quinta-feira, 23 de julho de 2009

NO DIA DA ANGÚSTIA

_ “O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés... O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam”.[1]

A palavra “angústia” significa pressentimento de terror, grande aflição, desgosto, agonia ou tristeza profunda. Gastão Pereira da Silva disse: “A angústia é o câncer do espírito.”
A angústia continua sendo uma experiência universal.

Milhares de pessoas, diariamente, em todos os lugares, procuram os gabinetes pastorais, consultórios de analistas e psicólogos atrás de uma solução para os anseios mais profundos de suas almas . Elas sofrem de angústia, a doença dos séculos. Mas, e nós, o que fazemos, ou como reagimos no dia da angústia? Tempo quando os amigos desaparecem, quando emudecem as vozes de júbilo, os cânticos de alegria e regozijo. Tempo quando nos sentimos como num vácuo de uma aeronave em viagem interplanetária... Tempo quando a solidão e a incerteza consomem nossa resistência física, moral, mental e espiritual. Tempo quando as lágrimas já não mais nos aliviam, por se haverem de todo se esgotado... Tempo quando paira sobre nossas cabeças a penumbra e sombra aterradora da morte. Tempo de se afastar, tempo de chorar, tempo de morrer!

Em tais condições, dormimos mal, temos insônia, acordamos mal humorados, cansados. Sentimo-nos inúteis, fúteis, sem ninguém. É como se fôssemos invisíveis e os demais que nos cercam meros robôs, máquinas insensíveis, frias, estáticas. Um tipo de inércia das funções intelectuais, morais e espirituais. Alguns se desesperam, enlouquecem, se drogam, se entorpecem. Outros há que não suportando o vazio interior e a desmotivação exterior chegam ao extremo do suicídio. É o limite da razão entre a esperança e o desespero, quando não se vê nenhuma luz no fim do túnel. Agimos e pensamos a respeito de nós mesmos como Mefibosete, filho de Jônatas, diante da acolhida de Davi: “Vindo Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, a Davi, inclinou-se, prostrando-se com o rosto em terra. Disse-lhe Davi: Mefibosete! Ele disse: Eis aqui teu servo! Então, lhe disse Davi: Não temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa. Então, se inclinou e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?”.[2]
Da mesma forma, o salmista descreve a situação dos israelitas no cativeiro como alguém cujas forças se esgotaram e a esperança definhara: “Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?” ([3]).
Contudo, a Palavra de Deus nos diz: “O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés... O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam”.[4]



Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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[1] Naum 1.3, 7
[2] 2 Sm 9.6-8
[3] Sl 137.1-4
[4] Naum 1.3, 7

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