Mc
16.3
Quantas vezes
perdemos a alegria da caminhada pela vida afora devido à ansiedade
que nos assalta diante das dificuldades que imaginamos serem
intransponíveis ou perigosas!
Jesus havia ensinado aos Seus discípulos: "não andeis
ansiosos pela vida...” Portanto, não
vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta
ao dia o seu próprio mal" (Mt 6.25a, 34).
O desafio ao qual se deparavam aquelas ilustres mulheres
naquela madrugada escura e fria era, primeiramente, chegar ao sepulcro de
Jesus; aproveitar a caminhada para respirar o ar puro da manhã e refletir nas
palavras do divino Mestre... A pedra era algo distante, posterior, como "o
amanhã" ensinado por Jesus. Mas, como nos é comum, a ansiedade nos leva a
antecipar os fatos, pelo menos mentalmente. Por isso sofremos hoje o que
haveríamos de experimentar ou não no amanhã. Nossa mente fica
sobrecarregada com a possibilidade do fracasso e de que o pior
possa vir a acontecer. O texto, porém, nos diz: "E, olhando,
viram que a pedra já estava removida; pois era muito
grande" (Mc 16.4).
Quando olhamos para o Senhor Jesus, problemas, como as
pedras do caminho, são superados, antes que tenhamos que despender
esforços para afastá-los.
Sempre que assumimos o compromisso de nos aproximar
mais de Deus, de fazer algo para agradá-Lo, pedras gigantescas, acima de
nossas forças, se interpõem em nossa
caminhada. Quando o diabo não coloca obstáculos para nos impedir de
cumprir nossa missão, nós mesmos, devido a nossa incredulidade, nos
encarregamos de dificultar a jornada empreendida. Sentimo-nos como
gafanhotos diante dos "gigantes" do mundo; como disseram os espias
mandados por Moisés para espiar a terra de Canaã: "Também
vimos ali gigantes... e éramos, aos nossos próprios olhos, como
gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos" (Nm 33.33).
Foi a mesma atitude demonstrada pela viúva de
Serepta nos dias de Elias. Elias pediu que lhe desse água para beber. Quando
ela se virou para buscar a água, ele acrescentou: "Traze-me também um
bocado de pão na tua mão". Ela, então, não viu nenhuma possibilidade de
atender ao profeta, ao contrário, viu apenas o fim do linha, a miséria
que lhe esperava: "nada tenho cozido; há somente um punhado de
farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija...
vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho. Comê-lo-emos e morreremos"
(1 Rs 17,12).
Em suas expectativas não havia nenhuma esperança diante
das circunstâncias que enfrentava. Nem mesmo alguma intervenção divina poderia
solucionar ou alterar as circunstâncias desalentadoras. Apenas a
miséria e a morte irreversível.
Quem de nós já não perdeu uma noite de sono, rolando de um
lado pra outro na cama, tentando imaginar um meio para resolver o problema
do dia seguinte? Entretanto, o ensino bíblico para os filhos de Deus
é: "Não andeis ansiosos de
coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas
petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de
Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em
Cristo Jesus" (Fl 4.6-7).
Portanto, se você está vivendo sob pressão da ansiedade
quanto às pedras que precisam ser removidas em sua jornada terrena; se
os problemas lhe causam a auto-imagem de gafanhoto; ou se a miséria e a
morte são as únicas perspectivas que lhe restam; confie sua vida, seu amanhã,
àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos
ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós... Agrada-te do Senhor, e
ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao
Senhor, confia nele, e o mais ele fará" (Ef 4.20; Sl 37. 4-5). Creia
nessa palavra, viva com Deus e seja feliz. Hoje e sempre. Amém.
Vanderlei Faria
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