“Viu uma grande multidão; e, compadecendo-se dela, curou os seus enfermos...” (Mt 14.14).
Ao descer do Monte da Transfiguração, onde todos os Seus discípulos foram impactados com a glória de Deus, o Senhor Jesus proporcionou-lhes uma experiência marcante para despertá-los da sonolência em que estavam. Tanto lá como no Getsêmani, creio que o despertamento do sono físico era uma conclamação para que eles se despertassem, também, no sentido espiritual e sentimental. Sendo despertados para a visão da glória de Deus, os discípulos foram encorajados a desenvolver, de maneira significativa, a visão da miséria daquele povo não assistido pelo poder público (situação muito semelhante à do povo brasileiro).
Certamente, quando foram levados a contemplar aquela multidão faminta da misericórdia divina, eles ainda poderiam se lembrar tanto da visão que acabaram de presenciar como, também, de outros encontros de Jesus com as multidões. Os discípulos de Jesus, como nós também, tinham muitos motivos para agradecer a Deus; mas eles não deveriam esquecer daqueles que sofriam, sem o conforto do Senhor. Jesus, porém, não se descuidava da amplitude de Sua missão. Seu cuidado não se limitava aos que faziam parte do círculo de Sua amizade. Havia sempre em Seu coração um intenso desejo de alcançar os que estavam “do outro lado”.
Se você é um desses, saiba que Ele não Se esqueceu de você. Ele quer que você saiba que também é alvo do Seu amor, Sua atenção: “E, quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água” (Mt 17:14-15).
Jesus não se limita ao discurso, ou à teoria;Sua compaixão e visão espiritual se expressava através de soluções práticas e imediatas.
Vanderlei Faria
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