Og
Mandino escreveu um excelente livro com
este título, O Maior Milagre do Mundo. De uma maneira cativante e agradável o
autor procura estimular as pessoas a
reconhecerem seu grande potencial e
valor pessoal. E, com isso, valorizar a vida, viver com mais alegria e otimismo. O escritor
trabalha o assunto com tanta maestria e elegância que leva o leitor a concluir que, realmente,
ele é o maior milagre do mundo. Não há
dúvida de que somos um milagre operado pelas potentes mãos divinas. Somente um
Deus Todo Poderoso e soberano poderia criar
algo tão complexo e especial como o ser humano. Só os loucos e os
pseudocientistas ousam atribuir a criação humana ao acaso.
Porém,
apesar de sermos um milagre nas mãos de Deus, não somos o maior milagre do mundo, mas sim a graça de Cristo Jesus sendo
revelada aos pecadores. Esta é, sem dúvida alguma, O Maior Milagre do Mundo, a
manifestação da graça divina no coração humano. Ou seja, Deus revelando-Se e
proporcionando ao pecador uma transformação a partir do seu interior.
Antes que
o homem aprendesse a reciclar o lixo, Deus
proporcionou a reciclagem do homem!
Em Cristo não há barreira humana;
seja de raça, cultura, ou de sexo. Não há maldição hereditária, encosto,
demônio, ou qualquer outra criatura, que possa nos separar do amor de Deus em
Cristo Jesus... Ele, o Santo de Deus,
puro e perfeito em Sua essência, fez-se
pecado por nós, para fazermos parte da grande família dos remidos do Senhor.
Jesus
veio quebrar os tabus e preconceitos, repudiando toda forma de discriminação.
Jamais se esquivou dos doentes, das meretrizes, dos pecadores discriminados pela sociedade
hipócrita e farisaica. Ao contrário, Ele entrava em suas casas, se achegava até
eles, comia com eles. Havia compaixão
genuína em seu coração para com os seres humanos, independente de suas
posições sociais e religiosas.
Havia em Seu coração um propósito maior
em tocar-lhes: Ele desejava restaurar-lhes em todos os sentidos, física,
mental, moral, emocional e espiritualmente. E o Senhor continua alcançando
vidas destroçadas pelo pecado e sobrecarregadas pelas mazelas da vida. Ele veio
buscar e salvar o que se havia perdido. Ele é o único que pode realmente
conduzir-nos ao céu. Esse é de fato o grande milagre que todos precisamos, a graça de Deus.
"A graça
fala de bênçãos proporcionadas a quem nada merece, aos desqualificados. A graça
é magnificada quando compreendemos que o
homem não é apenas "sem
merecimento", mas "merecedor
de castigo". Nosso pecado é de tal maneira grave que, antes da nossa conversão, com justiça somos
declarados como objetos da ira de Deus (Jo 3.16; Rm 1.18; Ef 2.3)... A graça
aparece em oposição a obras ou méritos (Rm 3.24). A graça nada tem a ver com
aquilo que o pecador é capaz de fazer..." Foi o que escreveu John Newton no hino intitulado
“Maravilhosa Graça”:
“Maravilhosa
graça!... Graça de Deus sem par! Como
poder contá-la? Como hei
de começar?... Graça! Que maravilhosa graça! É imensurável e sem fim. É
maravilhosa, é tão grandiosa, é suficiente a mim. É maior que a minha
iniquidade, é revelação do amor do
Pai...”
É
suficiente a mim e a ti também! Graça, portanto, é a suficiência do amor de Deus revelado em
Cristo Jesus nosso Senhor para conosco; é a maior demonstração de bondade e
amor da parte de Deus ao pecador.
Só a
graça de Cristo pode nos alcançar em
nosso triste estado de pecado. Ainda que nem sempre entendamos a maneira de Deus agir, foi esse incrível e obstinado amor de Deus que permitiu ao Senhor Jesus nascer numa manjedoura, tendo
sua origem humana de uma linhagem humilde, e até problemática. Deixando claro
para cada um de nós, os que O recebemos como nosso único e suficiente Salvador
e Senhor, que Ele cuida de nós e nos tem em Suas potentes mãos. Esta surpreendente graça de Deus, revelada em Cristo Jesus, é o maior milagre
jamais conhecido do mundo e ao mundo. Todos os demais milagres são decorrência
deste. Que Deus, portanto, nos capacite a conhecer e experimentar esta infinita
graça, O Maior Milagre do Mundo. Amém.
Vanderlei Faria
Selph, Robert B. – Os
Batistas e a Doutrina da Eleição – p.86.
Ed. Fiel
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