segunda-feira, 27 de julho de 2009

ALÉM DA LETRA

Uma perspectiva bíblico-teológica da letra dos hinos do Cantor Cristão.

Justo És, Senhor (No. 2 CC)

Esta letra é uma versão do Salmo 145.17,18. O autor sacro certamente foi impactado pelos louvores de Davi, Rei de Israel. Há um reconhecimento de que Deus é perfeitamente Justo em todos os Seus caminhos, em todas as Suas ações. É impossível Deus agir com injustiça. A justiça é Seu atributo moral. Faz parte do Seu caráter. Davi sabia muito bem desta realidade. Por isso, somos, em Cristo Jesus, tornados justos. Na verdade, Jesus é a justiça de Deus encarnada. Paulo, escrevendo aos coríntios, diz: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1 Co 1.30,31). Só podemos compreender a justiça de Deus por meio de Jesus Cristo. Fomos tornados justos pela obra suficiente de Cristo na cruz e na ressurreição. Temos paz com Deus por meio da nossa justificação (Rm 5.1).

O Deus que é reconhecidamente justo e também digno está perto de nós. Este Deus Transcendente é também imanente, isto é, está bem perto de nós.Age no meio de nós e em nós por meio do Seu Espírito. Ele ouve atentamente os que O invocam e o fazem em verdade. Isaias, o profeta messiânico, nos diz que “a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Is 59.1). O Deus tão sublime, santíssimo, majestoso é também o Deus que está bem perto de nós agindo com graça. É o Deus da graça que, em Cristo, nos alcançou sem nada merecermos (Ef 2.8-10). Devemos dia a dia cantar a justiça de Deus. Cantar o Deus Justo e Perfeito em todos os Seus atributos naturais e morais.

Deus requer de Seus filhos a verdadeira adoração. O Senhor Jesus ensinou: “Deus é espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em espírito e em verdade” (João 4.24). O cristão genuíno tem profunda alegria em reconhecer e cantar a justiça de Deus e o Deus da justiça. Num mundo injusto, devemos declarar em alto e bom som que confiamos no Deus que é Justo, perfeitamente Justo. A Sua justiça tem implicações éticas para os Seus filhos. A Sua Igreja deve ser constituída de verdadeiros adoradores do Deus Justo. Gostaria de encerrar esta reflexão com o cântico de Moisés citado no Apocalipse: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és Santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de Ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos” (15.3,4). Então podemos dizer juntos: Justo És, Senhor! Aleluia!


Oswaldo Luiz Gomes Jacob, Pr.

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