sábado, 31 de maio de 2008

O Meu Socorro Vem Do SENHOR

Esquecendo-me de que não estou sozinho com minhas próprias forças, sinto vontade de desistir do ministério, desistir da caminhada cristã, desistir da possibilidade de me manter fiel. Enfim, começo a pensar que a vida cristã vitoriosa é uma empreitada impossível e completamente fora das minhas chances.

Quando esses pensamentos tomam conta de mim, sinto-me como Pedro, afundando e sufocado pelos obstáculos mentais e espirituais absorvidos ao longo do caminho.
O problema principal, a meu ver, é que, por mais que falemos aos outros sobre a inevitável luta na qual o cristão quer queira quer não está envolvido; continuamos imaginando que podemos "relaxar e gozar", como disse a "ministra" (entre aspas, porque na verdade essa não foi uma postura digna de uma ministra da república); mesmo quando continuamos em pleno combate espiritual. Temos a tendência e vontade de relaxar mesmo, dar um tempo em nosso comprometimento com Deus.

Temos vontade de parecermos "normais", como os demais que não têm esperança da glória de Deus... Somos tentados a nos permitir uma folga na corrida cristã e tirar umas férias espirituais. E aí, quando nos damos conta já estamos amargando as decepções do fracasso e da derrota espirituais. Aí bate aquele gosto amargo do fracasso por termos investido grande parte de nossa vida em vão; quando de repente nos vemos desnorteados por termos vacilado entre a direita e a esquerda, sem um rumo certo e seguro. Não nos sentimos dignos de ir em frente, no rumo estabelecido e determinado pelo Senhor, por termos fracassado no percurso. Ficamos pensando como o salmista: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?” (Sl 121.1). Desta forma, só me resta uma alternativa: Levantar os olhos para alto, como o salmista para perceber que "O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra” (Sl 121.20; para então clamar: Senhor, Socorre-me! – como fez o apóstolo Pedro diante da possibilidade iminente da morte.

Experimente a Glória de Deus

Êx 32.11-13

É muito comum em nossos dias ouvirmos falar sobre o poder e a glória de Deus, sobre avivamento espiritual e coisas desse tipo. Mas, a questão é: Qual tem sido a nossa compreensão a respeito desse assunto? Queremos, realmente, experimentar o glória de Deus em nossas próprias vidas, ou apenas queremos presenciá-la no meio do povo de Deus por mera curiosidade? Estamos dispostos a buscar o poder e a glória de Deus, tendo a convicção de que haveremos de pagar um alto preço para que isto se efetue a partir de nós?

Em Êxodo, 24 a 34, temos um grande exemplo da trajetória de um homem que experimentou e vislumbrou a manifestação da glória de Deus na sua plenitude, de forma extraordinária, no exercício de suas atribuições como servo de Deus. Vejamos como.

Primeiramente, a Bíblia diz (Êx 24.18) que Moisés esteve na presença do Senhor quarenta dias e quarenta noites. Esteve literalmente na presença do Senhor. E, certamente, como Paulo, poderia dizer que viu e ouviu “coisas inefáveis”, as quais seriam impossíveis de serem reveladas aos demais mortais, exceto aquelas palavras que o Senhor mesmo escreveu nas tábuas de pedra. O fato é que viu a manifestação da glória de Deus. Ou seja, Deus se deu a conhecer de uma forma tremenda, sublime e majestosa.

Depois de experimentar a doce presença do Senhor, recebendo diretamente da Fonte, Moisés então foi encorajado a interceder em favor de seu povo. Moisés apela ao Senhor como representante daquele povo. E continuou argumentando com Deus, mediante a promessa do Senhor em preservar para si um povo especial. Era como se dissesse: "Senhor, eu me sinto feliz em ser Teu servo, e estar vivendo em Tua companhia. Mas, Senhor, esta é a minha gente, a minha grande família. Não posso ser feliz sozinho. Minha felicidade depende da felicidade desse povo. Minha vitória não será completa, se não for compartilhada, se eu não tiver com quem dividir os louros da conquista. Eu quero ser, Senhor, um elo entre Ti e esse povo que o Senhor mesmo escolheu para a Tua glória. Por favor, não me deixe caminhar solitário, ainda que a vitória me seja assegurada. Preciso ajudar esse povo a caminhar e vencer!"
E Deus concedeu-Lhe uma resposta favorável. Se você também sente-se carente de uma resposta favorável e eficaz, diante das circunstâncias desalentadoras da vida, clame agora ao Senhor para que Ele lhe proporcione experimentar a sua excelsa glória também!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Não Se Desespere

Sl 77.1-9

Podemos reconhecer que, acima de tudo e em todo o tempo, há uma mão amiga sustentando-nos e cuidando de nós, modelando a nossa vida. Podemos, assim, compreender que nossos sofrimentos, antes de mais nada, proporcionam-nos uma aproximação maior com Ele. Somos, então, instado a orar, a buscar o conforto e a comunhão com Aquele que sofreu absurdamente para nos redimir dos nossos pecados. Isto nos faz sentir uma doce e confortadora comunhão com Ele. Nos identificamos com Ele no sofrimento, como na oração.

Se os sofrimentos que suportamos são devido ao nosso viver cristão, somos bem-aventurados. E, quanto mais nos assemelharmos a Cristo, mais ódio e revolta receberemos do mundo ímpio. Assim, pois, o sofrimento há de nos caracterizar como servos de Cristo Jesus. Lembremo-nos, porém, que a graça de Cristo será sempre superior ao sofrimento suportado por amor a Cristo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3:12).

Somente os vencedores são os verdadeiros crentes. Os demais são apenas os espectadores da Igreja. Nem a morte prejudica totalmente o crente! Quem sabe, sua vida tenha sido uma longa e tenebrosa noite escura, apesar de viver sempre numa escalada constante e perigosa em busca do sucesso a qualquer custo... Quem sabe, toda a sua vida tenha sido investida neste objetivo heróico, porém, fútil. Seu sonho foi acalentado há muitos anos.... De repente, tudo acabou. Tudo está se desfazendo... O castelo dos sonhos dourados está se desmoronando... Você se acha estilhaçado, injustiçado, esmagado... Seus esforços estão sendo inúteis, infrutíferos... A iminência da derrota fatal e vergonhosa se materializa. Parece que todo o sacrifício empreendido ao longo de uma vida de trabalho duro foi por água abaixo. Só lhe restam lágrimas e um vazio estarrecedor... Mas, espere um pouco, se você chegou ao ponto de reconhecer que tudo falhou, a vida ficou vazia... Se tudo está vazio, está na hora de permitir que o Senhor Jesus possa atuar em sua experiência pessoal. Mudar seu coração. Transformar completamente sua vida, seus propósitos, sua obsessão! Clame ao Senhor como fez o salmista: (Sl 77.1-9).

