mensageiro. Aí fica
uma pergunta para nossa consideração: Se Deus assim agiu com Paulo, não fica
evidente o modo, ou maneira, como Ele trabalha conosco?
Vanderlei Faria
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