quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (13)


“E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.42,43).

 
1. Vemos aqui um pecador representativo.

Nunca chegaremos ao centro desse incidente até considerarmos a conversão desse homem como um caso representativo, e o próprio ladrão como um caráter representativo. Há aqueles que procuram mostrar que o caráter original do ladrão penitente era mais nobre e digno do que o do outro que não se arrependeu.

 Mas isso não somente não corresponde à verdade dos fatos nesse caso, como serve para apagar a glória peculiar dessa conversão e remover dele a maravilha da graça divina. É de grande importância reparar que, antes do tempo em que um se arrependeu e creu não havia diferença essencial alguma entre os dois.

 Na natureza, na história, nas circunstâncias eram um. O Espírito Santo foi cuidadoso em nos contar que ambos insultaram o padecente Salvador: 


“E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e crê-lo-emos. Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus. E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados” (Mateus 27.41-44).

 Realmente terríveis eram a condição e a ação desse assaltante. À beira de adentrar a eternidade ele se une aos inimigos de Cristo no terrível pecado de escarnecer dele. Era de uma torpeza sem paralelo. Pense nisso — um homem na hora em que se aproximava sua morte ridicularizando o Salvador padecente!

 Ó que demonstração de depravação humana e de inimizade natural da mente carnal contra Deus. E, leitor, por natureza há a mesma depravação herdada dentro de você, e a menos que um milagre da divina graça seja operado dentro de você, existe a mesma inimizade contra Deus e seu Cristo presente em seu coração. Você pode não pensar assim, pode não sentir assim, pode não crer assim. Mas isso não altera o fato. A palavra dele que não pode mentir declara: “Enganoso é o coração, acima de todas as coisas, e desesperadamente perverso”[1] (Jr 17.9).

 Essa é uma declaração de aplicação universal. Ela descreve o que todo coração humano é por nascimento natural. E outra vez a mesma escritura da verdade declara: “porque a mentalidade da carne significa inimizade com Deus, visto que não está em sujeição à lei de Deus; de fato, nem pode estar” (Romanos 8.7, Tradução do Novo Mundo). Isso, também, diagnostica o estado de todo descendente de Adão. “Porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.22,23).

 Inefavelmente solene é isso: todavia, necessita que nele se insista. Não é senão quando percebemos nossa desesperadora condição que descobrimos a necessidade de um Salvador divino. Não é senão quando somos levados a perceber nossa total corrupção e fraqueza que nos apressamos ao grande médico. Não é senão quando encontramos nesse ladrão agonizante um retrato de nós mesmos que o acompanharemos dizendo: “Senhor, lembra-te de mim”.

 Temos que ser humilhados antes de sermos exaltados. Temos de ser despidos dos trapos imundos de nossa justiça própria antes que estejamos prontos para os trajes de salvação. Temos de vir a Deus como mendigos, de mãos vazias, antes que possamos receber o dom da vida eterna.

 Temos de tomar o lugar de pecadores perdidos perante ele se quisermos ser salvos. Sim, temos que reconhecer a nós mesmos como ladrões antes que possamos ter um lugar na família de Deus. “Mas”, dirá você, “eu não sou nenhum ladrão! Reconheço que não sou tudo que devo ser. Não sou perfeito. Na verdade, vou ao ponto de admitir a mim mesmo como pecador.


Mas não posso consentir que esse ladrão represente meu estado e condição.”

Ah, amigo, seu caso é, de longe, pior do que você supõe. Você é um ladrão, e ladrão da pior espécie. Você rouba a Deus! Suponha que uma firma no Leste designasse um agente para representá-la no Oeste, e que mensalmente lhe enviasse seu salário. Mas suponha também que, no fim do ano, os empregadores descobrissem que, ainda que o agente estivesse descontando os cheques a ele remetidos, ele tivesse servido uma outra firma durante o tempo todo. Não seria aquele agente um ladrão?

 Todavia, tal é precisamente a situação e o estado de cada  pecador. Ele foi enviado a esse mundo por Deus, que o dotou de talentos e da capacidade de usá-los e valorizá-los. Deus o abençoa com saúde e vigor; supre cada necessidade sua, e fornece inúmeras oportunidades para servi-lo e glorificá-lo. Mas com que resultado? As próprias coisas que Deus lhe dá são mal empregadas.

