_ “Vendei
os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem,
tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça
consome, porque, onde está o vosso
tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12.33-34).
Todos nós temos
um tesouro na vida. Mesmo os mais pobres têm alguém ou alguma coisa que
se constitui no seu tesouro, sua preciosidade, sua razão de viver.
Quando não há nada nem ninguém de fora, então a pessoa se
constitui no seu próprio tesouro. Aliás, a vida que Deus nos deu, de certa forma é nosso bem maior, o dom
da vida.
Assim, Jesus diz que nosso coração, inevitavelmente, vai se
inclinar, se apegar apaixonada e prioritariamente para aquele foco central de
nossa vida.
À vezes, como Abraão, nosso
Isaque, filho ou filha, é o tesouro de nossa vida. E de fato os filhos são-nos
preciosos. Por eles damos a nossa própria vida.
Lembro-me de uma reportagem
recente em que uma mãe aflita pulou num
poço fundo sem saber nadar, para salvar a vida de seu filho. E conseguiu, tanto
salvar o filho como a si própria.
Sem dúvida alguma algo muito próprio das fêmeas que tudo fazem,
até o sacrifício pessoal se preciso for, para salvar ou proteger sua cria. Isto
é fruto de amor maternal, dado por Deus. E não podemos censurar um pai ou uma
mãe por esse desvelo e carinho para com
seus filhos. No entanto, Jesus havia dito que aquele que não aborrece, ou não
renuncia pai, mãe, mulher ou filhos, por amor a ele, não é digno dEle.
Ora, isso parece um contracenso,
dizer que precisamos “renunciar, ou
aborrecer” alguém a quem tanto amamos, a
quem tanto admiramos e por quem tanto
agradecemos a Deus; exigir-se que se
renuncie a este amor parece, à
primeira vista, um exagero do Senhor para com aqueles que desejam segui-Lo. Mas
Jesus não usa meias palavras, não
fala figuradamente, nem ilustrativamente
nesse caso. Ele diz claramente que não há meio termo diante da opção de segui-Lo. Ou Ele é tudo para nós ou não é
nada em nós.
Ore a Deus para
que outros alcancem esse entendimento e para que o Senhor lhes conceda o
arrependimento e a fé para serem salvos. Enfim, que eles sejam alcançados o
mais rápido possível com a graça de Cristo. Não importa se na igreja A ou B.
Mas, que Cristo habite naquele coração, libertando-o do pecado, do diabo e da
morte eterna no inferno. Isso é o que de fato é relevante, importante,
essencial e urgente. Pense nisto! Pense já!
Vanderlei Faria
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