quinta-feira, 31 de março de 2011

AS ESCRITURAS E DEUS (3)

3. Tem mais profunda reverência pelos mandamentos de Deus. O pecado entrou no mundo através da desobediência de Adão contra a lei de Deus, e todos os seus filhos decaídos são gerados com similar depravação (Gênesis 5:3). "O pecado é a transgressão da lei" (I João 3:4). O pecado é uma forma de alta traição, de anarquia espiritual. É o repúdio ao domínio exercido por Deus, em que a Sua autoridade é repelida, em que o indivíduo se rebela contra a Sua vontade. O pecado consiste em seguirmos por nosso próprio caminho. Ora, a salvação consiste em sermos livrados do pecado, de sua culpa, de seu poder e até mesmo de sua penalidade. O mesmo Espírito que nos convence sobre a necessidade da graça de Deus também nos convence da necessidade que temos de ser dirigidos pelo governo de Deus. A promessa de Deus ao povo que com Ele entrou em pacto, é: "Nas suas mentes imprimirei as Minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo" (Hebreus 8:10). O espírito de obediência é proporcionado a toda a alma regenerada. Cristo Jesus disse: "Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra" (João 14:23). Portanto, esse é o grande teste: "Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos" (I Joio 2:3). Nenhum de nós observa os mandamentos de Deus com perfeição; mas todo o verdadeiro crente tanto deseja fazê-lo como se esforça nesse sentido. O crente verdadeiro diz juntamente com Paulo: "Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus" (Romanos 7:22). E também declara, juntamente com o salmista: "Escolhi o caminho da fidelidade; decidi-me pelos teus juízos. Os teus testemunhos recebi-os por legado perpétuo" (Salmo 119:30, 111). E todo e qualquer ensinamento que avilta a autoridade de Deus, que ignora as seus mandamentos, que afirma que o crente, em nenhum sentido, está sob a lei, vem da parte do diabo, sem importar quão suaves sejam as palavras do seu instrumento humano. Cristo redimiu o Seu povo da maldição da lei, e não dos mandamentos que ela contém; Cristo os salvou da ira de Deus, mas não para ficarem fora do Seu governo. Nunca foram e nunca serão revogadas as palavras que dizem: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração" (Mateus 22:37). A passagem de I Coríntios 9:21 afirma expressamente que estamos ''debaixo da lei de Cristo." E o trecho de I João 2:6 estipula: "Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como Ele andou". Ora, como foi que Cristo "andou"? Na perfeita obediência a Deus Pai; em total sujeição às Suas leis, honrando-as e obedecendo-as em Seus pensamentos, em Suas palavras e em Seus atos. Cristo não veio a fim de destruir a lei, e, sim, a fim de cumpri-la (ver Mateus 5:17). E o nosso amor por Ele é expresso, não em emoções agradáveis ou em palavras bonitas, e, sim, na observância aos seus mandamentos (João 14:15). E os mandamentos de Cristo são os mandamentos de Deus (conferir Êxodo 20:6). A oração intensa do crente autêntico é: "Guia-me pela vereda dos Teus mandamentos, pois nela me comprazo" (Salmos 119:35). Até ao ponto em que nossa leitura e nossos estudos da Bíblia, mediante a aplicação do Espírito Santo, vai gerando em nós um maior amor e um mais profundo respeito, além da observância mais exata dos mandamentos de Deus, nessa proporção vamos sendo realmente beneficiados. A.W. Pink

UM CAMINHO LIMPO

"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" (Provérbios 22:6). Uma pequena menina seguia seu pai que vistoriava uma nova plantação. Ela andava exatamente por onde seu pai andava. Em determinado momento ela fala ao pai: "Papai, se você conseguir evitar a lama em seus pés eu também não me sujarei de lama!" O pai que ama a seus filhos procura andar em um caminho limpo.Estamos nós conscientes de que somos responsáveis pela vida e futuro de nossos filhos? Temos procurado ser um modelo ouexemplo para eles? Temos nos esforçado para lhes dar uma educação correta a fim de que sejam vitoriosos e felizes?Os filhos costumam seguir os passos dos pais. Vêem o que eles fazem e tentam imitá-los. Eles são seus heróis, as pessoas que julgam perfeitas e tentam, de todas as formas,parecer com eles. Um pai que vive bêbado pode conduzir os filhos ao mesmo caminho. Um pai que não respeita a ninguém não poderá impedir que seus filhos sejam iguais. Um pai que mente na frente dos filhos não conseguirá fazer com que estes sejam sempre verdadeiros. Ele pode ser a razão de um futuro vitorioso ou pleno de derrotas para a sua casa.Precisamos cuidar de nossos filhos, conduzi-los pelos caminhos da honestidade e respeito, da verdade e da retidão,da pureza e da humildade. Precisamos iluminar os caminhospor onde irão passar e, com muito amor e dedicação,ensinar-lhes o caminho de Deus. Seguros nas mãos do Senhor,eles caminharão em segurança, fortalecerão as esperanças,crescerão em fé, realizarão os bons sonhos, serão mais que vencedores e viverão satisfeitos.Se você deseja que seus filhos sejam felizes e abençoados,evite os "caminhos de lama"... ande por "caminhos limpos." Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet! Visite minha homepage:Escuro Iluminado

quarta-feira, 30 de março de 2011

AS ESCRITURAS E DEUS (2)

2. Sente maior temor pela majestade de Deus. "Tema ao SENHOR toda a terra, temam-no todos as habitantes do mundo" (Salmos 33:8). Deus está tão acima de nós que o simples pensamento de Sua majestade nos deveria fazer estremecer. O Seu poder é tão grande que a percepção dele deveria aterrorizar-nos. E Ele é tão inefavelmente santo, e Seu ódio ao pecado é tão infinito, que o próprio pensamento de atos errados nos deveria encher de horror. "Deus é sobremodo tremendo na assembléia dos santos, e temível sobre todos o que o rodeiam" (Salmos 89:7). "O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência" (Provérbios 9:10). Ora, a "sabedoria" consiste do correto uso do "conhecimento". Até ao ponto onde Deus é verdadeiramente conhecido, até esse ponto será devidamente temido. Acerca dos ímpios, porém, está escrito: "Não há temor de Deus diante de seus olhos" (Romanos 3 :18). Esses homens não têm qualquer percepção acerca da majestade de Deus, não tem nenhuma preocupação com a Sua autoridade, não tem qualquer respeito pelos Seus mandamentos, não se alarmam ante o fato de que Ele os julgará. No entanto, no tocante ao povo que entrou em pacto com Deus, o Senhor prometeu: "Porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim" (Jeremias 32:40). Par essa razão é que os remidos tremem ante a Sua Palavra (Isaías 66:5), e andam cautelosamente diante dos Seus olhos. "O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal" (Provérbios 8:13). E novamente: "... pelo temor do Senhor os homens evitam o mal" (Provérbios 16:6). O homem que vive no temor de Deus tem consciência que "os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons" (Provérbios 15:3). Por isso mesmo, vive conscienciosamente tanto em sua conduta particular como em sua conduta em público. O homem que evita cometer determinados pecados, porque os olhos dos homens estão fixos sobre ele, mas que não hesita em cometê-los quando está sozinho, é destituído do temor de Deus. Por semelhante modo, o indivíduo que modera a sua linguagem quando há crentes ao seu redor, mas que não age assim noutras ocasiões, não tem temor a Deus. Não sente a consciência inspiradora de respeito de que Deus o vê e ouve a todos os momentos. A alma verdadeiramente regenerada teme desobedecer a Deus e desafiá-Lo. E nem mesmo deseja fazer tal. Não, porquanto seu real e mais profundo anelo consiste em agradar ao Senhor em todas as coisas, em todas as oportunidades e em todos os lugares. Sua oração intensa é: "Dispõe-me o coração para só temer o Teu nome" (Salmos 86:11). Ora, até mesmo aos santos é mister ensinar o temor de Deus, segundo se vê em Salmos 34:11. E nesse aspecto, como em tudo o mais, é através das Escrituras que esse ensinamento nos é conferido (Provérbios 2 :5). É por meio das Escrituras que aprendemos que os olhos do Senhor estão continuamente fixos sabre nós, assinalando as nossas ações e pesando os nossos motivos. Na medida em que o Espírito Santo vai aplicando as Escrituras ao nosso coração, assim também vamos obedecendo crescentemente aquele mandamento que diz: ''... no temor do SENHOR perseverarás todo dia" (Provérbios 23:17). Por conseguinte, na medida exata em que formos tomados pelo senso de respeito da tremenda majestade divina, nessa medida também teremos consciência de que "Tu és Deus que vês" (Gênesis 16:13), pondo em ação a nossa salvação com "temor e tremor" (Filipenses 2:12), e assim tiramos real proveito de nossos estudos bíblicos e da leitura das Escrituras. A. W. Pink

UMA PÉROLA DE GRANDE VALOR

"Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem,negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, ecomprou-a" (Mateus 13:45, 46). Gibbon contou que uma bolsa brilhante de couro, cheia depérolas, caiu nas mãos de um soldado raso quando Galerius saqueou o acampamento persa. O soldado jogou todo o conteúdofora e guardou a bolsa com cuidado. Homens igualmente tolos,como aquele soldado, passam pela vida. Eles não conseguemperceber a verdadeira riqueza quando a encontram (Walter Baxendale). Que semelhança existe entre nós e aquele soldado? O que mais nos importa, o verdadeiro tesouro, que nos conforta, nos edifica, nos transforma e nos garante um futuro de plena felicidade ou apenas uma coisa brilhante e inútil, que para nada serve a não ser, um dia, ser jogada fora? Muitas vezes nos deixamos influenciar pela primeira impressão -- por uma aparência agradável e tentadora,achando que é o melhor para nós naquele momento. Mas, e depois "daquele momento"? Que representará para nós? Que frutos nos trará? Que bênção produzirá para a nossa alegria ou para a vida eterna?Não podemos nos deixar seduzir por coisas brilhantes. O mundo está cheio desses brilhos, inúteis, enganosos,traiçoeiros. Eles podem nos dar prazeres por algum tempo,mas logo o brilho se apaga e nos vemos perdidos e sem rumo.Melhor é buscar o nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.Ele é o maior tesouro que alguém pode ter. Quem o possui,tem a felicidade e a vida eterna.O Senhor é o nosso tesouro -- melhor do que todas as coisasbrilhantes do mundo. Ele é o nosso tesouro e nós somos otesouro dEle. Somos a Sua pérola de bom preço. Ele nos comprou, com Seu sangue na cruz. Ele nos guarda, com muito carinho, com muito amor. Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet! Visite minha homepage:Escuro Iluminado

terça-feira, 29 de março de 2011

AS ESCRITURAS E DEUS (1)

