“Seja a vossa moderação
conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor” (v.5).
Uma lembrança muito forte
ainda guardo de meus tempos de
criança. É que havia
em nós, as crianças, um sentimento de profundo respeito e até de medo, quando meus pais estavam por
perto. Fosse nos cultos, quando conversávamos com outras crianças, quando
estávamos brincando ou brigando na rua... Bastava olhar para meu pai, ou para
minha mãe; e, pela maneira de nos olhar,
sabíamos o que eles queriam nos dizer.
Pois sabíamos que lá em casa havia uma
“chibata” dependurada na parede.
E vez por outra meu pai fazia uso dela
para acertar as contas com os
“infratores”. Assim, pois, quando
estávamos agindo errado, a presença de meu pai por perto, e seu olhar atento,
nos comunicava a dura mensagem: “Lá em casa agente acerta as
contas!” E isso era suficiente para nos corrigir e nos fazer tremer...
Porém,
quando ia para a roça com
meu pai; ou quando viajava até à cidade com minha mãe; sentia-me encorajado pela presença deles ao meu lado. Ao lado de meu pai, eu não tinha
medo de cobras, lagartos, ou mesmo de onças. Felizmente jamais tive que me deparar com alguma dessas feras. Ainda bem,
mas a minha confiança, certamente não seria abalada. Assim eu acreditava.
Da mesma forma, quando
viajava ao lado de minha mãe, ajudando-a
a transportar roupas lavadas, ou
para lavar, sentia-me fortalecido para enfrentar o cair da noite pelas estradas empoeiradas e escuras. Era a presença dela que me dava força e coragem para prosseguir.
A constante presença de meus pais
proporcionava-me segurança, conforto e moderação. Eu não podia vacilar que eles
estavam por perto. Também não precisava
sentir-me desamparado, eu tinha em quem confiar. Hoje posso entender da mesma
forma esta expressão: “Perto está o
Senhor!” Tanto me serve de conforto e
estímulo nas horas difíceis de minha caminhada terrena; como me faz temer e
tremer diante da certeza de que Ele, o
meu Senhor, está presente ao meu
lado, até mesmo quando faço coisas
que não convém e que Lhe desagradam. Isso deve me fazer temer e tremer, como já havia escrito o apóstolo (Fl 2.13).
Pr. Vanderlei Faria
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