domingo, 10 de junho de 2012
O PERFIL DO PASTOR
“Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascente com conhecimento e com  inteligência” (Jr 3.15). 
Deus não promete dar-nos pastores segundo o nosso coração, ou conforme o perfil que determina a vontade do nosso coração; mas, sim, segundo o Seu coração. Esta é a promessa.  Ao longo das páginas sagradas Deus nos revela o perfil do pastor segundo o Seu coração.  O perfil do homem de Deus conforme o próprio padrão de Deus. Não o perfil  predeterminado, ou preconcebido pela vontade humana, por uma igreja ou comunidade local. O perfil estabelecido por Deus diz respeito ao caráter do pastor e não à sua condição social, idade, cor, ou qualquer outra característica humana. O contrário do que temos observado em nossos dias. 
Se consultarmos a Bíblia,  verificaremos que nem Moisés, nem Elias ou Paulo se  encaixariam nos  “perfis”  das igrejas atuais.  Isto porque nenhum desses homens teve como objetivo de seu ministério o desejo de agradar aos homens, mas a Deus. Os perfis traçados pelas igrejas visam agradar a carne, a vaidade e o orgulho humano, não visa a vontade de Deus, quando esta não nos agrada. Se assim fosse, permitir-se-iam que Deus agisse livremente no processo de escolha de seus obreiros, sem os costumeiros conchavos e manobras tão deprimentes e imorais. 
Como conciliar o pastor segundo o coração de Deus com o pastor segundo o perfil da igreja? Das duas uma: ou oramos e confiamos que Deus é quem tem o direito  de determinar qual o pastor segundo o Seu coração para aquela igreja, e assim descansamos nEle; ou traçamos  o “perfil” que representa a nossa vontade, e arcamos com as consequências.  
 
 Deus nos chamou  para liderar um povo; seja  uma grande multidão, como Moisés; ou  algumas  pessoas apenas, como Elias.  Cabe ao pastor, portanto, a responsabilidade na administração do povo de Deus. Algumas igrejas  estão  procurando tirar do pastor essa  atribuição, achando que estão deixando “muito poder” nas mãos de  um homem só.  Até  entendemos essa preocupação, devido aos  mercenários que  aparecem para solapar os rebanhos do Senhor... Entretanto, não é assim que o Novo testamento ensina sobre este assunto. Não  precisamos ter a mesma ousadia de Moisés para orar como ele orou:  “Oh! Este povo cometeu um grande pecado, fazendo para si um deus de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado; ou se não, risca-me do teu livro, que tens escrito”.  Porém,  precisamos  sentir semelhante responsabilidade para com o povo  que está sob o nosso comando e supervisão. O povo a quem Deus nos confiou, para liderarmos com inteligência e eficiência: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascente com conhecimento e com  inteligência” (Jr 3.15). Que o Senhor para tanto nos capacite. Amém.
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