Entremos em seguida nos pormenores. Aquele que se beneficia das Escrituras verdadeira e espiritualmente: 1. Recebe um mais claro reconhecimento das reivindicações de Deus. A grande controvérsia entre o Criador e a criatura tem girado em torno de se Ele ou ela deve ser Deus, se a sabedoria dEle ou a sabedoria dela deve ser o princípio orientador de suas ações, se a vontade divina ou a vontade da criatura deve ser suprema. O que produziu a queda de Lúcifer foi o seu ressentimento por estar em sujeição ao Senhor: "Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono. . . subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (Isaías 14:13,14). A mentira da serpente que encantou nossos primeiros pais e os levou à destruição, foi a seguinte: "...como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (Gênesis 3:5). E desde essa ocasião, o sentimento do coração do homem natural tem sido: "Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos. Que é o Todo-poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?" (Jó 21:14,15). "... pois dizem: Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos: quem é senhor sabre nós? " (Salmos 12:4). "Por que, pois, diz o Meu povo: Somos livres! Jamais tornaremos a ti?" (Jeremias 2:31). O pecado alienou o homem para longe de Deus (Efésios 4:18). O coração humano se tornou avesso a Deus, sua vontade oposta à Sua vontade, a sua mente em inimizade contra Deus. Em contraste com isso, a salvação significa ser alguém restaurado a Deus: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus. . . " (1 Pedro 3:18). Legalmente falando, isso já foi feito; experimentalmente, porém, acha-se no processo de realização. Ser salvo significa ter sido reconciliado com Deus; e isso envolve e inclui o fato de que o domínio do pecado sobre nós foi interrompido, que a inimizade foi descontinuada, e que o coração foi conquistado para Deus. Disso é que consiste a verdadeira conversão – da derrubada de todo ídolo, da renúncia das vaidades ocas de um mundo enganador, em que tomamos a Deus como a nossa porção, o nosso dirigente, o nosso tudo em tudo. A respeito dos coríntios lemos que "... deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor" (II Coríntios 8:5). O desejo e a determinação daqueles que verdadeiramente se converteram é que "não viviam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou" (II Coríntios 5:15). Então as reivindicações de Deus passam a ser reconhecidas, e admitimos o Seu legítimo domínio sobre nós mesmos, porque Ele é reconhecido como Deus. Os convertidos se entregam a Deus como "ressurretos dentre os mortos", e os seus membros são entregues como "instrumentos de justiça" (Romanos 6:13). Essa é a exigência que o Senhor nos impõe: ser o nosso Deus, ser servido por nós como tal; e que nós sejamos e façamos, de forma absoluta e sem reservas, tudo quanto Ele nos ordenar, rendendo-nos totalmente a Ele (Lucas 14:26,27,33). A Deus cabe, porque é Deus, legislar, prescrever e determinar tudo o que nos concerne; e a nós compete, como dever obrigatório, sermos dirigidos, governados e sermos livremente usados por Ele, segundo o Seu beneplácito. Reconhecer que Deus é o nosso Deus equivale a dar-Lhe o trono dos nossos corações. É a mesma coisa dita na linguagem de Isaías 26:13: "Ó Senhor Deus nosso, outros senhores têm tido domínio sobre nós; mas graças a Ti somente é que louvamos o Teu nome". Também é declarar, juntamente com o salmista, sem hipocrisia, mas com sinceridade: "Ó Deus, tu és o meu Deus forte, eu te busco ansiosamente" (Salmos 63 :1). Ora, é na proporção em que isso se torna nossa experiência real que nos beneficiamos com as Escrituras. É nelas, e somente nelas, que as reivindicações de Deus são reveladas e postas em vigor; na medida exata em que estivermos obtendo um ponto de vista mais claro e mais completo sobre os direitos de Deus, em que nos estivermos submetendo a eles é que estaremos sendo realmente abençoados. A. W. Pink

UM FILHO DE PRESENTE

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). Durante a Segunda Guerra Mundial, uma mãe caminhava, à noite, com seu filho pequeno. Enquanto seguiam pela rua, o menino notou que, em várias casas, haviam pequenas bandeiras com estrelas pintadas. "O que significam essas bandeiras com estrelas, mamãe?" perguntou ele. A mãe explicou que as pessoas, naquelas casas, haviam dado um filho para a guerra.Ele percebeu que em algumas casas, haviam duas e até três bandeiras. Após alguns momentos ele olha para cima e vê a primeira estrela no céu. "Veja, mamãe", disse o menino,"Deus deve ter dado um filho também." Sim, Deus deu um Filho, não para uma guerra entre nações,mas, para salvar o homem perdido. Não para os EstadosUnidos, mas para toda a terra, para todos que crêem em Seu nome, para todos que o recebem no coração.Deus deu Seu Filho -- para que tivéssemos paz e segurança,para que aprendêssemos a amar e perdoar, para que esquecêssemos de toda vaidade, de todo ódio, de tudo que nosleva à morte eterna. Deus deu Seu Filho, para que eu e você fôssemos um, para que estivéssemos unidos pelo bem da humanidade, para que aprendêssemos a sorrir e viver a verdadeira felicidade. Deus deu Seu Filho, para que nossas culpas fossem perdoadas e esquecidas, para que nosso nome fosse colocado no Livro da Vida, para que ocupássemos um lugar especial, junto com Cristo, nas moradas eternas celestiais.Deus deu Seu filho -- por nós e para nós. Ele fez isso porque nos amou, porque não queria que um só de nós se perdesse, porque é o nosso Pai amado.Deus deu Seu filho para o seu coração -- você já deu o seu coração para Deus? Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet! Visite minha homepage:Escuro Iluminado

UM FILHO DE PRESENTE

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). Durante a Segunda Guerra Mundial, uma mãe caminhava, à noite, com seu filho pequeno. Enquanto seguiam pela rua, o menino notou que, em várias casas, haviam pequenas bandeiras com estrelas pintadas. "O que significam essas bandeiras com estrelas, mamãe?" perguntou ele. A mãe explicou que as pessoas, naquelas casas, haviam dado um filho para a guerra.Ele percebeu que em algumas casas, haviam duas e até três bandeiras. Após alguns momentos ele olha para cima e vê a primeira estrela no céu. "Veja, mamãe", disse o menino,"Deus deve ter dado um filho também." Sim, Deus deu um Filho, não para uma guerra entre nações,mas, para salvar o homem perdido. Não para os EstadosUnidos, mas para toda a terra, para todos que crêem em Seu nome, para todos que o recebem no coração.Deus deu Seu Filho -- para que tivéssemos paz e segurança,para que aprendêssemos a amar e perdoar, para que esquecêssemos de toda vaidade, de todo ódio, de tudo que nosleva à morte eterna. Deus deu Seu Filho, para que eu e você fôssemos um, para que estivéssemos unidos pelo bem da humanidade, para que aprendêssemos a sorrir e viver a verdadeira felicidade. Deus deu Seu Filho, para que nossas culpas fossem perdoadas e esquecidas, para que nosso nome fosse colocado no Livro da Vida, para que ocupássemos um lugar especial, junto com Cristo, nas moradas eternas celestiais.Deus deu Seu filho -- por nós e para nós. Ele fez isso porque nos amou, porque não queria que um só de nós se perdesse, porque é o nosso Pai amado.Deus deu Seu filho para o seu coração -- você já deu o seu coração para Deus? Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet! Visite minha homepage:Escuro Iluminado

segunda-feira, 28 de março de 2011

AS ESCRITURAS E DEUS

Esta semana, se Deus quiser, pretendo postar mais uma séie deestudos de Artur W. Pink. Desta feita o tema é AS ESCRITURAS E DEUS. Espero que Deus abençoe a todos quantos refletirem nesses abneçoados e abençoadores estudos. Portanto, comecemos hoje com a intyrodução do assunto: "As Santas Escrituras são totalmente sobrenaturais. São uma revelação divina. "Toda Escritura é inspirada por Deus. . ." (II Timóteo 3:16). Não ocorreu apenas que Deus elevou as mentes de certos homens, mas antes, que dirigiu os seus pensamentos. Não é simplesmente que Ele transmitiu a eles determinados conceitos, mas também ditou as próprias palavras que eles empregaram. "...porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens (santos) falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (II Pedro 1:21). Qualquer "teoria" humana que pretenda negar a inspiração verbal das Escrituras é um artifício de Satanás, um ataque contra a verdade divina. A imagem divina se acha estampada em cada uma de suas páginas. Escritos tão santos, tão celestiais, tão profundamente criadores de temor não poderiam ser produzidos pelos homens. As Escrituras dão a conhecer um Deus sobrenatural. Talvez essa seja uma observação perfeitamente óbvia; mas, hoje em dia, precisa ser feita. O "deus" no qual crêem muitos cristãos professes, está sendo por eles paganizado cada vez mais. O lugar proeminente que o "esporte" tem ocupado na vida da nação, o amor excessivo pelos prazeres, a abolição da vida doméstica, a descarada imodéstia das mulheres, são outros tantos sintomas da mesma enfermidade que causou a queda e o desaparecimento de impérios como os da Babilônia, da Pérsia, da Grécia e de Roma. E o conceito de Deus que se propaga neste nosso século XX pela maioria das pessoas de países nominalmente "cristãos" rapidamente se aproxima do caráter atribuído aos deuses da antigüidade. Em violento contraste com isso, o Deus das Santas Escrituras está revestido de tais perfeições e está revestido de tais atributos que nenhum mero intelecto humano poderia tê-los inventado. Deus só pode vir a ser conhecido por meio da revelação sobrenatural sobre a Sua própria pessoa. À parte das Escrituras, é totalmente impossível até mesmo a familiarização teórica com Deus. Continua sendo uma verdade que "... o mundo não O conheceu por sua própria sabedoria..." (I Coríntios 1:21). Em todos os lugares onde as Sagradas Escrituras são ignoradas, Deus é o "....DEUS DESCONHECIDO" (Atos 17 :23). Porém, algo mais do que apenas as Escrituras se requer, antes que a alma possa conhecer a Deus, antes que possa conhecê-Lo de forma real, pessoal e vital. Mas isso parece ser reconhecido por bem poucos, hoje em dia. A prática prevalecente dá a entender que se pode obter o conhecimento de Deus através do mero estudo da Bíblia, da mesma maneira que o conhecimento acerca da química pode ser obtido através do estudo de compêndios de química. O conhecimento intelectual de Deus talvez possa ser obtido desta maneira; mas nunca o conhecimento espiritual. Pois o Deus sobrenatural só pode ser conhecido sobrenaturalmente (isto é, de um modo superior àquilo que a mera natureza humana pode adquirir), ou seja, mediante a revelação sobrenatural do próprio Deus ao coração humano. "Porque Deus que disse: De trevas resplandecerá luz –, ele mesmo resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo" (II Coríntios 4:6). Aquele que já foi favorecido com essa experiência sobrenatural já aprendeu que "... na Tua luz vemos a luz" (Salmos 36:9). Deus só pode ser conhecido através da faculdade sobrenatural. Isso Cristo deixou bem claro, ao dizer: "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3). Os indivíduos sem regeneração não têm qualquer conhecimento espiritual de Deus. "Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente" (I Coríntios 2:14). A água, por si mesma, jamais se eleva acima de seu próprio nível. Assim também o homem natural é incapaz de perceber aquilo que transcende à mera natureza. No entanto, "... a vida eterna é esta: que te conhecem a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:3). A vida eterna precisa ser outorgada, antes que se possa conhecer o "verdadeiro Deus". Isso é afirmado claramente na passagem de I João 5:20: "Também sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos tem dada entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo.... " Sim, o "entendimento", um entendimento de natureza espiritual, par meio de uma nova criação, precisa ser-nos dada, antes que possamos conhecer a Deus de maneira espiritual. O conhecimento sobrenatural de Deus produz uma experiência sobrenatural, mas isso é algo para o que multidões de membros de igrejas são totalmente estranhos. A maior parte da "religiosidade" de nossa época é apenas um "velho Adão" retocado. É meramente o adornar de sepulcros cheios de corrupção. É apenas uma formalidade "externa". E até nos casos onde há um credo saudável, com exagerada freqüência tal ortodoxia é morta. E também não nos deveríamos admirar com tal estado de coisas. Sempre foi assim. Assim sucedia quando Cristo estava neste mundo. Os judeus eram muito ortodoxos. Naquela ocasião eles estavam isentos de idolatria. O templo permanecia de pé em Jerusalém, a lei mosaica era exposta e o Senhor era adorado. No entanto, Cristo disse a respeito deles: "... Aquele que me enviou é verdadeiro, aquele a quem vós não conheceis" (João 7:28). "Não Me conheceis a Mim nem a Meu Pai; se conhecêsseis a Mim, também conheceríeis a Meu Pai" (João 8:19). "...Quem Me glorifica é Meu Pai, o Qual vós dizeis que é vosso Deus, entretanto vós não O tendes conhecido; eu, porém, O conheço. Se disser que não O conheço, serei como vós, mentiroso; mas eu O conheço e guardo a Sua palavra" (Joio 8:54,55). E não nos olvidemos de que tudo isso foi dito a um povo que tinha as Escrituras e que as rebuscavam diligentemente, venerando-as como a Palavra de Deus! (João 5:39) Teoricamente, pelo menos, estavam bem familiarizados com a idéia de Deus, mas não possuíam o conhecimento espiritual a Seu respeito. Assim como ocorria no mundo do judaísmo, assim também sucede na cristandade. Multidões que "acreditam" no Espírito Santo são completamente despidas de conhecimento sobrenatural ou espiritual de Deus. E como podemos ter tanta certeza a esse respeito? Da seguinte maneira: o caráter do fruto revela o caráter da árvore que o produz; a natureza da água dá a conhecer a natureza do manancial de onde ela flui. O conhecimento sobrenatural de Deus produz uma experiência sobrenatural, e a experiência sobrenatural resulta em fruto espiritual. Isso equivale a dizer que quando Deus vem realmente residir em um coração, aquela vida é sujeita a uma revolução, é transformada. E então é produzido aquilo que a simples natureza não pode produzir, sim, aquilo que é diretamente contrário a essa natureza. Mas isso se faz notavelmente ausente nas vidas de talvez noventa e cinco entre cada cem pessoas que atualmente professam ser filhos de Deus. Na vida dos cristãos professos comuns nada existe que não possa ser explicado com base em questões naturais. No caso de um genuíno filho de Deus a questão é totalmente diferente. Tal filho de Deus é, na verdade, um milagre da graça divina – ele é "... nova criatura..." (II Coríntios 5:17). Tanto a sua experiência como a sua vida são sobrenaturais. A experiência sobrenatural do crente se vê em sua atitude para com Deus. Possuindo intimamente a própria vida de Deus, ele se torna participante da "natureza divina" (ver II Pedro 1:4), e necessariamente ama a Deus, ama aquilo que pertence a Deus, ama aquilo que Deus ama; e, por outro lado, abomina aquilo que Deus abomina. Essa experiência sobrenatural é efetuada no crente pelo Espírito de Deus, e isso por intermédio da Palavra de Deus. De fato, o Espírito nunca opera à parte da Palavra. É por meio dessa Palavra que Ele revivifica. É por meio dessa Palavra que Ele produz convicção de pecado. É por meio dessa Palavra que Ele santifica. É por meio dessa Palavra que Ele confere segurança. E é por meio dessa Palavra que Ele faz o santo se desenvolver espiritualmente. Desse modo, qualquer um de nós pode averiguar até que ponto está tirando proveito de sua leitura e de seu estudo das Escrituras, mediante os efeitos que elas estão produzindo em nós, através da aplicação que delas faz o Espírito." A. W. Pink