 O pecador serve a um outro senhor, precisamente Satanás. Ele dissipa seu vigor e desperdiça seu tempo nos prazeres pecaminosos. Ele rouba a Deus. Leitor não salvo, na perspectiva do Céu, sua condição é desesperadora e seu coração, mau como o daquele ladrão. Veja nele uma figura de si mesmo.
 

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br



[1] Nota do tradutor: Versículo traduzido diretamente da “Authorised Version” (KJV) inglesa usada pelo autor.

FANATISMO


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X-Antivirus: avast! (VPS 130227-1, 27/02/2013), Outbound message X-Antivirus-Status: Clean "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e
conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho
mau, e guia-me pelo caminho eterno" (Salmos 139:23, 24).


"Uma pessoa fanática é aquela que é incapaz de mudar os
pensamentos e os assuntos." (Winston Churchill)


Até que ponto temos sido "fanáticos" a ponto de não
reconhecer que a nossa vida pode ser mudada e que a nossa
tristeza pode ser transformada em alegria e felicidade? Até
que ponto temos sido teimosos e insistentes em caminhar em
direção a lugar nenhum? Até que ponto temos negligenciado à
oportunidade de abrir os corações para o Deus que nos
prometeu abençoar em toda e qualquer situação?


Se a nossa terra é árida e não a tratamos, continuará seca e
nada produzirá. Se o nosso coração é duro e não está pronto
a deixar que Cristo o transforme, continuará da mesma
maneira e não experimentará dias melhores. Se a nossa fé é
nula e não almejamos dar um passo de confiança em Deus, o
que poderemos esperar? Somos fanáticos e intransigentes em
relação aos nossos erros e a possibilidade de uma mudança se
torna muito difícil.


Quando abandonamos o fanatismo e nos deixamos moldar, como o
barro nas mãos do oleiro, então muitas novas formas
aparecerão e, com toda certeza, o Oleiro celestial
transformará o barro informe e sem cor em um vaso colorido,
brilhante e muito atraente.


Se a nossa vida é vazia, por que não pedir a Deus para
enchê-la de Sua graça? Se a nossa mente está cauterizada em
problemas e lamentações, por que não permitir que seja
renovada pelo Espírito do Senhor? Se as nossas atitudes não
têm testificado do amor de Deus, por que não deixar que o
Pai de amor as transforme? Se a nossa boca só sabe proferir
palavras que machucam a nós mesmos e aos que estão próximos,
por que não deixar que Deus a use para abençoar a todos? Se
as nossas idéias estão nos levando, rapidamente, para longe
do Senhor, por que não abandoná-las e passar a seguir o
caminho que nos leva à vida eterna?


Eu deixei de ser fanático há muito tempo. Hoje Deus dirige
meus pensamentos e atitudes. E você?




Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet! Visite minha homepage:
Escuro Iluminado

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (12)



A  SALVAÇÃO  PELA  GRAÇA


“E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. E disse-lhe   Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23. 42,43).

 A salvação pela graça — soberana, irresistível, livre graça — é ilustrada no Novo Testamento tanto por exemplo quanto por preceito. Talvez os dois casos mais contundentes de todos sejam os de Saulo de Tarso e do Ladrão Agonizante. E esse último é até mais digno de nota que o primeiro. No caso de Saulo, que posteriormente tornou-se Paulo, apóstolo dos gentios, havia um caráter moral exemplar, para começo de conversa. Escrevendo anos depois sobre sua condição antes da conversão, o apóstolo declarou que, no tocante à justiça da lei, ele era “irrepreensível” (Fp 3.6). Ele era um “fariseu dos fariseus”: meticuloso em seus hábitos, correto em seu procedimento. Moralmente, seu caráter era imaculado.  Após a conversão, sua vida foi de justiça no padrão evangélico. Constrangido pelo amor de Cristo, consumiu-se na pregação do Evangelho aos pecadores e no labor da edificação dos santos.
 
Sem dúvida, nossos leitores concordarão conosco quando dizemos que provavelmente Paulo estivesse mais perto de atingir os ideais da vida cristã, e que ele seguiu após seu Mestre mais perto do que qualquer outro santo desde então. Mas com o ladrão salvo foi, de longe, de outra forma. Ele não tinha vida moral alguma antes de sua conversão e nenhuma de serviço ativo depois. Antes dela ele não respeitava nem a lei de Deus nem a dos homens. Após sua conversão, ele morreu sem ter oportunidade de se ocupar no serviço de Cristo. Enfatizarei isso, porque essas são as duas coisas que são consideradas por tantos como fatores que contribuem para nossa salvação.