Creia que Deus ainda tem um plano mais excelente para a sua vida! Não se desespere. Por favor, não deixe que o abatimento temporário transforme sua vida num inferno permanente, eterno. Deus ainda o ama e está a estender-lhe Suas potentes mãos. Ele quer transformar e consolar o seu ferido coração. Fique com Ele, viva com Ele e para Ele! Seja um crente no Senhor Jesus Cristo!

domingo, 25 de maio de 2008

Só Deus Pode

Só Deus Pode!

Lembre-se sempre disso: não é pelo que você tem nas mãos, na cabeça, em seu bolso ou pela sua conta bancária que Deus vai ser glorificado por meio de você. Se Ele mesmo não Se dignar em tomar o que você retém em suas mãos e transformar naquilo que Lhe agrada, tudo o mais será apenas futilidade e enganação.

Mas isto também nos encoraja e nos dá alento em saber que por mais insignificantes que sejamos Deus pode transformar o nosso pouco em algo tremendamente assustador e significativo. Deus é o Senhor, só Ele pode fazer uso de nós para Sua própria glória e louvor. Nada há de ser creditado a nós mesmos, a glória é dEle, a honra e o louvor pertencem a Ele, ainda que aparentemente eu possa transmitir algum tipo de valor digno de apreciação e consideração; nada, porém, me é dado fazer e merecer por mim mesmo. Se Ele não agir por mim e em mim, o meu agir será apenas ativismo vão e inconseqüente. Só o mover do Espírito em nós produz algo de bom e útil de fato através de nós.

Quando escrevo algo que sinto que poderá abençoar alguém, eu louvo ao Senhor porque aprouve a Ele conceder-me essa graça de ser a ferramenta que Ele resolveu usar para abençoar alguém. E quando você ler alguma coisa ruim ou deplorável que eu tenha escrito, saiba que aí sim eu transmiti algo que me caracteriza como ser humano, a incapacidade para abençoar alguém por mim mesmo.

Se você algum dia sentir-se abençoado pelo que leu ou ouviu de mim, saiba que isso não veio de mim, foi Deus que lhe falou, da maneira que Lhe aprouve, fazendo uso até mesmo de mim, um instrumento tão frágil e insignificante. E isso é graça, é a bênção do evangelho em nós: “Isto é, Cristo em nós, a esperança da glória” (Cl 1.27b).

Em suma, pouco importava o que Moisés tinha na mão, o que haveria de causar impacto, e que de fato causou, era o que Deus haveria de fazer com um simples objeto em sua mão. Deus é quem faz a diferença em nossas vidas. Portanto, entregue a Ele o que tens na mãos e no coração, deixe que Ele mesmo controle o seu viver e sua vida há de ter sentido, você será uma bênção para muitos, especialmente para sua própria familia, para a glória de Deus.

_ “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (1 Tm 1.17)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Tire Sua Máscara

Quando Jacó orou a primeira vez (Gn 32.9-12) tentou tirar a máscara de santidade diante do Senhor. Contudo, somente depois de continuar tentando atenuar seu medo e aplacar a possível ira de seu “esquecido” irmão com presentes e estratégias humanas, sem contudo sentir-se em plena paz, é que tirou completamente sua máscara diante do Senhor quando ficou a sós no Vau de Jaboque.
Precisamos tirar nossas máscaras agora mesmo, enquanto ainda temos tempo para buscarmos ao Senhor de todo o nosso coração, como Ele mesmo exige de nós: Jr 29.11-14.
Tire sua máscara e se apresente diante do Senhor para que Ele mude a sua sorte, enquanto é tempo, antes que tenha que comparecer desnudo diante do Tribunal de Cristo. Faça-o imediatamente enquanto lê, medita ou ouve sobre estas palavras, visto que um segundo a mais poderá ser-lhe fatal, e você tenha que comparecer diante do Senhor da glória sem o devido acerto de contas com Ele. Então não haverá mais oportunidade para arrependimento e para despir-se voluntariamente diante do Criador.

Hoje é o tempo favorável para nos desfazer da máscara que nos aprisiona para buscarmos a Deus de todo o nosso coração: “E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus (porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação)” (2Co 6.1-2).
_ “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6).

Creio que assim também haveremos de contemplar a glória de Deus, quando Ele completar a obra que começou a realizar em nós, conforme disser o apóstolo Paulo. Assim, Deus atingirá o propósito para o qual Ele nos criou e determinou todas as coisas que nos acontecem. Quem sabe Deus está nos proporcionando uma rara oportunidade para nos aproximar mais dEle, abrindo, assim, nosso coração e nosso entendimento para as verdades eternas.

Além disso, talvez seja esse o meio através do qual Deus vai salvar alguma vida, através de nosso sofrimento. Não podemos nos esquecer do caso de Estêvão. Deus permitiu, determinou, que ele morresse de forma cruel com o propósito de sensibilizar o coração do então sanguinário Saulo de Tarso e para a glória de Deus. Pense nisto! Não perca esta sublime oportunidade. Não espere que a morte sele definitivamente seu destino eterno, longe de Deus por toda a eternidade. Este é o tempo favorável, o seu bom tempo. Que o Senhor, portanto, o abençoe e acolha sua oração de fé. Amém.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Impostor Que Vive Em Mim

Certa noite tive um sonho assustador o qual me fez acordar pensando no livro de Brennan Manning cujo título é o mesmo deste artigo. Por sinal, este foi um dos melhores livros que tenho lido nestes últimos anos.

No sonho eu havia preparado um grande tabuleiro de farofa. Era uma grande quantidade de um tipo de farofa cheia de diversos tipos de carne para servir a um imenso grupo de convidados que se reunia em minha casa.

Porém, minha dificuldade é que, ao retirar o tabuleiro do forno, verifiquei que havia vários gatinhos recém-nascidos justamente na parte final do tabuleiro. Ainda tentei separá-los do restante do alimento a fim de poder aproveitar o máximo possível. Mas foi tal a minha repugnância que acordei assustado e nervoso, exatamente no momento que tentava retirar os gatinhos do meio da farofa, sem querer desperdiçar todo o conteúdo que havia preparado com tanto esforço e dedicação. Havia gasto muito dinheiro para jogar fora tudo aquilo... Alguém ainda fez chacota com os gatinhos que foram parar naquele lugar, enquanto eu ia separando-os com cuidado tentando aproveitar a parte “não comprometida” do alimento... (que nojo!).
De fato acordei com nojo de mim mesmo e da situação. Imediatamente associei o sonho com o livro mencionado acima e com os pecados mentais que praticamos diariamente, sem nos dar conta de que não dá para conviver com o alimento santo do Senhor e os “gatinhos” do mundo em nosso coração.

