terça-feira, 13 de maio de 2008

Depender De Deus Em Oração

No currículo do Seminário de Jesus havia uma disciplina prática que se destacava entre as demais: oração! Infelizmente, este assunto não recebe muita importância na maioria de nossos seminários. Ao contrário, alguns até mesmo não atribuem à oração qualquer relevância. Mas o pior é que, normalmente, em nossos momentos devocionais, a oração não passa de mera formalidade. Procuramos cumprir uma agenda repleta de atividades, as quais reputamos de maior importância, beleza e “atração”, para não contrariar os nossos “seletos” visitantes a quem desejamos agradar a todo custo... Esquecemo-nos de que o culto precisa agradar, prioritariamente, ao Senhor Jesus, autor e consumador da fé.

Quando a nossa fé deixa de ser apenas um tipo de religiosidade nominal, e passamos a nos envolver com a realidade plena da glória de Deus através da oração e da ação, começamos a desfrutar do gozo da vitória em Cristo. Começamos a frutificar, realmente. Isto não depende das circunstâncias. A vitória não será medida e sentida por causa daquilo que nos aconteça aqui, mas, devido à uma nova dimensão da compreensão da própria vida cristã. Isto parece complicado, até que deixemos de ser meros espectadores diante dos heróis da fé e nos coloquemos no palco das realizações espirituais. Sentindo cada dia o desafio de depender de Deus em oração. Até que, como disse Tiago, deixemos de nos contentar em sermos apenas “ouvintes da palavra” e nos tornemos praticantes ativos, vibrantes, da palavra viva! É preciso, pois, que os salvos não se contentem em viver imobilizados espiritualmente, infrutíferos e derrotados. É preciso entender que servir a Jesus, amar a Sua palavra, buscar a Deus em oração constante e fervorosa, não é tortura, nem atividade enfadonha. Mas é algo prazeroso, quando experimentado de todo o coração e segundo a vontade de Deus. Não podemos nos contentar apenas com a nossa ortodoxia cristã evangélica fria e estática. É necessário mantermo-nos ativos, dinâmicos, vibrantes e persistentes na oração; crendo e esperando no Senhor ativamente.

A esperança bíblica é “esperar por”, ter expectativa de... E isto requer paciência, disciplina e confiança. Em outras palavras, esperar é ser motivado pelo alvo que há na frente, o aguardar é este movimento em direção ao alvo (Sl 37.4-7 a). Esperar, portanto, é uma coisa ativa, é aguardar com disciplina. E essa esperança nos convida à oração: vigiar e orar. Veja ainda o que escreveu o salmista, unindo no mesmo salmo as duas idéias, esperar e agir: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio... Vinde, contemplai as obras do Senhor, que desolações efetuou na terra” (Sl 46.10,11,8).

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