 Supõe-se que devemos primeiro nos adequar, desenvolvendo um caráter nobre diante de Deus, que nos receberá como seus filhos, e que depois dele haver nos recebido, para sermos experimentados, somos meramente postos à prova, e que, a menos que produzamos uma certa qualidade e quantidade de boas obras, “cairemos da graça e ficaremos perdidos”. Mas o ladrão agonizante não teve boa obra alguma, seja antes ou depois da conversão. Em consequência, somos levados à conclusão que, se ele foi salvo em absoluto, certamente o foi pela soberana graça.

 A salvação do ladrão agonizante também arranja um outro apoio para que o legalismo da mente carnal se interponha para roubar de Deus a glória devida à sua graça. Em vez de atribuir a salvação dos pecadores perdidos à inigualável graça divina, muitos cristãos professos procuram explicá-las pelas influências humanas, instrumentalidades e circunstâncias. Seja o pregador, sejam circunstâncias providenciais ou propícias, sejam as orações dos crentes, tudo isso é visto como a causa principal.

 Que não sejamos mal entendidos aqui. É verdade que Deus com frequência se agrada de usar meios para a conversão dos pecadores; que amiúde condescende em abençoar nossas orações e esforços para levar pecadores a Cristo; que, muitas vezes, ele faz com que suas providências despertem e sacudam os ímpios para a percepção de seus estados. Mas Deus não está preso a essas coisas. Ele não está limitado às instrumentalidades humanas. Sua graça é toda poderosa e, quando lhe agrada, ela é capaz de salvar apesar da falta daquelas, e a despeito das circunstâncias desfavoráveis. Assim foi no caso do ladrão salvo.
Considere:

Sua conversão ocorreu numa época quando, exteriormente, parecia que Cristo havia perdido todo o poder para salvar, seja a si mesmo ou a outros. Esse ladrão havia marchado ao lado do Salvador através das ruas de Jerusalém e o tinha visto sucumbir sob o peso da cruz! É altamente provável que, como sua ocupação fosse a de ladrão e assaltante, esse fosse o primeiro dia que em que ele punha seus olhos no Senhor Jesus e, agora que o via, era sob toda a circunstância de fraqueza e desgraça. Seus inimigos estavam triunfando sobre ele. A maior parte de seus amigos o havia abandonado. A opinião pública estava unanimemente contra ele. Sua própria crucificação foi considerada como totalmente inconsistente com sua messianidade. Sua condição humilde foi uma pedra de tropeço aos judeus desde mesmo o início, e as circunstâncias de sua morte devem ter intensificado isso, especialmente a alguém que nunca o havia visto senão em tal condição. Mesmo aqueles que tinham crido nele foram levados à  dúvida por causa de sua crucificação.

 Não havia ninguém na multidão que estivesse ali com o dedo apontando para ele e gritando: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”.[1] E, todavia, não obstante tais obstáculos e dificuldades no caminho de sua fé, o ladrão apreendeu a condição de Salvador e o Senhorio de Cristo. Como podemos explicar tal fé e tal compreensão espiritual em alguém em circunstâncias tais como a que se encontrava? Como podemos explicar o fato de que esse ladrão agonizante tomou um homem em sofrimento, sangrando e crucificado por seu Deus! Não pode ser explicado senão por intervenção divina e operação sobrenatural. Sua fé em Cristo foi um milagre da graça!

 É para ser notado ainda que a conversão do ladrão ocorreu antes dos fenômenos sobrenaturais daquele dia. Ele exclamou: “Senhor, lembra-te de mim” antes das horas de trevas, antes do brado triunfante, “Está consumado”, antes do véu do templo se rasgar, antes do tremor de terra e do despedaçar das rochas, antes da confissão do centurião: “Na verdade, este era Filho de Deus”.

 Deus intencionalmente colocou sua conversão antes de tais coisas de modo que sua soberana graça pudesse ser engrandecida e seu soberano poder reconhecido. Ele calculadamente escolheu salvar esse ladrão sob as circunstâncias mais desfavoráveis para que nenhuma carne se glorie em sua presença. Ele deliberadamente dispôs essa combinação de condições e ambiente não propícios para nos ensinar que “a salvação é do Senhor”;[2] para nos ensinar a não engrandecer a instrumentalidade humana acima da ação divina; para nos ensinar que toda conversão genuína é o produto direto da operação sobrenatural do Espírito Santo. Consideraremos agora o ladrão em si mesmo, suas várias declarações, seu pedido ao Salvador, e a resposta de nosso Senhor.  (leia amanhã a sequencia deste estudo).


pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

 

 

 



[1] Nota do tradutor: João 1.29.
[2] Nota do tradutor: Salmo 37.39.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (11)


“E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. E disse-lhe       Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23. 42,43).
 