No livro citado o autor discorre sobre essa tendência nossa de tentar nos justificar diante de Deus com a nossa religiosidade aparente, superficial e enganosa. Procuramos aplacar nossa consciência pecaminosa e a ira divina mantendo uma postura social respeitosa, com atitudes e obras rituais, formais, que agradam às pessoas, ou que pelo menos as pessoas esperam de nós. Contudo, não conseguimos suportar o fato de que as nossas “boas obras” ou “boas atitudes” estão comprometidas com a sujeira do pecado que há em nós, ou que praticamos mentalmente.
Enquanto não percebemos que não há como separar os gatinhos recém nascidos do meio da farofa e servir aquele alimento como se nada tivesse acontecido. Felizmente eu acordei antes de tentar aproveitar aquele alimento. Mas não consigo esquecer-me de quando tento representar um tipo de pessoa pura e santa quando na realidade, pelo que me conheço, não sou aquilo que tento representar para agradar e satisfazer os outros.

Não adianta tentar remediar com o pecado, protelar até que haja uma solução menos traumática, ou menos prejudicial. Tenho que jogar fora tudo aquilo que foi contaminado pela presença do pecado, ainda que represente muito tempo e dinheiro investido para se conseguir chegar àquele objetivo.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Quando Orardes

“E, quando orardes...” (Mt 6.5a).

– Quando orardes... – Esta expressão, portanto, mostra-nos a ênfase de Jesus sobre a importância e necessidade da oração. “Quando”, não no sentido de tempo, propriamente, mas, diz respeito às circunstâncias em que Deus nos propicia viver a fim de nos induzir à oração. Creio que o Senhor não disse quando como uma possibilidade remota, ou como algo distante do cotidiano. Mas, sim, como orientação para que em quaisquer circunstâncias em que fizessem uso da oração tivessem as orientações quanto ao procedimento adequado para que a oração fosse eficaz, e não se tornasse uma formalidade, ou ritual desprovido de conteúdo espiritual. Mostrando-nos, assim, o Senhor, que precisamos nos desenvolver na prática da oração. Precisamos saber como e com quem vamos nos dirigir na oração; como falar com Deus em oração: 1 Co 3:11; 1 Tm 2:5-6; Hb 10:19-23.

A Bíblia nos ensina que oramos a Deus Pai, por meio de Jesus, pelo Espírito Santo: Ef 2:13-18. É o Espírito Santo que cria uma mente espiritual: Rm 8:26-27.
Sem a atuação do Espírito, não sabemos e nem conseguimos orar: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites" (Tg 4.3). É o Espírito Santo que nos revela Deus e a Sua glória. Ele nos leva a conhecer a Jesus na intimidade. Ele nos leva a conhecer e proclamar a Palavra de Deus e Suas promessas: Jo 4.14; 7.38-39.
Precisamos entender que é "por um só Espírito": Ef 2.17-19; Jd 1.20-21. Portanto, não é questão de lugar, postura, ou a forma de orar: Jo 4.23-24.

Na exposição deste assunto, a começar do texto que temos diante de nós, o Senhor nos dá uma verdadeira aula sobre a teologia e prática da oração. Jesus nos ensina a orar, começando com a questão das condições e tempo que requerem oração. Em seguida Jesus explica-nos como não se deve orar e como devemos fazê-lo. Depois o Senhor nos leva a pensar no porquê devemos orar, quando o Pai já sabe o que precisamos. Somente após apresentar essas questões preliminares é que o Senhor começa a falar mais especificamente sobre a oração modelo; ou, sobre as ênfases que precisamos dar em nossa oração. Começando, naturalmente, com uma expressão de louvor e adoração ao Pai, prosseguindo com a confissão de pecados e as petições... Assim, pois, somos encorajados a orar em todas as circunstâncias.

domingo, 18 de maio de 2008

Superando Limites

Moisés já havia superado muitas outras crises e barreiras até aquele momento. Havia experimentado momentos maravilhosos e deslumbrantes na presença de Deus. Havia recebido do próprio Deus as tábuas da Lei. Desceria eufórico e esfuziante do Monte de Deus não fora a informação recebida do próprio Senhor (Êx 32.7). Ao chegar perto do arraial é alertado ainda por Josué, seu servo, acerca da incredulidade e idolatria de seu povo (Êx 32.17). Moisés, porém, procura se convencer de que não era algo tão grave quanto pensava Josué: Êx 32.19.

Apenas alguns dias sem a companhia do seu líder foram suficientes para uma debandada dos caminhos do Senhor. O povo de Deus estava prostrado diante de um ídolo! Moisés, então, chega ao primeiro limite de sua resistência: Sua paciência havia se esgotado! Ira, ódio incubado, retido, não resolvido, não solucionado. É um problema íntimo, desgastante. A ira de Deus precisa inundar o nosso coração também. Na é raiva, ou ira humana, a qual é pecaminosa, egoísta. Mas a ira de Deus é o zelo de Deus pela Sua própria palavra. De nossa parte significa respeito e reverência à santidade de Deus. Não é ódio humano, é santidade, temor ao Senhor e à Sua santa vontade.
Temos que nos conscientizar de que, ainda que não sejamos responsáveis por aquilo que nos aconteça externamente, somos responsáveis pelo que teimamos em reter em nossa mente. Quando chegamos aos nossos limites e não vemos outra alternativa em nossa caminhada terrena, ainda temos uma saída: Deus.

O homem procura viver sem limites. A juventude procura quebrar todos os tabus. Mas enquanto aqui estivermos haverá limites. Somos limitados por natureza. Sabendo disso, o que fazer? Precisamos urgentemente da salvação em Cristo. Não apenas nos assegurar de que fomos salvos, mas, experimentar diariamente a bênção do poder de Deus, superando limites.

Os atletas se empenham para superar cada vez mais seus próprios limites. Alguns até mesmo se envolvem com anabolizantes, hormônios que possibilitam desenvolver a massa muscular, porém, provocando sérios problemas à saúde, até mesmo levando à morte em algumas circunstâncias. Outros se dopam, tomando medicamentos proibidos, resultando em perdas irreparáveis, na ânsia incontrolável de superarem os limites até então alcançados, quebrar recordes. Outros há que, não suportando mais, chegam ao limite de sua resistência emocional, e se entregam, vencidos, aos vícios, ou mesmo ao suicídio. Mas há uma maneira mais inteligente de superação dos limites: com Deus!

Um Encontro Decisivo Com Deus

_ "Assim tornou Moisés ao Senhor, e disse: Oh! Este povo cometeu um grande pecado, fazendo para si um deus de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado; ou se não, risca-me do teu livro, que tens escrito" (Êx 32.31-32).

Creio que aqui começa um dos relatos mais significativos e emocionantes do confronto do homem com Deus. Primeiramente Moisés exorta o povo, mostrando-lhe a gravidade do ato praticado (Ex 32.30). Então se dirige para um encontro decisivo com Deus. Apesar de sua ira e revolta com a atitude irresponsável e leviana de Arão, e da rebeldia e incredulidade do povo, Moisés ainda se depara com algo pior: o castigo divino para com o seu povo. Agora era como se fizesse a seguinte declaração: "Esse povo não presta, mas é o povo a quem eu amo profundamente! Ou Tu perdoas este povo, ou então me mata, me corta fora dos Teus planos; me deixa fora! Não precisa mais contar comigo!"

