sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

OS SETE BRADOS DO SALVADOR SOBRE A CRUZ – ARTHUR W PINK (07)


 

“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

 
5. Aqui vemos uma exemplificação amorosa do seu próprio ensino.

No Sermão do Monte nosso Senhor ensinou aos seus discípulos: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” (Mt 5.44).

 Acima de todos os outros, Cristo praticou o que ele pregou. A graça e a verdade vieram através de Jesus Cristo.[1] Ele não somente ensinou a verdade, mas ele mesmo era a verdade encarnada.

 A escritura ensina que sob todas as circunstâncias devemos perdoar sempre? Eu respondo enfaticamente: não, ela não ensina. A palavra de Deus diz: “Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe; e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe” (Lc 17.3,4).

Aqui somos claramente ensinados que uma condição deve ser satisfeita pelo ofensor antes que possamos pronunciar o perdão. Aquele que nos ofendeu deve primeiramente “se arrepender”, isto é, julgar a si mesmo por seu erro e dar evidência de sua tristeza por causa dele. Mas, suponha que o ofensor não se arrependa? Então eu não preciso perdoá-lo.  Mas que não haja má compreensão do que queremos dizer aqui. Mesmo que alguém que nos ofendeu não se arrependa, todavia, eu não devo abrigar sentimentos ruins contra ele.

 Mais uma coisa. Se alguém me prejudicar e não se arrepender, embora eu não possa lhe perdoar e tratá-lo como se ele não tivesse me ofendido, todavia, eu não apenas não devo abrigar nenhuma malícia em meu coração contra ele, mas devo também orar por ele.
Aqui está o valor do exemplo perfeito de Cristo. Se não podemos perdoar, podemos orar a Deus para perdoá-lo.

 

pastorvanderleifaria@yahoo.com.br



[1] Nota do tradutor: João 1.17.

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