Uma outra importante lição que podemos aprender da crucificação de Cristo entre os dois ladrões, e o fato de que um o recebeu e o outro o rejeitou, é a da soberania divina.

 Os dois malfeitores foram crucificados juntos. Estavam à mesma proximidade de Cristo. Ambos viram e ouviram tudo o que se tornou conhecido durante aquelas seis fatídicas horas. Ambos eram notoriamente perversos; ambos estavam sofrendo agudamente; ambos estavam morrendo, e ambos necessitavam urgentemente de perdão. Todavia, um morreu em seus pecados, morreu como tinha vivido — endurecido e impenitente; ao passo que o outro se arrependeu de sua maldade, creu em Cristo, recorreu a ele para obter misericórdia e entrou no Paraíso. Como explicar isso, senão pela soberania de Deus!

 Vemos precisamente que a mesma coisa continua hoje. Sob exatamente as mesmas circunstâncias e condições, um é enternecido e outro permanece inalterado. Sob o mesmo sermão, um homem ouvirá com indiferença, enquanto outro terá seus olhos abertos para ver sua necessidade e sua vontade movida para perto da oferta da misericórdia divina. Para um, o evangelho é revelado, para outro, “oculto”. Por quê?

 Tudo o que podemos dizer é: “Sim, ó Pai, porque assim te aprouve”. E, contudo, a soberania divina nunca quer dizer destruir a responsabilidade humana. Ambas são claramente ensinadas na Bíblia, e é nosso dever crer e pregar as duas, quer possamos harmonizá-las ou compreendê-las quer não. Ao pregarmos ambas pode parecer a nossos ouvintes que nos contradizemos, mas que importa?

 Disse o falecido C. H. Spurgeon, quando pregava em 1Timóteo 2.3,4: “Ali no texto se acha, e creio que é do desejo de meu Pai, que ‘todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade’. Mas eu sei, também, que ele não o quer, de modo que salvará a qualquer um daqueles, apenas se crerem em seu Filho; pois ele no-lo disse repetidas vezes. Ele não salvará homem algum, a menos que esse abandone seus pecados, e se volte para ele com pleno propósito de coração: isso eu também sei. E sei, ainda, que ele tem um povo a quem salvará, a quem, por seu eterno amor, elegeu e a quem, por seu eterno poder, ele libertará. Eu não sei como aquilo se ajusta com isso, que é mais uma das coisas que não sei.”

E disse esse príncipe dos pregadores: “Eu permanecerei exatamente no que sempre hei de pregar e sempre tenho pregado, e tomo a palavra de Deus como está, possa eu reconciliá-la com uma outra parte da palavra divina ou não.”

 Dizemos novamente, a soberania de Deus nunca significa destruir a responsabilidade do homem.  Devemos fazer uso diligente de todos os meios que ele designou para a salvação das almas. Somos ordenados a pregar o evangelho a “toda criatura” [1]. A graça é livre: o convite é amplo o bastante para “quem crer” o aceitar. Cristo não despede ninguém que venha a ele.[2] Todavia, após havermos feito tudo, após havermos plantado e aguado, é Deus quem dá o crescimento,[3] e o faz de modo a melhor satisfazer sua soberana vontade.

 Na salvação do ladrão agonizante temos uma visão clara da graça vitoriosa, como não encontrada em nenhum outro lugar na Bíblia. Deus é o Deus de toda graça, e a salvação é inteiramente por meio dessa. “Pela graça sois salvos” (Ef 2.8), e é “pela graça” do começo ao fim. A graça planejou a salvação, a graça proveu a salvação, e a graça assim opera sobre e em seus eleitos para sobrepujar a dureza de seus corações, a obstinação de suas vontades, e a inimizade de suas mentes, e assim os torna propensos a receber a salvação. A graça inicia, a graça continua, e a graça consuma a nossa salvação.

 
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

 



[1] Nota do tradutor: Marcos 16.15.
[2] Nota do tradutor: João 6.37.
[3] Nota do tradutor: 1Coríntios 3.6.

UM CORAÇÃO TRANSBORDANTE DE SABEDORIA


"Pois do que há em abundância no coração,
disso fala a boca" (Mateus 12:34).