No limite de suas forças físicas, emocionais e espirituais, Moisés arranca de seu coração a mais pungente e dramática oração relatada na Bíblia, jamais imitada em toda história humana, exceto na cruz do Calvário. Não era uma afronta, ou mesmo uma blasfêmia. Era um desabafo, ou mesmo um clamor suplicante de quem amava tremendamente aquele povo de dura cerviz. Um povo rebelde e contradizente. Dirigindo seu clamor, sua angustiante petição ao Deus poderoso e indispensável no seu caminhar. Deus que, além de ser absolutamente indispensável, era, também, o seu amigo íntimo com quem nutria uma profunda afinidade. Não eram palavras arrogantes e presunçosas de quem quer se mostrar, ou se autopromover. Eram palavras seguras, sinceras, arrancadas de um coração "sangrando", ferido, nos limites. Era a superação dos limites da fé, da oração e da comunhão da alma humana com o Deus Todo Poderoso. Palavras que só foram superadas pelo próprio Salvador, clamando pelo perdão divino em favor de um povo ignorante: "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem!" (Lc 23.34a). E Deus ouviu, e atendeu sua petição.

Há momentos difíceis na vida quando nos sentimos isolados, ilhados, confusos, derrotados, como que num turbilhão de aflições. Quando todas as portas parecem se fechar à nossa frente. Nada dá certo. Sentimo-nos como que batendo em ponta de faca. Quando lágrimas teimosas continuam a jorrar de nossos olhos... O mundo e o Diabo tem procurado levar as pessoas, especialmente os crentes, a viverem para baixo, deprimidas e revoltadas. Porém, Deus nos criou para vivermos nas alturas. Por isso Jesus disse: "O ladrão não vem se não para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância" (Jo 10.10).

sábado, 17 de maio de 2008

Tende Bom Ânimo

_ “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome” (Lc 4.1, 2).

Embora tenhamos em mente o deserto da tentação, é no deserto da oração onde há maior chance de termos um profundo e significativo encontro com Deus. É quando somos confrontados no mais íntimo de nossa fé, e somos levados a crescer. Quando vencemos a tentação, sentimos que crescemos um pouco mais. É, portanto, no deserto, quando temos mais chance de sermos fortalecidos no poder do Espírito Santo. Como diz a Bíblia, foi após a vitória sobre a tentação que Jesus sentiu-se livre da pressão demoníaca: “Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram... Assim, tendo o Diabo acabado toda sorte de tentação, retirou-se dele até ocasião oportuna. Então voltou Jesus para a Galiléia no poder do Espírito; e a sua fama correu por toda a circunvizinhança” (Mt 4.11; Lc 4.13-14).

Sempre me emociono com o "treinamento" missionário pelo qual passou o Senhor Jesus. Assim também, fico imaginando como Deus muitas vezes, ou quase sempre, usa desse mesmo tipo de treinamento conosco.

Quantas vezes uma enfermidade persistente e dolorosa, um desemprego, aflições e abandonos familiares, nos levam a sentir solitários e carentes como se estivéssemos atravessando um longo e tenebroso deserto de aflição!

Muitas vezes, ainda, somos confrontados com as vis tentações diabólicas, infernais, dizendo-nos e procurando nos convencer de que não temos ninguém para nos defender, nos apoiar; que não valemos nada para o mundo, para a sociedade, e nem para Deus... Ou ainda, que não temos fé suficiente para sermos curados, abençoados... Ou que estamos "pagando" pelos pecados e males que cometemos, ou porque não seguimos os preceitos determinados pelas seitas, ou por um Deus impiedoso... E por causa disso Deus estaria nos castigando.

Enfim, o deserto representa, além das aflições das condições adversas que enfrentamos, também representa o bombardeio ou avalanche de opressões satânicas procurando nos ridicularizar, nos desanimar e nos levar à revolta contra Deus. Mas quando pensamos em nosso Mestre amado suportando as agruras de um deserto abrasador, as tentações diabólicas e todos os sofrimentos até ao Calvário, então somos confortados e encorajados a seguir Seus conselhos: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" ( Jo 16.32).

Alegrai-Vos Sempre No Senhor

_ "Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez vos digo: alegrai-vos” (Fl 4.4).

Quem as proferiu estava, como tantos hoje em dia, com motivos sobejos de não só estar triste e choroso, mas, também, revoltado e odiando a tudo e a todos por uma reclusão injusta e desumana. Não fora a graça de Cristo, e sua plena intimidade com o Senhor ressurreto, este prisioneiro também teria se desmanchado em lamentações e lágrimas, com o sentimento ferido por achar-se abandonado naquele cárcere sujo e frio. E, na verdade, suas palavras em nada se assemelham com a irresponsabilidade e leviandade de um político que não sabe o que é padecer as agruras de um sentimento de impotência diante dos descasos das autoridades constituídas.
Quando ele disse "alegrai-vos no Senhor", era porque, ainda que a friagem do cárcere, a fome e as dores causadas pelas chicotadas recebidas lhe provocassem desconforto e sofrimento; ainda que a escuridão de sua cela fria tirasse seu humor; ainda que injustiçado e incompreendido; ainda que sem dinheiro e faminto; ainda que a morte se lhe mostrasse tão próxima; ainda assim, havia paz reinante em seu coração ferido e alegria transbordante exalando em sua face como perfume suave ao Senhor.

Você que chora pelos seus inúmeros e justos motivos pessoais; enxugue seus olhos um pouco, voltando-se mais uma vez a pensar no encorajamento de quem sentia tanto quanto, ou muito mais do que você possa imaginar: "Alegrai-vos sempre, no Senhor!"

Não é alegria do hipócrita que apenas tenta vender uma boa imagem de seu produto (no caso, de sua religião). Não é alegria do budista para quem a vida não tem sentido, nem mesmo razão para se chorar; para quem busca o "nirvana", ou o não sentir... Nem tão pouco é a alegria do otimista debilóide que atribui tudo ao acaso, e que um dia a sorte ou o destino trará a paz de volta... A paz e alegria proclamadas por esse solitário prisioneiro faz parte da experiência de vida de todos quantos tiveram uma experiência real e profunda com o Senhor, Autor e Consumar da fé. Como Maria Madalena, depois que disse "Vi o Senhor!"

Jesus era a sua maior alegria, a razão de sua vida. Nada mais tinha tanto valor a ponto de causar-lhe abatimento e tirar-lhe a paz de espírito. Jesus era a única razão de sua existência; o resto, era resto tão somente. Não poderia mais ficar calada e rabugenta no seu canto. Teria que sair cantando e contando em alto e bom som que ele vive e reina para sempre!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Lágrimas Recolhidas

_ "Dá-lhes a retribuição segundo a sua iniqüidade. Derriba os povos, ó Deus, na tua ira! Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolhestes as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro?" (Sl 56.7-8).

