É quando agimos como os homens enviados por Moisés para espiar a terra de Canaã, narrado em Números.
O povo vai  espiar a terra a  qual já  havia  sido  prometida e reservada pelo Senhor. É a caravana da incredulidade! Quarenta dias espiaram a terra, e quarenta anos sofreram as consequências da falta de fé. Afetados  pela  síndrome dos gafanhotos. Esta é outra atitude errada de se encarar o sofrimento, supervalorizando-o.
Quando  exageramos  nossas dores, super-valorizamos  o sofrimento, agimos como coitados, vítimas infelizes... Fazemo-nos de vítimas com o intuito, quase sempre inconsciente,  de atrair a compaixão, carinho e simpatia humana. Porém, o que precisamos é  da misericórdia  divina.
A  nossa postura, portanto, deve ser  semelhante  aos jovens amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abednego, quando o rei Nabucodonozor os desafiava  a continuar adorando  a Deus: “Eis  que o nosso Deus, a quem  nós servimos, pode  nos livrar da fornalha de fogo ardente; e ele nos livrará da tua mão, ó rei. Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não  serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua  de ouro que levantaste” ([1]).
Para Josué e Calebe não haveria nem morte no deserto, nem  retorno frustrado à  escravidão do Egito. O  desafio era para  confiarem no Senhor, crendo nas Suas provisões e promessas... Eles não apenas haviam  estado  na  TERRA DA PROMESSA DE DEUS,  mas haviam estado com o DEUS DA PROMESSA DA TERRA,  o Senhor Soberano sobre toda a terra! Eles criam na soberania de Deus sobre todas as coisas. Foi com esta certeza, convicção de fé, que eles procuraram exortar o povo no sentido de  prosseguirem confiando no Senhor: “Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” ([2]).
Precisamos agir como Josué e Calebe: Tomemos posse! É o  grito de alerta: avancemos!  A proposta de Josué e Calebe era para que eles transformassem as dificuldades em possibilidades. Que não vissem as dificuldades como impedimento, impossibilidades, mas como um desafio  à luta e a vitória vibrante.  Precisamos  exercer essa  atitude corajosa, destemida e  confiante,  demonstradas por aqueles  jovens valorosos. Paulo, apóstolo,  usa mais tarde  essa  mesma confiança  estimulante, em meio  às circunstâncias desalentadoras, quando discorre sobre  os sofrimentos do cristão ([3]).
Pr. Vanderlei Faria
 pastorvanderleifaria@yahoo.com.br
[1] Dn 3.17-18
[2] Nm 13:30
[3] 2 Co 5:2, 4-9
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