Aquele que padeceu na carne. Ainda  que não  tenhamos  vontade de aceitar o sofrimento, por  sermos cristãos, temos que admitir que há  uma cruz para ser  carregada... Então, é melhor sofrer  de boa vontade. O juízo  deve começar pela  casa de Deus. Começa ali, mas não acaba ali. É bom  lembrarmo-nos  de que  esse juízo nos sobrevém neste mundo, enquanto que os ímpios continuam condenados ao juízo final. Jesus nos afirma que seremos atribulados enquanto estivermos no mundo.[1]
Enquanto concentramos nosso pensamento nas circunstâncias, ou nas pessoas que nos rodeiam, sentimo-nos completamente desamparados e tristes. Mas quando levantamos os nossos olhos para Aquele que nos dá esperança, então somos encorajados a deixar o pecado e  firmar a nossa fé em Cristo Jesus. Apenas nEle encontramos esperança para a nossa alma aflita e angustiada. 
Se os sofrimentos que suportamos são devido ao nosso viver cristão, somos bem-aventurados. E, quanto mais nos assemelharmos a Cristo, mais  ódio e  revolta receberemos do mundo ímpio.
Assim, pois, o sofrimento há de nos caracterizar como servos de Cristo Jesus. Lembremo-nos, porém, que a graça de Cristo será sempre superior ao sofrimento suportado por amor a Cristo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”.[2]   Somente os vencedores são os verdadeiros crentes. Os demais são apenas os espectadores da Igreja. Nem a morte prejudica totalmente o crente!
Quando oramos a Deus sem murmuração, sem queixumes,  estamos declarando ao mundo que Ele é o Senhor e dono de nossas vidas e das circunstâncias que nos envolvem. Declaramos que Jesus Cristo é não apenas o Senhor do universo; mas, acima de tudo, que Ele  é o “meu Senhor, meu pastor”, e que nada me faltará. Nada do que realmente seja indispensável à minha paz com Ele. Podemos, assim,  reconhecer que, acima de tudo e em todo o tempo, há uma mão amiga sustentando-nos e cuidando  de nós, modelando a nossa vida. Podemos, assim, compreender que nossos sofrimentos, antes de mais nada, proporcionam-nos uma aproximação  maior com Ele.
Somos, então,  instado a orar, a buscar o conforto e a comunhão com Aquele que sofreu absurdamente para  nos redimir dos  nossos pecados. Isto  nos faz sentir  uma doce e confortadora comunhão com Ele. Nos identificamos com Ele no sofrimento, como na oração. Deus nos fala que o sofrimento é o principal meio pelo qual Ele efetua determinados  benefícios  em nós ou por meio de nós.  Deus nos fala que para Ele não há impossíveis.
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] Jo 16:33
[2] 2 Tm 3:12
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