Deus está recolhendo as suas lágrimas no Seu odre santo! Isto é magnífico e fantástico! Quer dizer que suas lágrimas não têm sido esquecidas, nem têm sido em vão. Deus está fazendo uso delas para abençoar alguém ao seu redor. Um dia, certamente, você há de se regozijar pelo fato de que Deus, em Sua infinita graça e misericórdia, tê-la usado de forma tão maravilhosa, apesar da tristeza, para a salvação de alguém de sua estima, próximo a você. Creia nisto, Deus está recolhendo as suas lágrimas em Seu odre! Saiba que um dos resultados de tudo isso já pode ser mencionado: são estas palavras que o Senhor está me dizendo para escrever a fim de abençoar a tantas outras mulheres, que passam por circunstancias semelhantes. Se você está gostando do que Deus está lhe falando através desse recado que escrevo sua honra, saiba que você também tem parte nesse texto com suas constantes lágrimas; e, muito mais, por sua perseverança e firmeza na fé em Cristo Jesus. Esse é apenas um dos frutos de suas lágrimas, recolhidas no odre divino; mas estou certo de que Deus está abençoando a toda a sua família e amigos íntimos, fazendo uso de suas lágrimas, recolhidos em Seu odre! Glória a Deus e um beijão em seus olhos ainda lacrimejantes!
Atente para o recado de Deus para você: Is 41.10,1; 44.21-22; 45.2, 4b.

Tome posse dessas preciosas e sublimes promessas, agora mesmo. Antes mesmo que as lágrimas cessem, e que seu coração se endureça mais ainda!
_ "Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei" ( v.15).
Era como se Maria estivesse dizendo: "Quero prestar-lhe minha última homenagem!"
Mas, já era tarde para tal demonstração. Tenho visto e presenciado as lágrimas de muitos filhos, diante do corpo frio e inerte de seus pais ou irmãos, diante da impossibilidade de resgatar aquilo que fora praticado de errado ou de má vontade para com eles. Não deixe para fazer o bem a quem você ama quando já for tarde demais. Não deixe de levar Jesus para sua casa, no seu coração, agora mesmo, no tempo oportuno. Não deixe que o bom tempo se vá, quando não mais houver possibilidade de interagir com o ser amado que caminha a seu lado.

Benditas lágrimas

_ "Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida. Ele retribuirá o mal aos meus opressores; por tua fidelidade dá cabo deles" (Sl 54.4-5).

Se sou encorajado em minhas próprias lutas a continuar "firme e constante, sabendo que meu trabalho não é vão no Senhor", lembrando-me desta destemida mulher jovem, recém convertida, que a despeito das muitas e incontidas lágrimas ao lado de um homem truculento que não a merece e que nada faz para ajudá-la na criação dos filhos; e que, apesar de tudo, continua fiel a ele, porque primeiramente é fiel e temente ao seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo... Então imagino, se eu que apenas acompanho os fatos à distância sou abençoado e desafiado em minha fé, quanto mais ajudados e encorajados a crer e confiar no Senhor não estarão sendo aqueles filhos e os demais familiares e amigos!?

Benditas lágrimas que me ajudam a prosseguir na luta de cada dia! Benditas, sois vós mulheres fiéis e destemidas, de todos os tempos e idade; de todas as raças e culturas, que nos ensinam que ser crente em Cristo significa muito mias de que meras palavras!
Na mesma época, uma jovem a quem tenho tido a honra de pastorear pela internet compartilhou comigo sua luta pessoal. Ela está namorando um rapaz não crente, e está começando a enfrentar sérias dificuldades, devido ao fato de que ele não aceita e não entende por que ela, sendo uma pessoa "esclarecida e independente" ainda se mantém tão rígida em não fazer sexo com ele. "Afinal", diz ele, "somos jovens, temos necessidades hormonais, somos suficientemente amadurecidos para saber o que sentimos um pelo outro; eu não entendo a sua atitude infantil e careta..."
Disse-lhe que, de fato, "o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhes são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2.13). A essa jovem querida sou obrigado a aconselhá-la a abandonar imediatamente a esse ímpio namorado; e confiar inteiramente em Deus para que Ele mesmo a direcione na escolha daquele que há de entendê-la, amá-la realmente, respeitá-la e compartilhar com ela o resto de sua vida.

Certamente, Deus está fazendo uso dessas lágrimas para abençoar filhos (atuais ou futuros), maridos (atuais ou futuros), para alcançar seus pais e amigos com a mensagem santa do evangelho de Cristo Jesus. Afinal, que moral vocês teriam para falar-lhes do amor de Deus e da vitória que há em Cristo, se vocês mesmas não tivessem vencendo suas lutas pessoais? Creia que Deus está vendo e recebendo suas lágrimas. Amém.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Depender De Deus Em Oração

No currículo do Seminário de Jesus havia uma disciplina prática que se destacava entre as demais: oração! Infelizmente, este assunto não recebe muita importância na maioria de nossos seminários. Ao contrário, alguns até mesmo não atribuem à oração qualquer relevância. Mas o pior é que, normalmente, em nossos momentos devocionais, a oração não passa de mera formalidade. Procuramos cumprir uma agenda repleta de atividades, as quais reputamos de maior importância, beleza e “atração”, para não contrariar os nossos “seletos” visitantes a quem desejamos agradar a todo custo... Esquecemo-nos de que o culto precisa agradar, prioritariamente, ao Senhor Jesus, autor e consumador da fé.

Quando a nossa fé deixa de ser apenas um tipo de religiosidade nominal, e passamos a nos envolver com a realidade plena da glória de Deus através da oração e da ação, começamos a desfrutar do gozo da vitória em Cristo. Começamos a frutificar, realmente. Isto não depende das circunstâncias. A vitória não será medida e sentida por causa daquilo que nos aconteça aqui, mas, devido à uma nova dimensão da compreensão da própria vida cristã. Isto parece complicado, até que deixemos de ser meros espectadores diante dos heróis da fé e nos coloquemos no palco das realizações espirituais. Sentindo cada dia o desafio de depender de Deus em oração. Até que, como disse Tiago, deixemos de nos contentar em sermos apenas “ouvintes da palavra” e nos tornemos praticantes ativos, vibrantes, da palavra viva! É preciso, pois, que os salvos não se contentem em viver imobilizados espiritualmente, infrutíferos e derrotados. É preciso entender que servir a Jesus, amar a Sua palavra, buscar a Deus em oração constante e fervorosa, não é tortura, nem atividade enfadonha. Mas é algo prazeroso, quando experimentado de todo o coração e segundo a vontade de Deus. Não podemos nos contentar apenas com a nossa ortodoxia cristã evangélica fria e estática. É necessário mantermo-nos ativos, dinâmicos, vibrantes e persistentes na oração; crendo e esperando no Senhor ativamente.