SOMOS OBSERVADOS

"E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus" (2 Reis 4:9). Uma secretária executiva disse, em certa ocasião: "Quando eu comecei a pressentir Jesus, de pé atrás de meu chefe, meu trabalho mudou. Eu tive que melhorar muito o meu desempenho.Até a humilde tarefa de servir café se tornou um prazer para mim e minha atitude arrogante se transformou em respeito." Que testemunho temos dado nos lugares onde passamos nossos dias? Como nossos colegas de trabalho ou estudo olham para nós? O que vêem em nós? Quais as suas atitudes em relação anós? Estamos despertando respeito ou indiferença? Estamos iluminando ou escurecendo os ambientes? Estamos engrandecendo o nome de nosso Senhor ou envergonhando-O? Quando permitimos a presença do Senhor junto a nós, as pessoas percebem, agem de forma diferente, desfrutam da alegria que nós sentimos, são edificadas e abençoadas como nós. Quando dizemos que somos cristãos e não mostramos nenhum brilho, ou transformação, ou atitudes santas, as pessoas não acreditam em nós, nem nos respeitam, nem experimentam mudanças.E se agimos assim, somos enganadores de nós mesmos, porque se as pessoas que convivem conosco não são iludidas, muito menos o nosso Deus, que tudo conhece e tudo vê. A secretária de nossa história foi muito abençoada por seu chefe ser um fiel seguidor de Cristo. E nós precisamos abençoar a todos da mesma maneira. Devemos ser um exemplo em nossa casa e fora dela. Devemos glorificar ao Senhor na igreja e fora dela. Devemos ser firmes na fé em qualquer lugar onde estejamos. Quando alguém olha para você, pressente a presença de Cristo ou não percebe nada? Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet! Visite minha homepage:Escuro Iluminado

domingo, 27 de março de 2011

A FÉ DOS BASTIDORES

Quando Jesus estava experimentando o sacrifício da cruz, as dores físicas e emocionais eram por demais dolorosas e cruéis. A multidão e a religião O agrediam física, emocional e moralmente. A impiedade humana se apresentava de forma avassaladora e vil, descarregando sobre o Santo de Deus como que uma avalanche de agressividade; demonstrando, assim, toda a ignorância e cegueira espiritual da raça humana. Na cruz o Filho de Deus vertia Seu sangue puro e santo, sentia a dor da solidão e do abandono de Seus amigos e parentes, e, sobretudo, o abandono do Pai. Sua alma sangrava tanto quanto o Seu corpo, ferido pelos nossos pecados. E no auge de sua agonia e dor, o diabo colocou na boca daquela turba ignorante e cega espiritualmente as palavras de escárnio e zombaria, relatadas por Mateus.[1] Entre tantas ofensas dirigidas ao Cordeiro de Deus, saltam aos nossos olhos estas palavras: “Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus” (Mt 27.43). Hoje, quando sinto n’alma o sussurrar do inferno a zombar de minha fé e confiança no Senhor em tempos de crise, tristeza e solidão; sou encorajado pelo silêncio de meu Senhor na cruz diante do escárnio e zombaria de uma multidão ignorante e má. Mas, sobretudo, sou encorajado pela vitória da cruz: a ressurreição e aparição do Senhor ressurreto. A presença de Jesus conosco e em nós, traz-nos consolo, paz, alegria e esperança eterna. Sim, prezado irmão, Deus quer renovar a nossa esperança hoje também! Deus quer que eu e você experimentemos a graça de vivermos pela fé em Cristo Jesus. Ou seja, quando perseveramos em oração, estamos dizendo ao Senhor que cremos em Sua Palavra. Dessa forma talvez possamos contribuir para a edificação e salvação de pessoas queridas, as quais de outra forma não seriam atingidas em sua sensibilidade. Além disso, precisamos saber que o nosso sofrimento está estimulando alguém a orar e falar sobre o evangelho de Cristo. Somente quando conseguimos aplicar os princípios, as lições bíblicas, à nossa vida é que entendemos de fato a Palavra de Deus. Essa é a fé dos bastidores, quando homens e mulheres de Deus saem por esse mundo a fora “andando e chorando”, enquanto semeiam a semente santa do genuíno evangelho de Cristo e o poder que “se aperfeiçoa na fraqueza”. Esse é o tipo de fé que persevera, a despeito do sofrimento e não pelo fato de apresentar muitas bênçãos e curas físicas. Sim, esse é o tipo de fé que mantém firme os cristãos pertencentes à igreja perseguida, a qual subsiste, literalmente, no submundo social em muitos países do mundo. Cristãos anônimos e, muitas vezes, agonizantes devido às afrontas, escárnios, zombaria e todo tipo de “espinhos na carne”, por amor a Cristo. Positivamente, essa fé incomoda a religião de shows, não faz o gosto da maioria, não produz adeptos interesseiros, não agrada aos admiradores dos shows da fé. Essa é a fé autêntica dos bastidores do cristianismo popular. É a fé daqueles que, a despeito da humilhação que o próprio Deus lhes permite suportar, são fortalecidos sobremaneira, a ponto de até mesmo sentirem alegria e contentamento nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições e angústias. Esta é a fé no Autor da fé, o qual nasceu numa estrebaria, completamente distante e alheio aos holofotes e badalações da mídia religiosa; o qual viveu a maior parte de Sua vida em completo anonimato e morreu longe dos aplausos e honrarias populares. A única vez que foi aclamado pela multidão,[2] foi motivo de censura e perseguição da parte dos religiosos de Seu tempo. Mas o Senhor não Se intimidou por suas críticas e ameaças, como também não Se deixou envolver com os aplausos populares. Ao contrário, diz a Bíblia que Jesus chorou ao chegar à cidade de Jerusalém e proferiu uma pungente profecia sobre ela.[3] Quantas vezes nos deparamos com dificuldades, problemas intransponíveis, insolúveis aos nossos olhos, no mar da vida! Sentimo-nos distantes de Jesus... Nesses momentos, vale a pena nos lembrarmos de que a presença de Jesus sobre o mar não só acalmou os corações dos discípulos, como nos faz pensar que Ele deseja, quer mesmo, nos transportar sobre as ondas, sempre. Todas essas coisas serão banidas para sempre. Nossa luta não é contra a carne e sangue; por isso, não devemos temer os que matam o corpo e depois disso nada mais podem fazer, antes temer Àquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno.[4] Na vida secular diária, em meio às circunstâncias adversas, demonstramos a convicção de que o Senhor está conosco? Em meio às ondas turbulentas e à nossa carência material, afetiva, quando parece que estamos naufragando no mar da vida, podemos nos regozijar com o fato de entendermos que o Senhor continua ao nosso lado a despeito dos ventos contrários? Lembramo-nos da providência e provisão divina dos dias passados? Podemos exercer o autocontrole e a tranquilidade, quando todos ao nosso redor nos vêem como fracassados, infelizes e derrotados? Continuamos crendo que não estamos navegando à deriva, sem direção, sem rumo, sem destino? Podemos continuar crendo que jamais ficaremos abandonados, sem a provisão divina em meio às tempestades e às turbulências da vida cotidiana, rompendo em fé na certeza de que as tempestades da vida são oportunidades ou degraus através dos quais exercitamos a nossa fé? O diabo continua sussurrando aos nossos ouvidos, de uma forma velada ou claramente, através dos lábios de parentes, amigos e inimigos, declarados ou não, no dia da angústia e depressão, em momentos de penumbra e solidão, essas palavras inspiradas no mais profundo do inferno. Para nos fazer sentir derrotados, vencidos e completamente frustrados com Deus e com o fato de termos a Ele confiado os nossos dias e vida. São aqueles momentos desalentadores, sombrios, quando tudo e todos ao nosso redor parecem conspirar contra nós. Quando tudo de mal parece convergir sobre nossa cabeça. Nada dá certo. Nossas finanças ficam abaladas, a saúde definha, os amigos desaparecem, se esquecem de nós (até porque eles também estão enfrentando situações semelhantes)... Somos alvo de críticas, perseguições, incompreensões e zombaria. A morte se nos apresenta inexorável e maquiavélica. O mundo se alegra ao nosso redor, zombando de nossa fé, de nossa piedade e confiança no Senhor, enquanto nós choramos e gememos.[5] Ao nosso redor, bem próximo de nós, sentimos como se fora o próprio hálito de Satanás a nos dizer essas palavras: “Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem”. Mas, assim como as mulheres que foram ao sepulcro naquela manhã de domingo e ouviram da boca do Senhor ressurreto aquelas palavras de consolação e conforto – NÃO TEMAIS!; também somos confortados e encorajados com essas palavras do Filho de Deus em tais circunstâncias. Vanderlei Faria pastorvanderleifaria@yahoo.com.br [1] Mateus 27.39-44 [2] Lc 19.28-40 [3] Lucas 19.41-44 [4] Lucas12.5 [5] João 16.20

AS ESCRITURAS E O PECADO (7)