"O coração de um homem tolo está em sua boca,
mas, a boca de um homem sábio está em seu coração" (Benjamin Franklin).


De que temos falado mais ultimamente?
De coisas boas ou más?
De bênçãos ou murmurações?
De verdades ou de mentiras?
De sabedoria ou de tolices?
Do Senhor ou das coisas deste mundo?


Quando nossos corações estão cheios de enganos e vaidades,
quando estão ocupados por egoísmo e mesquinharia, quando são preenchidos por todo tipo de influências e tentações, quando nunca permitem que Jesus Cristo os visite ou faça neles morada, então a sabedoria fica de fora e não pode ser vista em nossas atitudes.


Quando nossos corações estão cheios de amor,
a nossa boca e todo o nosso ser mostram atitudes de puro e verdadeiro amor.
Quando a fé se hospeda em nossos corações, não há em nós
palavras de dúvidas ou qualquer tipo de queixa.
Quando impedimos o desânimo de entrar em nossos corações, abrindo
todas as suas portas e janelas para a confiança plena no
Senhor, nossa vida brilha, nossas palavras confortam e
animam, nossa esperança jamais se abala.


Somos sábios quando convidamos Jesus para habitar
permanentemente em nossos corações. Quando está em nós,
podemos todas as coisas, somos capazes de ultrapassar todos
os momentos difíceis, acreditaremos sempre na vitória e
nossa boca será sempre uma fonte de esperança e bênçãos.


A nossa palavra deve vir direto de nosso coração e nosso
coração deve estar colocado completamente no Senhor.
Queremos estar ligados nEle e queremos que Ele jamais se
desligue de nós. Queremos ser abençoados por Deus e queremos ser uma bênção em Suas mãos.
Queremos ser sábios no testemunho do Senhor e queremos que a sabedoria de nossas palavras venham diretamente do Deus a quem amamos e servimos.


Quero o meu coração transbordando de sabedoria.
Quero ter o meu Senhor ocupando todo o espaço de meu coração.



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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (10)


2. A PALAVRA DE SALVAÇÃO
 “E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. E disse-lhe   Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23. 42,43).
 A SEGUNDA DECLARAÇÃO DE CRISTO na cruz foi feita em resposta ao pedido do ladrão à beira da morte. Antes de considerarmos as palavras do Salvador ponderaremos primeiro sobre o que as ocasionou. Não foi acidente algum o fato de o Senhor da glória ter sido crucificado entre dois ladrões.
 Nada ocorre por acidente em um mundo que é governado por Deus. Muito menos poderia ter havido qualquer acidente naquele dia dos dias, ou em conexão com aquele evento dos eventos — um dia e um evento que estão situados no próprio centro da história do mundo. Não, Deus estava presidindo sobre aquela cena.
 
Desde a eternidade toda ele havia decretado quando e onde e como e com quem seu Filho deveria morrer. Nada foi deixado ao acaso ou ao capricho do homem. Tudo que Deus tinha decretado veio a suceder exatamente como ele havia ordenado, e nada aconteceu que não tivesse ele eternamente intentado. Tudo quanto o homem fez foi simplesmente o que a mão e o conselho divinos “tinham anteriormente determinado” (At 4.28).
 Quando Pilatos deu ordens para que o Senhor Jesus fosse crucificado entre os dois malfeitores, estava pondo em execução o decreto eterno de Deus e cumprindo sua palavra profética, coisas que lhe eram totalmente desconhecidas. Setecentos anos antes que esse dignitário romano desse sua ordem, Deus tinha declarado mediante Isaías que seu Filho deveria ser “contado com os transgressores” (Is 53.12).
 Quão totalmente improvável parecia isso, que o Santo de Deus devesse ser contado com os ímpios; que aquele mesmo cujo dedo havia inscrito nas tábuas de pedra da Lei do Sinai devesse ter um lugar designado entre os sem lei; que o Filho de Deus devesse ser executado com os criminosos — tal parecia completamente inconcebível. Todavia, na realidade, foi o que veio a ocorrer. Nem uma só palavra divina pode-se deixar escapar. “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu” (Sl 119.89).
 Assim como Deus havia ordenado, e assim como havia anunciado, assim aconteceu. Porque ele ordenou que seu Filho devesse ser crucificado entre dois criminosos? Certamente que Deus tinha uma razão para tal; uma boa, uma múltipla razão, quer possamos discerni-la ou não. Ele nunca procede arbitrariamente. Ele tem um bom propósito para tudo o que faz, pois todas as suas obras estão ordenadas pela sabedoria infinita.
 Nesse exemplo particular, várias respostas se insinuam à nossa inquirição. Não foi nosso bendito Senhor crucificado com os dois ladrões para demonstrar plenamente as insondáveis profundezas da vergonha em que havia descido? Em seu nascimento ele estava rodeado pelas bestas do campo e, agora, em sua morte, é contado com a escória da humanidade.
 Outra vez, não foi o Salvador contado com os transgressores para nos mostrar a posição que ele ocupou como nosso substituto? Ele havia ocupado o lugar que era nosso, e o que era senão o lugar de vergonha, o lugar dos transgressores, o lugar dos criminosos condenados à morte! 
 
