Deus
usa o sofrimento e a expectativa da morte para nos tornar humildes e obedientes
à Sua vontade. Contudo, "ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer-se,
mas  os ímpios são  arrastados pela calamidade" (Pv 24.15 -
NVI).
Como sabemos, tudo o que 
temos  e somos é pela soberana
graça de Deus. Como disse Paulo, apóstolo: “Mas, pela graça de Deus, sou o que
sou...”
Paulo estava  discorrendo
sobre a ressurreição de Cristo. Primeiramente, ele  fala 
sobre as pessoas para as quais Jesus apareceu após a ressurreição; sendo
ele um dos  últimos a quem o Senhor
apareceu, “como um dos nascidos fora do tempo”( 1Co 15.8). E continua falando
sobre a  graça de  Deus na sua 
própria vida: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15.10a).
Tudo pela graça de Deus. E o  seu
argumento sobre a ressurreição do Senhor é que esta é a base e a certeza da
nossa  ressurreição. 
Orar
é a coisa mais ousada e mais humilde que uma pessoa pode fazer. Ousada, porque
se atreve a falar àquele que é maior do que a imensidão do universo. Crê que
suas palavras não sejam em vão, devido a elas, acontece algo que de outra  maneira não aconteceria. “Muito pode, por
sua  eficácia, a oração do justo.”
Imaginando isso, pode-se sentir tonturas. Não será apenas uma  pretensão maluca, ou um resíduo de
crendice  primitiva?  Será que o Senhor do mundo vai considerar,
realmente,  aquilo que um homenzinho
suplica? 
A
Bíblia não responde apenas, que sim; toda a revelação bíblica é de feição tal
que  ela cria e exige a fé no atendimento
da oração. Deus é o Pai; isso significa que 
Ele ouve. Ele está numa relação mútua conosco, há um intercâmbio entre
nós e ele. 
Deus
conta com a  nossa oração. Muitas coisas
ele não quer fazer sem que o supliquemos, porque o  Onipotente não pretende expandir seu reino à
nossa  revelia,  mas por nosso intermédio, como por seus
instrumentos. 
Através  da nossa oração algo se torna possível nos
céus, o que não era possível. Crer isso e orar assim realmente, é o que de mais
ousado o homem pode fazer.  Mas, é  também o mais humilde que se  possa imaginar. Em tudo que de resto fazemos,
somos  autores conscientes. Ainda que
seja algo modesto, nós o realizamos, é nossa a obra e nós respondemos por
aquilo; temos um certo orgulho pelos nossos feitos. 
Na
oração juntamos as mãos para  mostrar:
Não fazemos mais nada agora, estamos no fim 
com nossa atuação, nada podemos, do que deixar que tu, Pai, ajas. Oração
é uma declaração de impotência, é a entrega da vida: Toma tu  o leme, eu não posso mais. Só aquele que ora,
realmente, que sabe: Eu não posso fazê-lo, senão Deus somente. Dependência
total e incondicional”.
Vanderlei Faria
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