segunda-feira, 20 de abril de 2015

VENCENDO A AMARGURA


“E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia,  defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade.  À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho” (At 16. 6-10).
 
Nós também, os que cremos, não ficamos livres  das correções e da disciplina divina. Temos muitos exemplos da Palavra de Deus, vejamos alguns:  Moisés, o grande líder, enfrentava as dificuldades habituais no comando do povo  de Deus no deserto. Sua postura era de equilíbrio sacerdotal entre Deus e o povo. Tinha, aparentemente, o controle de suas emoções e toda a liberdade para agir e reagir com o povo. E, até mesmo, para   errar, falhar.
 
Entretanto, quando vacilou diante de uma ordem divina,  batendo na rocha  com  desconfiança e irritação, sem exercer a fé que procurava despertar no povo, então, tudo mudou para ele. Deus o disciplinou duramente, impedindo-o de desfrutar o privilégio da posse da Terra Prometida. E Deus não retrocedeu, não mudou sua decisão... Outro caso aparentemente sem grande importância, do ponto de vista humano, é o de Davi. Quando resolveu contar o povo sem consultar a Deus, ou contrariando o que Deus determinara, atraiu para si duras conseqüências. E Deus não o livrou do castigo...
 
Estes exemplos nos mostram o lado da disciplina e justiça divina, como nos diz a Palavra de Deus em Hb 12.5-11.  Porém, é bom lembrar que nenhum destes homens, tanto Moisés e Davi, como Paulo e Silas, perdeu o tempo  lamentando sua sorte, ou  desfazendo-se em amargura contra a vontade expressa de Deus. Pelo contrário, diz a Bíblia que eles venciam a amargura de forma positiva: oravam e cantavam hinos a DEUS... Então, o que precisamos não é ficar  nos desfazendo em culpas e remorso, mas, sim, nos arrepender dos pecados e confiarmos inteiramente no Senhor; vencendo as preocupações, culpas e decepções através do louvor e adoração a Deus.

 
A amargura é algo desagradável. Ela não se contenta em ficar sozinha, contamina a muitos. Traz escravidão e miséria à alma humana. Ela atrapalha o crescimento cristão. E a causa, ou raiz, da amargura é o resistir da graça de Deus: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,  atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12:14-15). 

Precisamos nos lembrar sempre que Cristo Jesus é a nossa suficiência. O problema, porém,  é que muitos crentes não reconhecem, realmente,  Jesus como Senhor de suas vidas. Vivem abaixo das circunstâncias. Paulo não se sentia  derrotado. Ele estava acima das circunstâncias. Quando o Senhor Jesus for o Senhor  de nossas vidas, teremos vitória sobre a amargura.

 

Pr. Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

 

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