sábado, 16 de janeiro de 2010

AQUELE QUE PADECEU NA CARNE

Aquele que padeceu na carne. Ainda que não tenhamos vontade de aceitar o sofrimento, por sermos cristãos, temos que admitir que há uma cruz para ser carregada... Então, é melhor sofrer de boa vontade. O juízo deve começar pela casa de Deus. Começa ali, mas não acaba ali. É bom lembrarmo-nos de que esse juízo nos sobrevém neste mundo, enquanto que os ímpios continuam condenados ao juízo final. Jesus nos afirma que seremos atribulados enquanto estivermos no mundo.[1]

Enquanto concentramos nosso pensamento nas circunstâncias, ou nas pessoas que nos rodeiam, sentimo-nos completamente desamparados e tristes. Mas quando levantamos os nossos olhos para Aquele que nos dá esperança, então somos encorajados a deixar o pecado e firmar a nossa fé em Cristo Jesus. Apenas nEle encontramos esperança para a nossa alma aflita e angustiada.
Se os sofrimentos que suportamos são devido ao nosso viver cristão, somos bem-aventurados. E, quanto mais nos assemelharmos a Cristo, mais ódio e revolta receberemos do mundo ímpio.

Assim, pois, o sofrimento há de nos caracterizar como servos de Cristo Jesus. Lembremo-nos, porém, que a graça de Cristo será sempre superior ao sofrimento suportado por amor a Cristo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”.[2] Somente os vencedores são os verdadeiros crentes. Os demais são apenas os espectadores da Igreja. Nem a morte prejudica totalmente o crente!

Quando oramos a Deus sem murmuração, sem queixumes, estamos declarando ao mundo que Ele é o Senhor e dono de nossas vidas e das circunstâncias que nos envolvem. Declaramos que Jesus Cristo é não apenas o Senhor do universo; mas, acima de tudo, que Ele é o “meu Senhor, meu pastor”, e que nada me faltará. Nada do que realmente seja indispensável à minha paz com Ele. Podemos, assim, reconhecer que, acima de tudo e em todo o tempo, há uma mão amiga sustentando-nos e cuidando de nós, modelando a nossa vida. Podemos, assim, compreender que nossos sofrimentos, antes de mais nada, proporcionam-nos uma aproximação maior com Ele.

Somos, então, instado a orar, a buscar o conforto e a comunhão com Aquele que sofreu absurdamente para nos redimir dos nossos pecados. Isto nos faz sentir uma doce e confortadora comunhão com Ele. Nos identificamos com Ele no sofrimento, como na oração. Deus nos fala que o sofrimento é o principal meio pelo qual Ele efetua determinados benefícios em nós ou por meio de nós. Deus nos fala que para Ele não há impossíveis.

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

[1] Jo 16:33
[2] 2 Tm 3:12

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