“Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascente
com conhecimento e com inteligência” (Jr
3.15).
Deus não promete dar-nos pastores
segundo o nosso coração, ou conforme o perfil que determina a vontade do nosso
coração; mas, sim, segundo o Seu coração. Esta é a promessa. Ao longo das páginas sagradas Deus nos revela
o perfil do pastor segundo o Seu coração.
O perfil do homem de Deus conforme
o próprio padrão de Deus. Não o perfil
predeterminado, ou preconcebido pela vontade humana, por uma igreja ou
comunidade local.
O perfil estabelecido por Deus diz
respeito ao caráter do pastor e não à sua condição social, idade, cor, ou
qualquer outra característica humana. O contrário do que temos observado em
nossos dias.
Não há coerência entre o perfil
estabelecido pelas “comissões de sucessão pastoral” com a oração pela manifestação da vontade
soberana de Deus na definição da igreja quanto ao pastor a ser escolhido.
Se a igreja traça o perfil daquele
que deseja como seu pastor, por que ou para que orar a Deus a fim de que Ele
cumpra Sua promessa de mandar-nos pastores segundo o Seu coração, se o que vai
prevalecer é o pastor segundo o coração do “perfil” estabelecido?
Até onde vai a nossa inocência,
para não dizer ignorância, quanto à oração? E se a vontade de Deus quanto ao
obreiro para determinada igreja não se
encaixa com o perfil que a própria
igreja estabeleceu? O que vai prevalecer: o “perfil” ou a vontade de Deus?
Como conciliar o pastor segundo o
coração de Deus com o pastor segundo o perfil da igreja? Das duas uma:
ou oramos e confiamos que Deus é quem tem o direito de determinar qual o pastor segundo o Seu
coração para aquela igreja, e assim descansamos nEle; ou traçamos o “perfil” que representa a nossa vontade, e
arcamos com as consequências.
Se queremos, realmente, um pastor
segundo o coração de Deus, deixemos que Ele mesmo determine qual o “pastor segundo o Seu coração para
cada rebanho; oremos e entreguemos a Ele
o controle das nossas decisões. Então, e só então, Ele nos dará pastores
segundo o Seu coração, e não segundo o nosso “perfil”.
Ou nós oramos para que Deus
cumpra a Sua promessa para com o rebanho
dEle em determinado lugar, ou nós, para sermos coerentes e honestos, deixamos
de orar; renegamos qualquer tipo de busca da vontade soberana de Deus, e
confiamos em nossa capacidade de discernimento do que é melhor para nós através
de um “perfil” previamente estabelecido.
Em fim, queremos pastores segundo
o coração de Deus, ou segundo o nosso “perfil”?
Vanderlei Faria
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