2 Co 4.7-11, 16
Precisamos enfatizar dois aspectos dessa armadura do cristão: Vigiar e orar. Precisamos atentar para o fato de que Deus
nos humilha com um propósito específico:
nos tornar mais santos e mais sensíveis para com as dores alheias. Muitas
vezes, porém, as crises nos levam a uma postura de revolta e amargura contra
tudo e contra todos. Como se os outros fossem os culpados de nossa tribulação,
começamos a remoer a nossa humilhação. E isso gera amargura e mágoa.
Passamos, então, a
ostentar a nossa prosperidade, sabedoria e, até mesmo, o poder e as bênçãos
divinas... Na verdade, essa é uma atitude de auto-afirmação, muito comum para
os ímpios. Pessoas que foram humilhadas e discriminadas, normalmente, quando se
vêem exaltadas na vida, sentem-se estimuladas a agirem com orgulho e vaidade. O
que não deixa de ser uma forma de vingança social.
Poucos são aqueles, mesmo
entre os crentes, que se lembram de agradecer, única e exclusivamente a Deus,
pelas dádivas recebidas imerecidamente. Porém, se nos voltarmos para a cruz de
Cristo, forçosamente iremos reconhecer
que tudo o que temos recebido é pela misericórdia e graça de Deus. Não temos
que ficar pensando em como vamos retribuir às provocações que recebemos quando
estivemos em situação ruim, porque está escrito: “A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei,
diz o Senhor” (Rm 12.19).
Apesar de sua
fragilidade, você não precisa se entregar
à derrota. Ainda que você tenha
sido vencido mais uma vez,
não se dê por
derrotado definitivamente: 2 Co 4.7-11, 16. Eis a sua chance única
de sair dessa tenebrosa solidão.
Eis o convite extensivo a você: “Vinde a mim, todos
os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
Que o Senhor da Seara
nos fortaleça e nos capacite pelo Seu
Espírito Santo. E que vivamos com gratidão e confiança daquele que nos chamou, nos sustentou até
aqui, e que há de nos guardar até o fim de nossos dias, como escreveu o apóstolo Paulo: “Fiel é a palavra e digna de
toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal. Mas, por esta
mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal,
evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo
a quantos hão de crer nele para a vida eterna.
Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória
pelos séculos dos séculos. Amém!” (1 Tm 1:15-17).
Vanderlei Faria