“Por esta razão, não vos
torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” (Ef
5.17).
Passamos a maior parte de
nossas vidas atrofiados como portadores
da Palavra de Deus. Isto porque, quase sempre há quem pregue, pessoas
devidamente preparadas e qualificadas para o exercício do ministério da pregação pública. Quando, porém, esses crentes
vão viver em lugares distantes do convívio com
suas igrejas, sem a companhia de
pessoas que exerçam esse ministério, então se vêem compelidas pelo Espírito
Santo a falar das grandezas do amor de Deus. E são abençoados, abençoando a
muitos. Foi assim com a igreja primitiva, quando os apóstolos ficaram em
Jerusalém e os demais crentes saíram por toda parte levando o evangelho de
Cristo. Foi assim nos dias de Paulo. E continua em nossos dias.
Tenho este exemplo em minha própria família. Meus pais tinham uma vida
tranqüila e segura financeiramente, morando em Volta Redonda. Meu pai
era funcionário da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN), em seus bons tempos. Com todas as regalias e privilégios dos
primeiros operários da mesma. De
repente, pediu demissão do emprego. Ajuntou os filhos, alguns recursos, e
levou-nos para o sertão do Paraná. Seu propósito era plantar café e ficar rico.
Mas o propósito de Deus que ficou evidente, anos depois, era para ele plantar a
semente santa do evangelho de Cristo.
Lá, meu pai começou a trabalhar a terra.
Com muita dificuldade, desmatou o sítio, plantou e colheu café, algodão, milho,
etc. Não enriqueceu, como pensava; muito pelo contrário, passamos aperto e
tristeza; porém, ali o Senhor nos abençoou. E, de um modo muito especial,
Deus usou meu pai (semi-analfabeto) para
pregar o evangelho a muitas pessoas. Tendo como resultado desse trabalho a formação de uma nova igreja, nascida em nossa própria casa, a Primeira Igreja
Batista em S. João do Caiuá.
É sempre assim, na ausência de pregadores,
pastores ou missionários, Deus levanta
obreiros (muitas vezes os assim chamados “leigos”), e os habilita para
levarem a palavra de salvação aos pecadores. Assim, pois, creio que em tudo precisamos discernir a vontade do
Senhor. Mesmo quando somos alvo de dificuldades, apertos e tristezas, Deus pode estar querendo despertar
vidas, fazendo uso das nossas tribulações.
Vanderlei Faria
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