terça-feira, 26 de janeiro de 2010

SUPERESTIMAÇÃO DO SOFRIMENTO

É quando agimos como os homens enviados por Moisés para espiar a terra de Canaã, narrado em Números.

O povo vai espiar a terra a qual já havia sido prometida e reservada pelo Senhor. É a caravana da incredulidade! Quarenta dias espiaram a terra, e quarenta anos sofreram as consequências da falta de fé. Afetados pela síndrome dos gafanhotos. Esta é outra atitude errada de se encarar o sofrimento, supervalorizando-o.

Quando exageramos nossas dores, super-valorizamos o sofrimento, agimos como coitados, vítimas infelizes... Fazemo-nos de vítimas com o intuito, quase sempre inconsciente, de atrair a compaixão, carinho e simpatia humana. Porém, o que precisamos é da misericórdia divina.

A nossa postura, portanto, deve ser semelhante aos jovens amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abednego, quando o rei Nabucodonozor os desafiava a continuar adorando a Deus: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, pode nos livrar da fornalha de fogo ardente; e ele nos livrará da tua mão, ó rei. Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” ([1]).

Para Josué e Calebe não haveria nem morte no deserto, nem retorno frustrado à escravidão do Egito. O desafio era para confiarem no Senhor, crendo nas Suas provisões e promessas... Eles não apenas haviam estado na TERRA DA PROMESSA DE DEUS, mas haviam estado com o DEUS DA PROMESSA DA TERRA, o Senhor Soberano sobre toda a terra! Eles criam na soberania de Deus sobre todas as coisas. Foi com esta certeza, convicção de fé, que eles procuraram exortar o povo no sentido de prosseguirem confiando no Senhor: “Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” ([2]).

Precisamos agir como Josué e Calebe: Tomemos posse! É o grito de alerta: avancemos! A proposta de Josué e Calebe era para que eles transformassem as dificuldades em possibilidades. Que não vissem as dificuldades como impedimento, impossibilidades, mas como um desafio à luta e a vitória vibrante. Precisamos exercer essa atitude corajosa, destemida e confiante, demonstradas por aqueles jovens valorosos. Paulo, apóstolo, usa mais tarde essa mesma confiança estimulante, em meio às circunstâncias desalentadoras, quando discorre sobre os sofrimentos do cristão ([3]).

Pr. Vanderlei Faria
pastorvanderleifaria@yahoo.com.br

[1] Dn 3.17-18
[2] Nm 13:30
[3] 2 Co 5:2, 4-9

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