Gn 16.7-15
Enfim, justamente quando Deus lhe falara, de forma clara e objetiva, sobre
tudo quanto haveria de suceder-lhe...
Logo depois, foi Abraão convencido por Sara de que a única forma para eles alcançarem seus objetivos (que eram
o mesmos de Deus – como ele fora informado) seria fazendo uso de um atalho
humano, um jeito mais fácil e mais rápido de se obter os resultados
pretendidos; mesmo que estes já estivessem determinados previamente por
Deus. Aqui temos um exemplo do fracasso
dos métodos humanos quando eles não se coadunam com os princípios bíblicos.
A mesma pessoa que até então fora
importante (na ótica de Sara)
para se alcançar a solução de um problema “insolúvel”, de repente passava a ser
descartada por se constituir em uma ameaça
à paz e à harmonia familiar.
Agar, sem mesmo querer, constituíra-se numa personificação constante do desprezo, afronta e humilhação para Sara.
É sempre assim, a felicidade alheia provoca ressentimento e amargura para
alguns. Assim, a alegria de Agar proporcionava
um sentimento de inveja, amargura e humilhação em Sara; ainda que a
outra não lhe dissesse nada. Apenas a sua
presença feliz já era o suficiente para provocar todo o tipo de
constrangimento e contrariedade na outra.
Além disso, provavelmente, Sara
estava remoendo um sentimento de arrependimento tardio. Talvez já começasse a pensar na tremenda mancada que dera com aquela fatídica
sugestão. Ela mesma havia sugerido e aprovado a ruptura dos laços
conjugais, entregando seu marido “de
bandeja” para outra mulher; exposto sua
intimidade conjugal. Ela que
planejara apenas ter uma barriga de
aluguel, constituíra e alojara dentro de
sua própria casa uma concorrente fértil, jovial, e, quem sabe, mais atraente
para seu marido.
Qual a lição que poderíamos tirar desse episódio? Quantas
vezes ouvimos história de jovens casais que agem imprudentemente expondo-se às
tentações uns aos outros, por motivos os mais variados e banais!
Vanderlei Faria
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