sábado, 30 de agosto de 2014

O MAIS IMPORTANTE


Apesar de sua intensa vontade de  se reencontrar com Jesus, Maria Madalena não o reconheceu de imediato, quando O viu. Havia, na verdade, várias razões para isso: A escuridão  da noite, embora estivesse amanhecendo.     As lágrimas ofuscavam sua visão. A tristeza que inundava seu coração, tornando-a lerda,  sem ânimo, sem entusiasmo e vibração. Mas, principalmente,  a maior barreira para reconhecer a Jesus, foi, sem dúvida,  o seu tremendo  desconhecimento  a respeito  da palavra profética sobre  o que haveria de acontecer com Jesus: Jo 14:1-4.


Muitas vezes nossos sentimentos  equivocados, lágrimas e  a escuridão de nossa visão espiritual deturpada, nos impedem de reconhecer  Jesus em nossa trajetória  terrena. Por isso, faz-se necessário  ouvi-Lo através de Sua Palavra.


Apesar de triste e confusa, Maria permaneceu  esperando, crendo (ainda que timidamente). Mesmo quando os outros  se retiraram  tranqüilos, ela permaneceu chorando, a despeito da mensagem angelical. Apesar da informação  oficial de que a vitória já fora conquistada sobre a morte e o inferno.
 
Tudo isso já era realidade  em sua mente, em sua vida, embora imperceptivelmente. Então, agora era  a crise do crescimento cristão, da maturidade espiritual. E foi recompensada com o inaudito privilégio de ser a primeira pessoa humana a conversar e adorar  o Senhor ressurreto. Que tremenda emoção! Um novo amanhecer raiou  para ela, como se o céu se  lhe abrisse, descortinando diante dela a mais preciosa revelação de Deus.
 
Foi, então, quando Ele pronunciou, de forma enfática e inconfundível: Maria! Quantas vezes perdemos tempo em lamentações, supervalorizando-se as perdas, os reveses e tristezas da vida, sem levarmos  em conta a vitória já assegurada em Cristo Jesus, conforme  1Co 15.54-58.


Ela fora ao sepulcro com uma preocupação  específica: ungir  o corpo de Jesus. Existem muitos  filhos de Deus excessivamente  ocupados e assoberbados com os deveres religiosos, trabalhando exaustivamente  naquilo que se  imagina ser o melhor a fazer para Deus, ou o melhor que Deus deseja que se faça... Acredita-se com suficiente capacidade  e resistência  para se desincumbir das inúmeras tarefas religiosas. Maria também se achava capaz de carregar sozinha o corpo de Jesus, levando-o para casa.
 
Quão enganada estava Maria em relação ao que poderia fazer por Jesus e com Jesus! Havia algo mais sublime e prazeroso que não imaginara: adorar a Jesus na Sua santidade e  proclamar aos outros que Ele ressuscitou. Que a salvação é possível. Isto sim, seria e continua sendo mais importante e necessário. O mais importante continua sendo poder carregar Jesus VIVO  em nossas almas; adorando-O e proclamando a Sua salvação.

 

 

Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

 

 

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