“Está consumado”
“Está consumado”. A palavra grega qui, teleo, é vertida de
várias formas no novo Testamento. Uma olhada em algumas das diferentes
traduções em outras passagens nos habilitará a discernir a plenitude e a
finalidade do termo usado pelo Salvador. Em Mateus 11.1, teleo é traduzida como
segue: “E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze
discípulos, partiu dali”. Em Mateus 17.24, é assim traduzida: “Aproximaram-se
de Pedro os que cobravam as didracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as
didracmas?” Em Lucas 2.39 é traduzida: “E, quando acabaram de cumprir tudo
segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia”.
Em Lucas 18.31, temos: “E se cumprirá no Filho do homem tudo
o que pelos profetas foi escrito”. Ajuntando tudo, aprendemos o escopo da sexta
elocução do Salvador na cruz, “Está consumado”. Ele clamou: está “posto um fim
a”; está “pago”; está “realizado”; está “acabado”. A que se pôs um fim? Aos
nossos pecados e sua culpa. O que foi pago? O preço de nossa redenção. O que
foi realizado? Os mais extremos requerimentos da lei. O que foi acabado? A obra
que o Pai lhe dera a fazer. O que foi findado? O fazer expiações.
Deus fornece ao menos quatro provas de que Cristo terminou
sim sua obra a qual lhe foi dada para fazer. Primeiro, no rasgar do véu, que
mostrava que o caminho para Deus estava agora aberto. Segundo, no ressurgir de
Cristo dentre os mortos, que provou que Deus aceitara seu sacrifício. Terceiro, na exaltação de Cristo a sua
própria destra, o que demonstrou o valor da sua obra e o deleite do Pai em sua
pessoa. Quarto, no envio à terra do Espírito Santo para aplicar as virtudes e
benefícios da morte expiatória de Cristo.
“Está consumado”. O que estava consumado? A obra da
expiação. Qual o seu valor para nós? Este: ao pecador, é uma mensagem de boas
novas. Tudo que um santo Deus requer foi feito. Nada é deixado para o pecador
acrescentar. Obra nenhuma de nós é exigida como preço de nossa salvação. Tudo
que é necessário ao pecador é descansar agora pela fé sobre o que Cristo fez:
“O dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm
6.23).
Para o crente, o conhecimento de que a obra expiatória de
Cristo está acabada traz um doce alívio contra todos os defeitos e imperfeições
de seus serviços. Há muito de pecado e vaidade no melhor mesmo de nossos
esforços, mas o grande consolo é que estamos “perfeitos” em Cristo (Cl 2.10)!
Cristo e sua obra acabada é o fundamento de todas as nossas esperanças.
Sobre uma Vida que não vivi,
Sobre uma Morte que não morri,
Sobre a morte de um outro, sobre a vida de um outro
Eu lanço minh’alma eternamente
Com ousadia ficarei de pé naquele grande dia,
Pois quem pode lançar sobre mim alguma acusação?
Completamente absolvido por Cristo estou,
Da tremenda maldição do pecado e da culpa.
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