7. O indivíduo se beneficia espiritualmente quando a Palavra o leva a praticar o contrário do pecado. "... o pecado é a transgressão da lei" (I João 3 :4). Deus diz: "Farás...'', mas o pecado retruca: "Não quero". Deus diz: "Não farás...", e o pecado diz: "Farei". Assim, pois, o pecado é a rebeldia contra Deus, é a determinação do indivíduo seguir o seu próprio caminho (ver Isa. 53:6). Isso capacita-nos a entender que o pecado é uma espécie de anarquia no campo espiritual, o que pode ser comparado com o ato de sacudir uma bandeira vermelha no rosto de Deus. Ora, a atitude oposta ao pecado contra Deus é a submissão a Ele, da mesma maneira que o contrário da iniqüidade é a sujeição à lei. Portanto, praticar o contrário do pecado é andar na vereda da obediência. Esta é uma das outras grandes razões pelas quais as Escrituras nos foram dadas: tornar conhecida a senda pela qual devemos andar, o que agrada a Deus. As Escrituras são proveitosas não somente para repreensão e correção, mas também para a "instrução na justiça". Neste ponto, pois, encontramos outra importante regra mediante a qual devemos testar freqüentemente a nós mesmos: Os meus pensamentos estão sendo formados, o meu coração está sendo controlado e a minha conduta e as minhas obras estão sendo regulamentadas pela Palavra de Deus? Eis o que o Senhor exige: "Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" (Tiago 1:22). E aqui temos a declaração de como devem ser expressos a nossa gratidão e os nossos afetos por Cristo: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos" (João 14:15). Para tanto, é necessário a ajuda divina. Davi orava: "Guia-me pela vereda dos teus mandamentos, pois nela me comprazo" (Salmos I19:35). "Precisamos não somente de luz para reconhecermos o nosso caminho, mas também de um coração bem disposto para andar por esse caminho. A orientação é necessária por causa da cegueira das nossas mentes; e os impulsos eficazes da graça são necessários par causa da fraqueza dos nossos corações. Não cumpriremos o nosso dever mediante a mera noção das verdades, a menos que as abracemos e as sigamos". (Manton). Notemos que o salmista falava sabre a "... vereda dos Teus mandamentos..." Não aludia ele a algum caminho pessoal, auto-escolhido, e, sim, a um caminho bem demarcado; não se trata de uma estrada "pública", mas de uma vereda ''particular''. Que tanto o escritor como o leitor se aquilatem, honesta e diligentemente, como na presença de Deus, pelas sete coisas acima enumeradas. O estudo da Bíblia, prezado amigo, o tem tornado uma pessoa mais humilde, ou mais orgulhosa – orgulhosa com o conhecimento que assim adquiriu? Esse estudo o elevou na estima de seus semelhantes, ou o rebaixou a um lugar inferior, na presença de Deus? Tem isso produzido, em sua experiência, uma atitude de mais profunda repulsa e asco par si mesmo, ou tornou-o mais complacente? Isso tem feito com que aqueles que entram em contato consigo, aos quais talvez você ensine, digam: "Gostaria de ter o seu conhecimento sobre a Bíblia!"; ou isso os tem levado a orar: "Senhor, dá-me a fé, a graça e a santidade que tens conferido a meu amigo ou professor?'' "Medita estas cousas, e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto" (1 Timóteo 4:15). A. W. Pink

SEGUIDORES DO MANSO, HUMILDE E CRUCIFICADO JESUS

“Humildade deve ser definida como um hábito da mente e coração correspondente à nossa comparativa indignidade e vileza diante de Deus, ou um senso de nossa própria miséria à Sua vista, com a disposição de um comportamento que corresponda a isto. E um homem verdadeiramente humilde é consciente da diminuta extensão de seu próprio conhecimento, da grande extensão de sua ignorância e da insignificante extensão de seu entendimento comparado com o entendimento de Deus. Ele é consciente de sua fraqueza, de quão pequena sua força é, e de quão pouco ele é capaz de fazer. Ele é consciente de sua distância natural de Deus, de sua dependência dEle, da insuficiência de seu próprio poder e sabedoria; e de que é pelo poder de Deus que ele é sustentado e guardado; e de que ele necessita da sabedoria de Deus para lhe conduzir e guiar, e de Seu poder para capacitá-lo a fazer o que ele deve fazer para Ele. A humildade tende a nos prevenir de um comportamento ambicioso e pretensioso diante dos homens. O homem que está sob a influência de um espírito humilde está satisfeito com a posição que Deus lhe deu entre os homens, e não está ávido por honra, e nem é atingido com o desejo de ser o mais brilhante e de se exaltar acima de seus vizinhos. A humildade também tende a nos prevenir de um comportamento arrogante e insolente. Pelo contrário, a humildade dispõe uma pessoa a um comportamento condescendente de mansidão e insignificância e a uma submissão cortês e afável, como sendo consciente de sua própria fraqueza e depreciabilidade diante de Deus. Se nós, então, nos consideramos seguidores do manso e humilde e crucificado Jesus, andaremos humildemente diante de Deus e dos homens todos os dias de nossa vida na terra. Busquemos todos, ardentemente, um espírito humilde, e nos esforcemos para sermos humildes em todo nosso comportamento diante de Deus e dos homens. Busque por um profundo e permanente senso de sua miséria diante de Deus e dos homens. Conheça a Deus. Confesse sua nulidade e desgraça diante dEle. Desconfie de si mesmo. Conte somente com Deus. Renuncie toda glória, exceto dEle. Renda-se à Sua vontade e serviço. Evite um comportamento pretensioso, ambicioso, ostentoso, insolente, arrogante, desdenhoso, teimoso, impetuoso e auto-justificador; e aspire mais e mais do espírito humilde que Cristo manifestou quando Ele esteve na terra. Humildade é o traço mais essencial e distinguidor em toda verdadeira piedade. Ardentemente procure então, e diligentemente e em oração cultive um espírito humilde, e Deus andará com você aqui embaixo; e quando uns poucos dias tiverem passado, Ele o receberá às honras concedidas ao Seu povo à destra de Cristo”. Jonathan Edwards

sábado, 26 de março de 2011

AS ESCRITURAS E O PECADO (6)

6. O indivíduo se beneficia espiritualmente quando a Palavra o fortalece contra o pecado.

As Sagradas Escrituras nos foram dadas não somente com o propósito de revelar-nos a nossa pecaminosidade inata, ou a fim de mostrar as muitas e muitas maneiras mediante as quais carecemos "da glória de Deus" (Romanos 3:23), mas igualmente para ensinar-nos como podemos obter livramento do pecado, como podemos ser livres de desagradar a Deus. "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (Salmos 119:11). E de cada um de nós é requerido o seguinte: "Aceita, pego-te, a instrução que profere, e põe as suas palavras no teu coração" (Jó 22:22).

O de que precisamos é, particularmente, dos mandamentos, das advertências, das exortações da Bíblia, para que sejam como que nosso tesouro particular; devemos memorizá-los, meditar sobre os mesmos, orar a seu respeito e pô-los em prática. Eis a única maneira eficaz de se evitar que um terreno qualquer seja invadido por ervas daninhas: é semear ali a boa semente: "...vence o mal com o bem" (Romanos 12:21). Por conseguinte, quanto mais "ricamente" estiver habitando em nós a Palavra de Cristo (ver Colossenses 3:16), menos espaço haverá para o exercício do pecado, em nossos corações e em nossas vidas.

Não é suficiente apenas assentirmos à veracidade das Escrituras, mas é necessário que elas sejam recebidas em nossos afetos. É uma verdade soleníssima aquela em que o Espírito Santo especifica a base da apostasia, "...porque ao amor da verdade eles não receberam" (II Tessalonicenses 2:10, grego).

"Se essa semente ficar apenas na língua ou na mente, para que seja apenas uma questão de palavras ou de especulação, não demorará muito para que desapareça. A semente que jaz à superfície será apanhada pelas aves do céu. Portanto, que cada qual a esconda no profundo do ser; que vá dos ouvidos para a mente, da mente para o coração; e que ela penetre cada vez mais profundamente. Somente ao exercer ela um domínio soberano sobre o coração, é que a receberemos na força de seu amor – quando ela é mais cara para nós que nossas concupiscências mais queridas, então nos apegamos a ela". (Thomas Manton).

Não há qualquer outra coisa que nos preserve das infecções deste mundo, que nos livre das tentações de Satanás, que se mostre preservativo tão eficaz contra o pecado, como a Palavra de Deus recebida em nossos afetos: "No coração tem ele a lei do seu Deus; os seus passos não vacilarão" (Salmos 37:31). Enquanto a verdade mostrar-se ativa em nosso íntimo, despertando-nos a consciência e sendo realmente amada par nós, seremos preservados da queda. Quando José foi tentado pela esposa de Potifar, respondeu ele: "... como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?" (Gênesis 39:9). A Palavra de Deus se achava em seu coração, pelo que também prevaleceu sobre os seus desejos. Essa é a inefável santidade, o grandioso poder de Deus, o qual é poderoso tanto para salvar como para destruir.

Nenhum de nós sabemos em que ocasião será sujeito às tentações; portanto, é mister estarmos preparados contra elas. "Quem há entre vós que ouça isto? que atenda e ouça o que há de ser depois?" (Isaías 42:23). Sim, compete-nos antecipar o futuro e nos fortalecermos intimamente para ele, entesourando a Palavra em nossos corações, para as emergências futuras.

A. W. Pink

NINHARIAS

"E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição" (Colossenses 3:14).

Um amigo viu, certa vez, Michelangelo trabalhando em uma de suas esculturas. Depois de um certo tempo, viu-o trabalhando novamente e, não percebendo muito progresso no trabalho, perguntou: "Você não fez nada desde que estive aqui da última vez?" "Claro que fiz", respondeu o escultor. "Eu retoquei esta parte e poli isto aqui; Eu suavizei esta característica e destaquei aquele músculo; Eu dei mais expressão para este lábio e mais energia para este membro".
"Bem, bem", disse o amigo, "todos estes são ninharias"."Pode até ser", Michelangelo Respondeu, "mas lembre-se que ninharias produzem perfeição e esta perfeição não é nenhuma ninharia."

Temos nós buscado a presença do Senhor para um maior relacionamento com Ele e um crescimento em nossa vida espiritual? Temos procurado conhecer a Palavra de Deus para uma maior compreensão da Sua vontade e, desta forma, poder glorificá-Lo em todas as nossas atitudes? Temos dedicado um tempo de oração para ouvir a voz de Deus e saber o que Ele tem para nós?

Às vezes pensamos que tudo isso é dispensável e que basta ter levantado, um dia, a mão para o Senhor que tudo mais é automático. Achamos que ir aos cultos, fazer visitas aos enfermos ou ausentes, participar dos departamentos de nossas Congregações ou distribuir um folheto evangelístico são"ninharias" espirituais que nada acrescentarão ao fato de já sermos cristãos. Chegamos mesmo a dizer que "ninguém é perfeito" e que ninguém deve pensar em perfeição.

O apóstolo Paulo nos diz que devemos crescer em Cristo e que o amor é o vínculo da perfeição. Eu sei que somos pecadores e temos muitas falhas, mas, em meu viver diário, eu peço ao Senhor que me revista de Sua graça e que me faça melhor a cada dia. Fico muito feliz quando Jesus trabalha em mim,moldando minha vida de acordo com a Sua vontade. Eu o amo e amo a todos que precisam da salvação. Sei que não sou perfeito, mas, o caminhar em direção à perfeição em Cristo é o que mais desejo e busco.E você, ainda acha que tudo é ninharia e sem importância?

Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!
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sexta-feira, 25 de março de 2011

AS ESCRITURAS E O PECADO (5)

5. O indivíduo se beneficia espiritualmente quando a Palavra o leva a abandonar o pecado.
"Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor" (II Timóteo 2:19).

Quanto mais lemos a Palavra com o objetivo definido de descobrir o que é agradável e o que é desagradável ao Senhor, mais a Sua vontade tornar-se-á conhecida por nós; e se os nossos corações forem corretos diante dEle, mais ainda os nossos caminhos se harmonizarão com a Sua vontade. Então é que andaremos "na verdade" (II João 4).

No fim do sexto capítulo da segunda epístola aos Coríntios algumas promessas preciosas são dadas àqueles que se separarem dos incrédulos. Observemos, naquela passagem, a aplicação feita pelo Espírito Santo. Não diz o Senhor "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, consolemo-nos e nos entreguemos à complacência...", e, sim: "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito..." (II Coríntios 7:1).
"Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado" (João I5:3).

Eis aqui uma outra importante regra, par meio da qual nos deveríamos testar com freqüência: a leitura e o estudo da Palavra de Deus está produzindo a purgação de minha conduta? Desde os dias antigos vinha sendo feita a indagação: "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?" E a resposta do salmista inspirado declara: ''Observando-o segundo a Tua Palavra" (Salmo119:9).

Sim, não basta ler a Palavra, crer nela ou memorizá-la; mas é preciso haver a aplicação pessoal da Palavra ao nosso "caminho". É quando "damos ouvidos" a exortações como aquelas que estipulam: "Fugi da impureza!" (I Coríntios 6:18), "Fugi da idolatria" (I Coríntios 10:14),
"... foge destas cousas..." – da cobiça apaixonada pelo dinheiro (1 Tim. 6:11) e "Foge, outrossim, das paixões da mocidade" (II Tim. 2:22), é que o crente é levado a separar-se do mal, na prática; pois então o pecado não somente tem sido confessado, mas também tem sido "deixado" (ver Provérbios 28:13).