Outra vez, não foi ele deliberadamente humilhado daquele modo por Pilatos para mostrar a avaliação pelo homem daquele inigualável — “desprezado” tanto quanto rejeitado! 
 
Outra vez, não foi ele crucificado com os dois ladrões, de modo que naquelas três cruzes e nos que nelas estavam dependurados, pudéssemos ter a representação vívida e concreta do drama da salvação e da resposta do homem a isso — a redenção do Salvador; o pecador que se arrepende e crê; e o que insulta e rejeita?[1]
 
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
 


[1] Nota do tradutor: Observe o leitor também que, naquelas três cruzes, podemos ver toda a humanidade
ali representada, nas pessoas do pecador obstinado, do pecador penitente e de Cristo, único homem sem
pecado.

ALEGRIA EM QUALQUER LUGAR


"Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de
Deus, e folguem de alegria" (Salmos 68:3).


"Mudar é uma decisão fácil de tomar. Encarar a dificuldade e permanecer firme e feliz é que valoriza o caráter"
(Elizabeth Clarke Dunn).


Que decisão preferimos tomar quando estamos diante de
momentos difíceis e angustiantes? Trocamos de casa? Trocamos de trabalho? Trocamos de igreja?
Ou entendemos que em Cristo
somos mais que vencedores e que cabe a nós modificar o
ambiente e torná-lo agradável e abençoado?


Deus nos escolheu e nos enviou para ser luz e sal em
qualquer lugar ou situação.
Não podemos e nem devemos ser
contagiados por circunstâncias negativas e sim fazer Cristo
brilhar em nós e através de nós.


Um ambiente tenebroso deve ser dissipado com nossa presença. Uma conversa enganosa e mentirosa deve ser santificada com nossas palavras.
Corações desanimados precisam ser
restaurados e vivificados pelo Espírito Santo que em nós
habita. Nós fazemos a diferença e não devemos permitir que o pecado nos faça diferente.


Se a nossa casa enfrenta turbulências e momentos de
intranquilidade, cabe a nós contribuir para que a paz de
Deus passe a reinar naquele lugar.
Se o nosso trabalho está
envolto em desonestidade e enganos, o nosso testemunho tem de proporcionar fidelidade e verdade em todos os momentos.
Se a nossa congregação está fria e perdendo a comunhão com o Senhor Jesus, ofereçamo-nos a Deus para ser um canal de restauração e avivamento.
Não devemos sair correndo em busca
de felicidade em outros lugares mas, sim, confiar que o
Senhor vai tornar o lugar feliz com a nossa participação.


Eu não preciso mudar para encontrar alegria.
O Senhor está comigo e na Sua presença -- em qualquer lugar -- eu sempre estou feliz.




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domingo, 24 de fevereiro de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (09)


“Então disse Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

 Aqui vemos o triunfo do amor redentor.

Note atentamente a palavra com a qual nosso texto começa. “Então”.[1] O versículo que imediatamente o precede é lido assim: “E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram e aos malfeitores, um, à direita, e outro, à esquerda”. Então, disse Jesus, Pai, perdoa-lhes. “Então” – quando o homem tinha feito o seu pior.
"Então” –  quando a vileza do coração humano foi demonstrada em maldade diabólica e climatérica. “
Então” –  quando com mãos ímpias a criatura ousou crucificar o Senhor da glória. Ele poderia ter expressado maldições terríveis sobre eles. Ele poderia ter lançado os raios da justa ira e os matado. Ele poderia ter feito a terra abrir a sua boca, de forma que eles caíssem vivos no abismo. Mas não. Embora sujeito à vergonha indizível, embora sofrendo dor excruciante, embora desprezado, rejeitado, odiado; todavia, ele clamou: “Pai, perdoa-lhes”. Esse era o triunfo do amor redentor. “O amor é paciente, é benigno... tudo sofre... tudo suporta” (1Co 13, ARA). Assim foi demonstrado na cruz.

