sexta-feira, 28 de março de 2008

Deus Certo!

_ “Deus certo!”, disse Jêniffer, uma linda e robusta menina de nove anos, assim que cheguei à sua casa. É que dias antes ela havia pedido oração para sua “ex-amiga”. Da outra feita, assim que cheguei para o culto que seria realizado na casa da avó, Lúcia, Jeniffer, fez o seguinte pedido de oração:
­_ Pastor, quero que o senhor faça uma oração para aquela menina ali, disse ela apontando para uma menina mais forte e mais velha que ela.
Perguntei-lhe o por quê de seu pedido, e ela só disse que era uma menina muito “encrenqueira.” Depois fiquei sabendo que aquela menina, vez por outra, agredia, batia muito na Jeniffer. Surpreso e feliz por seu espírito de perdão e mansidão para com aquela sua colega-inimiga, mencionei seu pedido de oração naquele culto e oramos para que Deus atendesse o seu pedido. Antes, porém, disse para que ela mesma orasse a Deus nesse sentido, porque Deus ouve a oração das crianças também. Ela ainda acrescentou que Deus ouve mais a oração das crianças do que a dos adultos. E orou! Cerca de um mês após aquela oração, voltei à sua casa. Quando o pai dela parou o carro perto de mim, jeniffer desceu feliz e foi logo dizendo: Pastor, deu certo! Aí, disse que sua amiga fizera as pazes com ela e que agora estava tudo bem.

Que bom quando uma criança tem esta percepção de que a oração dá certo, que funciona, que Deus respondeu sua oração! Fiquei feliz pela Jeniffer, e feliz em poder compartilhar de sua alegria nessa experiência de oração. Na verdade, sempre dá certo a oração do justo. Deus ouve, Deus vê, Deus responde, Deus age. Embora saibamos que Deus é soberano e que não depende de nossa oração para agir no mundo, ainda assim Ele nos concede a graça maravilhosa de nos permitir fazer parte de Suas realizações. Esta é uma das bênçãos da oração, nos sentirmos envolvidos na atuação sobrenatural, divina. Não há explicação para tal, apenas gratidão e exaltação ao Senhor por Sua infinita graça e misericórdia. De fato o Senhor a cada dia confirma a Sua Palavra santa: ´´ Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo`` (Tg 5.16).

E quando somos procurados por alguém que nos pede perdão, não nos compete questionar os motivos e a maneira como nos é apresentado tal pedido. Cumpre-nos o dever de liberar o perdão e deixar a questão, quanto o ser ou não legítimo o pedido, com Deus e a pessoa. Não nos compete analisar as razões do coração alheio. Isto é problema de Deus com a pessoa. A nós, porém, cumpre o dever de perdoar. Foi como Jesus ensinou aos Seus discípulos (Mt 18:15-18).

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