A. W. Pink

GRANDES MARAVILHAS

"Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós" (Josué 3:5).

Há muitos anos atrás, em uma visita humanitária, o missionário Dan Crawford, junto com seus companheiros na África, se viram bloqueados por uma enchente que fez aumentar o volume de água de um rio que precisavam atravessar. A única coisa que podiam fazer, diante daquele obstáculo, era orar -- e eles oraram! Quando terminaram suas orações, uma grande árvore tombou sobre o rio formando uma ponte! Com um grito de puro júbilo, eles seguiram adiante e cumpriram a missão que Deus lhes havia confiado (GaryBowell).

Por que não vemos mais os grandes milagres acontecerem? Porque não vemos as grandes maravilhas que tanto esperamos do Senhor? Por que as nossas orações não produzem mais os grandes efeitos do passado?O Senhor é o mesmo; Seu poder é o mesmo; Seu desejo de abençoar é o mesmo... Mas, nós não somos mais como os homens do passado! A nossa fé é vacilante, nossa esperança éfrágil, nosso amor ao Senhor é insignificante, nossa determinação espiritual é quase nula. Buscamos ao Senhor porinteresse, oramos por mera rotina, vamos aos cultos quando nada temos de melhor a fazer.

O poder da igreja é fraco porque não confiamos verdadeiramente no Senhor. Josué conclamou o povo a se santificar. E o povo obedeceu!Hoje somos convocados para buscar a Deus, para manter o coração puro, para glorificar ao Senhor em tudo que fazemos,porém, quase sempre nos mantemos indiferentes a qualquer convocação.Queremos ver as maravilhas; queremos ver os milagres;queremos ganhar muito dinheiro; queremos conquistar o mundo,mas, não queremos nos submeter à vontade do nosso Deus e nem abrir mão de nossos próprios prazeres materiais.

As grandes maravilhas são conseguidas com santidade. Os grandes milagres são obtidos com obediência e fé. Uma vida abençoada é fruto de uma plena comunhão com o Senhor Jesus Cristo.Você quer ver Deus agindo em sua vida? Siga o conselho de Josué!

Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!
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quinta-feira, 24 de março de 2011

AS ESCRITURAS E O PECADO

4. O indivíduo se beneficia da Palavra, espiritualmente falando, quando ele odeia o pecado com maior profundidade.

"Vós, que amais o SENHOR, detestai o mal: ele guarda as almas dos seus santos, livra-os da mão dos ímpios" (Salmos 97:10). "Não podemos amar a Deus sem odiar aquilo que Ele odeia. Não somente devemos evitar o mal, recusando-nos a continuar nele, mas também devemos declarar guerra contra ele, voltando-nos contra ele com indignação no íntimo" (C.H. Spurgeon).

Um dos testes mais seguros que se pode aplicar à professada conversão é a atitude do coração para com o pecado. Sempre que o princípio de santidade houver sido implantado, necessariamente haverá repulsa por tudo quanto é profano. E se nosso repúdio ao mal for genuíno, então seremos gratos quando a Palavra reprovar até mesmo o mal de que nem suspeitávamos.

Essa foi também a experiência de Davi: "Por meio dos teus preceitos consigo entendimento; par isso detesto todo caminho de falsidade" (Salmos 119:104). Observemos atentamente que não devemos meramente "abster-nos do pecado", pois "detesto"; e não somente a "alguns" ou "muitos" pecados, mas antes, a "todo caminho de falsidade", e não apenas a "todo mal" mas a "todo caminho de falsidade". E continua o salmista: "Por isso tenho por em tudo retos os teus preceitos todos, e aborreço todo caminho de falsidade" (Salmos 119:128).

No entanto, dá-se exatamente o contrário no caso do ímpio: "De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? " (Salmos 50:16,17).

E em Provérbios 8:13, lemos: "O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho, e a boca perversa, eu os aborreço". Ora, esse temor piedoso nos vem através da leitura da Palavra (ver a passagem de Deuteronômio 17:18,19). Com razão, pois, é que alguém declarou: "Enquanto não odiarmos ao pecado, não poderemos mortificá-lo, ninguém clamará contra o pecado, como os judeus clamaram contra o Cristo: ''Crucifica-O! Crucifica-O!'', enquanto realmente não abominar o pecado como Ele foi abominado" (Edward Reyner, 1635).

A. W. Pink

quarta-feira, 23 de março de 2011

AS ESCRITURAS E O PECADO (3)

3. O indivíduo se beneficia espiritualmente quando a Palavra o conduz à confissão de pecado.


As Escrituras são proveitosas para a "repreensão" (II Timóteo 3:16); e a alma honesta está pronta a reconhecer as suas próprias faltas. Mas acerca do indivíduo carnal é declarado: "Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras" (João 3:20).

"Deus tenha misericórdia de mim, um pecador", é o clamor dos corações renovados; e cada vez que somos revivificados pela Palavra (Salmo 119), recebemos nova revelação e renovada convicção de nossas transgressões aos olhos de Deus. "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Provérbios 28:13). Não pode haver prosperidade nem frutificação espirituais (Salmos 1:3), enquanto ocultarmos em nosso seio as nossas culpas secretas; somente quando são livremente reconhecidas perante Deus, e isso com detalhes, é que desfrutaremos de Sua misericórdia.

Não há paz real para a consciência e nem descanso para o coração, enquanto sepultarmos a carga do pecado não confessado. O alívio só nos é outorgado se confessarmos o pecado a Deus. Notemos bem a experiência de Davi: "Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim; e o meu vigor se tornou em sequidão de estio." (Salmos 32:3,4).

Essa linguagem figurada mais vigorosa lhe parece ininteligível? Ou a sua própria história espiritual a explica? Há muitos versículos nas Escrituras que nenhum comentário pode interpretar satisfatoriamente, mas que a experiência pessoal pode fazê-lo. Verdadeiramente bem-aventuradas são as palavras seguintes: "Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado" (Salmos 32:5).

A. W. Pink

terça-feira, 22 de março de 2011

AS ESCRITURAS E O PECADO (2)

2. O indivíduo se beneficia espiritualmente quando a Palavra o faz entristecer-se por causa do pecado.

Com respeito ao ouvinte do solo rochoso foi dito que "...esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo antes de pouca duração..." (Mateus 13:20, 21). Porém, acerca daqueles que foram convencidos de pecado, sob a pregação de Pedro, está registrado que eles se sentiram compungidos em seus corações (ver Atos 2:37).

O mesmo contraste se verifica hoje. Muitos ouvem um sermão floreado ou um discurso sobre a ''verdade dispensacional'', que exibe a capacidade de oratória ou mostra a habilidade intelectual do orador, mas que, usualmente, não contém qualquer aplicação à consciência. Aquela exposição é recebida com aprovação, mas ninguém é humilhado diante de Deus e nem é levado a andar mais perto dEle, por ela.

Porém, deixe-se que um servo fiel do Senhor (o qual pela graça divina não busca adquirir reputação por ''brilhantismo'') faça os ensinamentos bíblicos exercerem pressão sabre o caráter e a conduta, desvendando os tristes fracassos até mesmo dos melhores entre o povo de Deus, e embora a multidão despreze o mensageiro, as pessoas realmente regeneradas sentir-se-ão gratas pela mensagem que as leva a se lamentarem diante de Deus e a clamarem: "Desventurado homem que sou!" (Romanos 7:24).

Assim acontece quando lemos pessoalmente a Palavra. E assim sucede quando o Espírito Santo a aplica de tal maneira que sou levado a ver e a sentir minha corrupção íntima, para que eu seja verdadeiramente abençoado.

Que palavra encontramos no trecho de Jeremias 31:19: "Na verdade, depois que me converti, arrependi-me; depois que fui instruído, bati no peito; fiquei envergonhado, confuso, porque levei o opróbrio da minha mocidade!"

Meu prezado amigo, você conhece algo parecido com essa experiência? Os seus estudos da Palavra de Deus produzem um coração quebrantado e o levam a humilhar-se perante Deus? Fica você convicto de seus pecados, de tal modo que é levado a arrepender-se diariamente perante ele? O cordeiro pascal tinha de ser comido com ''ervas amargas'' (Êxodo 12:8). Por semelhante modo, quando realmente nos alimentamos da Palavra, o Espírito Santo a torna "amarga" para nós, antes de tornar-se doce ao nosso paladar.

Notemos a ordem das coisas, no trecho de Apocalipse 10.9: "Fui pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele então me fala: Toma-o, e devora-o; certamente ele será amargo ao teu estômago, mas na tua boca, doce coma mel". Essa será sempre a ordem da experiência: primeiramente deve vir a lamentação, e somente depois vem o consolo (Mateus 5:4); primeiro a humilhação, e depois a exaltação (I Pedro 5 :6).

A. W. Pink

segunda-feira, 21 de março de 2011

ENRIQUECENDO-SE COM A BÍBLIA

Nesta semana, a partir de hoje, pretendo postar uma série de estudos com o tema acima, de autoria de A. W. Pink. Espero que abençoe a todos quantos acessarem este blog.



AS ESCRITURAS E O PECADO

Há seriíssimas razões para crermos que grande parte da leitura e do estudo bíblicos, nestes últimos poucos anos, não tem sido de grande proveito para aqueles que disso se tem ocupado. E vamos mais longe; pois tememos grandemente que, em muitos casos, isso tem sido antes uma maldição do que uma bênção. Estamos perfeitamente cônscios de que esta é uma linguagem dura, mas não mais forte do que o caso exige. Os dons divinos podem ser sujeitados a uso errôneo, e as misericórdias divinas podem ser alvo de abusos. Que assim tem sido, naquilo que aqui salientamos, é evidente através dos frutos produzidos.

Até mesmo o homem natural pode (e com freqüência o faz) atirar-se ao estudo das Escrituras com o mesmo entusiasmo e prazer que faria se estudasse as ciências. Quando assim faz, aumenta o seu cabedal de conhecimentos, mas também aumenta o seu orgulho. Tal como o químico atarefado em fazer experiências interessantes, o pesquisador intelectual da Palavra é invadido de satisfação ao fazer ali alguma descoberta; mas a alegria deste último não é mais espiritual do que a alegria daquele primeiro.

Outrossim, tal como os sucessos de um químico geralmente acentuam o seu senso de importância própria, levando-o a olhar com desdém para outros, que sejam mais ignorantes que ele mesmo, assim também, desafortunadamente, dá-se no caso daqueles que investigam a numerologia, a tipologia, a profecia bíblica e outros temas dessa natureza.

O estudo da Palavra de Deus pode ser levado a efeito com base em vários motivos. Alguns lêem-na a fim de satisfazerem seu orgulho literário. Em certos círculos tornou-se algo respeitável e popular a obtenção de um conhecimento geral do conteúdo da Bíblia, simplesmente por ser considerado como defeito de educação a ignorância dela. Outros lêem a Bíblia para satisfazer seu senso de curiosidade, como o fariam com qualquer outro livro famoso. Ainda outros lêem-na para satisfazer seu orgulho sectarista. Esses consideram um dever estar bem familiarizados com as crenças particulares de sua própria denominação, pelo que também buscam ansiosamente textos de prova que dão apoio ao que eles chamam de ''nossas doutrinas''. Ainda há aqueles que lêem a Bíblia com a finalidade de argumentar com êxito com aqueles que discordam de suas opiniões. Em toda essa atividade, entretanto, não há qualquer pensamento acerca de Deus, não há qualquer anelo pela edificação espiritual, e, portanto, não há qualquer beneficio real para a alma.
Assim sendo, de que maneira nos podemos beneficiar da Bíblia? A passagem de II Timóteo 3:16,17 não nos fornece clara resposta para essa pergunta? Lemos ali: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." Observemos o que aqui é omitido: as Sagradas Escrituras não nos foram dadas a fim de satisfazer nossa curiosidade intelectual e nem nossas especulações carnais, e sim para habilitar-nos para toda boa obra, e isso mediante o ensino, a reprovação e a correção. Envidaremos esforços por ampliar isso com a ajuda de outros trechos bíblicos.