Quando Sansão chegou na hora da sua morte, ele usou a grande força do seu corpo para abarcar a destruição de seus antagonistas; mas aquele que era perfeito exibiu a força de seu amor orando pelo perdão dos seus inimigos. Graça inigualável! “Inigualável”, dizemos, pois nem mesmo Estevão conseguiu seguir plenamente o exemplo bendito dado pelo Salvador.
Se o leitor se voltar para Atos 7, descobrirá que o primeiro pensamento de Estevão foi sobre si mesmo, e depois foi que orou pelos seus inimigos –  “E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.  E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.59,60). Mas com Cristo a ordem foi inversa: ele orou primeiro pelos seus adversários, e no final por si mesmo.

Em todas as coisas ele tem a preeminência.[2] E agora, concluindo com uma palavra de aplicação e exortação. Se esse capítulo estiver sendo lido por uma pessoa não salva, pedir-lhe-emos seriamente ponderar bem a próxima sentença:

Quão terrível deve ser se opor a Cristo e à sua verdade conscientemente! Aqueles que  crucificaram o Salvador não sabiam o que estavam fazendo. Mas, meu leitor, há um sentido muito real e solene no qual isso é verdade com respeito a você também.
Você sabe que deve receber a Cristo como seu Salvador, que deve coroá-lo como Senhor de sua vida, que deve tornar a sua primeira e última preocupação agradá-lo e glorificá-lo. Fique então avisado; seu perigo é grande.
Se você deliberadamente dá as costas a ele, dá as costas ao único que pode salvá-lo dos seus pecados, e está escrito: “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários” (Hb 10.26,27).

Resta-nos apenas adicionar uma palavra sobre a bendita inteireza do perdão divino. Muitos dentre o povo de Deus ficam intranquilos e perturbados sobre esse ponto. Eles entendem como é que todos os pecados que cometeram antes de receberem a Cristo como seu Salvador foram perdoados, mas amiúde não estão livres de dúvidas com respeito aos pecados que cometem após terem nascido de novo.
Muitos supõem que é possível para eles pecar de uma forma que lhes coloque além do perdão que Deus lhes concedeu. Supõem que o sangue de Cristo trata somente com o passado deles, e que até onde diz respeito ao presente e ao futuro, eles tem que se cuidar por si mesmos.
Mas de que valor seria um perdão que pode ser tirado de mim a qualquer momento? Certamente não pode haver nenhuma paz estabelecida quando minha aceitação para com Deus e a minha ida ao céu é feita dependente do meu agarrar-se a Cristo, ou da minha obediência e fidelidade.

Bendito seja Deus, o perdão que ele concede cobre todos os pecados –  passados, presentes e futuros. Amigo crente, Cristo não carregou os “seus” pecados em seu próprio corpo no madeiro? E os seus pecados não eram todos futuros, quando ele morreu? Certamente, pois naquele tempo você não tinha nascido, e não tinha cometido nenhum pecado sequer. Muito bem então: Cristo verdadeiramente levou os seus pecados “futuros” tanto quanto os seus pecados passados. O que a palavra de Deus ensina é que a alma incrédula é tirada do lugar sem perdão para onde esse está ligado. 

Os cristãos são um povo perdoado. Diz o Espírito Santo: “Bem aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado” (Rm 4.8). O crente está em Cristo, e ali o pecado nunca nos será imputado novamente. Esse é o nosso lugar ou posição diante de Deus. Em Cristo é onde ele nos contempla. E porque estou em Cristo, estou completa e eternamente perdoado; tão perdoado que o pecado nunca será mais será posto sobre mim como acusação no que toca à minha salvação, mesmo que eu permanecesse na terra por mais cem anos. Eu estou fora do alcance para sempre.

 Ouça o testemunho da escritura: “E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, (Deus) vos vivificou juntamente com ele (Cristo), perdoando-vos todas as ofensas” (Cl 2.13). 
Observe as duas coisas que são aqui unidas (e o que Deus ajuntou,  não o separe o homem!) –  minha união com um Cristo ressurreto é conectada com o meu perdão! Se então minha vida está “oculta com Cristo em Deus” (Cl 3.3), então eu estou fora para sempre do lugar onde a imputação do pecado é aplicada.
Por conseguinte, está escrito: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1) –  como poderia existir, se “todas as ofensas” foram perdoadas? Ninguém pode lançar nenhuma acusação contra os eleitos de Deus (Rm 8.33).
 
