“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15.10a).
Desta feita, Paulo estava  discorrendo sobre a ressurreição de Cristo. Primeiramente, ele  fala  sobre as pessoas para as quais Jesus apareceu após a ressurreição; sendo ele um dos  últimos a quem o Senhor apareceu, “como um dos nascidos fora do tempo” (1Co 15.8). E continua falando sobre a  graça de  Deus na sua  própria vida: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15.10a).
Tudo pela graça de Deus. E o  seu argumento sobre a ressurreição do Senhor é que esta é a base e a certeza da nossa  ressurreição. Paulo deixa claro que o crente não vive apegado às coisas materiais porque a nossa esperança e motivação para viver não se apóia nas conquistas e  realizações desta vida. A base da nossa esperança e razão para  vivermos se apóia  no fato de que, assim como Cristo ressuscitou, assim também haveremos de ressuscitar  e viver para sempre com o Senhor. E isto é  suficiente  para não nos  deixar abater com as tristezas, perdas, frustrações e decepções nesta vida, porque a nossa  esperança está firmada e sustentada no viver com Cristo eternamente. Porém, “se a  nossa esperança em Cristo se  limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co 15.19).
E por que isto? Porque somos ensinados pelo Espírito Santo, através da Palavra de Deus, a suportarmos afrontas e zombarias, a renunciar os prazeres mundanos e as futilidades da vida; tudo para agradar a Deus, para Sua glória e honra. Então, se a nossa dedicação ao Senhor tiver como  único objetivo a conquista de bens materiais, as honras humanas, então estaremos completamente equivocados quanto à “razão da nossa esperança em Cristo Jesus”. Com isto, Paulo está dizendo que as pessoas que  recebem a Cristo, ou que dizem  serem cristãs com a intenção  de enriquecimento, ou para levarem vantagens materiais, estão equivocadas quanto ao verdadeiro evangelho de Cristo.
“Sou o que sou”, portanto,  deve ser a atitude do cristão, tanto quando se encontra em posição de destaque ou superioridade social, para não  se deixar  corromper com a soberba; como serve  de estímulo  àquele que  passa por  tribulações para não se abater ou sentir-se  abandonado por Deus. Se temos a consciência  de que somos  o que somos pela graça  de Cristo, não há  por que nos orgulharmos, como também não há por que nos queixarmos.
Em tudo, tanto na fartura como na calamidade, vivemos pela graça de Deus (Fl 1.29; 4.11-13), porque O SENHOR É A MINHA BANDEIRA!” (Ex 17.15).
Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
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