terça-feira, 22 de julho de 2014

COMO VENCER O ORGULHO



 Como o diabo tem  conseguido persuadir a tantos pastores e líderes a se julgarem superiores e preferidos de Deus, acima de qualquer  suspeita e dignos  de toda honra e dignidade! Há uma tendência  muito comum  entre o povo de Deus de esperar sempre  um elogio ou algum tipo de  reconhecimento público quando se  faz algo especial para abençoar alguém.  Como se a nossa única motivação  para fazermos o bem fosse o reconhecimento e a gratidão da parte de quem prestamos algum favor ou benefício.

 Ora, essa era uma atitude muito comum entre os fariseus no tempo apostólico. Há pessoas que  só prestam sua solidariedade e bondade quando está sob os holofotes humanos. Mas nós não somos ensinados  a agir dessa forma. A nossa motivação precisa ser o fato de que acima de tudo estamos servindo ao Senhor, e que a nossa recompensa já está assegurada.

 O nosso Pai, que vê em secreto, nos recompensará, ainda que seja apenas por oferecermos um copo de água fria a um sedento.  E quantas vezes precisamos ser levados ao chão,  à bancarrota e vergonha pública, comer o pão de dores e verter “lagrimas de esguichos”, como dizia Nelson Rodrigues, para só então nos darmos conta  de que somos o que somos pela graça de Deus!? 

 De quem esperamos receber  a recompensa? De quem esperamos receber os aplausos e sermos  valorizados? A quem pretendemos  agradar? Se a nossa principal  preocupação consiste  em receber  a aclamação popular, então,  não  passamos  de meros hipócritas, soberbos e presunçosos, à semelhança  dos fariseus do tempo de Jesus.

 Além disso,  estaremos  nos enganando a nós mesmos, já  que poderíamos  receber  esse  “prestígio“ em outras  atividades mais rendosas e também honestas.  Estaremos nos enganando, principalmente, imaginando  que nosso galardão  pelo exercício  de qualquer  atividade cristã se constituirá  apenas  e tão somente  nisso, na exaltação  popular. Convenhamos, é muito  pouco  para tanto sacrifício.


Andrew Murray escreveu:
“Ontem me perguntaram: ‘Como posso ven­cer esse orgulho?’ A resposta é simples. Duas coisas são necessárias: faça o que Deus diz que é seu trabalho: humilhar-se a si mesmo, e confie Nele para fazer o que Ele diz que é trabalho Dele: Ele o exaltará. A ordem é clara: humilhe-se a si mesmo. Isso não significa que é o seu trabalho vencer e expulsar o orgulho de sua natureza e formar dentro de você a mansidão do santo Jesus. Não, essa é a obra de Deus, a própria essência da exaltação, na qual Ele o eleva para dentro da real semelhança do Filho amado. O que a ordem significa é isto: tome cada oportunidade de humilhar-se diante de Deus e do homem. Na con­fiança na graça que já está trabalhando em você, na segurança de que mais graça para vitória está vindo e de que a luz da consciência brilha sobre o orgulho do coração e suas obras; apesar de tudo o que possa haver de fracasso e falha, permaneça persistentemente sob a ordem imutável: humilhe-se a si mesmo.”


 
 
Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

               

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