Leitor cristão, junte-se ao escritor em louvor a Deus, pois nós somos eternamente perdoados de tudo. *

 
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br


[1] Nota do tradutor: Na versão do autor, ou seja, a KJV. A ARC trás “e”, enquanto a ARA trás “contudo”.
[2] Nota do tradutor: Colossenses 1.18.
* Deveria ser adicionado, à guisa de explicação, que é o aspecto judicial que temos tratado aqui. O perdão restaurador - que é o trazer de volta, novamente à comunhão, um crente que pecou - tratado em 1João 1.9 - é outra questão totalmente distinta.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (08)


“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

Aqui vemos a grande e primária necessidade do homem.

 A primeira lição importante que todos precisam aprender é que somos pecadores, e como tais, inaptos para a presença de um Deus Santo. É em vão que escolhemos nobres ideais, adotamos boas resoluções, e aceitamos excelentes regras pelas quais viver, até que a questão do pecado tenha sido resolvida. Não é de proveito algum tentar desenvolver um belo caráter e ter por objetivo obter a aprovação de Deus, enquanto há pecado entre ele e as nossas almas.

 Qual a utilidade dos sapatos, se os nossos pés estão paralisados? De que utilidade são os óculos, se somos cegos? A questão do perdão dos meus pecados é básica, fundamental e vital. Não importa se sou altamente respeitado por um círculo amplo de amigos, se ainda estou em meus pecados. Não importa se eu sou honesto em meu negócio, se ainda sou um transgressor não perdoado aos olhos de Deus. O que importará na hora da morte será: Os meus pecados foram expurgados pelo sangue de Cristo?

 A segunda lição importantíssima que precisamos aprender é como o perdão dos pecados pode ser obtido. Qual é fundamento sobre o qual um Deus santo perdoará pecados? E aqui é importante observar que há uma diferença vital entre o perdão divino e muito do perdão humano. Como regra geral, o perdão humano é uma questão de complacência, frequentemente de frouxidão.

 Queremos dizer que o perdão é mostrado à custa da justiça e da retidão. Na corte humana da lei, o juiz tem que escolher entre duas alternativas: quando se prova que alguém no banco dos réus é culpado, o juiz deve aplicar a penalidade da lei, ou deve negligenciar os requerimentos da lei –  uma é justiça, a outra é misericórdia. A única forma possível na qual o juiz pode tanto aplicar os requerimentos da lei e ainda mostrar misericórdia ao ofensor, é uma terceira parte oferecer sofrer em sua própria pessoa a penalidade que o condenado merece. Assim aconteceu no conselho divino. Deus não exerceria misericórdia à custa da justiça. Ele, como o juiz de toda a terra, não colocaria de lado as demandas da sua santa lei. Todavia, Deus mostraria misericórdia. Como?

 Através de um que satisfaria plenamente sua lei violada. Por intermédio de seu próprio Filho, tomando o lugar de todos aqueles que crêem nele e carregando seus pecados em seu próprio corpo no madeiro. Deus poderia ser justo e ainda misericordioso, misericordioso e ainda justo. Foi assim para que a“graça reinasse pela justiça”.[1] Um fundamento justo tinha sido fornecido sobre o qual Deus poderia ser justo e ainda o justificador de todo aquele que crê.[2] Por conseguinte, somos informados:

 “E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão (perdão) dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24.46,47). E novamente: “Seja-vos, pois, notório, varões irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê” (At 13.38, 39).

 Foi em virtude do sangue que ele estava derramando que o Salvador clamou: “Pai, perdoa-lhes”. Foi m virtude do sacrifício expiatório que ele estava oferecendo que pôde ser dito que “sem derramamento de sangue não há remissão”.[3]  Ao orar pelo perdão dos seus inimigos, Cristo foi diretamente na raiz da necessidade deles. E a necessidade deles é a necessidade de todo filho de Adão.

 Leitor, você tem os seus pecados perdoados, isto é, remidos ou levados embora? Você é, pela graça, um daqueles de quem é dito: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Cl 1.14)?  “Então disse Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

 
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

 



[1] Nota do tradutor: Romanos 5.21.
[2] Nota do tradutor: Romanos 3.26.
[3] Nota do tradutor: Hebreus 9.22.