Na cruz o Filho de Deus vertia Seu sangue puro e
santo, sentia a dor da solidão e do abandono de Seus amigos e parentes, e, sobretudo, o abandono
do Pai. Sua alma sangrava tanto quanto o Seu corpo, ferido pelos nossos
pecados. E no auge de sua agonia e dor, o diabo colocou na boca daquela turba
ignorante e cega espiritualmente as palavras de escárnio e zombaria, relatadas
por Mateus (27.39-44).
Entre tantas ofensas dirigidas ao
Cordeiro de Deus, saltam aos nossos olhos estas palavras: “Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora,
se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus” (Mt 27.43).
Hoje, quando sinto n’alma o sussurrar
do inferno a zombar de minha fé e confiança no Senhor em tempos de crise,
tristeza e solidão; sou encorajado pelo silêncio de meu Senhor na cruz diante
do escárnio e zombaria de uma multidão
ignorante e má. Mas, sobretudo, sou encorajado pela vitória da cruz: a
ressurreição e aparição do Senhor ressurreto.
Somos alvo de críticas, perseguições,
incompreensões e zombaria. A morte se nos apresenta inexorável e maquiavélica.
O mundo se alegra ao nosso redor, zombando de nossa fé, de nossa piedade e
confiança no Senhor, enquanto nós choramos e gememos (“Em verdade, em verdade
eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós
ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria”[1]).
Ao nosso redor, bem próximo de nós,
sentimos como se fora o próprio hálito de Satanás a nos dizer essas palavras:
“Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem...”. Mas, assim como as mulheres que foram ao
sepulcro naquela manhã de domingo e ouviram
da boca do Senhor ressurreto aquelas palavras de consolação e conforto – NÃO TEMAIS! –;
assim, também nós, somos confortados e encorajados com essas palavras do Filho
de Deus em tais circunstâncias.
A presença de Jesus conosco e em nós,
traz-nos consolo, paz, alegria e esperança eterna. Sim, prezado irmão, Deus
quer renovar a nossa esperança hoje também!
Pr. Vanderlei Faria
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