1. O indivíduo se beneficia espiritualmente quando a Palavra o convence de pecado.

Este é o seu primeiro préstimo: revelar a nossa depravação, desmascarar a nossa vileza, tornar conhecida a nossa iniquidade. A vida moral de um homem pode ser irrepreensível, seu trato com os seus semelhantes pode ser sem faltas; mas quando o Espírito Santo aplica a Palavra ao seu coração e à sua consciência, abrindo os seus olhos fechados pelo pecado para que perceba a sua relação e a sua atitude para com Deus, então ele exclama: "Ai de mim! Estou perdido!" (Isaías 6:5). É desse modo que toda a alma verdadeiramente salva é levada a perceber a necessidade que tem de Cristo. "Os sãos não precisam de médicos, e, sim, os doentes" (Lucas 5:31). Contudo, somente quando o Espírito aplica a Palavra, com poder divino, é que qualquer indivíduo é levado a sentir-se enfermo, enfermo até à morte.

Essa convicção, que impressiona o coração com o fato de que o pecado produziu tremenda devastação na constituição humana, não se restringe à experiência inicial, que precede de imediato à conversão. De cada vez que Deus bendiz a sua Palavra em meu coração, sou levado a sentir quão longe ando do padrão que Ele me apresenta, a saber: "...tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento" (I Pedro 1:15). Aqui, por conseguinte, temos o primeiro teste a ser aplicado: quando leio acerca dos tristes fracassos de diferentes personagens das Escrituras, isso me faz perceber quão infelizmente parecido com eles eu sou? E quando leio sabre a vida bem-aventurada e perfeita como a de Cristo, isso me faz reconhecer quão terrivelmente diferente sou eu dEle?

A. W. Pink

"NÃO CONSIGO ME IMAGINAR DISTANTE DA PRESENÇA DE DEUS"

"Não consigo me imaginar distante da presença de Deus" diz ex-Globeleza
Ela se chama Valéria Conceição dos Santos Donner, mas tornou-se conhecida como Valéria Valenssa ou “a ex-globeleza”.

Hoje, aos 39 anos, a mulata carrega outro título: serva de Deus. Casada há 18 anos com o famoso designer gráfico Hans Donner, atualmente trabalha com ele na administração e coordenação de suas palestras ministradas dentro e fora do Brasil, e se dedica aos filhos João Henrique e José Gabriel Donner.

Valéria é evangélica desde 2004, ano em que viveu um período difícil ao ser dispensada pela Globo depois de 15 anos como símbolo do carnaval na emissora. Ela conheceu o amor e a verdadeira felicidade em Jesus, e afirma que não se imagina mais distante de Cristo.Como aconteceu a sua saída da TV Globo? Depois que nasceram os filhos a Globo decidiu escolher outra mulata.O que mudou em sua vida após essa fase? Tudo.

Primeiro porque pensava que estava preparada para enfrentar qualquer coisa, o que não era verdade. Pensava também que eu era insubstituível, e ninguém é. Naquele momento não esperava ser dispensada. Aprendi que o homem te coloca num pedestal e o próprio homem te tira dele. Mas com Deus tenho aprendido a andar nas alturas, conforme está escrito em Habacuque 3:19.Como e quando você se converteu a Jesus Cristo? Nessa fase em que a Globo me demitiu, em 2004.

Um dia estava em casa muito angustiada e triste. Lembrei de um convite que havia recebido algumas vezes, tratava-se de uma reunião de oração feita por funcionários da Globo, às segundas-feiras, no horário de almoço. Resolvi aceitá-lo e lá tive um encontro com o Senhor Jesus Cristo.Conte seu testemunho. Sempre fui uma pessoa religiosa e tinha muita fé em Deus, mas não o conhecia.Quando a Globo me chamou para uma reunião e disse: “hoje você não é mais”, o mundo caiu ali pra mim. Fiz loucuras, coisas que hoje não faria. Eu estava 10 quilos acima do peso. Fiz plástica num período curto de dois meses, perdi 12 quilos. Meu filho tinha oito meses de idade. Virei escrava daquela situação, para provar para o homem que eu poderia alguma coisa. Eu esperei do homem ajuda.

Quando passei por esse momento delicado, cheguei a ficar deprimida, mas foi aí que Deus se revelou para mim e entrou de verdade em meu coração, transformando toda a minha vida. Não consigo me imaginar distante da presença de Deus.Percebo que minha história é marcada por muitos milagres. Hoje faço questão de testemunhar que sirvo a Deus. Isso está muito nítido na minha vida. Tenho visto o mover do Senhor. Estou caminhando há sete anos, com muita oração e pedindo muita sabedoria. Tenho dado testemunho em várias igrejas sobre a minha mudança de vida.O seu marido, Hans Donner, também é?Ainda não, mas não abro mão da minha promessa em Josué 24:15 “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Ele tem visto o mover de Deus em minha vida.Você é mãe. Costuma levar seus filhos a igreja? Já falou de Jesus para eles? Sim, sempre. A Bíblia nos ensina em Provérbios 22:6 “Instrui o menino o caminho que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”.

Ser evangélica fez você diminuir a preocupação com o corpo? Sim, de certa forma. Mas aprendi na Bíblia, em I Coríntios 6:19 que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, logo preciso ter zelo e cuidados com meu corpo e saúde.Como foi a recepção das pessoas à sua conversão, principalmente daqueles que te viam antes como símbolo sexual? As pessoas me vêem com carinho, dizem que sentem saudade. São elas que vão me ouvir falar de Deus. Desde o momento que chego num ambiente fico “ligada”.

Um dia precisei acompanhar meu marido num evento ligado a samba. Tudo depende da minha postura e do que vou falar, como me comportar, como me vestir. Eles dizem que hoje estou diferente. Temos que passar para as pessoas a diferença daqueles que servem a Deus e dos que não servem. Muitos sabem que estou na igreja, que não faço mais carnaval, mas o amor e o respeito dessas pessoas não mudaram.

Sempre busco a oportunidade de dizer que o que Deus tem feito na minha vida pode fazer na delas também.Você participa de projetos sociais? Sempre participei. E quando você faz não precisa falar, mostrar. Quando Deus chama, Ele tem propósito, é para pregar a Palavra. Antes eu era madrinha de ONG, cedia a minha imagem para buscar recursos.Hoje sou voluntária de uma ONG que assiste a mulheres carentes, mães abandonadas que criam seus filhos sozinhas. Dedico um tempo por semana para conversar, apoiar, falar sobre minha experiência de vida com Deus.

Por: Redação CPAD NewsVia: www.guiame.com.br http://www.guiame.com.br/v4/102486-1692--quot-N-o-consigo-me-imaginar-distante-da-presen-a-de-Deus-quot-diz-ex-Globeleza.html

sábado, 19 de março de 2011

PERTO DO REINO

Marcos (12.28-34) descreve um encontro de Jesus com um intérprete da lei, um escriba fariseu; o qual se aproximou de Jesus com o propósito de testá-Lo. Suas palavras demonstram uma altivez arrogante e muita prepotência; sem qualquer respeito e consideração para com o Senhor Jesus.

Era a postura costumeira de quem olha para o seu interlocutor como que examinando um candidato ao ministério da pregação do evangelho. Um “doutor” em teologia, um religioso que se deleitava com os acalorados debates sobre os detalhes da lei mosaica e suas inúmeras interpretações e acréscimos, algo comum às seitas heréticas. sobrecarregando e sufocando as pessoas com suas rigorosas e pesadas exigências, sem um mínimo de compaixão e misericórdia. Para os quais Jesus fez também tremendas repreensões e previsões. Mateus cita oito pronunciamentos de Jesus, começando com a frase “ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas” (Mt 23.13-36); culminando com uma frase das mais contundentes: “Serpentes, raças de víboras! Como escapareis da condenação do inferno” (Mt 23.33). Eram homens implacáveis na exigência da observância da lei cerimonial (como fazem algumas seitas atualmente), legalista. Impiedosos, julgavam as pessoas arbitrariamente, pois tinham autoridade política e jurídica para condenar as pessoas conforme as suas interpretação.

No texto que estamos estudando, depois de responder ao questionamento de um desses escribas, Jesus fez-lhe uma marcante declaração: “Não estais longe do reino de Deus” (Mc 12.34). Ou seja, você está perto do reino, mas ainda sem a posse dele; sem a garantia de entrar no reino de Deus. Perto do reino, mas sem salvação! Vejamos porque Jesus fez tal afirmativa.
Primeiro, não estava longe do reino porque ele tinha a oportunidade de se encontrar com Jesus e ouvi-Lo atenciosamente – v. 28a

Até mesmo reconheceu que Jesus havia respondido aos seus colegas religiosos com sabedoria e acertadamente, conforme a sua interpretação teológica. Em sua “sapiência” farisaica, observou que Jesus estava se saindo muito bem diante do interrogatório a que fora submetido por seus diletos colegas...

Esse homem nos faz pensar nas diversas pessoas que gostam de discutir religião, sobre as vantagens de se pertencer a determinadas seitas, ou denominações; se exaltam na defesa de seus pontos de vistas teológicos e doutrinários... E, no entanto, apesar de toda cultura bíblica alardeada, continuam caminhando para a eternidade sem Deus, sem a salvação em Cristo Jesus; não demonstrando com seus atos e palavras qualquer intimidade com Cristo, e nenhuma misericórdia para com o sofrimento alheio. Apenas acirradas críticas e censuras, sem amor e compaixão em seus corações.

Em segundo lugar, não estava longe do reino porque teve a oportunidade de interrogar a Jesus, tirar dúvidas, conhecê-Lo pessoalmente

Diz o texto que além de aprovar as palavras do Mestre divino, ele também procurou questionar a Jesus, talvez esperando ouvir alguma contradição ou algo que pudesse compromete-Lo publicamente (v.28b). Este homem é um autêntico representante de todos os religiosos; os quais fazem de tudo para conseguir mais adeptos, ou prosélitos, para melhor divulgarem suas igrejas e denominações. Sem qualquer compromisso com a verdade e a misericórdia divina e sem qualquer preocupação com o reino de Deus. Nem mesmo se importam em assegurar-se da salvação de suas próprias almas, muito menos daqueles a quem pretendem extorquir e manipular com seus próprios argumentos e pretensa sabedoria teológica. Aí, cada qual procura oferecer mais vantagens às suas concorridas “ovelhas”, ou vítimas. É um Super Mercado de ofertas de bênçãos de toda sorte para esta vida; é oferta de vitória sobre todo tipo de encostos; é sucesso e prosperidade financeira, saúde de ferro e o céu na terra. Não há mal que os resista; não há limite para as suas promessas!!!

Em terceiro lugar, ele não estava longe do reino porque era professor de Bíblia e demonstrou concordar com o ensino de Jesus

Até mesmo fez um elogio ao Senhor: “Muito bem, Mestre!” Como que a dizer-Lhe: “É isso aí Cara! Você está aprovado em Sua teologia, acertou mais uma vez. Ótimo, parabéns por suas respostas, gostei muito!” Apesar de toda empáfia, continuou apenas perto do reino. Contentava-se com seus dogmas e doutrinas religiosas, seus conceitos e preconceitos sobre Deus e o Seu reino. Não se humilhou diante do Salvador, não se arrependeu de seus pecados, não foi salvo por Cristo. Não entrou no reino, apesar de chegar tão perto. Como escreveu o apóstolo Pedro: “Esses tais são como fonte sem água, como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a negridão das trevas; porquanto, proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por suas libertinagens, aqueles que estavam prestes a fugir dos que andam no erro, prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor.

Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro. Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal” (2Pe 2.17-22). Como disse Jesus, eles não estão longe do reino de Deus porque falam sobre o céu, usam a Bíblia Sagrada como base para suas heresias. Falam sobre o reino e até prometem as bênçãos do reino aqui na terra. Contudo, continuam apenas perto do reino, mas sem salvação, sem a plena comunhão com Deus através de Jesus Cristo; correndo o risco de ouvirem no dia do juízo as duras palavras a serem proferidos pelo Senhor: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23).

