_ “Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram” (Gn 33.4).
Como sabemos, tudo o que  temos  e somos é pela soberana graça de Deus. Como disse Paulo, apóstolo: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou...” (1Co 15.10a).
Precisamos desenvolver essa visão e percepção da graça de Deus em nosso viver diário; não só no que diz respeito á salvação, mas em tudo o que acontece conosco, em todo tempo ao longo de  nossa vida. Como é fácil e comum o diabo   enganar as pessoas (principalmente os servos de Deus) com esse tipo famigerado do “orgulho santo”, pelo que se  consegue realizar de bom e agradável no reino de Deus na  terra!
A caminhada se aproximava para seu desfecho  inevitável. Não havia como simplesmente  tentar vencer o temor com auto sugestões, pensamentos positivos e coisa parecida. Tinha que se confrontar com a realidade, e ela se aproximava desesperada e inexoravelmente. E ao se aproximar o  momento de seu crucial encontro  com o irmão, a “ficha caiu”, caiu em si como o  Filho Pródigo da parábola. Percebeu, então que estava em grande apuro, que  toda a sua coragem se desvanecera, todas as iniciativas e cuidados especiais, tudo o que era e tinha não fazia qualquer diferença naquele instante. Estava inevitavelmente  diante de uma situação aterradora. Sentia-se insignificante e pequeno demais diante da potente mão de Deus; e que, não fora a  graça e misericórdia divina, não haveria  qualquer possibilidade de chegar a bom termo em sua  pretensa vitória e conquista do coração de seu irmão.
Só Deus pode mudar o coração humano, e agora Jacó não tinha qualquer dúvida quanto a isto. Para nada mais servia os presentes que ele havia enviado para seu irmão, se Deus mesmo  não agisse poderosamente naquele coração. E o pior de tudo é que não só ele corria o risco de ser a próxima vítima,  toda a sua família corria o risco de ser dizimada completamente, caso Deus não agisse em seu favor... Sem outra alternativa, Jacó prostrou-se diante  do Senhor buscando-O não como um simples aliado a quem poderia recorrer a qualquer momento contando  com sua  anuência em tudo o que se  propusesse a realizar. Naquele momento ele percebeu que Deus  não era sócio majoritário em sua sociedade; um sócio que compactuasse com suas tramóias sem nada lhe exigir, fazendo vista grossa às suas  atitudes; que Deus haveria de dar-lhe apoio total e irrestrito, independente do que fizesse... Tudo isto, considerando ser Jacó um filho da promessa, herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo, como todos os eleitos do Senhor.
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