“Tenho sede”
7. Aqui vemos a declaração de um princípio permanente.
Há um sentido, um sentido real, em que Cristo ainda tem sede.
Ele está sedento pelo amor e pela devoção dos seus. Ele anseia pela companhia
do povo que comprou com seu sangue. Eis aqui uma das grandes maravilhas da
graça — um pecador redimido pode oferecer aquilo que satisfaz o coração de
Cristo!
A graça nos capacita a oferecer aquilo que o refrigera.
Maravilhoso pensamento! Você já reparou em João 4 que, embora Cristo dissesse à
mulher que veio ao poço, “Dáme de beber” — pois ele assentou-se ali “cansado”
da viagem e do calor — que ele nunca tomou um gole de água? Na salvação e na fé
daquela mulher samaritana ele achou aquilo que refrescou seu coração! O amor
nunca fica satisfeito até que haja uma resposta e amor em troca! Assim o é com
Cristo.
E observe nessa passagem que Cristo fala de uma dupla ceia —
“entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. Não somente é nosso
inefável privilégio cear e comungar com ele, deleitarmo-nos nele, mas ele
“ceia” conosco. Ele encontra em nossa comunhão algo com que alimentar seu
coração, algo que o alivia, e esse algo é a nossa devoção e o nosso amor. Sim,
o Cristo de Deus ainda “tem sede”, sede pela afeição dos seus. Ó, não oferecerá
você algo que a ele satisfaça? Responda então ao apelo dele: “Põe-me como selo
sobre o teu coração” (Ct 8.6).
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