sexta-feira, 4 de julho de 2014

QUEM NOS REMOVERÁ A PEDRA?


Mc 16.3

 
Quantas vezes perdemos a alegria  da caminhada  pela vida afora devido à ansiedade que nos assalta diante  das dificuldades que imaginamos serem intransponíveis ou perigosas!

Jesus havia ensinado aos Seus discípulos: "não  andeis ansiosos pela vida...”   Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal" (Mt 6.25a, 34).

O desafio ao qual se deparavam aquelas  ilustres mulheres naquela madrugada escura e fria era, primeiramente,  chegar ao sepulcro de Jesus; aproveitar a caminhada para respirar o ar puro da manhã e refletir nas palavras do divino Mestre... A pedra era algo distante, posterior, como "o amanhã" ensinado por Jesus. Mas, como nos é comum, a ansiedade nos leva a antecipar os fatos, pelo menos mentalmente. Por isso sofremos  hoje o que  haveríamos de experimentar ou não no amanhã. Nossa mente fica  sobrecarregada com a possibilidade do fracasso e de que o pior  possa vir a acontecer. O texto, porém, nos diz: "E, olhando,  viram que   a pedra já estava  removida; pois  era muito grande" (Mc 16.4).

Quando olhamos  para o Senhor Jesus, problemas, como as pedras do caminho, são superados, antes que  tenhamos que despender esforços para afastá-los.

Sempre  que assumimos o compromisso de  nos aproximar mais de Deus, de fazer algo  para agradá-Lo, pedras gigantescas, acima de nossas forças, se interpõem  em nossa caminhada. Quando o diabo  não coloca obstáculos para nos impedir de cumprir nossa missão, nós mesmos, devido a  nossa  incredulidade, nos  encarregamos de  dificultar a jornada empreendida. Sentimo-nos como gafanhotos diante dos "gigantes" do mundo; como disseram os espias mandados por Moisés para espiar  a terra de Canaã: "Também  vimos ali gigantes... e éramos, aos nossos próprios olhos, como  gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos" (Nm 33.33).

Foi a mesma  atitude  demonstrada pela viúva  de Serepta nos dias de Elias. Elias pediu que lhe desse água para beber. Quando ela se virou para buscar a água, ele acrescentou: "Traze-me também um bocado de pão na tua mão". Ela, então, não viu nenhuma possibilidade de atender ao profeta, ao contrário, viu apenas  o fim do linha, a miséria que lhe esperava: "nada tenho cozido; há somente um  punhado de  farinha  numa panela e um pouco  de azeite numa  botija... vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho. Comê-lo-emos e morreremos" (1 Rs 17,12).

Em suas  expectativas não havia nenhuma esperança diante das circunstâncias que enfrentava. Nem mesmo alguma intervenção divina poderia  solucionar  ou alterar as circunstâncias desalentadoras. Apenas a miséria e a morte irreversível.

Quem de nós já não perdeu uma noite de sono, rolando de  um lado pra outro na cama, tentando imaginar um meio para resolver o problema  do dia seguinte? Entretanto, o ensino bíblico para os filhos de Deus é:   "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela  súplica, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Fl 4.6-7).

Portanto, se você  está vivendo sob pressão da ansiedade quanto às  pedras que precisam ser removidas em sua jornada terrena; se  os problemas lhe causam a auto-imagem de gafanhoto; ou se a miséria e a morte são as únicas perspectivas que lhe restam; confie sua vida, seu amanhã, àquele que é  poderoso para fazer infinitamente mais do que  pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós... Agrada-te do Senhor, e ele  satisfará os desejos do teu coração. Entrega  o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o  mais ele fará" (Ef 4.20; Sl 37. 4-5). Creia nessa palavra, viva com Deus e seja feliz. Hoje e sempre. Amém.

 

Vanderlei Faria

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

 

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