Precisamos de uma constante renovação espiritual em nossas vidas. O
pecado causa separação entre o homem e Deus. O pecado tira a comunhão... Causa
o sentimento de solidão, tristeza e apatia. Porque a alma sente-se separada de
Deus e de seus semelhantes.
Isto porque o pecado tira a alegria e a
espontaneidade para compartilhar... Não
sentimos a vontade em dizer para os outros o que se passa em nosso coração. O
Pecado causa revolta conosco mesmos. Desta forma, a verdadeira renovação
espiritual só acontece quando há sincera disposição de nossa parte para experimentá-la e para deixarmos que Deus
transforme nossas vidas.
Infelizmente, o mau dos movimentos de renovação e
avivamento espiritual é que, via de regra, depois de um período de frutificação
e crescimento espiritual em todos os sentidos, a tendência é o esfriamento. E
isto, no meu entendimento, por
três razões principais. A primeira é o fanatismo, o qual prioriza as
regras e costumes como se fossem
indispensáveis e responsáveis pelo surgimento e a perpetuação da obra de Deus na terra. O segundo
problema que, quase sempre ocorre após um grande avivamento ou renovação é a
tendência em se transformar o sobrenatural em denominacional.
Foi o que Pedro
tentou fazer no Monte da Transfiguração. Ele queria permanecer ali, fazer
daquele lugar um ponto de referência de um avivamento espiritual,
fazer ali uma tenda que perpetuasse aquela extraordinária
manifestação da glória de Deus. Não deu certo, assim como não dá certo em tempo
e lugar algum. Não se pode manipular o poder de Deus. Não podemos registrar
patente denominacional como guardiã da ação do Espírito Santo. Ele opera
onde, quando e com quem quer.
Foi o que ocorreu com as denominações
que se auto intitulavam como “renovadas”, ou “reavivadas.” A maioria se
contentou com o nome de “renovados” como algo superior ao que se denominavam
como “tradicionais”. Na verdade, cada qual (renovados e tradicionais)
julgava-se superior ao outro. Uns se julgavam mais espirituais pelo fato de
darem ênfase às doutrinas do Espírito Santo, batismo com o Espírito, dons
espirituais, etc.
Os outros se julgavam mais corretos na interpretação bíblica
dos dons espirituais, mais entendidos no aspecto cultural e teológico. Enfim,
era algo mais ou menos semelhante ao que ocorreu com a igreja de Corinto. Os
que comiam carne julgavam-se superiores espiritualmente por serem mais
entendidos doutrinariamente; os outros, os que não comiam, julgavam-se mais
espirituais pelo fato de serem mais zelosos e obedientes a Deus...
Pr. Vanderlei
Faria
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