terça-feira, 14 de abril de 2015

A ÚNICA ESPERANÇA

 
 

 
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3:21).
 
 
Quantas  vezes aquele homem teria ouvido a mesma pergunta que agora Jesus lhe dirigia: "Queres ficar são?"  Mas o tempo continuava passando, sem que houvesse  solução prática eficaz. Parecia uma corrida contra o tempo, e nada lhe parecia favorável. Também nós, como pessoas tementes a Deus, temos dificuldade para compreender e aceitar os sofrimentos. Como Jó, atormentado palas feridas sangrentas e dolorosas, sendo ainda pressionado  pelas acusações injustas de seus pretensos amigos... Ficamos, também, procurando entender os porquês de cada crise que enfrentamos. Há sempre  uma idéia de causa e efeito. Ou seja, sofrimento em consequência de culpas e pecados; bênçãos como recompensa de boas obras, ou  uma fé maior...  Embora saibamos que  "O Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho..." (Hb 12.6).  Quando, porém, o tempo vai se prolongando demasiadamente e a situação não se resolve a contento, e, até mesmo, vai se agravando, tomando proporções assustadoras... As portas se fechando, os amigos se afastando, as chances diminuindo,  o tempo  sugando as nossas forças e  esperança... Ficamos, então, aflitos, angustiados, desesperados, e, até mesmo revoltados; sem saber o que fazer, a quem recorrer, o que esperar e como acalentar o coração sofrido e machucado. Nessas horas, mais do que nunca, precisamos nos lembrar de que, em Cristo, somos mais do que vencedores. QUASE para o crente é sinal de esperança. Significa que resta  ainda uma chance, ainda que mínima aos nossos olhos. Mas Deus pode reverter toda a situação, porque "O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia; e conhece os que nele confiam...  Mas agora quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei as tuas cadeias" (Naum,1.7,13).


Havia uma vaga esperança de que descesse um anjo... Que ele fosse o primeiro da fila a ser lançado no momento oportuno... Que, uma vez lançado primeiro que os demais, houvesse realmente a concretização  do milagre tão propalado pela multidão mística. Então, fosse curado. Restava-lhe, portanto, apenas um fio de esperança. Porém, ali estava ele na expectativa. E Jesus tocou-lhe, mudando as circunstâncias. Ele creu, e Deus operou o milagre tão desejado. A esperança renasceu, e  a fé se fortaleceu!  

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3:21). Este versículo é, no meu entendimento, como um divisor de águas. Na verdade esta é a postura correta daquele que comunica a  vontade de Deus e Seu decreto para o povo: uma sincera e profunda  empatia para com a necessidade alheia. Em seguida, então, ele apresenta tanto a misericórdia divina como a responsabilidade humana:  Lm 3:22-32; 5:21.

Essa é a nossa única esperança: Cristo Jesus, o Senhor!

 

Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

 

 

 

Nenhum comentário: