domingo, 30 de março de 2008

Consolados Em Toda Tribulação

Na Segunda Carta aos Coríntios, Paulo fala exaustivamente sobre o sofrimento. Tendo a sua própria experiência como base para nos encorajar e nos confortar. E logo no primeiro capítulo (v.3-5), Paulo nos afirma que somos consolados em toda tribulação. Mas não sem um propósito definido. Deus quer que sejamos portados de bênçãos, repassando a consolação que recebemos. Logo, fica evidente que Deus nos dá o sofrimento a fim de trabalhar conosco, dando-nos o consolo. E, ao mesmo tempo, nos mostrando que precisamos repassar as bênçãos recebidas.
Paulo nos ensina, assim (especialmente ao longo dessa carta), que precisamos olhar para trás e para frente. Ou seja, olhar para trás não para ficar nos lamentando do que fizemos, ou do que fizeram conosco – culpando a Deus e o mundo, como fizeram os israelitas no deserto, murmurando contra Deus e contra Moisés.

Penso que há muitos crentes murmuradores no meio do povo de Deus. Gente que vive procurando desculpas para não servir a Deus com alegria, tentando justificar o fato de seu viver sem esperança e sem fé. Mas Paulo nos ensina a olhar para trás no sentido de confiar na promessa de Deus, como, também, atentar para os exemplos de Cristo e os do próprio Paulo. Assim, podemos considerar os sofrimentos e aflições dos que nos antecederam, e as consolações que receberam como uma forma de bênçãos que Deus nos concedeu pelos exemplos que nos foram legados. Mas precisamos, também, olhar para frente, quando sofremos, primeiro pela expectativa das confirmações das promessas divinas aos que crêem. Além disso, precisamos olhar para frente pensando nas pessoas que caminham conosco, ou aquelas que estão nos observando, ainda que à distância, bem como pensando naqueles que hão de nos suceder na propagação do evangelho de Cristo. O que eles estão tirando de exemplo de nossas vidas para lhes servir de encorajamento, consolação e edificação diante das lutas da vida? Eles precisam olhar para nós como exemplos de quem permaneceu firme até o fim da jornada (1Co 15.58).

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