Que tragédia! Que lástima, chegar tão próximo de obter o maior tesouro, a vida plena com Deus, e perdê-lo para sempre! Aquele homem contentou-se com seus conhecimentos teológicos. Sabia muito sobre Deus, sobre o ensino religioso nas escolas e sinagogas; era um mestre em religião, mas não conhecia Deus pessoalmente o Mestre por excelência, não foi salvo, porque o próprio Senhor Jesus afirmou: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3). Ele não conhecia nem reconhecia Jesus como único e suficiente Salvador. Foi para eternidade sem Cristo e sem salvação, apesar de toda a sua religiosidade.

Que tristeza e que decepção para alguém como ele ao chegar diante do tribunal de Cristo após a morte! Que isto nos faça pensar em nossa própria situação: Estamos nos contentando apenas com o fato de sermos religiosos, freqüentadores de igreja, líderes e professores da Escola Bíblica Dominical, ou mesmo ensinando em Seminários cristãos; porém, vivendo apenas perto do reino, mas sem salvação? Nos contentamos em receber mensagens bíblicas de conforto e fazermos parte de uma família cristã? Ou já nos asseguramos de nossa entrada no reino de Deus e queremos desenvolver cada vez mais nossa intimidade e comunhão com o Senhor da Glória? Pensemos seriamente nisto, enquanto há tempo!

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com

COM ALEGRIA E ENTUSIASMO

"Cantai ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-seisto em toda a terra" (Isaías 12:5).

Uma Missionária conta que, certa vez, descrevia o caráter amoroso do Deus dos cristãos para um grupo de mulheres chinesas. Enquanto ela retratava, com um entusiasmo santo, amisericórdia de Deus pelos pecadores e por todos os que sofrem, uma das chinesas se virou para outra, que estava a seu lado, e disse: "Bem que eu, frequentemente, lhe dizia que deveria haver um Deus assim."

A nossa ilustração mostra um detalhe interessante: a mulher chinesa, sem conhecer ao Senhor, já falava, com insistência,a uma amiga, sobre a possível existência de um Deus de amor e misericórdia.E o que dizer de nós, que conhecemos e provamos da bondade incomparável de Deus? Que dizer de nós, que, no dia em que abrimos o coração para o Salvador, tivemos os pecados perdoados e a vida transformada? O que dizer de nós, que outrora andávamos perdidos e sem alegria e hoje desfrutamosdas ricas e poderosas bênçãos do Senhor? Temos, também,compartilhado com todos a grande experiência que mudou orumo de nossos passos?

Tenho certeza de que aquela missionária, em terras chinesas,tinha motivos de estar entusiasmada com o que dizia. Não eram palavras estudadas ou decoradas, mas, a realidade do júbilo que enchia sua alma e seus dias. Ela amava ao Deus que a amava, ela obedecia ao Deus que a havia resgatado do pecado. Ela brilhava pela presença do Espírito do Senhor emsua vida.O que Deus faz é tremendo. Eu também estou entusiasmado. Não posso deixar de falar do Salvador, não posso deixar de cantar e glorificar o Seu nome. Não posso impedir que o mundo saiba o quanto eu sou feliz!

Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!
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sexta-feira, 18 de março de 2011

E O HOMEM AINDA ACHA QUE ESTÁ NO COMANDO

Esta foi a manchete principal do Jornal EXTRA, do Rio de Janeiro, dia 12/03/2011, na manhã de sábado, após o grande terremoto que devastou diversas cidades do Japão. “Terremoto com força de 15 mil bombas atômicas mostra impotência humana diante da natureza”, dizia o Jornal logo abaixo do título.

Na verdade, o que o jornal não disse, embora tenha ficado evidente nesse título, é que o homem não tem o controle e previsão dos acontecimentos naturais, e muito menos dos sobrenaturais; tudo está sob o controle e comando absoluto de Deus. Ainda que muitos ainda continue atribuindo todos os acontecimentos catastróficos ao mero acaso da natureza, a Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – deixa bem evidente que todos esses fenômenos que causam destruição e pavor ao ser humano estão determinados por Deus para se cumprirem nos últimos dias que antecederão à segunda vinda do Senhor Jesus. Mas Ele também nos adverte para que não nos assustemos: “Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores. Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações” (Mc 13.7-10).

Em meio às tormentas da vida, às tragédias provocadas pela fúria da natureza, sob o comando de Deus, vez por outra somos informados a respeito da graciosa misericórdia divina manifestada na vida de algumas pessoas. Milagres reconhecidos até mesmo por aqueles que negam a soberania de Deus no universo por Ele criado.

Recentemente o Brasil se emocionou com a reportagem sobre o menino Moisés; o qual foi resgatado com vida de um riacho imundo, um esgoto, de onde fora jogado logo após o nascimento, ainda com o cordão umbilical. Mal acabara de nascer e já enfrentava as adversidades da vida e a crueldade humana, lançado para a morte pela própria mãe que o gerara. Mas Deus interveio protegendo-o e usando alguém para resgatá-lo das águas fétidas e poluídas. Não há explicação para a sobrevivência daquele bebê, senão na graça soberana de Deus. Esta é, sem dúvida, uma ilustração linda e marcante de como Deus opera a Sua maravilhosa graça para resgatar o pecador, perdido e morto em seus delitos e pecados.[1] E isto como Ele quer, quando quer, e para quem quer. Assim como um bebê recém nascido não tem a mínima condição de se defender e de lutar para salvar-se em um rio imundo, sem que a graça de Deus o faça por ele, assim também ocorre no caso de nossa salvação. A Bíblia diz que estávamos mortos em nossos delitos e pecados, não poderíamos reagir, decidir, escolher a salvação, se Deus não nos trouxesse a vida em Cristo Jesus.

Quando ocorreram as enchentes e destruição na região serrana do Rio de Janeiro também fomos impactados com aquela terrível tragédia, a qual provocou a morte de cerca de 900 pessoas, além das perdas materiais de grandes proporções. Porém, em meio ao caos provocados pelas chuvas, também ficamos emocionados com os milagrosos resgates ocorridos ali. Um jovem pai foi retirado dos escombros com seu filhinho de 7 meses, ambos em perfeitas condições físicas. Durante algumas tenebrosas e desesperadoras horas aquele pai conseguiu manter o filho hidratado colocando sua saliva na boquinha do bebê. Várias horas depois, ambos foram retirados sãos e salvos, graças a Deus! Ainda na mesma ocasião, um jovem foi resgatado após percorrer cerca de três quilômetros, arrastado pelas enxurrada, sobre as pedras e diversos obstáculos. Não há como explicar tais fatos humanamente, senão na sobrenatural ação divina.
Mais recente, três dias após o maior terremoto sofrido pelo Japão, seguido por um tsunami de grandes proporções, um bebê foi retirado do meio da lama em perfeitas condições físicas. Como? Só Deus poder fazer com que isto aconteça, não há explicação humana plausível para tais casos. Portanto, vale a pena atentarmos para a letra do lindo hino composto por G. A. Young:

Aos pastos bem verdes, na sombra ou calor, Deus guia seus filhos em paz; às águas tranquilas, de puro frescor, Deus guia seus filhos em paz.

Pelas montanhas ou pelo mar, pela fornalha que vem nos provar, pelas tristezas, mas sempre a cantar, Deus aos seus filhos em paz vai guiar.

Às vezes, ao monte de glória e fulgor Deus guia seus filhos em paz; às vezes, ao vale sombrio de dor, Deus guia seus filhos em paz.

Se mágoas nos cercam e vis tentações, Deus guia seus filhos em paz; e dá-lhes vitórias em mil provações, Deus guia seus filhos em paz.

Dos males da terra que aqui nos detém, Deus guia seus filhos em paz; às glórias eternas do reino de além, Deus guia seus filhos em paz”.[2]

Contudo, “O propósito da graça não se completará enquanto não estivermos na glória, com nosso corpo já transformado. A obra da graça não será completada até ao dia da segunda vinda de Cristo: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fl.1.6). A promessa da graça divina para nos ajudar em cada batalha, a promessa de contínuo sucesso nos conflitos, e, por fim, a vitória final, são suficientes para nos encorajar a todo esforço necessário, mantendo em vista o alto padrão de perfeição.[3] Diante de tudo isto, somos exortados a descansar no poder de Deus, mas não para esquecê-lo, rejeitá-lo, menosprezá-lo ou negligenciá-lo. É incrível, mas parece que somos guiados como burro velho, só aprendemos a confiar inteiramente no Senhor quando Seus chicotes nos acertam... Ufa! Até quando? Quem sabe até chegarmos ao entendimento de que “o nosso socorro vem do Senhor que fez o céu e aterra”, sempre! O problema é que cremos que o socorro vem do Senhor, porém, às vezes pensamos que o socorro parece muito distante, ou mesmo tardio... Mas Deus quer que entendamos que, ainda quando parece que o socorro tarda, ou que só virá por outros meios, Ele é fiel, e sempre o nosso socorro virá dEle.



Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com

[1] Efésios 2.1-10
[2] Hino No 35 HCC
[3] 2 Co 7.1; Fl.2.12b – Dagg, John L. – Manual de Teologia, P.207, 208,210

QUANTO VOCÊ PAGA? QUANTO VOCÊ OFERECE?

"Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me" (Marcos 8:34).

Os homens hoje querem saber: quanto o trabalho paga? O quevocê oferece? A história conta que, quando Garibaldi partiu para libertar a Itália, ele viu alguns jovens de pé em uma esquina e lhes perguntou se gostariam de se alistar em sua causa. "O que você oferece?" eles perguntaram. "O que ofereço?" Garibaldi respondeu. "Eu ofereço a vocês sofrimento, fome, trapos, sede, noites acordadas, pés feridos por longas caminhadas, inumeráveis privações, e,finalmente, vitória na causa mais nobre que vocês já enfrentaram."

A jovem Itália o seguiu!Muitos de nós procuramos uma igreja com um forte pensamento:"O que Deus me oferecerá? O que Ele me dará em troca de minha participação? O que lucrarei tornando-me um cristão?Que benefícios terei em deixar os prazeres deste mundo para enfiar-me em um local onde as pessoas cantam, oram e glorificam a Deus?E, compreendendo o interesse daqueles que buscam as reuniões, muitos líderes deixaram de falar em Jesus como Senhor e Salvador para enfatizar apenas que "Ele dá prosperidade e muito dinheiro aos que O buscam".

Mas, será esse o ensino mostrado pelo Senhor em Sua Palavra? Teria sido isso mesmo que Ele prometeu?Ele disse aos Seus discípulos: "No mundo tereis aflições".Ele também aconselhou: "Quem quiser vir após mim, pegue sua cruz e siga-me". E, para segui-lo, é necessário que renunciemos aos nossos interesses, aos deleites carnais, aos sonhos puramente materiais.Ele não disse que seríamos empresários ricos se déssemos tudo o que temos e nem afirmou que poderíamos comprar Suas bênçãos. Ele apenas nos garantiu que, se tivéssemos bomânimo, venceríamos o mundo.Não pergunte ao Senhor o que Ele lhe oferece. Ofereça-se a Ele e, tenha certeza, estará começando a ser verdadeiramente feliz.

Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet!
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quinta-feira, 17 de março de 2011

DEUS QUE CONFORTA

Deus continua falando e confortando o Seu povo. Acompanhe comigo o encontro de Jesus, o Deus da vida, com uma caravana da morte: Lc 7.14.

O texto nos conta a história de um milagre realizado por Jesus. Os que presenciaram tal fato ficaram estupefatos, e, unânimes, glorificaram a Deus pelo ocorrido. Entretanto, milhões de pessoas já experimentaram milagres semelhantes a este, e todos os dias Deus está efetuando a obra de ressurreição de mortos. A Bíblia diz que Ele, o Senhor, é quem nos deu vida, nos tirou e nos libertou de entres os mortos: Ef 2.1-10.

E mais à frente Paulo lança um desafio aos efésios que se achavam como que num estado de letargia mental e espiritual: Ef 5.14-21.

A maioria dos crentes hoje em dia está vivendo como se o viver cristão se constituísse na busca de bênçãos materiais, riquezas e prosperidade. Por outro lado, há aqueles que acham que a Igreja de Jesus só é importante e relevante nos momentos de dificuldades e aflições. Cabe a nós alertarmos aos crentes acomodados e aos não crentes, que só procuram a igreja na aflição, que ser crente envolve o sofrimento, perseguição; mas, com os sofrimentos vem também a consolação do amor de Deus por nós.