A esperança bíblica é “esperar por”, ter expectativa de... E isto requer paciência, disciplina e confiança. Em outras palavras, esperar é ser motivado pelo alvo que há na frente, o aguardar é este movimento em direção ao alvo (Sl 37.4-7 a). Esperar, portanto, é uma coisa ativa, é aguardar com disciplina. E essa esperança nos convida à oração: vigiar e orar. Veja ainda o que escreveu o salmista, unindo no mesmo salmo as duas idéias, esperar e agir: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio... Vinde, contemplai as obras do Senhor, que desolações efetuou na terra” (Sl 46.10,11,8).

domingo, 11 de maio de 2008

Noli Tangere

O que planejamos fazer no sentido religioso pode ser muito importante, e até necessário, mas precisamos nos deixar conduzir pelo próprio Senhor, porque Ele tem a ordem específica e direta para cada um de nós. Embora ela não tenha concretizado a tarefa para a qual se propusera, vale a pena destacar que sua devoção ao Senhor foi plenamente recompensada. Assim também nós, quando nos entregamos completamente ao Senhor Jesus, ainda que nossos propósitos sejam incorretos, Ele orienta-nos e determina os nossos passos. Recompensando-nos além do que possamos imaginar, Ele se nos apresenta real em nosso viver diário.

Maria ficou tão emocionada que prostrou-se imediatamente diante dEle, tocando-Lhe as vestes. Mas Ele advertiu-lhe com as palavras, até hoje pouco entendidas: "NOLI TANGERE", deixa de me tocar! (O Novo Dicionário da Bíblica, V. II, p.1006 – Jo 20.17). Agora a sua afinidade com Jesus tinha que ser em outra dimensão. E ela precisava dar-se conta desse fato. Pois desde então o Senhor está conosco em Espírito, através do Espírito Santo, e não mais com Sua presença física. Apesar de muitos não entenderem, ela entendeu que Jesus estava querendo conduzi-la a um novo e superior estágio espiritual, como Ele mesmo afirmara: "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo 20.29 b).

Para a sociedade, Maria não tinha muito valor. Para a religião oficial também, não havia muita coisa para as mulheres aspirarem, para se envolver, serem úteis. Os rabinos, por exemplo, viviam se questionando quanto à possibilidade das mulheres possuírem alma ou não.
Na sociedade judaica era proibido a um homem falar com qualquer mulher em lugares públicos. Jesus veio quebrar os tabus e preconceitos, repudiando toda forma de discriminação. Jamais se esquivara dos doentes, das meretrizes, dos pecadores discriminados pela sociedade hipócrita e farisaica. Ao contrário, Ele se achegava até eles, comia com eles. Havia compaixão genuína em seu coração para com os seres humanos, independente de suas posições sociais e religiosas. Havia em Seu coração um propósito maior em tocar-lhes: Ele desejava restaurar-lhes em todos os sentidos, física, mental, moral, emocional e espiritualmente. O evangelho de Jesus produz quebras de preconceitos, aproximando pessoas até então separadas pela segregação racial, pelo preconceito social, etc.

Agora entendo melhor porque Jesus disse às mulheres que choram por Ele, ao vê-lo caminhar em direção à cruz do Calvário tais palavras:
"Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!" (Lc 23.28).

sábado, 10 de maio de 2008

Mulher, Por Que Choras?

_ "Porque levaram meu Senhor, e não sei onde o puseram" (Jo 20.13b).

Maria Madalena era uma mulher sem esperança, sofrida e maltratada pelas hostes do inferno. Possuída por sete demônios, os quais foram expulsos por Jesus (Mc 16.9; Lc 8.2). Foi liberta pelo sangue de Jesus, isto é, pela autoridade e poder do Senhor Jesus. Mas, também, era uma mulher agradecida. Jamais haveria de esquecer o grande e maravilhoso milagre efetuado em sua própria vida. Sete espíritos malignos! Jesus disse que, quando o espírito imundo sai da pessoa e volta posteriormente, traz consigo outros sete piores do que o anterior. E o último estado dessa pessoa é pior que o anterior (Mt 12:43-45). Uma mulher enganada por muitos anos. Viveu nesse estágio mais avançado na degradação espiritual.

Alguns usam a expressão, espírito evoluído, com poderes extra-sensoriais, e coisas desse gênero... Como tantos hoje que vivem aparentemente curtindo a vida, porém, trazendo no íntimo a amargura do inferno, tendo os demônios como companheiros e senhores de seus atos. É o que significa, realmente, viver num inferno aqui na terra. Embora saibamos pela revelação bíblica que o Inferno, preparado para o Diabo e seus anjos, é ainda bem pior (Ap 20:10-15).

Quantos filhos do Deus vivo, ainda hoje, estão vivendo como escravos, abatidos e revoltados em meio ao deserto da vida! Quando ousamos crer que Deus tem as respostas que precisamos, e que no Seu próprio tempo Ele nos fará saber o que está fazendo para nós e em nós... Quando, então, resolvemos obedecê-Lo, a recompensa não tarda – a eliminação dos males da alma e a paz se fazem sentir. Um dia, então, experimentaremos o prazer de saber que as barreiras foram superadas, atingimos os limites celestiais. Haveremos de contemplar o sobrenatural, fora dos limites humanos. Então, nunca mais haverá barreiras sociais, isolamento, solidão e tristeza. Nunca mais despedida: "Jamais se diz adeus ali". Nunca mais fome, lágrimas e morte. Lembremo-nos, ainda, que fomos chamados por Deus para enfrentarmos desafios, vencer, superarmo-nos em nossas próprias limitações.

Não podemos nos deixar abater, parar, entregar os pontos nos voltando para trás: "...Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus" (Lc 9.62).
Avante, pois, olhando para frente e para o alto, na certeza de que a vitória já nos foi assegurada por Cristo Jesus! Amém.

Mulher, Por Que Não Choras?

Porque Raboni, o Mestre, me alcançou:
_ "disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)!" (v.16).

Porque "vi o Senhor!" (v.18). Agora Maria poderia dizer como Jó: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem" (Jó 42.5).
Porque viu o Senhor, ela não chorava mais. Agora havia razão para sorrir, cantar, adorar e bendizer o nome do Senhor; e proclamar ao mundo que Ele vive para sempre. Logo depois, os discípulos de Jesus também puderam experimentar da mesma alegria: "Alegraram-se, portanto os discípulos, ao verem o Senhor" (v.20).

Desde então esta mensagem tem alcançado milhões e milhões de pessoas, em todos os tempos e todas as nações e povos. Todos os dias, milhares de pessoas experimentam a alegria do Senhor pela primeira vez, enquanto outros tantos vão acumulando experiências marcantes de sua comunhão com Deus. A tal ponto esse sentimento extravasante e sobrenatural que causa profunda admiração e curiosidade aos que não crêem, que um presidiário chegou a escrever:
_ "Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração perseverantes" (Rm 12.12).

