O evangelho não é algo que
nos diz o que devemos fazer para salvar-nos. Ele nos diz como Deus providenciou
o seu único método de salvação e como Ele o aplica a nós. O Deus soberano na
escolha, na eleição da graça e no chamado eficaz, é o mesmo que dá o
arrependimento e a fé ao pecador. É Ele quem prepara os corações para ouvir e,
também, prepara, ou move os nossos corações para orar e para falar de Cristo ao pecador.
Deus mesmo é quem providencia os meios
(através da fé), as condições favoráveis, para que haja salvação. Porém, Ele
deseja, ou melhor, Ele exige, que nos voltemos para Ele através do
arrependimento e fé (que também são dádivas, ou dons, de Deus). Deus preparou a
nossa salvação desde a eternidade: Rm 8:28-30; Ef 1.3-5; 2 Ts 2:13-14; 2 Tm
1:8-10; 2:10. Em Sua soberania, o Senhor
escolhe a quem quer salvar: Mt 11.27; Jo
5.21; 10.16,26; 17.2, 6, 9; Rm 9.6-29;
11.2,5-7.
A incredulidade natural do coração humano só pode
ser superada através da ação do Espírito Santo. Se Deus Espírito não fizer a
obra de convencimento do pecado, da justiça e do juízo, ninguém pode ser salvo.
Por isso, Jesus afirmou: “Ninguém pode
vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no
último dia. Está escrito nos profetas: E
serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem
ouvido e aprendido, esse vem a mim” (Jo 6.44-47). E ainda: "Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho,
senão o Pai; e ninguém conhece o Pai,
senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27).
Escrevendo aos Romanos, Paulo nos mostra o que é uma experiência
religiosa concreta com Deus. E fala
exatamente sobre a segurança
da vida cristã: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus
por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta
graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus”
(Rm 5:1-2). “Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo
Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8:1-2).
Jamais entrarão em juízo com
os ímpios, os não salvos. Ainda que o crente receba aqui a correção e disciplina do Senhor com a
finalidade de torná-lo santo e irrepreensível; não há, para o crente, a
condenação final. Isso não quer dizer
que não haja na vida do crente algo que
seja digno de condenação. Não há condenação porque o processo
todo da salvação, justificação e
santificação, culmina na absolvição final e na glória eterna.
Escrevendo aos
filipenses, Paulo nos dá o método de Deus no trabalho da salvação, do princípio
ao fim: “...aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de
Cristo Jesus... porque Deus é quem opera em vós tanto o querer como o efetuar,
segundo a sua boa vontade” (Fl 1.6;
2.13). Paulo já havia afirmado: “Já estou crucificado com Cristo...” (Gl
2.19-20). Estar em Cristo, crucificado
com Cristo, ou “o viver é Cristo”, significa
ter comunhão com Ele por
intermédio do Espírito Santo. É ser batizado no Espírito; possuir a Sua vida, Sua
natureza: 1 Co 12:12-14.
Pr. Vanderlei Faria
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