Deus o Espírito Santo foi concedido à Igreja com um propósito específico: a fim de sermos testemunhas. No livro de Atos vemos a igreja crescendo explosivamente na comunhão, na perseverança, etc. Mas, enquanto não veio a perseguição sobre o povo de Deus (At 8), a igreja não se deu conta de sua missão no mundo, qual seja a de fazer discípulos. Vindo a perseguição, os crentes foram obrigados a sair de sua comodidade pelo mundo a fora, pregando e testemunhando de Cristo Jesus.

A igreja de Cristo não pode se acomodar no seu status quo, não pode se contentar em buscar os seus próprios interesses, sua própria realização; não pode apenas contentar-se com o bem estar pessoal de seus filiados, com a prosperidade material daqueles que são seus.

Infelizmente, a maioria das pessoas que se dizem cristãs está vivendo acomodada pelo simples fato de um dia ter experimentado uma grande emoção ou sentimento de arrependimento e fé... Mas, durante a semana vive a sua vida "normal" como qualquer incrédulo, sem ler e refletir na Palavra de Deus, sem oração e sem relacionar suas decisões e atitudes com os ensinos bíblicos. Contentando-se com com um tipo de reza, ou uma oração formal na hora das refeições e quando vão dormir. Isso não significa vida cristã real, é vida religiosa apenas. Daí o fato de tantos ficarem sendo levados pelos ventos de doutrina que surgem a cada dia; pelos enganos de doutrinas triunfalistas e superficial sobre o que seja de fato a vida abundante.

Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO

Ela estava morta. O pajé passara duas semanas rezando sobre ela e nada, nada pode ser feito. Era uma linda índiazinha de uns 12 anos de idade. Estava ali seu corpo e os pais, a família, os irmãos, parentes, agora, todos choravam a menininha. O pai a segurava no colo, enquanto outro indígena realizava os ritos fúnebres. Banharam todo o corpo da menininha e a pintaram como se já fosse mulher. Passaram jenipapo em suas pernas, traçando aqueles belos desenhos desde a canela até o alto da coxa. Depois, com o dedo indicador embabado na pasta de urucum com óleo de pequi, o indígena traçou sobre os olhos dela aquele vermelho vivo. Enfim, passaram em sua cintura o cinto feito com palha de buriti e pentearam seus cabelos negros, colocando-a na rede que foi enterrada junto com ela.
Passado o tempo do luto, o pai de cabeça raspada saiu de casa em direção à casa do pajé. Era noite e os gritos chorosos do pai se faziam ouvir por toda aldeia:
- Você sabe quem matou minha filha! Você viu! Ele roubou a alma da minha filha! Você viu nos seus sonhos!
- Mas não posso contar, você sabe disso - disse o pajé ao pai da menina – quem fez isso com ela é feiticeiro poderoso e, se eu disser alguma coisa do que vi, ele vai me matar ou matar alguém da minha família!
- Se ele é feiticeiro, tem um jeito de descobrir quem é! Mal terminou essas palavras, o pai saiu de volta para casa, chamou os outros filhos e pegou duas pás. Os filhos seguiram o pai até o meio da aldeia. O pai começou a cavar o buraco onde estava enterrada a filha. Cansado, passou a pá a um dos filhos e sentou. O filho continuou a cavar o buraco. O pai chorava um choro cantado que atravessava a noite e moía os corações da gente daquele povo. Finalmente, chegaram ao corpo. O pai pegou o facão e cortou um pedaço do cabelo da menina. Depois, no meio daquela terra, foi tateando, procurando uma das mãos dela. Achou. Tomou os dedinhos da menina na sua mão grossa e, com o facão, cortou o dedo indicador. Seguiu para casa, enquanto os filhos tapavam o buraco de novo. O pai da menina fora até a outra aldeia pedir que um velho poderoso o ensinasse aquele feitiço que, agora, ele começava a fazer.
- Mulher, pegue a panela, acenda o fogo. Toma a lenha. Rápido.
- Mas...
- Não demora! Pega pedaço de cobra, morcego, cocô, vai na mata e pega tudo de ruim que você encontrar. Agora!

A panela estava lá. Já havia duas semanas que aquilo fervia dentro da panela, mas o fogo não podia parar. Ele, aos poucos, ia acrescentando tudo de ruim, tudo que só fazia mal naquela panela, enquanto não deixava o fogo apagar. Cedo ou tarde, eles acabariam descobrindo quem era o feiticeiro que havia matado a sua filha.

Dito e feito. Havia um mês que o fogo não se apagava e a aldeia já começava a falar às escondidas. O feitiço contra o feiticeiro começava a fazer efeito. Havia, realmente, na aldeia, alguém que já sentia os resultados daquela poção. Todos já estavam falando de um indígena que, repentinamente, não saía mais de casa de dia. A esposa dava desculpas: “Saiu para pescar”, “Tá caçando”, “Saiu na balsa para a cidade de manhã, vocês não viram?”. Muitos jovens disseram que viram o feiticeiro passando mal, lá na mata, de noite, gritando em agonia. Passaram de dois a três meses nessa situação, até que o pai da menina, resolveu confirmar pessoalmente. Naquela manhã, fez um delicioso caldo de mandioca e levou até a casa do suspeito.
- Olá, Tigá, você está aí? Disse o pai da menina, entrando na casa.
- Sim. Estou aqui na rede. Estou muito cansado. Desculpa não levantar.
- Tudo bem, Tigá. Eu trouxe caldo de mandioca para você beber e voltar a ficar forte.
- Pode deixar por aí – disse Tigá, deitado na rede – depois eu bebo. Mas o pai da menina puxou uma cadeira e ficou bem perto de Tigá e disse:
- Não, bebe agora, é melhor para você.
- Mas... Antes que Tigá pudesse continuar a frase, sua cabeça foi levantada e o pai forçou sobre a boca dele uma cabaça cheia de caldo de mandioca. Tigá deu apenas 3 goles e, então, começou a vomitar.
- É, Tigá. Você está ruim mesmo...
Contudo, o pai da menina resolveu ainda fazer uma segunda coisa:
- Tigá! - gritou o pai da menina – olha, lá em cima da casa, têm muito morcego!
- Onde?... Quando Tigá ameaçou levantar os olhos para procurar os morcegos, ele começou a gritar de dor. Pronto! Estava confirmado. Tigá era o feiticeiro que matara sua filha: todos os sintomas provocados pela poção do feitiço estavam ali: ele não conseguia sair de dia de casa, não conseguia beber o caldo de mandioca e nem conseguia olhar para cima.

O pai da menina voltou para casa e contou para a família. Mas, durante um ano e meio, eles não deixaram o fogo apagar, sempre alimentando aquele fogo com lenha, noite e dia, o fogo que cozinhava aquele feitiço. Só para maltratar Tigá, que ficou só pele e osso sobre aquela rede.

Depois desse tempo de sofrimento, o pai da menina chamou os filhos e disse para cada um pegar um pedaço de pau. Naquela noite, eles foram até a rede do Tigá e baterem nele até a morte. No momento exato em que Tigá morreu, lá na casa do pai da menina, o fogo que cozinhava o feitiço apagou-se sozinho.
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quarta-feira, 16 de março de 2011

OUVI E ATENTAI

À medida em que lia e relia o texto em Jr 13.15 – “Ouvi e atentai: não vos ensoberbeçais; porque o Senhor falou” – sentia-me como se o Senhor estivesse me falando clara e audivelmente: “Fique atento em todo o tempo, porque EU vou falar-lhe através de gente e circunstâncias que você jamais imaginou. Vou falar-lhe através de instrumentos os mais diversificados que você possa imaginar. Fique de olhos e ouvidos bem abertos, alerta, para perceber o que eu quero lhe dizer. Não esqueça disso em momento algum. Tudo o que acontecer com você nesses dias e sempre, analise, reflita sobre o que isso tem a ver comigo. Seja atencioso com as pessoas, por mais simples, antipáticas, infantis ou insignificantes que possam parecer, EU vou falar-lhe através, especialmente, de gente comum.”

Então, a primeira coisa para a qual o Senhor chamou minha atenção nesse texto foi quanto à necessidade que temos de desenvolver a nossa atenção para o que Deus deseja nos comunicar, diariamente, seja através de Sua Palavra ou pelos diversos meios que Ele desejar usar para Se comunicar conosco. Precisamos estar sempre com nosso entendimento aguçado para perceber o que Deus está falando a cada instante conosco.

A segunda coisa que o Senhor me falou através desse texto foi quanto à soberba. Algo tão sutil e difícil de admitirmos em nós mesmos. É muito fácil verificarmos e notá-la gritantemente nas pessoas com quem convivemos, mas em nós mesmos, não. Deus, porém, me falou de uma forma muito direta e veemente que eu precisava abandonar qualquer resquício de sentimento ou atitude de superioridade moral ou espiritual em relação às pessoas com quem estaria convivendo e a quem eu deveria repassar o que Ele, o Senhor, havia confidenciado a mim de forma graciosa. Deus me falou que nada há em mim de bom que eu não tenha recebido especificamente do Senhor.

Se pudesse reconhecer algo de bom em mim, que jamais deixasse de glorificar a Deus, porquanto tudo o que tenho e sou é fruto exclusivamente da graça de Deus; visto que todos nós, os que cremos, somos “propriedade exclusiva de Deus” (1Pe 2.9). Assim, não tenho qualquer motivo ou razão para sentir-me melhor ou mais privilegiado do que as pessoas com as quais estou convivendo. Mais à frente, no texto em apreço, o Senhor continua enfatizando a necessidade de haver humildade de quem ouve a Sua palavra: “Dize ao rei e à rainha-mãe: Humilhai-vos, assentai-vos no chão; porque caiu da vossa cabeça a coroa da vossa glória” (Jr 13.18). Com esse sentimento, procurei visitar ou conversar com as pessoas; com a expectativa de ouvir a voz de Deus através delas; e, da mesma forma, poder compartilhar alguma coisa da parte de Deus para abençoar aquelas vidas preciosas aos olhos do Senhor.

Em terceiro lugar, Deus me falou da urgência que tenho de aproveitar ao máximo o tempo que me resta para glorificá-Lo; fazendo uso dos dons e talentos que Ele tem me concedido. Preciso glorificá-Lo, antes que seja tarde para fazê-lo aqui nesta vida; antes que os meus pés estejam cansados demais e eu vivendo a tropeçar pelos caminhos da vida; antes que as sombras da morte me atinjam e me leve à prostração final. E, por incrível que pareça, nunca participei de tantos velórios de pessoas amigas e parentes como nos dias atuais. Assim, cada vez mais, essa mensagem de urgência aquece e emociona o meu coração. Em cada ocasião em que sou solicitado ou obrigado, devido às circunstâncias, a participar de algum funeral esse texto vem à minha mente. Em todo o tempo, em tais circunstâncias, Deus tem me falado da urgente necessidade para eu viver de forma a glorificar a Deus com todo o meu ser e em quaisquer circunstâncias. Portanto, “Daí glória ao Senhor, vosso Deus, antes que ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão” (Jr 13.16).

Finalmente, Deus me mostrou sobre a necessidade de me despertar e tudo fazer para despertar alguns a respeito da obra missionária. Conversando com um jovem missionário entre os índios daquela região, Pr. Jônatas, fiquei maravilhado com o que me confidenciou. Disse-me ele que certa ocasião, ao regressar à sua cidade natal, creio que Curitiba, alguém, demonstrando muita admiração e piedade quanto ao fato de ver aquele pastor ainda tão jovem estar gastando sua juventude, junto com esposa e um casalzinho de filhos, disse-lhe: “Eu admiro muito a sua coragem!” Ao que ele respondeu de pronto: “Coragem tem aquele que, ao olhar diretamente nos olhos de Jesus, consegue dizer-Lhe que não aceita cumprir a Sua vontade!” Que tremenda convicção e responsabilidade para com o chamado divino! Pensemos também em nosso chamado para a realização da obra de Deus, enquanto temos tempo!


Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br