Você já pensou em viver dessa forma? Não é viver alienado, pelo contrário, é o viver real, porquanto um viver concentrado, focado inteiramente no Senhor da vida. Você sabe muito bem que toda a sua bagagem religiosa não lhe tem sido suficiente para aplacar e estancar essas lágrimas teimosas e persistentes. Sua religiosidade não tem sido capaz de proporcionar-lhe paz realmente, paz íntima, profunda e duradoura. Então, pare um pouco o corre-corre de sua atarefada vida.

Maria! Quantas Marias pela vida a fora, chorando desesperadamente suas culpas e pecados, seus desencantos e decepções! Sem perceberem que há alguém que as entende e quer consolá-las. Mais que isto, alguém que vem ao seu encontro, mesmo quando se insiste nos deveres religiosos desprovidos de conteúdo verdadeiramente espirituais, inúteis e infrutíferos. Sim, Ele quer falar ao seu coração também, despertar o seu ânimo, conceder-lhe novas vibrações e emoções para viver, correr, sorrir e anunciar aos outros as boas novas de salvação. Ele está vivo e quer trazer novo alento e sentido ao seu triste viver. Creia nEle!

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Senhor Nos Conhece Intimamente

É certo que todos nós precisamos exercer o autocontrole para não fazermos tudo aquilo que nos dá vontade. Imagine se fôssemos dar vazão a todos os nossos instintos e vontades, sem respeitarmos os padrões morais de conduta nem a vontade alheia?!

O mundo seria ainda muito pior e caótico do que é, e não teríamos nenhum padrão de conduta estabelecido para vivermos em sociedade. Assim, quer queiramos ou não, todos nós de uma forma ou de outra precisamos nos proteger e proteger os outros, restringindo nossa vontade e impulsos naturais pecaminosos; mesmo aqueles que não querem obedecer à Palavra de Deus e os seus princípios são socialmente forçados a se reprimir constantemente. Somos forçados a representar aquilo que intimamente nem sempre somos: tolerantes, amigáveis, confiáveis, ternos, puros e santos.

Infelizmente é no ambiente cristão que mais representamos, a começar com a forma de vestir e falar. No ambiente cristão, via de regra, somos todos cordiais, fraternos, atenciosos, etc. Sai dali e voltamos (se nossa postura não for real e transparente sempre) às atitudes grosseiras, ríspidas, agressivos e egoístas. É claro que aquele que é regenerado de fato tem uma vida mais transparente, mais próxima da realidade de seu íntimo, sem máscara, sem cera... Mas o problema maior é que, de tanto representarmos aquilo que gostaríamos de ser, ou como desejamos que os outros nos considerem, acabamos nos habituando a ir a Deus com nossas máscaras, como se fôssemos realmente aquilo que representamos com nossas atitudes e gestos; sem nos darmos conta de que Ele, o Senhor da glória, nos conhece intimamente.

Tirando A Máscara

_ “Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva. Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa” (Gn 32.30-31).

Quando eu era garoto ficava apavorado quando, em tempo de Carnaval, encontrava algum mascarado. Não entendia que debaixo daquela máscara havia alguém com cara normal igual à minha. Depois ficava imaginando qual o motivo e prazer que levava alguém a sair na rua pulando e dançando sem que outros pudessem reconhecê-lo... Na verdade, ainda hoje eu não entendo como alguém pode se satisfazer em “brincar o carnaval” como anônimo, sem poder desfrutar do companheirismo e da cordialidade humana. Porém, isso também me faz pensar na realidade de nossa religiosidade aparente e superficial com a qual procuramos impor respeito e admiração das demais pessoas ao nosso redor.

Na verdade, todos nós, conscientes ou não, estamos sempre representando algum tipo de papel na vida. Estamos sempre tentando ser aquilo ou como gostaríamos de fazer com que os outros nos vissem; ou agimos da maneira que melhor agrada e satisfaz ao modelo esperado por quem, como nós, ocupa determinada função ou posição social na qual estamos vivendo. Dificilmente conseguimos ser autênticos e transparentes todo o tempo e em todos os lugares onde vivemos. Daí o fato de que alguns, em tempo de Carnaval, ainda que usando uma fantasia fisicamente, na realidade é quando estão sendo o que sempre desejaram ser ou que de fato são no íntimo. Alguns se vestem de mulher porque no fundo sempre foram homossexuais, mas sempre procuraram se conter, se reprimir, devido tanto à posição que ocupam como pelo desejo de viverem de acordo com os padrões morais recebidos desde a infância.

Fico imaginando com quanta freqüência nos apresentamos diante de Deus e das pessoas portando uma máscara de alegria, santidade, humildade, fidelidade conjugal, etc; quando na realidade nosso pensamento e sentimento estão longe daquilo que fazemos ou fingimos sentir. E o mais lamentável é que de tão acostumados a viver com nossas máscaras, elas acabam se incorporando em nosso modo de ser e viver. Acabamos nos adaptando ao seu uso até acreditarmos que somos aquilo que representamos. É como o mentiroso, de tanto afirmar determinadas mentiras ele acaba acreditando que aquilo de fato é a pura verdade. Aí já não conseguimos nos despir das máscaras, mesmo quando nos apresentamos diante de Deus em oração pessoal, solitária.

domingo, 4 de maio de 2008

Para Deus Não Há Impossíveis

_ “Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado” (1 Pe 4:1).

Em Primeira Pedro temos a visão completa do valor e propósito dos sofrimentos dos salvos nesta vida. Alguns usam a expressão “sofrimentos não merecidos”. Entendo, porém, ser questionável a idéia de que não merecemos tais tribulações. Vez por outra somos confrontados com uma inquietação tenebrosa: Por que sofrem os filhos de Deus? Algumas vezes nos deixamos abater e somos esmorecidos por não termos uma compreensão satisfatória deste assunto. Outras vezes somos levados a interpretações precipitadas e confusas, também devido a essa incompreensão. Nosso objetivo neste estudo é refletirmos juntos, na certeza de que Deus nos dá força para vivermos, apesar e em meio aos sofrimentos.

Precisamos entender que para Deus não há impossíveis: “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc 1.37).

Quantas vezes nos deparamos com dificuldades, problemas intransponíveis, insolúveis aos nossos olhos, no mar da vida! Sentimo-nos distantes de Jesus... Nesses momentos, vale a pena nos lembrarmos de que a presença de Jesus sobre o mar não só acalmou os corações dos discípulos, como nos faz pensar que Ele deseja, quer mesmo, nos transportar sobre as ondas, sempre.

Não rejeite a Cristo por causa das perseguições, doenças e sofrimentos. Todas essas coisas serão banidas para sempre. Pense nisto! Sabendo que a nossa luta não é contra a carne e sangue (Ef 6.12); sabendo que não devemos temer os que matam o corpo, e depois disso nada mais podem fazer, antes temer Àquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno... (Lc 12.4-5).

