Estamos sendo, continuamente,  treinados e encorajados a confiar no poder de Deus. A tendência comum é nos acomodarmos e nos contentarmos com as vitórias obtidas. Normalmente, após conseguirmos atingir alguns objetivos profissionais ou pessoais, queremos relaxar, queremos usufruir de uma  comodidade despreocupante, tranqüila e confortável. Queremos nos aposentar literalmente de todas as dificuldades e desafios espirituais. Ou seja, queremos nos acomodar numa vida  sem riscos, sem desafios e sem preocupações. Em suma, queremos deixar a vida nos levar...
De repente, somos incomodados com problemas e dificuldades que já  não faziam mais parte de nossos planos... Ou que já julgávamos superados e vencidos. Então, começamos a nos questionar e a maldizer a nossa triste sorte, como se não merecêssemos passar por tudo isso outra vez... Alguns dizem: “uma fatalidade do destino”.  Afinal, achamos que já fizemos por merecer uma vida mais tranqüila, mais sossegada... Quando Edinho, filho do Pelé, foi preso por envolvimento com tráfico de drogas, Pelé  disse algo muito importante: “Deus colocou mais este desafio no meu caminho. Vamos sair dele, juntos”. Na verdade, a responsabilidade pelo pecado é sempre do homem, mas  Deus é quem  determina todas as coisas.
Pelé está certo ao dizer que foi Deus quem determinou, ou colocou este desafio diante dele, embora Edinho  seja responsável e culpado pelos seus atos. Não devemos e nem podemos  entender como conciliar a soberania de Deus com a nossa responsabilidade, apenas precisamos compreender que a Bíblia fala das duas coisas. Cumpre-nos o dever de crer no Deus soberano, reconhecendo sempre a nossa responsabilidade. Não se pode explicar a fé, apenas experimentá-la. Na verdade, o que precisamos compreender e aceitar pela fé é o fato de que Deus está no controle  de nossas vidas. Que o Senhor Jesus está vivo e ativo, sempre presente no barquinho de nossa existência.  Quando começamos a nos esquecer disso para nos tornar independentes dEle, então,  somos deixados a sós, naufragando  na fé. Então é quando somos, novamente, forçados a recorrer ao Senhor, com humildade e reverência, para que Ele volte a efetuar em nós, e por nós, Seu surpreendente, glorioso e inesgotável poder.
Algumas vezes somos  levados a sentir e pensar em nossos fracassos como sendo algo rotineiro e inevitável.
Parece que as coisas ruins que nos acontecem tornaram-se tão repetitivas que chegamos a não nos surpreendermos mais com suas ocorrências, nem  com as soluções que encontramos  para cada caso. Tudo parece normal; tanto os males, ou dificuldades, como as vitórias ou bênçãos que recebemos em tais circunstâncias.
Como os discípulos, não percebemos que  o mesmo poder que operou em nós no passado continua operando em nós no presente, e que Deus tem, para cada dia de nossa vida, um novo tipo de treinamento para a nossa fé. Por falta de entendimento os discípulos de Jesus já haviam passado por momentos desesperadores:  “Eles, porém, ao vê-lo andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e gritaram...” (Mc 6.49). 
Você é o que  você pensa! Há muita gente  vivendo mal, se  afundando no mar da vida, porque tem um pensamento equivocado a respeito de  Jesus.  A propósito, quem é Jesus para você?  O Deus  presente e atuante em sua vida, ou  um fantasma assustador?
Os discípulos de Jesus estavam acomodados com as bênçãos recebidas, então o Senhor permiti-lhes enfrentarem desafios que  lhes  proporcionassem praticar a fé. Faltava-lhes a prática da fé. Mas como exercitar a fé? Naturalmente quando somos postos à prova. Assim como  só exercitamos a paciência quando nos vemos diante de  situações que nos colocam à prova nesse sentido.
Assim, o próprio Senhor, tem, para cada um de nós, um treinamento específico,  personalizado, a fim de nos  proporcionar o treinamento adequado para nos fortalecer na fé. Ele, portanto, nos dá, assim, a condição necessária e suficiente para assegurar a nossa perseverança cristã.
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