Esquecendo-me de que não estou sozinho com minhas próprias forças,
sinto vontade de desistir do ministério, desistir da caminhada cristã,
desistir da possibilidade de me manter fiel. Enfim, começo a pensar que a
vida cristã vitoriosa é uma empreitada impossível e completamente
fora das minhas chances.
Quando esses pensamentos tomam conta de mim, sinto-me como
Pedro, afundando e sufocado pelos obstáculos mentais e espirituais absorvidos
ao longo do caminho.
O problema principal, a meu ver, é que, por mais que
falemos aos outros sobre a inevitável luta na qual o cristão quer queira quer
não está envolvido; continuamos imaginando que podemos
"relaxar e gozar", como disse a "ministra" (entre aspas,
porque na verdade essa não foi uma postura digna de uma ministra da república); mesmo quando continuamos em pleno combate
espiritual.
Temos a tendência e vontade de relaxar mesmo, dar um tempo
em nosso comprometimento com Deus. Temos vontade de parecermos
"normais", como os demais que não têm esperança da glória de
Deus... Somos tentados a nos permitir uma folga na corrida cristã e tirar
umas férias espirituais. E aí, quando nos damos conta já estamos amargando as
decepções do fracasso e da derrota espirituais.
Aí bate aquele gosto amargo do
fracasso por termos investido grande parte de nossa vida em vão; quando de repente
nos vemos desnorteados por termos vacilado entre a direita e a
esquerda, sem um rumo certo e seguro. Não nos sentimos dignos de ir em frente,
no rumo estabelecido e determinado pelo Senhor, por termos fracassado no
percurso. Ficamos pensando como o salmista: “Elevo os olhos para os montes: de
onde me virá o socorro?” (Sl 121.1).
Desta forma, só me resta uma alternativa:
Levantar os olhos para alto, como o salmista
para perceber que "O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a
terra” (Sl 121.20; para então clamar: Senhor, Socorre-me! – como fez o apóstolo Pedro diante da
possibilidade iminente da morte.
Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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