Sabendo que temos disponível a armadura divina (Ef 6.13); armemo-nos, pois, através:
· Do entendimento de que não somos melhores do que o nosso Mestre.
· Entendimento de que, assim como Ele venceu, podemos ser vitoriosos também, se estivermos ligados a Ele.
· Entendimento de que esta é a vontade de Deus para conosco.
· Entendimento de que este é o principal canal de bênçãos para nós.
· Entendimento de que este é o principal meio de comunicação da nossa fé.
· Entendimento de que fomos chamados para glorificar e agradar a Deus, independente das circunstâncias.Através da fé, esperança, com segurança e firmeza, “sabendo que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus...” (Rm 8.18,28).

sábado, 3 de maio de 2008

Glorificai A Deus No Vosso Corpo

Paulo nos exorta a glorificar a Deus através de nosso corpo e do nosso espírito: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co 6:20). Ele não diz, absolutamente, que isto só seja possível sem enfermidade, mas, sim, sem o pecado.

Deus quer que O glorifiquemos com o nosso corpo, seja num hospital, no laser, no trabalho, seja onde for. Em quaisquer circunstâncias, Ele é digno de nossa adoração e louvor. E, finalmente, Ele quer ser glorificado, também, quando a morte chegar. Assim, pois, que nós O glorifiquemos através de nosso corpo e do nosso espírito, independente das circunstâncias. Portanto, quando formos atingidos pelos sofrimentos, antes de lastimarmos, ou nos revoltarmos, pensemos nos propósitos de Deus em nós e para nós.

Pensemos no quanto Deus quer ser glorificado através de nosso testemunho em meio ao sofrimento. Pensemos nos nossos queridos que Deus pode estar conduzindo à salvação, fazendo uso de uma enfermidade ou perda significativa em nossa família. Ele, o Senhor, continua sendo digno de todo louvor e glória. A Ele, portanto, a nossa gratidão e a nossa adoração! Não se pode atribuir o mal apenas às pessoas más. Não se justifica o terrorismo de que toda a enfermidade seja fruto da desobediência aos princípios bíblicos. E nem ficarmos revoltados, envergonhados, ou desesperados, se ela vem a quem ama e é amado por Jesus. A enfermidade, por si mesma, não é algo para nos infelicitar, mas para glorificarmos a Deus em meio às dores e lágrimas.

_ “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim” (Jó 19:25-27).

Com estas convicções, posso admirar e apreciar a grandeza das revelações de Deus, porque em todo o tempo estou apenas seguindo o desenho elaborado e exigido pelo verdadeiro Dono da obra. Deus é soberano e misericordioso, vale a pena servi-Lo, honrá-Lo, glorificá-Lo e amá-Lo, sempre e em todas as circunstâncias. Se os sofrimentos que suportamos são devido ao nosso viver cristão, somos bem-aventurados. E, quanto mais nos assemelharmos a Cristo, mais ódio e revolta receberemos do mundo ímpio. Assim, pois, o sofrimento há de nos caracterizar como servos de Cristo Jesus. Lembremo-nos, porém, que a graça de Cristo será sempre superior ao sofrimento suportado por amor a Cristo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3:12).

Somente os vencedores são os verdadeiros crentes. Os demais são apenas os espectadores da Igreja. Nem a morte prejudica totalmente o crente! Nesse tempo de aflição, o irmão já considerou o quanto ainda pode glorificar ao Senhor, através das lágrimas e dores, ou apesar delas? Deus, o nosso Pai celeste, continua sendo digno de sua profunda e sincera adoração, apesar das aflições? Pense nisto!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Precisamos Falar Com Deus Face A Face

Alguns crentes (pastores e líderes) gostam de se sentir procurados para orarem em favor dos outros. Alguns até tentam passar a idéia de que se eles não orarem não haverá solução para os problemas dos demais. E há aqueles que crêem no ‘poder da oração’ de seus pastores e guias de tal forma que nada fazem sem primeiro consultá-los. É claro que a Bíblia nos ensina a orar uns pelos outros; mas em lugar nenhum ela nos ensina a confiar nossos problemas aos homens, antes de fazê-lo a Deus.

É claro que precisamos das orações de nossos irmãos. E os apóstolos também pediram orações em seu favor. Mas isto não deve servir de pretexto para deixarmos de buscar a Deus pessoalmente, de reservarmos tempo para estarmos a sós com Ele. Nada pode proporcionar a paz duradoura ao coração aflito, nem a ajuda e companheirismo dos amigos, nem as súplicas dos santos, senão a comunhão pessoal com Deus. Embora tudo isso seja importante e relevante para nos consolar, somente um encontro pessoal com Deus pode nos proporcionar alento e encorajamento necessários para enfrentarmos os problemas sem temor.

Todos nós, mais dia, menos dia, seremos confrontados com os gigantes assustadores ou com a necessidade de ultrapassarmos barreiras “intransponíveis” e indesejáveis. Circunstancias aterradoras, ainda que possam parecer insignificantes para os outros. Mas, acima de tudo, cada um de nós tem um encontro marcado com Deus. Quando haveremos de prestar contas de nossa mordomia de vida. Quando nada que se faça, no sentido humano, será o bastante para nos dar a paz e a tranqüilidade necessárias. Então chega o momento indispensável, intransferível com Deus. Porém, antes que ocorra aquele dia final, podemos e devemos nos achegar a Deus, sem pressa, sem a interferência de telefone, internet, amizades ou companhias humanas. Precisamos falar com Deus face a face; derramar nossa alma com Ele, e ouvir dEle, de forma clara e contundente, qual a Sua resposta, qual a direção e solução para o nosso caso.

Há certas coisas que ninguém pode fazer por mim, nem Deus. Por exemplo, Deus me dá a fé e o arrependimento, mas Ele não pode exercer a fé e o arrependimento em meu lugar. Eu tenho que me apropriar e exercer a fé e o arrependimento e não esperar que Deus o faça por mim. Da mesma forma, ainda que eu conte com as orações dos outros, ainda que eu saiba e creia que Deus Se agrada daqueles que O buscam com sinceridade de seus corações, isso não basta se eu mesmo não for a Deus pessoalmente em oração. Esse encontro com Deus é intransferível e inalienável.

Não posso terceirizar meu compromisso pessoal de buscar a Deus em oração. Não há como atribuir ao meu pastor ou a quem quer que seja a responsabilidade de falar com Deus. Não há como mandar-Lhe recados através de algum “subalterno”, nem chegar a Ele através de algum “pistolão’. Tenho que chegar a Ele sozinho, face a face com Sua majestade divina, por meio unicamente de Seu Filho Jesus Cristo e pela instrumentalidade do Espírito Santo. Isto é tremendo, mas também divino, maravilhosos, fantástico e extraordinário. Faça-o já, enquanto é tempo, em nome do Senhor Jesus. Amém!