Esta foi  a manchete principal do Jornal  EXTRA, do Rio de Janeiro, dia 12/03/2011, na manhã de sábado, após o grande terremoto que devastou diversas cidades  do Japão. “Terremoto com força de 15 mil bombas atômicas mostra impotência humana diante  da natureza”, dizia o  Jornal logo abaixo do título.
Na verdade, o que o jornal não disse, embora tenha ficado evidente nesse título, é que o homem não tem o controle e  previsão  dos acontecimentos naturais, e muito menos dos sobrenaturais; tudo está sob o controle e comando absoluto de Deus. Ainda que  muitos ainda continue atribuindo todos os acontecimentos  catastróficos ao mero acaso da natureza, a  Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – deixa bem  evidente que todos  esses fenômenos que causam  destruição e pavor ao ser humano estão determinados por  Deus para se cumprirem nos últimos dias que antecederão à  segunda vinda do  Senhor Jesus. Mas Ele também nos adverte para que não nos assustemos: “Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores.   Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações” (Mc 13.7-10).
Em meio às tormentas da vida, às tragédias provocadas pela  fúria da natureza, sob o comando de Deus, vez por outra somos informados a respeito da graciosa misericórdia divina manifestada na  vida de algumas pessoas. Milagres reconhecidos até mesmo  por aqueles que negam a soberania de  Deus no universo por Ele criado.
Recentemente o Brasil se emocionou com a reportagem sobre  o menino Moisés; o qual foi  resgatado com vida de um riacho imundo, um esgoto, de onde fora  jogado logo após  o nascimento, ainda com o cordão umbilical. Mal acabara de  nascer e já  enfrentava  as  adversidades da vida e a crueldade humana, lançado para a morte pela  própria mãe que o gerara. Mas  Deus  interveio protegendo-o e  usando alguém para  resgatá-lo das  águas fétidas e poluídas. Não há explicação para a sobrevivência daquele bebê, senão na graça soberana de Deus. Esta é, sem dúvida, uma  ilustração linda e marcante de como Deus opera a Sua maravilhosa graça para resgatar o pecador, perdido e morto em seus delitos e pecados.[1] E isto como Ele quer, quando quer, e para quem quer. Assim como um bebê recém nascido não tem a mínima condição de se defender e de lutar para  salvar-se em um rio imundo, sem que  a graça de Deus o faça por  ele, assim também ocorre no caso de nossa salvação. A Bíblia diz que estávamos mortos em nossos delitos e pecados, não poderíamos reagir, decidir, escolher a salvação, se Deus não nos trouxesse a vida  em Cristo Jesus.
Quando ocorreram  as enchentes e destruição na região serrana do Rio de Janeiro também fomos impactados com aquela terrível tragédia, a qual provocou a morte de cerca de 900 pessoas, além das  perdas materiais de grandes proporções. Porém,  em meio ao caos provocados pelas chuvas, também ficamos emocionados  com os milagrosos resgates ocorridos ali. Um jovem pai foi retirado dos escombros com seu filhinho de 7 meses, ambos em perfeitas condições físicas.  Durante  algumas tenebrosas e desesperadoras horas aquele pai conseguiu manter o filho hidratado colocando  sua saliva na boquinha do bebê. Várias horas depois, ambos foram retirados sãos e salvos, graças a  Deus! Ainda  na mesma ocasião, um jovem foi resgatado após percorrer cerca de três quilômetros, arrastado pelas enxurrada, sobre as pedras e  diversos obstáculos. Não há como explicar tais fatos humanamente, senão na  sobrenatural  ação divina.
Mais recente, três dias após o maior terremoto sofrido pelo Japão, seguido  por um tsunami de grandes proporções, um bebê foi retirado  do meio da lama em perfeitas condições físicas. Como? Só Deus  poder fazer com que isto aconteça, não há explicação humana plausível para tais  casos. Portanto, vale a pena atentarmos para a letra do lindo hino composto por  G. A. Young:
Aos pastos bem verdes, na sombra ou calor, Deus guia seus filhos em paz;  às águas  tranquilas, de puro frescor, Deus guia seus filhos em paz.
Pelas montanhas ou pelo mar, pela fornalha que vem nos provar, pelas tristezas, mas sempre a cantar, Deus aos seus filhos em paz vai guiar.
Às vezes, ao monte de glória e fulgor Deus guia seus filhos em paz; às vezes, ao vale sombrio de dor, Deus guia seus filhos em paz.
Se mágoas nos cercam e vis tentações, Deus guia seus filhos em paz; e dá-lhes vitórias em mil provações,  Deus guia seus filhos em paz.
Dos males da terra que aqui nos detém, Deus guia seus filhos em paz; às glórias eternas do reino de além, Deus guia seus filhos em paz”.[2]
Contudo, “O propósito da graça não se completará enquanto não  estivermos na glória, com nosso corpo já transformado. A obra da graça não será completada até ao dia da segunda vinda de Cristo: “Estou plenamente certo  de que aquele que começou  boa obra em vós há de completá-la até ao Dia  de Cristo Jesus” (Fl.1.6). A promessa da graça divina para nos ajudar em cada  batalha, a promessa de contínuo sucesso nos conflitos, e, por  fim, a vitória final, são suficientes para nos encorajar a todo esforço necessário, mantendo em vista o alto  padrão de perfeição.[3]  Diante de tudo isto, somos  exortados a descansar no poder de Deus, mas não para esquecê-lo, rejeitá-lo, menosprezá-lo  ou negligenciá-lo. É incrível, mas parece que somos guiados como burro velho, só aprendemos a confiar inteiramente no Senhor quando  Seus chicotes nos acertam... Ufa! Até quando? Quem sabe até chegarmos ao entendimento de que “o nosso socorro vem do Senhor que fez o céu e aterra”, sempre! O problema é que  cremos que o socorro vem do Senhor, porém, às vezes pensamos que o socorro parece muito distante, ou mesmo tardio...   Mas Deus quer que entendamos  que, ainda quando parece que o socorro tarda, ou que só virá por outros meios, Ele é fiel, e sempre o nosso socorro virá dEle.
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
www.mananciaisdevida.blogspot.com
[1] Efésios 2.1-10
[2] Hino No  35 HCC
[3] 2 Co 7.1; Fl.2.12b –  Dagg, John L. –  Manual de Teologia, P.207, 208,210
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